27 dezembro 2007

Tradições natalinas e cinéfilas









Eu, minha prima e meu irmão temos uma tradição natalina:todo dia 25, vamos ao cinema. Criamos até uma comunidade pra isso,comunidade bem vazia aliás.Mas esse é o objetivo. NINGUÉM vai ao cinema no dia 25: não há filas,o cinema fica com um ou outro gato pingado,uma delícia.Tudo só nosso.
Como eles escolheram o do ano passado ( Eragon,chato,chato), eu escolhi o deste ano.
E como boa fã incondicional de Garcia Máquez,escolhi O Amor nos Tempos do Cólera.
Só posso dizer que,caso você também adore esse autor,faça um favor pra você mesmo.NÃO veja o filme.Não perca seu tempo,não passe raiva,não veja um texto maravilhoso ser transformado em uma porcaria.
Se você espera ver a sutileza deliciosa e divertida do realismo fantástico,tão bem traduzida em Como água para Chocolate,esqueça.Não li o livro que deu origem ao roteiro,nem conheço o autor,mas reconheço ali muito mais realismo fantástico do que no filme que assisti.
Não há realismo fantástico,não existem as peculiaridades de Garcia Márquez,o livro com certeza não está ali.E não estou dizendo que falta essa ou aquela cena,não,nada disso.Falta a presença dos personagens,de sua magia,do seu caráter sensorial e intenso,falta o cólera,falta o amor,falta tudo.
Segundo li,Garcia Marquez exigiu uma grande porcentagem de atores latinos e que as músicas fossem criadas por Shakira.Mas acho que um diretor norte americano no comando é que foi o erro.Não me tomem por purista,gosto do cinemão,sou uma vendida pro cinema americano,gosto e pronto.
Mas tem coisa que não desce. Aconteceu a mesma coisa com A Casa dosEspíritos, baseado no romance homônimo de Isable Allende.Apesar de contar com atores de calibre indiscutível,não consegue captar a suave loucura que há nesse tipo de literatura.
Saimos frustrados do cinema,segundo minha prima,nossa tradição não se limita a IR ao cinema no dia 25. Tem que ser filme ruim.

25 dezembro 2007

As pessoas que eu fui


O Arnaldo e a Clélia me deram um presente delicioso: um livro do Moacyr Scliar,onde ele faz uma auto biografia literária. Isso; o que ele pensava,sentia ou desejava,pautado por quem ele lia.E assim dá pra perceber as fases ou "as pessoas" que ele foi.
Quando vejo esse clipe mega anos 80 me lembro de uma das das pessoas que fui: pegue esse clipe,misture muita literatura e uma certa militância política.Assim eu fui no final da adolescência.

21 dezembro 2007

"Meu coração é o seu lar."(Cássia Eller)
















Os meus queridos leitores e amigos sabem que é meu hábito fazer declarações de amor ao meu filho aqui.Isso é muito fácil de entender,porque eu nasci pra ser mãe do Daniel. O resto vem depois,mas vem com uma distância tão grande que é até covardia.Gosto de todas as esferas da minha vida,mas sou a mãe do Daniel. E o cara ficou demais: inteligente,bonito,espirituoso,bom papo.
Eu sei,vocês estão me achando A Jocasta, certo?Perfeito,porque é isso mesmo.Aqui no lado,na marcação "Daniel" tem textos sobre a gravidez difícil,tem textos sobre as palhaçadas que ele faz.Quem tiver tempo e vontade,leia.Está aqui no meu blog a minha eterna declaração de amor pra ele.
E pra quem queria ser mãe,ganhar esse filho no dia 23 de dezembro é uma dádiva absurda.Imaginem uma então jovem mãe passando o natal do ano de 1992 com um bebê no colo. Um bebê criado e saído do seu corpo,alimentado pelo seu corpo.
Imaginem.

20 dezembro 2007

O insólito II
















No post anterior,eu comentei como eu e "Charlotte" falávamos dos homens presentes.Meu amigo Arnaldo perguntou se "scanear" alguém dói,minha querida Andréa lembrou que nós,mulheres,somos uma multidão desenfreada.
Como se dizia na época da Revolução francesa:"não se abre o portão a revoltosos,muitos menos a revoltosas".Pois é.Somos muitas.
Minhas primas me sacaneiam,dizem que peguei a "cota" de outras,porque casei duas vezes,"noivei" uma e namorei bastante.Mas digo pra vocês,agora a coisa está mais complicada.Muito mais complicada.
Explico.Os homens estão em menor número, isso é fato.Problema número um. Uma amiga afirmou categoricamente: "os homens se dividem em três categorias, os casados, os gays e os canalhas.E as categorias não são auto excludentes".
Um prima disse que não existem mais homens, segundo ela todos foram abdusidos e os que trafegam por aí são ets,cuja missão é enlouquecer todas as mulheres da Terra.
Porque,meus amigos,esses fulanos falam outra língua.Mesmo.Eu desisti de entender.
Na tal boate,comentava com 'Charlotte" o fato dos homens ficarem esperando sempre uma ação feminina, ficarem com suas bundas paradas até que alguma mulher tome a iniciativa.Minha ídala, Urubua, acha que não há nada demais. Eu também não.
Eu achava o máximo tomar a iniciativa: comecei vários namoros assim, inclusive o meu primeiro casamento.
Mas,meus queridos, vocês não sabem o peso de um "não" pra uma mulher.Dentro de nossa sociedade,ainda machista,um "não" para um homem é apenas um erro de cálculo,um tiro errado. Para uma mulher é devastador.Levei um "não" de um amigo e caracoles,morro de vergonha até hoje.Brinco com ele e finjo - mal - que não me importei tanto.Mas me importei sim.A auto estima vai para o finzinho do sapato e eu comecei a imaginar que milhares de defeitos eu tinha.
De mais a mais,é uma delícia ser cantada.Os homens não sabem que toda mulher gosta disso?Meus queridos é muiiiiito bom, uma boa cantada melhora a auto estima,aumenta a sensualidade e pode garantir muitas outras coisas bem animadinhas.
Meu filho disse que as meninas tomam a iniciativa. E eu vejo isso, ligando, batendo na porta de casa, sorridentes, perguntando por ele.Não vejo mal nisso, mas vejo que ele se acostumou a isso e espera que elas se mexam.Vira rinha de galo, acho.
Amigas da minha idade me ensinam: o problema são os homens da nossa geração, os mais velhos ou os mais jovens são melhores. Segundo elas,os mais velhos ainda tem algumas caracteristicas mais claras, sem jogos complicados de sedução.Os mais jovens cresceram com mães e irmãs dentro de um novo estilo de mulher e não caem naquela armadilha tolinha da competição.Segundo minhas amigas - que namoram mais velhos ou mais jovens - eu deveria investir nesse novo nicho de mercado.
Até posso perceber isso,mas vou continuar aqui,na minha.Me arriscar a outro "não"?Jamais.Sei lá,homens...

11 dezembro 2007

Para a Santa













Eu descobri o blog da Santa no meu contador.Ela vinha aqui,muito da quietinha e lia,quando eu a descobri, ela já tinha me linkado.E eu descobri uma blogueira imperdível,vocês devem ler.
Como ela disse que se imagina papeando comigo e outras blogueiras no melhor estilo Sex and City, eu reconto esse papo-mulherzinha aqui.
Gente,mulher quando está em bando fala coisa séria,fala de cinema,de política,de arte,de filhos.Mas fala de homens e essa sempre é a parte mais divertida.

Agora vamos ver quem me saca por aqui: nesse texto linkado ,quem sou eu?
Estou falado desse texto,povo, não da série em si, nesse papo com quatro amigas papeando. Leia e descubra, tcham tcham tcham tchaaaammm.....;0)

10 dezembro 2007

Para você









Foi muito bom ter falado com você no sábado,foi muito bom ter conseguido dizer que fechei um ciclo. Foi muito bom você ter dito que agora posso começar outro,parece uma mandinga,uma benção,um despreendimento.
Essa nossa história que não foi poderia ter sido linda,mas o pouco que tenho está guardado com carinho.
Foi importante você dizer o quanto me quer bem, o afeto que tem por mim.O quase-amor que senti por você jamais será apagado,porque historiadoras não contam apenas as histórias vencedoras, mas as histórias perdidas,as histórias que poderiam ter sido.
Muitas vezes,com saudades,pensei no tanto que esse quase-amor poderia ter trazido pra nós dois,mas nossa história tomou rumos diferentes,simplesmente isso.
Mas eu não vou esquecer você,nem seu sorriso,nem o jeito com que você me abraçou e me beijou,porque a memória é um tesouro único e a minha está guardada a sete chaves.
Um beijo pra você.

07 dezembro 2007

Carnivália





















Eu estava lendo a Andrea,como faço todo dia,e vejo comentários sobre uma maluca que vai ser madrinha de bateria,essas paradas aí.
Como eu disse na caixa de comentário da Andrea, acho carnaval um saco,uma bosta. Me enfio em casa com milhões de dvds e livros e ninguém me tira dali nem à forceps.
Nem o Reynaldo Gianechinni.Bom,mentira,ele tirava.Ai, ai.
Voltando ao papo,me lembrei de um ano que estava no Rio e fui ver ensaio de escola de samba.Queria ver da Grande Rio,óbvio, porque morei em Caxias. Mas como boa pobretona que sou, claro que fui na Zona Sul,ver gente chiquérrima bêbada. Queridos,nunca percam a oportunidade de ver seu ídolo dando baixaria.
Bom,ídolo meu não tinha.Vi uns globais de segunda linha -pessoas, aquela ex-Ronaldinho, a Suzana Verner,é o ser humano mais lindo do mundo, juro por Deus -
se eu tivesse aquela cara e aquela bunda,passava o dia inteiro no espelho, me mandando beijos.
Enfim, o povo bebe que é uma coisa.E eu me entedio facilmente com as coisas,já disse isso. No começo, até gostei: nunca tinha ido, novidade, sambas antigos, bklablalaba.Pouco tempo depois, eu queria era dormir.Eu queria uma caminha, só isso, e aquele barulho,aquela multidão,eu estava achando tudo um horror.
Eu estava de carona.Cristo, eu escrevi na minha listinha "nunca mais sair de carona com notívagos".Junto com algumas primas, sentei no chão, ao lado da saída vip.Foi um show. Neguinho famoso saia arrastado por amigos, os pezinhos no chão, uma barbaridade. Um deles - qual é o nome mesmo?? - voltava, abraçava o porteiro, beijava, voltava. E eu lá, sentada, me odiando por não ter uma máquina e ganhar uma grana como paparazzi por uma noite.
Minha prima apontava:
- olha só aquele fortão..."bola" todo dia, aposto.Se espetassem um alfinete, fiiiuuuuu.....(imitando uma boa esvaziando)
Quando o resto dos meus primos decidui ir embora,eu já tinha visto metado da Globo passar vomitando. E por que raios eu não tinha uma máquina?
Terminamos a madrugada no Bob´s, ao lado do Carlinhos de Jesus.

05 dezembro 2007

Um post pra mim








Por hora, ouçam.
Mas , afinal, isso eu já contei.
Essas músicas deliciosas são irresistíveis, aliás, nada como música pra te enfiar numa tremenda chuva de lembranças que se embaraçam, se confundem, melhoram ou pioram as pessoas com a distãncia.
Tornam doces os terríveis animais que já cruzaram nosso caminho. Como o animal que a moça da gravura segura, um arminho feroz, que ali, de maneira divertida e irônica, parece um bichinho doméstico.
As lembranças fazem isso com as pessoas, com as histórias e até com as dores.

02 dezembro 2007

O almoço que não houve











Marquei um almoço com alguns amigos hoje, domingão. Eu particularmente gosto muito de gente na minha casa, gosto do barulho, das risadas, da conversa. Gosto de cozinhar pros meus amigos e descobrir gostos específicos pra comprar coisas específicas: lembrar no supermercado de comprar o doce do fulano ou o suco que a sicrana adora. Gosto desses mimos.
Então preparo minha casa como uma casa-noiva: limpo, perfumo, enfeito, coloco flor.
Nesse sábado, fiquei limpado. Eu estava linda, vocês tinham que ver, de havaiana lilás, calça arregaçada, cabelo preso em um coque com lápis. Eu estava uma gata.
Lavei, cantarolando, porque lavar é ritual e ritual precisa de canto. Aí decidi desinfetar com álcool, porque vinha criança e como tenho a Renildes, achei melhor garantir uma coisa desinfetada. Porque, gente, quando meu filho era pequeno, eu era a rainha das coisas esterelizadas, uma paranóica.
Ai, parei, linda com minha vassoura na mão e tive uma idéia brilhante: água fervendo....ah, genial.
Foi um tal de água fervendo, panos e vassouras, limpa vidros e desinfetantes.
Ficou titindo, dava pra comer no chão.
Putz, e a salada? Estava sem carro, não dava pra ir no mercado. Fui até a revistaria-conveniência mais próxima e improvisei coisas pra salada, ficou legal, ficou sim.
Aí comecei a cozinhar, ia repetir o prato que fiz outro dia pra outros amigos: frango ao curry. Então, cozinhei, temperei, coloquei um pouco mais de cúrcuma, experimentei, hum, mais curry, llalalalllá, cantando, bebendo coca-cola e assistindo Senhor dos Anéis na tv.Deixei tudo no jeito, pra dar o toque final na hora de servir, no dia seguinte.
Tudo pronto, peguei um dos livros que estou lendo ( falarei dele em outro post), Malcoml X pulou para minha cama, apaixonado como sempre, li e dormi.
Acordei cedo pra lavar o quintal, lavei toda linda, com aquele visual que já contei. Terminado o servicinho de preso, tomei um super-banho, fiquei toda arrumadinha, cheirosinha e lendo meu jornal.
Passou um tempo, minha amiga me ligou, dizendo que estava vindo.
tic-tac. tic-tac.tic-tac. Nada.Nada.
Tmei mais coca cola pra enganar o estômago, comi uma bisnaguinha, deitei na minha cama com meu livro.Nada ainda, meio-dia, meio dia e meia, uma hora, uma hora e meia...
O telefone toca, minha amiga, toda nervosa, me conta essa:
esqueceu o número da minha casa. Chegou, viu casas iguais, sai batento em todas, nada de Vivien, suou no sol, ouviu choro da filhinha, stress do marido, tentou me ligar, meu celular imprestável não tocou.Séculos depois, suando e cansada, voltou pro carro e pra casa. Aí me ligou.E ai a bosta do meu celular imprestável resolveu tocar.
E a outra amiga que viria, também não apareceu. Foi um complô, ah, juro que foi....rs
Mas tudo bem, vou comer frango ao curry por uma semana.
De mais a mais, se não fossem esses desencontros, como eu escreveria no meu blog?
Ah, queridos, meu endereço vai por email e espero vocês em outro dia.
NO stress, beijos a vocês.

29 novembro 2007

Cadê o fio de Ariadne?









Tem momentos na vida, engolidos pela burocracia e por gente mal intencionada, em que parece que me perdi num romance de Kakfa.

27 novembro 2007

As maravilhas do próximo ano ( com atualizações)












Não tive um bom ano.Foi ruim profissionalmente, foi ruim financeiramente e amorosamente foi um completo desastre.
De bom nesse ano houve meu Filho - esse presente divino diário que enche minha vida de significado - e teve uma gama linda de amigos que mergulharam meu coração adentro.
Mas eu desejo muito um 2008 melhor e estou ruminando cá comigo tudo o que quero: um emprego bacana, organização financeira, melhora da saúde.
E eu quero esse amor aqui.
Ô anjo da guarda, se vira, meu filho, eu quero e mereço.Eu conjuro meu desejo.


@@@@@ Queridos, sugiro um pulinho na Santa, pra ver como ela descreve seu ganso tarado. É Imperdível.
E passem na Tati, pra contar sobre suas conjurações e macumbinhas cotidianas.

25 novembro 2007

O trio







Ontem saí com Daniel e meus sobrinhos, a gente foi comer uma pizza, conversar, essas coisas de tia.Sempre adorei sair com os três, sempre foi divertido.A gente ia pra cinema, restaurantes, parques, bosques...essas coisas. Sempre divertido.
A gente brincava de jogos de perguntas dentro do carro, antes de chegar nos lugares. A gente ria muito.Eu brincava de boneca com a Julinha e nunca foi esforço, porque eu ainda gosto de bonecas.
Eles faziam teatro aqui na minha mãe, com cenário, guarda roupa e até ticket de entrada. Um dia vou chantagear essa molecada, porque tenho fotos comprovando esses micos todos.
Uma das coisas que eu mais gostava era fazer piquenique com os três nos parques aqui da cidade, além de comer coisas gostosas piqueniquescas, a gente brincava de mímica, contava histórias, tinha todo um ritual de bagunça.
A diferença agora é que os papos mudaram, os três adolescentes se posicionam, argumentam. Conversamos sobre música, escola, eutanásia, aborto.Júlia é totalmente a favor do aborto, Daniel é a favor da legalização, mas tem ressalvas, Victor é diametralmente contra.Opiniões diversas e - principalmente - respeito a opinião alheia, o que é um grande passo, pois nada mais tacanho do que a intransigência.
Bacana ter o privilégio de ver essa moçada crescendo, fazendo planos, entrando paulatinamente no universo dos alunos.Bacana pensar que,de alguma forma, pude contribuir pra isso.
Estabelecer essa conexão, ter o mesmo humor, participar dos mesmos sonhos. Fico feliz em ter essa moçada linda por perto, feliz em ser mãe e tia, coisas que adoro ser.Feliz em ter brincado de mímica e de papear hoje em dia, feliz em pensar que daqui a alguns anos, talvez eu esteja brincando com os filhos deles.

22 novembro 2007

Velhos amores






Meu amigo Tarcísio diz que sou "muito anos 80". Acertou em cheio, sou mesmo.
Essa história aqui, aconteceu nos fins dos 80.
Pra quem estava lá, eu pergunto, era bom,não era?

20 novembro 2007

"tempo , tempo, tempo , tempo...."










Sábado passado tinha tudo pra ser um dia muito bacana.Eu fui jantar na casa da Karen e do Biajoni, ou seja, garantia de comidinhas maravilhosas, papo ótimo e boas risadas. Um dos meus programas favoritos, com certeza.
E tudo foi bem, com todos os ingredientes acima. Ganhei até a bonequinha do texto abaixo....
Fui embora mais ou menos meia-noite, só que a cinderela aqui não deixou o sapatinho de cristal pra trás, deixou o carro. Isso mesmo, parei em uma blitz e,apesar de tentar passar uma conversa mole dos guardas, meu carro foi rccolhido.
Sério, é muito estranho ver o seu carrinho subindo no guincho, dá um aperto no coração.
Por sorte ainda estava perto da casa deles, voltei a pé, pra pedir abrigo.
Cheguei com cara de bunda.
- Gente, tinha uma batida...tô sem carro...
- batida? você bateu o carro???
- não, batida policial, tô com dos documentoes vencidos.
- que boooooossssta...!!!´
A maior parte dos outros convidados tinha ido embora, mas ainda deu tempo de conversar um pouco com o Paulinho, que pertence a minha tribo: passou na primeira fase do mestrado na Educação e não foi fazer a prova, porque esqueceu, me disse isso comendo uma inexplicãvel mistureba de homus, coalhada seca e maionese.
Ao terminar, ainda disse:
- Ih, comi no potinho da Lia....tem um ursinho desenhado no fundo...
Pois é, meus amigos, nós , os desligados, ainda vamos dominar o mundo.
Dormi por lá, na manhã seguinte eles me deixaram em casa, passando antes no carro recolhido, porque a banana aqui tinha deixado a chave de casa.
Aliás, só me dei conta disso porque a Karen me lembrou de procurar na bolsa.
ô vida.
Bom, depois dessa lambada e de outras, no topo da lista de começo de ano tem que constar: "preciso me organizar esse ano".
Organizar meu tempo.
"Tempo, tempo, tempo...vou fazer um pedido."

17 novembro 2007

16 novembro 2007

O segredo da Clélia












No ano passado, conheci os fantásticos Clélia e Arnaldo. A gente se conheceu primeiro em um lugar muito interessante , em caixas de comentários. Isso mesmo, em caixas de comentários de vários blogs.
Depois de pouco tempo, nos conhecemos pessoalmente e posso garantir pra vocês: meu "radar para pessoas legais" apitou .
Poque eu tenho esse radar que me aproxima de pessoas muito rapidamente.Sempre foi assim, estudando ou trabalhando, eu ficava amiga de um ou outro, sem muitos prelúdios, graças ao meu "radar".De outros, já manhtinha distância e não havia meio de me fazer mudar de idéia.Confio no meu "radar".
Durante esse tempo, sempre que saimos e papeamos, foi ótimo. Eu tenho a sorte de ter adquirido amigos inteligentes , atenciosos e divertidos.
Arnaldo trouxe a revista alemã que pedi e eu nunca vi alguém viajar tanto e falar disso com tanta naturalidade, sem ostentação.Aliás, ele é um paladino anti-ostentação.
Quarta feira fui, junto com meu inseparável escudeiro mirim, jantar na casa deles.
Claro que me perdi no caminho e eles tiveram que vir me resgatar, mas isso eu já sabia, minha noção espacial não é ruim, ela simplesmente não existe.
Claro que o jantar foi delicioso - são ótimos cozinheiros - e o papo rolou até o começo da madrugada.
É exatamente o meu tipo de programa favorito.E do Daniel também, aliás.
Mas o caso é que descobri o segredo da Clélia.Pra quem lê o blog dela, falar que ela conhece muito de música é chover no molhado. Mas o fato é que ela sempre sabe uma letra que se encaixa perfeitamente com o que o texto diz, é incrível.
Ela costumava colocar essas letras em seus comentários blog afora.
Pois é, assim que entrei na casa deles, vi a maior coleção de cds do universo. Gente, é um escândalo.Tem absolutamente tudo.Mas tudo mesmo, acho que até a Saraiva fica devendo.
Esse é o tipo de segredo que vale a pena descobrir e eles são o tipo de pessoa que vale a pena conhecer.

08 novembro 2007

A culpa é deles






Eu deveria estar trabalhando na dissertação, isso é o que eu deveria fazer.Porque esse mestrado está parado e eu acho que vai nascer por geração espontânea.
Mas a culpa é deles, eu juro.
Meu queridos Clélia e Arnaldo,com quem sempre é delicioso conversar, me deram O texto, ou; a vida, onde Moacyr Scliar narra sua trajetória como leitor e escritor, mesclando sua narrativa com seus contos, ou seja, um primor.
Os fantásticos anfitriões Karen e Biajoni, me emprestaram uma pilha de Lourenço Mutarelli.
Agora me diz, se eu largo tudo e fico só lendo essas delícias, a culpa é minha.
Nada, rapá, a culpa é deles.Minha é a sorte em tê-los como amigos.

07 novembro 2007

Professores organizados e suas chatices diárias









Os professores podem se dividir em dois grandes grupos: os que preenchem diário de classe e os que não preenchem.
Claro que vocês já devem imaginar em qual grupo estou.
Já tentei virar a casaca, passar pro grupo dos organizados, mas essa decisão dura tanto tempo quanto minhas dietas. Ah, eles são uns chatos.
Os professores -que-fazem-diário desprezam dos professores -que- não -fazem -diário.Eles mantém tudo na maios absoluta ordem, orgulhosos de sua retidão, risonhos com ela, exigindo com histeria algo denominado "letra bonita" (?) dos alunos, não admitindo canetas col0ridas (!) no caderno, ainda que estejam trabalhando com garotos que precisam de cores e signos pra se diferenciar do grupo.surtando quando observam um rabisco na prova.
Em uma parca definição conceitual, confundem rigor com mediocridade caprichosa.
Eles nunca erram, falam aos cochichos na sala dos professores e sempre tem um sorridinho mau diante de uma nota baixa.Especialmente de alunos que tem o caderno bagunçado (tsc..tsc..)
Sua aula também é organizada. Muito organizada. Cuspe e giz, giz e cuspe. Qualquer outra coisa os deixa nervosos. Os professores-que-fazem-diário odeiam professores que usam outros textos, criticam as idas áo pátio, porque aula é na sala de aula, obviamente.Não gostam dos jogos, mas vez ou outra fazem alguns,tolos, sem sentido,rudimentares e acreditam realmente que a aula melhorou, a despeito dos bocejos dos garotos.
O professor-que-faz-diário nunca lê, quando o faz, escolhe tão mal que seria preferível ter ficado com sua tv. Não conhece HQ porque considera coisa de criança.
Na sala dos professores, torce o nariz quando ouve falar em blogs: diz que não tem tempo pra essas coisas.
Ele nunca fala com prazer de um aluno, nunca conta algo instigante de sua aula.Sempre reclama, revira os olhos quando a sineta toca, pronto pra ir para seu martírio pessoal: seus alunos.
A escola idela para o profesor-que-faz-diário não tem aluno.
Principalmente alunos que estão descobrindo sua sexualidade:"bando de assanhadas" ou meninos que não acatam tudo como pronto e definitivo , os terríveis "questionadores".
Esse último adjetivo é dito entredentes, na hora do café, com bílis no olhar.
- Essa molecada não quer saber de nada...estudar ...ler....eles não tem hábito de leitura!
Perguntado sobre o que anda lendo, diz que não tem tempo pra isso.
Sei lá, vai ver que usa seu tempo pra preencher diários.Bem direitinho.

04 novembro 2007

Homens, homens...











Respondendo aos amigos que escreveram, não com guerra declarado aos bomens.Claro que não.Só acho graça em algumas coisas, ué.
De qualquer forma, tem gosto pra tudo como já disse por aqui.
E as pessoas podem surpreender sempre.

01 novembro 2007

Post marcado


















Ah, homens,homens...


Carly Simon - You're So Vain
you walked into the party

like you were walking onto a yacht

your hat strategically dipped below one eye

your scarf it was apricot

you had one eye in the mirror

as you watched yourself go by



and all the girls dreamed that they'd be your partner

they'd be your partner and



you're so vain

you probably think this song is about you
you're so vain

I bet you think this song is about you

don't you, don't you, don't you



well you had me several years ago

when I was still quite naive

well you said that we made such a pretty pair

and that you would never leave

but you gave away the things you loved

and one of them was me



I had some dreams they were clouds in my coffee

clouds in my coffee and



you're so vain

you probably think this song is about you

you're so vain

I bet you think this song is about you

don't you, don't you, don't you




I had some dreams they were clouds in my coffee

clouds in my coffee and...



you're so vain

you probably think this song is about you

you're so vain

I bet you think this song is about you

don't you, don't you, don't you



well I hear you went up to Saratoga

and your horse naturally won

then you flew your Lear jet up to Nova Scotia

to see the total eclipse of the sun

well you're where you should be all the time

and when you're not

you're with some underworld spy or the wife of a close friend

wife of a close friend



you're so vain

you probably think this song is about you

you're so vain

I bet you think this song is about you

don't you, don't you, don't you

31 outubro 2007

"Ora Yèyé , Oxum...!"









Estou quase de óculos, quase de volta a vida.
Por hora, deixo vocês com música linda, mágica. Ouçam até o fim, porque a saudação feita no final é linda.

Esse texto aqui retirei do blog Candomblé - o mundo dos orixás:

"Oxum


Dia da semana: Sábado
Cores: Amarelo – Ouro
Saudação: Eri Yéyé ó!
Elementos: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
Instrumento: Leque com espelho (Abebé)


Na Nigéria, mais precisamente em Ijesá, Ijebu e Osogbó, corre calmamente o rio Oxum, a morada da mais bela Iyabá, a rainha de todas as riquezas, a protectora das crianças, a mãe da doçura e da benevolência. Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras.

Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino. Oxum é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé.

É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. O primeiro filho de Oxum chama-se Ide, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxum devem colocar nos seus braços. Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver o seu brilho.

É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência. Os seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.


Características dos filhos de Oxum


Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objectivos.

Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.

Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos. Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.

Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo o que é bom e caro.

O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum."

29 outubro 2007

"Eu uso óculos..."












Queridos, amanhã irei no oftalmo porque estou com muita dificuldade pra enxergar, muita mesmo. Alguns blogs não consigo ler e o mesmo aconteceu com páginas impressas, ou seja, jornais e revistas estão inlegíveis para mim.
Ele me passou um óculos e amanhã vou retornar pra fazer uns outros exames, pois já tive lesão ocular por stress .Gente , o corpo humano é muito estranho.
Então, vou ficar uns dias sem blogar, porque está realmente MUITO difícil ler.Olha só, uma blog-viciada como eu falar em se afastar por uns dias sente até palpitações, sério, sério.Adoro blogs, todo mundo que me conhece sabe, mas é sempre bom dizer: adoro escrever, adoro ler, adoro comentar, adoro absolutamente tudo.
Então vou ficar uns dias sem ler esses blogs bacanas que estão linkados aqui, sem conhecer novos, sem escrever no meu.No máximo vai dar pra responder aos comentários e peço aos que amigos que habitualmente me escrevem - e quem quiser escrever - que façam como a minha querida Clélia, mandem em letras maiores.
Bom, daqui a pouco volto.
Esando óculos.;0)

26 outubro 2007

A cozinha dessa Casa















Eu leio blogs há quatro anos. Escrevo em um blog há um ano.
Desde o começo, sinmpatizava com a caixa de comentários.No começo, nunca comentava.Nunca mesmo. Me sentia constrangida, achava que era apenas para um grupo ,achava que eu não teria muito a dizer, mas confesso, morria de vontade de uns palpites lá e cá.
Quando comecei a comnetar, foi uma avalanche:comentava sistematicamente, diariamente em alguns blogs.
Na época, lia poucos, um grupo seleto e intocável, alguns dos quais, confesso, nem leio mais.Porque as coisas mudam, certo? Mas alguns blogs eu continuo lendo todo dia, como o da Anna Maron, a primeira blogueira que conheci pessoalmente - antes de eu ter meu próprio blog - e que tem blogado menos, porque seu temnpo agora é todo da Clara, sua filha lindinha.
Nessa época de leitora-comentarista-sem-blog, eu me sentia muito bem ao ver meus comentários respondidos.
Sempre achei que responder aos comentários criava um elo entre o escritor e o leitor, que criava uma cumplicidade e que, no mínino, era um gesto muito gentil da parte do blogueiro.
Vários blogs que leio não respodem aos comtários: continuam sendo ótimos blogs,eu continuo lendo, mas sinto falta desse troca, dessa gentileza. Sempre penso que isso soa como um "dane-se a sua opinião".
Se eu tiver que optar, opto pelo blogueiro que repsonde, que omenta, que me olha. Afinal, aessa interação é uma das coisas mais bacanas da blogosfera.
E quando o blogueiro só responde pra alguns e ignora o resto?
Gente, sabe quando você dá um tchau e a pessoa não vê...e vc fica com a mão no ar, todo sem grana, no vácuo? então....
Acho que a caixa de comentários pode ser um lugar para interagir com o texto de forma intensa, seja para elogia-lo ou para questioná-lo.Se bem que tem gente que surta. Outro dia discordei de um blogueiro, o cara deu um piti de mulher grávida, me deslinkou, me excluiu do orkut, ficou totalmente de mal.. Uma coisa meiga de se ver.
Só faltou mostrar a língua e me chamnar de boba.Vocês podem pesnar que é piada, mas é sério. Isso existe.
Mas no universo das pessoas adultas, a discussão é sempre bem vinda.
Obvidamente, a Casa aqui tem suas regras: não se entra chutando a porta, nem sujando o meu chão, aqui tem que seguir as regras básicas da civilidade.
Por isso tem mata -burro na entrada: permito as discussões, permito os comentários, mas se vier de palhaçada, fica do lado de fora,porque debate com grosserias eu não permito mesmo.
No caso do meu blog, a caixa de comentários é minha cozinha.Todo mundo senta, comenta, abre a geladeira pra pegar suco, pergunta se tem mais café, brinca com meus gatos, fala sobre os copos novos que comprei.E eu adoro isso, adoro minha casa cheia de gente, adoro minha cozinha cheia de conversa.
E eu to ali, cozinhando, fofocando, fazendo mais café pra quem acabou de chegar e quer conversar,
Eu adoro a coziha do meu blog e todos vocês são bem vindos ali.
Pode entrar, tô passndo um cafezinho novo.

25 outubro 2007

Dica da Tia Vivien










O período da graduação é sempre inesquecível, ainda mais se o estudante tem a sorte de ser aluno da Frou. Eu convido a todos para uma visita nesse blog, esses alunos aqui, depois de todo trabalho que tiveram, merecem.

23 outubro 2007

A Bula ( com atualizações)




A Carol fez e me passou, então, aqui vai minha bula.




Princípio ativo

Vivien 70 mg é composto por

Bom humor ...................... 20 mg
Maternidade extra forte..........20 mg
Carinho ativo....................10 mg
Humor instável ............. 5 mg
Vaidade......................5 mg
curiosidade .......... 5 mg
Arrogãncia.................. 5 mg


Indicações

Indicada para casos de necessidade de conversa, carinho e risadas crônicas.
Funciona para pacientes com desejo ativo de leitura e escrita.A antiga fórmula não continha vaidade, que foi acrescentada a nova versão do produto, em doses regulares e pequenas.

Modo de usar

Tomar em grandes doses caso aja urgência em ir para livrarias , shoppings e cinemas. Aconselha-se o uso moderado em restaurantes.

Reações adversas

Tem severas reações alérgicas quando em contato com o princípio ativo de "crocolilagens masculinus"
Apresenta reações adversas quando exposta a " hipocrisias activas femininiuns", sendo que o contato breve pode vir a expor a irritação horas depois. Recomenda-se manter longe desse princípio ativo.

Contra indicações

É contra indicado o uso em ex-maridos, caso ocorra exposição, recomenda-se o uso de água em abundância e a procura de um médico para a retirada dos resíduos de "patadas master" destilados.

Posologia

Usar preferencialmente de bom humor, doses variáveis.



Interações medicamentosas


Não expor ao sol. Evitar o sal.


Eu deixo em aberto, quem quiser fazer, mande brasa. E me avise aqui, pra eu ler essas bulas bloguísticas.


@@@@@@@@@ atualização @@@@@@@@@@@@@@@

Queridos, o texto é só piada.Só ataque de bobeira. Tô dizendo isso porque volta e meia tem gente me escrevendo: "Vivien, você está falando de mim?" ou "Era eu???".
Olha só, quando eu mando recado aqui, em geral eu mando um email dizendo :"fulano(a), aquele texto é pra vc!"
Fora isso, desencanem.
Mesmo porque eu sou geminiana...meus pitis e ataques de raiva ( e ciúmes) são pontuais e momentaneos. E passam. ´Quem já viu meus xiliques ,sabe.Desculpaê.
Porque como dizia o poeta: "tudo na vida passa, até uva passa."
beijos a todos.
Peace.

20 outubro 2007

O projeto
















O André me fez um convite irrecusável: participar do projeto Macabéa.Eu estava conversndo agora com a Ana Leticia sobre ele, toda empolgada da minha vida.
Leiam o que diz o André :"Tenho em mente a criação de um site/blog que tenha a capacidade de ser uma revista sem deixar de ser um simples blog. Será um portal
especializado na divulgação e discussão das tendências do meio e das inovações
na criação artística.
Um projeto que tenha a aptidão para ser um portal cultural sem se
perder em armadilhas técnicas e dificuldades operacionais. Que possa ser
divulgado com facilidade e tenha a destreza de reunir pessoas afins e
leitores desavisados. Que sirva para Josés e Serafins, para blogueiros
viciados a poetas, literatas, artistas, estudantes e jovens em fase de
inclusão digital. Acima de tudo nosso projeto deve gerar conhecimento,
entretenimento, interatividade, inovação e um perfume de cidadania
."

Quem quiser saber um pouco mais, dê uma passada aqui. Ainda estamos arrumando a casa, dividindo os móveis e as tarefas ( quem lava a louça, quem guarda, quem cozinha...) e ainda discutindo alguns pontos.
Só posso dizer que estou contente em participar , em ver a gênese da revista/blog.
E tem coisa mais deliciosa que isso?
Mantenho todo mundo informado.Quem quiser descobrir mais um pouco sobre o projeto, entre aqui. Bom sabadão.

19 outubro 2007

Mamulengos ( com atualizações)










Há algum tempo recebi uma comunicação do meu sindicato sobre algumas oficinas que iriam acontecer por aqui. Fui lá ver, todas muito interessantes, mas com poucos inscritos - afinal, professor geralmente não tem tempo nem pra respirar - e acabei fazendo inscrição em apenas uma: sobre Mamulengos.
Já achava que quem era o responsável pelo curso era o Sebastian, e não teve erro: era ele mesmo.
Há vinte anos - em uma outra vida, portanto - eu fui sua secretária. Em uma vida em que ele tinha um emprego tradicional e eu era uma adolescente. Graças a ele conheci uma das melhores pessoas no planeta Terra: A.,que foi um grande amigo por muito tempo.Infelizmente, nos perdemos por essa vida, o que foi uma pena, porque pessoas com a índole de A. não se acham nas esquinas das cidades.
Eu estou achando que vai ser muito bacana e - obviamente - vou contar aqui na Casa, porque afinal, "tudo vira blog", já dizia o poeta.


**** atualização****

Fui na escola onde deveria ser a oficina: ninguém sabia de nada, não estava rolando nada. Voltei pra cara com um bico enorme.Saco.

18 outubro 2007

"Eu vou bater na madeira três vezes com os dedos cruzados"











Eu estava na estrada, indo para o médico. A gasolina, no toco, e eu rezando pra bichinha durar até eu pegar dinheiro e abastecer.
Vinha cantando, bela e formosa, com meu rabo de cavalo, óculos escuros e um grande bom humor.
O carro começou a engasgar, engasgar, miar, miar. Parou.
No minuto que parou eu comecei a suar, de nervoso, de calor, de desespero: sozinha com o carro parado na estrada.
Mas como diz o caboclo, desgraça vem em trinca e eu estava sem crédito no meu celular e sem grana. Mas não é que eu estava com pouca grana...eu não tinha passado no banco, estava zerada.
Então, vejam a situação: carro parado, sem dinheiro e sem celular.Ainda bem que não tinha uma faca de pão por perto.
Então liguei pra Frou - aliás, liguei na casa dos pais a cobrar *** pausa para sentir o gosto do constrangimento *** e pedi socorro.
Pouco tempo depois , seu R., pai da Frou ,estava lá pra me salvar, ela não tinha vindo porque D., outra amiga nossa, havia se acidentado e estava precisando de ajuda.
A bruxa está solta para as professoras? Sério, tô batendo na madeira três vezes com os dedos cruzados, xô urucubaca.Não, queridos, não acabou: a gente não conseguia abrir e colocar a gasolina. Torce pra lá e vira pra cá, seu R. conseguiu.
Liguei o carro. Deu tudo certo? Não. A porcaria do carro não pegava.
Começou a chuviscar, os caminhões passavam balançando a gente, eu já estava me vendo na capa do jornal marrom " professora esmigalhada por buzão porque ficou sem gasolina!"
No fim das contas, deixamos o carro lá e seu R. me levou ao médico, ou seja, eu o aluguei mesmo. Mas vocês sabem, pessoas quando são do bem, são integralmente e eu tenho muita sorte com meus amigos.
No médico, a velha novela, mas nenhuma conclusão por hora. Vou ainda passar por outros exames pra definir o tratamento que farei ( ou que não farei).Não aguento mais tirar sangue e levar xixi.
Fiz uns milhões de exames, me sinto uma espécie de cobaia em uma aula de anatomia.
Mas apesar da gravidade da coisa, estou com muita fé que tudo vai ficar bem, porque eu acredito mesmo que milagres acontecem diariamente. Por mais piegas que seja dizer isso, e eu sempre digo, ser mãe já é um tremendo milagre.
Por hora, pessoas, tô aceitando um rinzinho de segunda mão em boas condições.
beijos.

16 outubro 2007

mãe e filha














O difícil pra uma menina que tem mãe bonita é achar que nunca vai ser bonita também. Mas comigo era um pouco mais complicado, eu era desajeitada - até hoje não sei me maquiar, passo um batom e tá valendo - e tímida. Tímida não sou há décadas, literalmente. Sou uma exibida,exibida mesmo, sem dó nem piedade.
Minha mãe era professora e em pouco tempo passou a trabalhar na diretoria, assim , durante anos, eu fui a "filha da diretora".
Era legal, assumo gente, era legal.
Mas o máximo era ver minha mãe indo trabalhar toda linda, usando um lencinho no pescoço - quem estava na Terra na década de 70 sabe do que falo, era um charme -
e eu ali, pensando .."uau..".
Então cresci sendo criada por uma ariana mandona pra caramba, moderna, bonita e inteligente. Tenho sorte ou não?
Conforme fui crescendo e definindo meu estilo, passamos a ter uma relação que mescla maternidade, fraternidade e amizade, e é algo que prezo muito.
Mas a criatura é mandona mesmo: acostumada a organizar, vai dando ordens até na minha casa...e quando me rebelo, rapaz, ela se admira.
Meu segundo marido, após uma briga feroz, foi chamado por ela: levou um esporro daqueles, que ouviu de cabeça baixa. Bom, ele era um panaca e gostava de fazer média ( vocês devem conhecer esse estilinho obtuso, perde a dignidade, mas não perde a fama de "bonzinho"), mas mesmo que fosse um homem firme, não creio que a enfrentasse.
Posso me orgulhar de tê-la influenciado também, pois ela acabou simpatizando com o PT por minha causa. Hoje em dia, falar mal do Lula é praticamente pisar no pé dela, eu sacaneio, digo que quando todos os ratos abandonarem o navio, vão estar ao lado do presidente: d. Marisa e minha mãe, socando a cara de quem se aventurar a incomodar.E olha que com essas mulheres aí, não tem tempo quente não.

14 outubro 2007

Professores













Eu não sei ao certo o que colocar nesse post.Tudo me parece piegas, me parece nhém nhém nhém.Tenho aflição de post "fofo", vocês sabem. E eu nem estou com bom humor. Na verdade, estou com o humor confuso, irritadiço, desconfiado.
Mas ainda assim: confusa, irritadiça e desconfiada, sei que essa coisa de dia dos professores ainda merece um post.
Mereceria um de qualidade, com bom astral, coisas assim: mas fico devendo, "penduro" na conta do leitor. Por hora, digo que ser professora é algo pleno.
Poucas coisas são tão intensas quanto uma sala de aula, poucos momentos são tão inesquecíveis quanto aqueles em que você percebe que fez diferença, que mexeu com aquelas pessoas, que modificou algo.
"O futuro não é mais o que era antigamente", a gente berrava na adolescência, inebriados de Legião Urbana. Pois é, quero que o futuro de quem esteve comigo em sala de aula seja outro, seja melhor, seja diferente. Quero ter mudado, mexido, chacoalhado, quero ter feito diferença.
Tropeço com professores maravilhosos, tropeço com professores medíocres. Fujo dos papos sacais da sala dos professores e descubro blogs brilhantes de quem faz da sala de aula uma experiência única.
Não acho que todos os professores sejam maravilhosos. Acho que tem gente burra por ai, incompetente, mas acho também que tem gente incrível, criando, pensando, jogando, perguntando, respondendo, vivendo com os alunos.Acho que esses acabam criando uma amálgama onde aprender e ensinar acabam ficando mesclados, unidos: como deve ser mesmo.
E aí me animo toda, saio da irritabilidade, saio da desconfiança e começo a achar que muita coisa ainda é possível.
Me lembro de uma história antiga: estava na sétima série e odiava minha professora de História. "Matava' muitas aulas, pra ficar de papo furado, me achando complemente esperta por não ser pega.Me achava A radical, uia que judiação.
Um dia, teríamos que apresentar um seminário sobre diferentes temas,não tendo como fugir daquilo que seria um grande saco, meu grupo optou por estudar sobre o Egito. Ficamos várias tardes fazendo o trabalho. Ou melhor, conversando, comendo, rindo...e nas horas que nos sobravam, fazíamos cartazes e líamos sobre o tema.Na sala de aula, quando estávamos presentes, era pra tumultuar o meio de campo.
O fato é que gostei pacas daqueles homens esquisitos, dos tais faraós, da mumificação, da enigmática estátua do escriba sentado.Mas o que me motivava mesmo era fazer um trabalho bom pra esfregar na cara da chata da professora. Eu me animava com minha pequena vingancinha, achando que seria um choque para ela um bom trabalho vindo de um grupo sacaninha como o meu.Delirava pensando como seria horrível pra ela, como ela ficaria verde de ódio.Achava tão divertido tudo isso, achava mesmo.Enfim, chegamos, apresentamos, nos empolgamos.E vamos combinar, o trabalho ficou muito melhor do que o dos outros. A criatura competitiva que mora em mim já estava mostrando suas garras. E aí, tive uma surpresa tão grande que nunca esqueci.
A reação dela foi completamente diferente do que eu esperava. Diferentemente dos medíocres que ficavam sinceramente ofendidos quando tinham que admitir que nosso trabalho era bom, ela efetivamente ficou feliz.Para meu espanto, me abraçou, rasgou elogios para o grupo todo, dizendo francamente que não esperava aquele resultado e que tinha ficado feliz em ver.
Meu queixo rolou três quilômetros. A expressão dela era de felicidade mesmo e eu só fui entender plenamente isso quando vi um bom trabalho feito por alunos.
Sem a mesquinharia a que eu estava acostumada - que era praxe nos outros professores - essa cena de franqueza, alegria e de vontade de ensinar, foram cruciais pra mim.
Posso garantir que me tornei outro tipo de aluna e nunca esqueci aquele abraço, aqueles elogios risonhos e aquela generosidade.
Feliz dia dos professores, queridos.
E pra quem quiser ler mais sobre meus alunos, tem um marcador aí na direita : "alunos", clica lá e ria comgo.

13 outubro 2007

Repetindo


Eu preciso voltar a mexer naquela coisa parada e abandonada que eu chamo de dissertação. Preciso.
Os outros livros, deliciosos como amantes, tem que me deixar em paz.Tenho que estudar.Ai, ai.

10 outubro 2007

Imperdível









Recebi um email do meu sindicato ontem e corri pra lá: a tradicional festa dos professores vai contar com a presença do grupo Bons Tempos, de quem sou fã há muitos anos.Os caras são absurdamente talentosos, com um repertório maravilhoso com sambas antigos misturados com caras como João Bosco e Chico Buarque.
Há poucos fizeram uma turnê com um show inteiramente dedicado a Ary Barroso, que vi aqui em Campinas e no Rio, onde levei primos pra se tornarem também fãs.
Fui pegar os convites, feliz da minha vida. Gosto do Bons Tempos desde a época da graduação,como já disse, tenho a sorte de viver em uma cidade deliciosamente musical.
Um dia, há anos, quando eu ainda não tinha adotado a fanta laranja como lema de vida, encontrei um dos integrantes em um bar aqui da cidade. Era o show do Moreno Veloso e eu estava toda alegrinha com meus choppinhos. Aí vocês sabem, chopp e vergonha não andam de mãos dadas, fui lá na maior cara dura, dizer que adorava as músicas deles e essas coisas imbecis que nós, fãs, fazemos.Esse integrante dos Bons tempos até hoje me chama de Lilith,de sacanagem, pois esse era o email que eu usava na época.
Morro de vergonha dessas coisas.Eu fui lá toda retardada.... Nesse dia até corrigi meu nome quando Moreno Veloso autografou o cd,olha que ridiculinha, gente."é com E...VIVIEEEEN...". A questão é que o Moreno Veloso eu nunca mais vou ver na minha vida e o povo dos Bons Tempos eu vejo e penso: "será que ele ainda me acha uma idiota?". Espero que não, pois continuamos a conversar por esses anos.
Tenho certeza que a festa dos professores será ótima: quem estiver na reginão, for professor ou amigo(a), namorado(a), qualquer coisa de um professor, pegue o convite e vá ao show.Vai adorar, prometo.
Eu gosto dessa festa anual. Quem já trabalha há tantos anos nas escolas particulares da região, como eu, encontra um monte de gente, amigos e desafestos, ex-amigos e ex-desafetos. É sempre divertido.
Depois eu conto.
Outro integrante é dono do Deck, um bar pra lá de charmoso em Souzas, parada obrigatória pra quem vem por aqui. Eu sugiro o creme de siri, que pelamor , é de chorar de tão gostoso.
Bom, queridos, escutem aqui esse povo bom demais.

05 outubro 2007

As enquetes



















Queridos amigos, esta Casa está inaugurando um novo espaço para o papo mulherzinha...as enquetes.
Esssa nova brincadeira é uma maneira de interagir com os leitores, de brincar, de fazer coisas de blog. Caraca, como eu gosto de "coisas de blog".
A princípio, os temas serão mesmo no melhor estilão sex and city, mas pode ser que fiquem sérios. Pode ser, mas não prometo.
Assim, o primeiro resultado foi a faixa etária dos leitores: a maioria está na casa dos 30 e em segundo lugar a casa dos 40.
A segunda enquete foi mais "profunda"...e teve a participação, entre piadas e risadas, do Ricardo - meu irmão arquiteto e lindo - e da minha amiga Cláudia Lyra, ambos via msn.Vejam como uso o msn para questões nevrálgicas na minha vida.E vejam como tenho amigos com bom humor...pois além da colaboração, tive a votação.
E o resultado, com o qual concordo e assino embaixo, foi que o fora mais medonho do mundo, mas sem noção é.....


" o problema não é você...é comigo mesmo" ( cinco minutos depois está com outra)


O problema de desfilar com outra pessoa na sua frente é que a pessoa descartada se sente ..como direi com classe...hummm.....uma merda?
Mais ou menos por aí. Alguns podem dizer que não há fora legal e vou concordar. Mas os hipócritas seguidos daquela desfiladinha básica no melhor estilo "casal feliz" debaixo do nariz despeitado de quem tomou um pé no traseiro, ah, amigos, é um chute na dignidade ,que rolou pra baixo do sofá.
Mas sempre nos sobra bom humor.
Queridos, só o bom humor salva!

Agora estou com outra enquete, votem no estilo de homem mais interesssante e no mais chatinho.Os tipos estão ao lado. Brinquem comigo.
E não se ofendam, ok? Já dizia o filósofo:" não sabe brincar, não desce pro play".

04 outubro 2007

Literatura infanto-juvenil ou Um soco na inteligência de qualquer um










Aqui em casa temos um esquema: eu leio os livros indicados pela escola, para discuti-los com o Daniel, ajudar na prova, essas coisas de mãe.
Vou dizer uma coisa pra vocês: nunca entendi a lógica das escolhas dos livros.
Eu gosto de ler, sempre gostei, fui uma criança com livro na mão e detestei praticamente todos indicados pela escola.
Mas os que Daniel tem que ler, são ainda piores.Com tantos autores bons, com tanta gente de qualidade...por que ler porcarias?
Esse último é segundo o Daniel " uma tentativa patética de ser politicamente correto, parece Paulo Coelho misturado com propaganda da Natura".
Tive que acompanhar meus alunos em uma palestra com uma autora, há algum tempo. Só não dormi porque sou dura na queda, porque foi uma tortura mesmo.Além da chatice, ela os entupiu com informações incorretas sobre História. Juro que fiquei quieta, fiquei na minha. Mas em um determinado momento, ela perguntou:
- Não é verdade, professora?
- Na verdade...não.

Interromper a maluca poderia ser um equívoco e optei por não fazê-lo, mas compactuar com besteirol era demais.
Aí eu penso, se meu filho, que lê e gosta de ler, detesta o livro, despreza o livro...como ficam as crianças que ainda não descobriram a literatura?
Pois é, as escolas precisavam de mais Lulus.

28 setembro 2007

Wagner Moura (II)


























Eu estou aqui esperando o final da novela, como muitos brasileiros.Li no Estado de ontem - parênteses em tempo: só comprei porque a Folha tinha acabado, não leio o Estadiiinho - que alguns estão surpresos com o sucesso de público dos personagens Olavo e Bebel.
Como boa noveleira que sou,vou cá dar meus pitacos.Começando pelo óbvio, ambos são atores ímpares, talentosos até a medula,convincentes, carismáticos, dominam a cena, são impactantes, coisa e tal.Sobre o Wagner Moura,tanta gente já falou tanto...tenho pouco a acrescentar.Isso somado a criatividade de Gilberto Braga só poderia dar mesmo um bom caldo. E deu.
Apesar de algumas pessoas se indignarem com a popularidade dos vilões,c reio que o que chama a atenção - nesse caso - é a dose irresistível de humor com que ambos temperam seus personagens, humor sacana, inteligente, irônico.
A questão da sexualidade também é um item bacana, diferentemente dos mocinhos da trama, que se amam com a musiquinha mais brega do planeta ao fundo e em câmera lenta ( por que será que sexo entre "mocinhos" é sempre lento?), Bebel e Olavo esquetam a tela com cenas repletas de risos,de sensualidade divertida e despudorada.
Será que as cenas amorosas dos "mocinhos" da trama provocam alguma coisa ...além de tédio?
Alguém me disse que achou incrível que parte do público feminino gostasse dos nomezinhos pouco ortodoxos com que Olavo chama Bebel.Sério? Se surpreendeu mesmo? Alguém acha que chamar de princesinha é a melhor opção??
Gente, gente, Olavo precisa dar umas aulas ao público masculino...
Assim, no meu caso, descarto a interpretação de que o público está sem padrões morais e sem ética ...e outras observações do gênero.Particularmente, acho essa interpretação moralista,simplista e ingênua.
Creio que a ironia na medida, a humanização dos personagens ( que tem sangue nas veias e nem sempre são límpidos como anjos) e a sensualidade espontãnea ganharam um espaço privilegiado.
E Wagner Moura ganhou,com Olavo, definitivamente uma coroa de louros.

26 setembro 2007

Para Lord Caco e para Vivina








A vida é mesmo engraçada e cheia de bonitas surpresas.Esse momento aqui foi muito, muito importante pra mim.Leiam e dividam isso comigo.

21 setembro 2007

Conversas com Daniel
















Eu já falei dos meus papos com Daniel em alguns posts: como esse, esse ou esse.
Mas lá vai mais um. A moda agora é me chamar de "mulher macaco", atenção, não pode ser "macaca", tem que ser no masculino, porque segundo ele, eu viro um macaco, um macacão doido e feroz, quando começo:
- Danieeeeeelll...!!!! vai arrumar seu quarto!!!!! vai estudaaar!!!!
Essas coisas de mãe. Ou melhor, de macaco.
Aí eu perco a compostura, tô dando uma bronca,ele olha pra mim, faz um bico e imita um macaco, murmurando:
- uh..uhn...
Quando começo a rir, ele se empolga e eu perco toda a autoridade.Eu sei que deveria ficar fortona e firme, mas eu rio de me acabar, gente.
Outro dia, almoçando, conversávamos sobre um livro que dei pra ele, o Na Toca dos Leões, do Fernando Morais.
- tá gostando do livro?
- tô sim, super legal. Aquele Olivetto lá é foda mesmo.Escuta, o Fernando Morais morreu?
- não, por quê?
- Sei lá, ele não tem nome que quem já morreu?
- ?????
Quanto a "mulher-macaco", ela tem variações:
* "macaco-professora" - quando estou ajudando com o estudo, ele descreve uma macaca com óculos e reguinha.
* "macaco-senhora-do-destino", uma macaca com turbante e bola de cristal, quando discutimos e ele diz que sou a "dona da verdade".
* "cyber monkey" - uma macaca com óculos pra ver em 3d, digitando loucamente.
* "macaco juiz" - com toga e peruquinha, quando sou autoritária.
E por ai vai. E eu me mato de rir.
Ai, gente, ele é o máximo.

17 setembro 2007

O espelho









A idéia é do Tiago e eu copiei, quem quiser fazer, mande brasa.

Retrato-falado

Nome: Vivien Morgato
Idade: 39 anos
Nascimento: 01.06.1968
Naturalidade: São Paulo - sp
Signos: Gêmeos - Macaco
Formação: História
Trabalho: Docência e pesquisas em História e Pedagogia
Sonho: não ter mais lúpus, viajar loucamente, viver de blog, ver meu filho feliz.
Lugar: Paraty
Mania: Mexer no cabelo
Instrumentos: só pra ouvir
Linguagem: literatura
Esportes: caminhada
Times: heim?
Religião: mistureba de crenças, fé
Drogas: feijoada em lata
Animal: Renildes ( minha vira-latas), Malcolm X e Chiquinha ( meus gatos)
Gula: Comida baiana picante feita por mim e chocolate.
Ira: pobreza,abandono,dor,chilique de blogueiro ególatra. .
Preguiça: rede
Inveja: tô fora
Avareza: sou perdulária
Luxúria: Brad Pitt
Vaidade: na medida
Bebida: coca cola com muito gelo
Objeto de desejo: lap top, tv de plasma e um carro que não faça barulho de caminhão quando anda.
Cor: vermelho fogo.
Banda: Legião Urbana
Música: mpb dia e noite
Disco: qualquer coisa com a chancela Chico Buarque de Hollanda.
Livro: Cem anos de solidão ( Garcia Márquez)
Filme: Clube da Felicidade e da Sorte, Matrix.
Figura histórica: Madre Tereza de Calcutá,Martim Luther King, Zumbi, Lula.
HQ: Neil Gaiman
Virtude: entusiasmo.
Defeito: arrogância.
Família: delícia.
Frase: "Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda como se fosse viver para sempre".
(Gandhi)
Epitáfio:Aqui está a mãe do Daniel, foi bom pacas.

Bernardo Caro

<







Lendo o site da Unicamp, recebi essa notícia triste:

"Morre o pintor Bernardo Caro, ex-diretor do IA

[17/9/2007] Faleceu na manhã de domingo (16), em Campinas, o artista plástico Bernardo Caro. Caro, que era professor aposentado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e ia fazer 76 anos em dezembro, havia se submetido na sexta-feira a um implante de válvula cardíaca no Hospital Celso Pierro, não resistindo ao pós-operatório. Seu sepultamento ocorreu no domingo.

Bernardo Caro firmou-se como pintor e artista plástico a partir de 1964, quando passou a fazer parte do Grupo Vanguarda, de Campinas. Na década de 70 participou de várias versões nacionais e internacionais da Bienal de Arte Moderna de São Paulo. Além de ter participado de exposições na Itália, na Espanha, no Japão e em países da América Latina, tem obras em acervos de Londres, Washington, Paris, Madri, Granada, Stuttgart e Estocolmo.

Natural de Itatiba, Bernardo Caro foi educador e professor universitário, ligando-se primeiramente à Pontifícia Universidade Católica de Campinas, de cujo Departamento de Artes Plásticas foi chefe de 1979 a 1982, e depois à Unicamp, de cujo Instituto de Artes foi diretor. De 1997 a 2006 foi vice-cônsul da Espanha em Campinas e região.

Filho de imigrantes andaluzes, a arte de Bernardo Caro era um ponto de união entre a tradição da pintura espanhola e a temática brasileira. Era possivelmente o pintor brasileiro mais marcadamente espanhol. Em 1997, a cidade de Villanueva del Trabuco, onde nasceram seus pais, prestou uma homenagem ao artista dando seu nome a uma das ruas da localidade. Bernardo compensou-os com um monumento construído na praça principal da cidade.

Detalhes sobre a vida e a obra de Bernardo podem ser consultados no site bernardocaro.bravehost.com
(Eustáquio Gomes)"
A partida das pessoas sempre me deixa triste, mesmo quando deixam uma marca tão intensa e bonita quanto ele deixou.
Ainda mais quando essa pessoa era alguém que eu admirava tanto.

O texto da Mel









Lendo o blog da Mel, me deparei com esse texto. Pedi autorização dela para publicá-lo, porque acho que o racismo deve ser combatido sistematicamente, diariamente, sem tréguas. E nada melhor do que ouvir quem levou na própria carne pra ter mais certeza ainda.Acompanhem a Mel:




"Obtive meu primeiro emprego com carteira assinada em 1996, aos 15 anos. Fui contratada para ser atendente de uma das lojas Arby´s, um fast food de sanduíches de rosbife. Comecei em novembro. Em dezembro tive meu primeiro salário (recebia R$ 1,96 por hora) e fui ao shopping Ibirapuera (o mais próximo, dado que eu trabalhava na Alameda dos Maracatins) comprar uma calça jeans de cintura baixa. Há tempos queria ter uma. Todas as meninas usavam modelos assim. Geralmente eu herdava roupas que não cabiam mais em minhas irmãs, logo não podia me dar ao luxo de ter preferências. Mas naquele dia de dezembro de 1996 seria diferente: com meu primeiro salário eu compraria uma calça exatamente do jeito que eu queria.

O tempo apaga muitas coisas da memória como, por exemplo, o nome da loja que escolhi para fazer minha tão almejada compra. Entretanto não apaga outras como a sensação de ser sumariamente ignorada dentro desta mesma loja. As vendedoras, todas brancas como as clientes que estavam por ali, escolhendo e provando roupas, não se deram ao trabalho de perguntar nada, de oferecer ajuda... enfim: eu era absolutamente invisível naquele lugar. Inegável mal-estar. Vontade de sair dali o quanto antes. Sorte que a loja era do tipo que deixava a mercadoria à mão. Sozinha procurei a calça e encontrei um provador livre. Sozinha me dirigi ao caixa para efetuar o pagamento. A moça do caixa me sorriu e perguntou onde estava a minha comanda. Eu disse que não tinha uma. Ela então perguntou quem me atendera. Ninguém, respondi. Por um momento ela ficou me olhando. Como se houvesse entendido coisa que eu aprendera a entender desde muito cedo. Paguei a calça, peguei minha sacola e fui embora.

pCreio que todo adulto negro lembre de pelo menos uma dezena de episódios de racismo pelos quais tenha passado. Digo isso chutando baixo. Eu nunca parei para contabilizar (até porque tenho mais o que fazer da minha vida), mas enquanto escrevo este pequeno texto vão me aflorando na memória muitos, muitos mesmo. Desde o colega da pré-escola, Eduardo, 5 anos, que numa brincadeira infeliz de “beijo, abraço ou aperto de mão” cuspiu no chão depois de beijar minha bochecha até o constrangimento de, numa agência de empregos da Barão de Itapetininga, ser “avisada” pela entrevistadora que a vaga pela qual eu me interessara era só para quem estivesse “fazendo faculdade”. A fulana tinha meu currículo nas mãos, mas não se deu ao trabalho de olhar o documento: para ela bastava olhar o tom da minha pele e, a partir dele, julgar meu grau de instrução.

Algumas pessoas que se posicionam contra a concessão de cotas para negros nas universidades alegam como motivo principal a dificuldade de apontar, num país tão miscigenado, quem seria de fato negro. Haveria uma dificuldade em apontar o fenótipo. Engraçado que quem nasceu negro neste país sabe exatamente o fenótipo que o faz ser preterido quando se candidata a uma vaga de recepcionista, por exemplo. Não quero com esta declaração me posicionar a favor das cotas. Este é, aliás, um defeito da minha formação. O professor Kabengele diz que os educadores têm a obrigação de ter uma opinião formada sobre este assunto, o das cotas. Eu confesso que não tenho uma, ainda. Toda vez que começo a pender para uma posição, surge um outro questionamento que me faz rever tudo... Em todo caso eu não comecei a blogar para escrever sobre as cotas. Isso aqui é sobre outra coisa.

O racismo dói e ao mesmo tempo revolta. Quando criança, mais nova e inexperiente, doía mais que revoltava. Hoje revolta mais que dói.

Setembro de 2007. Vou almoçar com uma colega da seção. Não sei por que cargas d´água falamos numa outra pessoa que também trabalha na FEA. A colega, rindo, me pergunta se eu estava falando da “dominó”. Fico intrigada com o apelido, não entendo. Ela me explica que M., um outro funcionário da FEA, dera esta apelido àquela pessoa a quem nos referíamos por se tratar de “uma negra com pinta de branco”.

Preciso dizer que perdi a fome?

Atitudes deste tipo me incomodam tremendamente muito mais que demonstrações de racismo declaradas. Quando trabalhei na Atento tive uma amiga, de quem gostava muito, que desde a primeira visita a sua casa me avisara “Minha vó não gosta de negros”. Eu ia sempre visita-la preparada para o tratamento hostil. A criatura de seus 80 e poucos anos permanecia na cozinha enquanto eu estivesse na sala. Eu, da minha parte, fazia de tudo para ir embora logo. Assim nos (des)entendíamos e a vida prosseguia. O comportamento do M. me incomoda por ser velado. Duvido que, se colocado frente a parede e questionado se seria de fato um sujeito racista, M. responderia “sim, eu sou”. Imagino que se desvencilharia da questão com uma alegação do tipo “foi só uma brincadeira” ou coisa que o valha.

Não é preciso ter cursado Letras e nem ser um às em análise do discurso para perceber o racismo presente no apelido e na expressão “preto com pinta de branco”. A colega de trabalho da FEA em questão, a apelidada de “dominó”, veste-se muito bem, com muito bom gosto por sinal. Para o racista M. este esmero significa um distanciamento da negritude e conseqüente aproximação ao “mundo dos brancos”, mundo dos “bem-vestidos”. Alguém duvida que isto seja racismo?

Lembro-me de, mesmo criança e incapaz de compreender muitas coisas, questionar o porquê de certas atitudes alheias que doíam em mim. Como o exemplo do pequeno Eduardo que, aos 5 anos, numa brincadeira de “beijo, abraço e aperto de mão”, cuspiu no chão na frente de todos depois de beijar minha bochecha. Demorei alguns anos para entender que a culpa não é do Eduardo, mas sim de seus pais e/ou demais adultos que de alguma maneira vão incutindo o gérmen do racismo em seus filhos, sobrinhos, netos, afilhados, etc. A criança é resultado de seu meio. Assim, boçais racistas como M. vão, infelizmente, plantando suas sementes podres e gerando pequenos Ms Juniores...

Ps: Como não sei quem lê este blog, me contive e optei por não citar abertamente o nome do racista funcionário da FEA em questão. Não se trata de medo, nem nada do tipo. Ocorre que o episódio além de não ter acontecido diretamente comigo me foi narrado em 3º pessoa. Não posso sair por aí fazendo acusações porque teria que prova-las. Duvido que o racista em questão assuma o que disse. De pessoas assim só é de se esperar a covardia. "

13 setembro 2007

Tudo pode ser diferente





















Esse ano esteve longe de ser o melhor da minha vida.Problemas profissionais que nunca tive, o caso que contei abaixo ainda se refletindo, coisas assim.
Mas como boa geminiana, um dia chato foi substituído por um dia gostoso, um mau humor deu lugar a uma felicidade cheia de esperança.
E é aí que começo com a clássica (re)avaliação das escolhas que fiz. Vejo que fiz um monte de besteiras, mas tive grandes conquistas.Um filho, em primeiro lugar, um Daniel, o que não é pouca coisa...inteligente, engraçado, companheiro, lindo.
O fato de ter feito História, os bons anos de graduação na Unicamp. O mestrado, que está enrolado, mas vai ficar bacana. A casa, a casa...O blog, a minha outra casa.
Os amigos que me cercam com tanta atenção e amor que me derretem: seja pra dar risada, seja pra ir na minha casa e fazer chazinho quando estou de bode, achando que o mundo é uma porcaria.Isso é uma benção.
Amigos que consegui conquistar até aqui no blog,que continuam por emails ou pessoalmente, os papos que começamos aqui. Isso é uma benção.
O fato de eu estar indo deitar ontem e amigos passarem na minha casa, sorridentes, pra passear pelas praças do condomínio. O fato de minha tia me ligar pra saber por que não vou no casamento de meu primo, dizendo que farei falta.
Gente, o fato de eu fazer falta, como meus amigos fazem, como minha família faz falta pra mim.
O fato de receber scraps de alunos e ex alunos no orkut, o fato de minha cachorra pular de feliz em me ver.
Isso é uma benção e eu agradeço.