Sextarolou o retorno do Café Filosófico aqui em Campinas. Eu fui, claro.
Encontrei Hilda, uma amiga querida, e nos juntamos a uma jovema graduanda do IFCH
( Saca aqueles momentos que você quer dizer..."eu sou você amanhã"...?).Fui abastecida com meu sempre predileto paté de salmão e uma cerveja ( miraculo)enquanto ouvia o Fernando Chí ( *suspiro*) e Luis Tatit,o Incrivel.
As questões eram sobre música e sociedade ( daaaaaaaaaaa...) e Tati não decepcionou: sem saudosismo, elogia a produção musical atual, e para tanto tem um argumento que vai ao encontro de minha reflexão: dado que toda geração critica a posterior e se valgloria de ter produzido/consumido coisa melhor, estariamos em um proecesso de degradação artistica ad infinitum. Isso é irreal, portanto, o argumento se invalida.
Usando um argumento que já vi pos post do ex blogueiro Rafael Galvão,o saudosismo não é saudade de algo, mas de si mesmo. Bingo.Sua interpretação libertária em relação à lingua me agradou,liás, tudo me agradou- a começar pelos bícepes de Fernando Chui *suspiro* - em uma noite onde consegui perceber que a canção não morre, dado que é a relação entre fala e melodia e,segundo ele, a propria fala já tem instrisecamente em si melodia.
Caso você não conheça o espaço, vale a pena conferir.
A gnete se vê às sextas, beijos.
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02 abril 2011
Café Filosófico com Luis Tatit
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11 outubro 2010
Elvis e a invenção da adolescência

Sexta é um dia bom pra conversar, deveria até ser o dia nacional do papo.
Algumas vezes vou até o Café Filosófico da cpfl, o que quase sempre rende bom papos.
Nessa sexta fui ver uma palestra em especial: Elvis e a invenção da aolescência, com Márcia Tiburi e Fernando Chuí.
Na verdade, era rock e a a adolescência, mas meu incconsciente leu ELVIS, ELVIS, ELVIS. Claro. *suspiro*
A apresentação foi boa, teve uma ondulação, uma variação entre momentos de repetição de um conceito, momentos "papinho de botequim ponto com" e alguns períodos de um raciocinio realmente interessante.
Eu quis discordar, concordar, perguntar: ms qualquer opção dessas deveria ser feita com microfone e câmera no rosto e meu super inflado ego ainda não tem segurança para tal empresa.
Fernando Chui intercalava o papo com interpretações das músicas, o que deu cor e ludicidade para a apresentação. Márcia é indubitavelmente articulada, mesmo que isso envolva um raciocinio nem sempre tão elaborado.
No caso, a ideia era de que a criação do conceito de adolescência está vinculado ao aumento da perspectiva de vida ( sim, eu sei que é óbvio, mas entendo os palestrantes, tem que se partir de um ponto pára desenvolver a reflexão).
De resto, apesar de perceberem o potencial revolucionário - em todos os aspectos - do período da juventude, apontam a absorção disso dentro de uma lógica capitalista, onde antes de serem sujeito de qualquer coisa, esses jovens são um mercado consumidor promissor.
A apresentação foi basicamente isso, tendo uns lampejos de Adorno e alguns exemplos musicais. Foi bom, gostei de ter ido.
Infelizmente, como fui sozinha, fiquei na mesa com duas outras pessoas, uma dessas era um piloto que pediu para fazer uma pergunta e fez um discurso. Se você assistir isso pela Cultura, a mulher do lado do chatinho, com cara de vergonha e morrendo de vontade de socar aquela boa nervosa e tola, sou eu.
Coisas da vida, pessoas.
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01 maio 2010
Café Filosófico - Sérgio Rizzo

Nessa sexta voltei ao Café Filosófico: a bola da vez era Sérgio Rizzo, que falou sobre a representação da família no cinema.
Deve ter sido duro pra ele, que entende tanto de cinema, fazer um recorte para uma apresentação em uma hora: era tema pra um ano de aulas, certamente.
Alternando a fala com pequenos trechos de filmes, Sérgio Rizzo falou sobre como a indústria cinematográfica criou estratégias de controle e auto-censura e como isso foi paulatinamente sendo quebrado.
Apresentou também um contraponto aos filmes norte-americanos, falando sobre o neo-realismo francês e vertentes do cinema italiano e argentino.
Foi a primeira vez que levei Daniel e ele adorou. Curtiu o lugar, a apresentação e até as comidinhas que beliscamos antes da palestra.
Ficou combinado que seria nosso programa de sexta. Acho que consigo um espaço com ele porque não entro em concorrência nem com a namorada, nem com amigos.
( Porque não sou biruta, queridos)
Então fica assim: toda sexta, no café.
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25 abril 2010
Café Filosófico

Um dos lugares que gosto de ir em Campinas é no centro cultural da cpfl. Pra quem ainda não foi, fica a dica: uma programação que cobre a semana toda, com palestras, filmes, peças teatrais.
Eu gosto, em especial, da programação de sexta, do tal Café Filosófico. ( Se você não é da região, pode acompanhar a programação pela web ou ver a reapresentação pela Cultura, aos domingos, vale a pena)
O lugar é agradável: antes do Café abrir, você pode fazer hora em um lounge gostoso, com dezenas de revistas sobre Cultura e História, brasileiras e estrangeiras, um luxo.
Depois que o acesso é liberado, é só entrar e esperar. Mas isso dentro de um bar/restaurante gostoso, onde você pode petiscar alguma coisa ou jantar mesmo. Eu sugiro o creme de palmito ( perfeito) ou uma porçãozinha saborosa com beringela, tomate seco e sardella.
Dá pra conversar, beber, comer. Às sete começa a apresentação. É inegável o bom gosto, eles convidam professores interessantíssimos no naipe de Olgária Matos e Renato Janine Ribeiro - ambos são, inclusive, curadores de séries.
Nessa sexta, fui ver Yves de La Taille. Ele chegou com seu visual de homem-do-saco e falou lindamente.

Sua fala foi sobre a questão da relação moral que existe na educação. Ele inicia sua fala dizendo que Camus, ao preencher uma ficha, ainda criança, escreve que sua mãe é doméstica e se envergonha. Rapidamente, se envergonha de sua vergonha, tendo em vista que sua relação e respeito pela mãe deveria ser maior do que seu problema em ter ou não dinheiro.
A partir daí, começa sua fala, perguntando quantas crianças teria a segunda vergonha citada, atualmente.
Compara duas relações metafóricas com a vida: o peregrino e o turista. Carregando propositalmente nas tintas, apresenta alguém que se insere em culturas, que valoriza o processo de caminhada e outro que exige rapidez e deseja ser servido.
"O peregrino deseja experiências na sua trajetória, o turista quer berimbaus".
Insistindo na relação consumista, superficial e "clientelista" ( na falta de uma expressão adequada) do sujeito com a vida e a sociedade, fala sobre o tédio, suicídio e a fragilidade nas relações.
Ao argumentar que a sociedade atual se preserva da dor ou da ameaça de dor, que necessita de ações, diversões e prazer constantes - eu não conseguia parar de penar em Admirável Mundo Novo - afirma:" Romeu e Julieta seriam impensáveis hoje"
Eu gostei. Não vou me alongar aqui, volto a falar sobre isso depois, mas gostei da abordagem e concordo em grande parte.
Como já disse aqui, discordo da errônea nostalgia por um passado idílico familiar, mas ele não faz isso. Um ou outro que levantou e perguntou fez, mas ele não.
Eu tive vontade de perguntar, mas me intimidei diante da câmera e fiquei quieta com minha coca-cola. Talvez outro dia, talvez outro dia.

Comprei o livro e ele tem uma estrutura simples, simples: uma conversa entre ele o o Cortella. É uma leitura mais arejada, mais palatável, não me parece ter o rigor e a profundidade de uma obra acadêmica, mas me pareceu bastante interessante. Parece cumprir seu propósito. Mas isso eu conto quando resenhar.
Sexta estarei lá de novo, pra ver Sérgio Rizzo falando sobre a representação da família no cinema.
Bora?
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