Mostrando postagens com marcador toc toc na madeira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador toc toc na madeira. Mostrar todas as postagens
05 julho 2012
A água da Rita me lembrou as minhas águas
A Rita, minha querida Rita, em um post delicado e encantador, falou sobre a chuva . Sobre ela e a chuva, a menina Rita e a chuva.
E eu vi, quase imediatamente, a mim mesma na janela, na primeira vez que olhei a chuva. Olhei tipo olho no olho.
Era uma daquelas chuvas grossas que caem com pingos gordos e fazem um pequeno cataclisma no chão, na água. O barulho forte e a marca dos pingos. O barulho forte e a marca dos pingos.
E eu fiquei ali na janela. O barulho forte e a marca dos pingos. O barulho forte e a marca dos pingos.
Era em uma época tão distante que eu ainda chupava chupeta. Objeto queridinho que só deixei aos cinco anos, mais ou menos. ( Pedi pra alguém jogar fora e me lembro dela voando. Chorei no meio do voo e pedi outra e não foi daquela vez que me despedi da danada)
Mas o bom da chuva, o bom mesmo, viria anos depois.
Quando eu descobri as delícias do banho de chuva. Em especial vindo da escola, molhando o uniforme e destuindo os cadernos. Melhor do que pegar a chuva era correr com as amigas e pular nas poças de água com aquela alegria febril que somos capazes de sentir aos dez anos.
A chuva vai sendo recodificada, assim como tudo. Hoje é o barulhinho que me ajuda a dormir ou aquilo que me faz temer dirigir. Mas não tomo banho de chuva, nem olho a marca dos pintos gordos.
Marcadores:
toc toc na madeira
21 fevereiro 2011
Deus mora nos detalhes
Minha política sempre foi escolher prioridades: fazer a vida ser um prazer e não uma obrigação, uma lista de afazeres repetidos.
Minha teoria agora é das "coisas legais". Faço "coisas legais" pra mim, sempre, todo dia. Pode ser um sorvete, uma soneca em um horário quase proibido pelo capitalismo visceral, pode ser ler com os pés pra cima, assistir novela ou mandar emails para amigos queridos.
A pergunta é: Vivinha, o que você fez de LEGAL pra você mesma hoje?;0)
Minha teoria agora é das "coisas legais". Faço "coisas legais" pra mim, sempre, todo dia. Pode ser um sorvete, uma soneca em um horário quase proibido pelo capitalismo visceral, pode ser ler com os pés pra cima, assistir novela ou mandar emails para amigos queridos.
A pergunta é: Vivinha, o que você fez de LEGAL pra você mesma hoje?;0)
11 fevereiro 2010
Crianças monstro - com atualizações
LI na Época desta semana que a rainha da bateria de uma escola do Rio seria uma menina de sete anos. Pois é, povo, os pais surtam e depois não sabem porque os filhos são rascunhos do inferno no papel de pão.
Alguns que se preocupam com a sanidade mental da garota já entraram com processo, querendo impedir a coisa toda. Os pais, envoltos na maior vibe narcisista, teimam em dizer que a fantasia da garotinha é comportada ( mini saia e mini blusa, acho que o "não comportada" pra eles seria fio dental) e tentam por toda lei colocar a litle perua rebolando na frente de marmanjos.
E aí, mesmo psicólogos e juízes apontando a inadequação do papel, a hiper exposição e o estímulo a sexualização precoce, os pais brigam na justiça pelo direito de decidir.
Eu sempre me pergunto quem pode defender as crianças dos pais...porque na ânsia de provarem que tem um poder quase divino sobre os filhos, expoem essa moçada a papéis absurdos.
Isso me lembra os medonhos desfiles de miss-mirim, com garotas que são verdadeiros travecos em miniaturas, completamente exageradas, sabe aquela coisa bem Texas? Então. Dureza, gente, dureza.
Mas isso merece um post à parte. Por hora, em "homenagem" às meninas feitas "estrelas" por conta da vaidade familiar, deixo com vocês a deprimente cena de O Que terá Acontecido a Baby Jane?, onde Baby Jane ( Betti Davis), uma ex estrela mirim, tenta voltar aos áureos tempos, fazendo o que sabe fazer: sendo menina....apesar de ter envelhecido. Assistam comigo.
*****
Acabei de ler: parabéns aos "pais do ano", estão criando mais uma mutante.
Alguns que se preocupam com a sanidade mental da garota já entraram com processo, querendo impedir a coisa toda. Os pais, envoltos na maior vibe narcisista, teimam em dizer que a fantasia da garotinha é comportada ( mini saia e mini blusa, acho que o "não comportada" pra eles seria fio dental) e tentam por toda lei colocar a litle perua rebolando na frente de marmanjos.
E aí, mesmo psicólogos e juízes apontando a inadequação do papel, a hiper exposição e o estímulo a sexualização precoce, os pais brigam na justiça pelo direito de decidir.
Eu sempre me pergunto quem pode defender as crianças dos pais...porque na ânsia de provarem que tem um poder quase divino sobre os filhos, expoem essa moçada a papéis absurdos.
Isso me lembra os medonhos desfiles de miss-mirim, com garotas que são verdadeiros travecos em miniaturas, completamente exageradas, sabe aquela coisa bem Texas? Então. Dureza, gente, dureza.
Mas isso merece um post à parte. Por hora, em "homenagem" às meninas feitas "estrelas" por conta da vaidade familiar, deixo com vocês a deprimente cena de O Que terá Acontecido a Baby Jane?, onde Baby Jane ( Betti Davis), uma ex estrela mirim, tenta voltar aos áureos tempos, fazendo o que sabe fazer: sendo menina....apesar de ter envelhecido. Assistam comigo.
*****
Acabei de ler: parabéns aos "pais do ano", estão criando mais uma mutante.
Marcadores:
cidadania,
gente louca,
histeria coletiva,
Sábado em Cena,
toc toc na madeira
20 dezembro 2009
A cultura da ironia ou Sou Bom demais pra ser educado

Na semana passada acompanhei uma amiga advogada em uma audiência trabalhista. Já pedi para ver outras, porque aquilo que achei punk, ela me disse ser absolutamente light, então, quero ver até onde vai o troço.
O caso é simples: o processo estava sendo finalizado e só um ponto devia ficar claro para o juiz, se o demandante tinha ou não vínculo empregatício com o demandado.
Assim, a tal audiência foi rápida, mas houve tempo suficiente para a juíza dar meia dúzia de petelecos verbais nos advogados. E nem houve predileção: levaram ambos.
O ponto a que quero chegar é absolutamente simples, uma dúvida prosaica: por que algumas pessoas, investidas de poder, acreditam que sua atitude tem mais peso, mais credibilidade se vier acrescida de uma patada?
Porque, vamos combinar, tudo que a juíza falou, poderia ser dito de forma polida. Por algum raciocínio tortuoso, vejo que algumas situações são culturalmente associadas a tiradas irônicas, ou melhor, usando meu passado caxiense: são situações que vem com um belo coice.
Em todas as defesas de tese que vi, isso se repetiu. Os professores que arguiam o candidato pareciam acreditar que suas observações deveriam vir embaladas em ironias escrotas. E o candidato lá, com cara de nada, respondendo a tudo como se não estivesse com o fígado em petição de miséria.
Se a mesma observação poderia ser feita sem aquele teatro arrogante, por que fazê-lo?
E esse tipo de atitude acaba naturalizada, a ponto do jovem juiz repetir essa atitude pouco tempo depois de empossado, a ponto do jovem professor se chacoalhar todo entre sorrisinhos debochados para demonstrar como seu interlocutor é tolo.
Ai, gente, esses egos supersônicos me cansam.
Marcadores:
academia,
autoritarismo,
toc toc na madeira
03 outubro 2009
Sobre água, rosas e caldeirões

Então, fiz o tal shiatsu. Só conhecia massagem tradicional, que adoro. Shiatsu foi a primeira vez.
O encantador nessa terapia é que o corpo físico está amalgamado com todas as questões emocionais, tal e qual na acupuntura, que também gosto muito.
Segundo a massagista, ao analisar os pontos que doem e os que não doem, dentro de mim há uma mocinha, uma criança que foi magoada. Olha isso.
Parece que minha fatia adulta até que está legal, o problema é com a Vivinha juvenil.
Isso está me interessando de sobremaneira. Essa viagem interna não foi proposital, aconteceu. Junto com outras mudanças - boas - veio uma vontade de caprichar no auto-cuidado, na auto massagem, nos banhos prolongados de banheira, em caprichar para uma noite de sono melhor.
Essa atração por água é velha, já comentei aqui no blog.
Mas a atração por flores, é totalmente nova. Não que eu não gostasse de ganhar flors, por exemplo. Sempre gostei, apesar de ter ganhado poucas vezes. Mas nunca comprei tantas flores pra minha casa, nunca senti essa necessidade quase visceral de tê-las por perto. Em especial, rosas, ando fissurada por rosas.
Se eu já gostava de cozinhar, isso se tornou mais do que u ritual, se tornou uma necessidade deliciosa, um momento meu, uma forma de expressão e conforto.
Estou fascinada por histórias de "bruxas", no sentido de compreender formas de expressão da feminilidade. O blog da vez, dentro desse movimento, é o Casa Claridade.
Vou contando pra vocês o processo de mudança.
Marcadores:
diferenças,
momento auto-ajuda,
papo mulherzinha,
toc toc na madeira
05 abril 2009
Doeu pacas ( com atualizações)

Faz mais de quinze dias, machuquei levemente o meu pé direito. Coisa pouca, um furinho de nada. Higienizei, coisa e tal, esqueci.
Depois de vários dias, o pé começou a doer. Mas doer de um tanto, que nem sei.
Além disso, inchou, ficou uma coisa horrível.
Atualmente, estou desenvolvendo uma Oficina sobre Cultura Popular em um Ponto de Cultura, todas as segundas. O caso foi que nessa última segunda feira, saí de lá mancando, toda torta, dando um "ai" a cada meio passo.
No dia seguinte, claro, médico. Como minha carteirinha da nova assistência médica ainda não estava pronta, fui até um posto de saúde.
Para minha grata surpresa, só tenho elogios ao posto: muito simples, mas organizado, com um atendimento atencioso e eficaz. Saí de lá com um braço dolorido de vacina, remédios já entregues e uma prescrição para alguns dias de repouso.
Os dias de repouso é que foram um problemão: porque o pé doeu muito, muito mesmo. E dá um tédio dos infernos ficar ilhada em casa, vamos combinar.
Daniel, super Daniel, deu a maior força, lavando louça, cozinhando, me mimando. Hoje, como a dor piorou, fui em outro posto: mesmas observações, só tenho elogios em relação ao atendimento. Tomei outra injeção, desta vez anti inflamatória, e eu vou te contar uma coisa....estou sentada de lado, parece que um enxame de abelhas africanas me atacou, terrível, terrível.
De acordo com a médica, meu organismo demora pra entender que há algo errado. Ficou lerdo. Como o Lúpus faz com que o sistema imunológico trabalhe aceleradamente, os imunosupressores que tomo há duas décadas fizeram meu corpo ter uma resposta vagarosa diante de algo errado.
Ou seja, depois de quase dez dias o corpo se tocou "ih, é mesmo, ela machucou o pé.."
Dá pra acreditar?
Mas espero que tudo fique bem, estou indo pra casa da minha mãe, que já conclamou minhas amigas para me levarem para lá. Eu vou, mas já sinto que ele está melhorando, apesar de ainda não conseguir andar direito.
Mas, vamuquivamu. Beijos a todos.
**** terça feira ******
Depois explico melhor, mas ainda não melhorei. Não consigo andar e sinto muita dor.
Estou preocupada com meus alunos e nas aula que não estão tendo.
Fui em outro médico hoje, terrível, grosso e incompetente, depois eu conto.
Torçam aí, meninos.
Marcadores:
O lúpus e eu,
toc toc na madeira
30 março 2009
Sobre a natureza dos gatos

Pois é, Renildes está apaixonada. Está maluca pelo Malcom X, meu lindo gato preto. Mas Renildes não entendeu ainda que esse romance impossível já nasceu fadado ao fracasso, desde a primeira ronronada desse gato sacana.
Porque ele é gato e essa é a natureza dos gatos. Ele simplesmente não compreende a euforia estabanada dela, que ao vê-lo na sala, corre, torpeça, cai, de língua de fora, risonha.
Eles até que brincam bastante, até mais do que eu supus ser ele capaz, mas sempre menos do que ela quer. Ela mordisca a orelha dele, ele dá patadinhas suaves nela. Um tempão.
Até que ele enjooa, aí, não tem choro , nem vela. Não adianta ela apelar , segurando-o com a pata.
Ele pula pela janela baixinha tão rápido que só resta a Renildes fazer aquela cara de pidona e bater com a patinha no vidro, uma ,duas, muitas, muitas vezes.
Ele deita no jardim e lambe a pata. A gente aconselha:
- se manca, Renildes..... se manca...
-Renildes, vem pra cá, nem adianta que agora ele não vai entrar.
Mas ela continua na janela, batendo com a patinha.
Depois de um tempo, ela deixa a janela e vai brincar com o paliativo que encontrou: um sucedâneo de Malcom X, uma velha meia preta do Daniel, que ela morde, abraça, brinca.
- Não é o Malcom, bobona....rs.....te deram o pirulito e tiraram, né, menina?
Ela olha pra mim, olha pra janela e morde a tal meia. Coitada da Renildes...não entendeu que essa é a natureza dos gatos.
E Malcom X continua no jardim, lambendo as patas, sem dar a mínima.
Gatos.....
**** post publicado anteriormente em fins de 2006.
Marcadores:
amores,
humor negro,
neuras,
papo mulherzinha,
sex and the city,
toc toc na madeira
26 março 2009
Tempo Rei

Três na sala. Fulana, Sicrana e Beltrano.
Fulana deitada no sofá, descabelada, com cara de bunda.
Sicrana, com o telefone na mão:
- Então, tô ligando lá na farmácia....eles entregam o floral aqui mesmo.Você vai ver, floral é bacana, porreta, tiro e queda.
Fulana:
- ...hum...
Beltrano:
- Você deveria tomar empatiens.
Fulana, abrindo um olho só:
- Pra quê que serve...?
- ah...é bom pra impaciência. Assim como você está, o bom mesmo é rescue.
Fulana pensou que cara deveria estar pra ele dizer "assim como você está". Tentou ajeitar o cabelo, pensou em sentar, mas desistiu, ficou deitada, com cara de bunda.
Sicrana ri:
- Rescue é uma beleza....beira o fantástico - fazendo gesto de quem pega uma corda - resgata, sabe? Você quer ser resgatada?
Fulana, com riso nervoso:
- Alguém me tire daqui...
Sicrana:
- você está com uma cara melhorzinha.....está mais pra Jekill...antes estava Hyde....
Beltrano:
- o ruim de floral é que dá pesadelo pra caramba.
Fulana:
- o quê??? Além de tudo vou ter pesadelo??
Sicrana, conciliadora:
- Não ....não é assim.Bom, depois de um tempo, você sabe, floral coloca os bichos pra fora.
Fulana, de olhos arregalados:
- ãh???? Eu tô f***. Colocar os bichos pra fora?!
Sicrana:
- E aquele que eu te dei pra dormir, foi bom?
- Vixe maria.
- Eu te liguei , você dormiu rápido.
- Cheguei, tomei e apaguei.
- E acordou melhor? ( animada)
- Não.....( riso nervoso)
- Olha que amiga que sou...te dei um daqueles que não tomo nunca.
- Aqueles que a dra. X "miguela"?
- É.
- Amiga mesmo.
Beltrano ainda diz que Fulana deve tomar Rescue. Sicrana e Beltrano discutem sobre florais. Fulana engole em seco, ainda vai ter que trabalhar.
Os jilós também trabalham.
********** Tempos depois...****************

Soube que a Fulana se mudou: viajou com um personal de 1.95m pra Israel e foi morar em um kibutz. Dizem que tiveram uma briga homérica sobre os territórios ocupados e ela quebrou um ou dois pratos na cabeça dele.
Parece que depois Fulana passou um tempo em Paris com um escultor que falava latim. Bom, não entendi ao certo se ele falava latim, mas duas palavras parece que ele sabia à perfeição.
Mas Fulana se desentendeu com o escultor, arrumou sua mala e se mudou. Disse que ia tentar os pintores...
Viajou sem rumo uns meses, trabalhando aqui e ali. Pintou o cabelo de vermelho, tatuou um símbolo da cabala na nuca e mudou o nome pra Sarah.
Hoje dirige uma galeria de arte alternativa e mora com seus três namorados no Soho.
*** Posts anteriormente publicados em dezembro de 2006, os comentários constam nos posts originais.
Marcadores:
amores,
gente louca,
histeria coletiva,
humor negro,
papo mulherzinha,
sex and the city,
toc toc na madeira
21 junho 2008
O Acidente

Adoro Souzas, adoro mesmo e meu filho também . A gente sempre aparece nessa cidade linda, pequena, bucólica e meio hippie pra almoçar aos domingos.
Mas aquele dia a gente tinha ido tomar café em um lugar super charmoso, com quintal enorme, árvores, uma delícia.
Bom, tô voltando pra Campinas, cantando no voltante, toda felizinha,quando vejo um garoto de bicicleta ,segurando a traseira de um ônibus.
Claro que o instinto "tia" fala mais alto que qualquer coisa e tentei resolver o erro do idiota: se o tal besta pensasse sozinho, não seguraria na porcaria do ônibus....buzinei e de uma maneira não muito delicada, disse que ele ia se ferrar se continuasse com a tal brincadeira arriscada.
Bom, dito e feito.O ônibus acelerou, o garoto soltou e foi garoto-bicicleta-garoto-bicicleta-garoto-bicicleta...transformado em uma bola vermelha que foi bater na mureta da estrada.
Parei o carro com o instinto "tia" apitando, chutei os indefectíveis tamancos e saí correndo no meio da estrada, a própria mulher maravilha campineira, só faltando a musiquinha de fundo ...oidiotadogarotovaimorreraimeudesesse babacavaimorrerpáraalguém...não precisei nem acenar ou parar carro nenhum, uma viatura da polícia já vinha atrás do fulano - na verdade, nem era garoto, um galalau de 30 anos , filhinho de papai que tinha roubado a bicileta pra poder cheirar o resultado.
Sobreviveu e nunca mais ouvi falar dele.
***** Post publicado originalmente em 23/09/06
Marcadores:
causos,
gente louca,
toc toc na madeira
12 maio 2008
A volta do "Cansei"?

Salva pela tv a cabo, desisti de assistir novela.
Eu gosto de novela, gosto mesmo. Não gosto é de novela chata ou que me irrite demais.
Essa que passa às oito eu até gostava, apesar de tudo.
Tinha uma simpatia pelo personagem ambíguo e idiossincrático da Marília Pêra. Mas o que houve por esses dias? Cenas de perua enlouquecida, gritando "cheeeeega!!!" histericamente. Tô pouco me lixando pras peruas desse país. Estou pouco me importanto com elas e suas necessidades, tendo em vista as necessidades gritantes que tem a maior parcela da população.
As alfinetadas de quinta categoria - simplistas, reducionistas, tolas - que o autor faz para o governo são patéticas. Mas essa personagem revisitando o já totalmente ridicularizado movimento(???) "Cansei", me deu engulhos.E é um desperdício com uma atriz do gabarito inquestionável de Marília Pêra, sempre fantástica..um desperdício de talento.Ver uma de minhas atrizes favoritas com cenas dessas me deixa irritada mesmo.
Me salva, Gilberto Braga!
Marcadores:
diferenças,
gente louca,
histeria coletiva,
mídia,
Novela,
toc toc na madeira
21 abril 2008
Coisas novas

Meus amigos sabem que esse ano que passou não foi moleza.Confuso,cheio de problemas.2008,apesar de ter começado mal,foi salvo a tempo pelo Bia e Karen,que ao me resgatarem na minha casa,salvaram minha entrada nesse novo ano.E as coisas estão melhorando.
Coisas boas tem acontecido e estou animada,muito animada.
No meio dessas coisas,essa dissertação encantada,que ficou esquecida em um canto,volta a ter sentido e volta a ser feita.
Ufa.
Marcadores:
amigos,
blogs e blogueiros,
mestrado,
momento auto-ajuda,
neuras,
toc toc na madeira
07 abril 2008
Todo mundo conhece uma Zelda

Eu conheço uma Zelda,uma azeda que reclama de tudo.Ninguém tem saco pras Zeldas,certo?
Porque uma Zelda sempre está desanimada, o que nem chega a ser mau humor real,porque isso demanda alguma forma de paixão.Zelda não tem paixões.
Seus olhos baços não se animam,nem tampouco se irritam.Zelda tem desânimo,tem aquela preguiça existencial que faz com que os ombros se curvem.
Talvez a única reação de Zelda seja o deboche.Porque por meio de seus risinhos maus,muxoxos e troca de olhares com as pessoas(que podem vir a ser suas vítimas,também,basta que virem as costas),ela se comunica com o mundo.
Não trabalha,não lê,não se posiciona.Mas sabe o dia-a-dia da vizinha,da sogra,da cunhada,que comenta,baixinho,quase "defendendo-os"...porque talvez ela se considere uma pessoa boa.Não há como saber.
Zelda prefere morar em uma cidade feia,com gente feia e desanimada,porque seu olhar limitado nem percebe onde vive.Zelda não vê nada ao seu redor,seu mundo se reduziu a pequenas intrigas cotidianas,aos velhos laços frouxos com vizinhos que,assim como os servos medievais,parecem estar ligados de forma vitalícia ao lugar onde cresceram,mesmo que ele seja um lugar sem opções,horrível,deprimente.Não há janelas para Zelda,porque seu horizonte termina na pequena área de serviço onde ela se enfia e reclama.
Talvez eu tenha pena de Zelda,ainda não sei.
Porque deve ser duro viver uma vida em preto-e-branco,sem paixões,sem horizontes,se satisfazendo com seus muxoxos e com a inveja da vida alheia.
Toc,toc na madeira,é melhor se manter longe de Zelda.
E vocês,conhecem alguma Zelda?Contem pra mim.
*****No post abaixo,o resultado do "concurso".
Marcadores:
gente louca,
toc toc na madeira
Assinar:
Postagens (Atom)