Mostrando postagens com marcador Wagner Moura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Wagner Moura. Mostrar todas as postagens

17 dezembro 2010

Wagner Mouravilhoso


Voce quer saber por que Wagner Moura e intelectualmente mais interessante do que a maioria dos ourtos atores?

Entao, leia isso.

13 outubro 2010

Tropa de Elite II - A jornada do capitão Nascimento


Fui assistir Tropa de Elite II com Daniel nesse feriado. Adorei.
No começo,o discurso de extrema direita do capitão - ou melhor, coronel - Nascimento, interpretado de forma genial pelo insuperável Wagner Moura, me arrepiou. Caraca. Pensei: mas que porcaria, vou ter que ouvir mesmo isso? Vou ter que ver meus alunos desenhando a caveira como belos inocentes úteis? Vou ouvir todos os reaças dessa cidade elogiarem essa fala?
Wagner Moura é um cara que existe, sua maneira de criar o personagem é dotada de uma intensidade rara e assustadora. Seu carisma natural é transferido para o persongaem, o que também é um problema.
Mas creio que esse inicio seja fundamental para o desenrolar do filme, pois ao perceber que seu inimigo é outro, Nascimento vai caminhando em convergência ao seu duplo/oposto/perfeito: o personagem Fraga, defensor dos direitos humanos, deputado e ...segundo marido da ex do capitão. Assim,os dois opostos vão se alinhando ao descobrirem inimigos em comum.
Fraga é apresentado ao público em uma aula - que eu gostei,aliás - e ganha território ao negociar com presos rebelados. Ele aé chamado para negociar com os presos e segue rapidamente, em um helicóptero. Para desgosto do BOPE, Fraga se nega a entrar com colete, dando legitimidade e força ao personagem, que dialoga firmemente com os revoltosos.
Para não furar o filme com spolier, me limito a dizer que há uma incrivel transformação no personagem central, que atinge seu ápice no final.( Não conto, oras, assistam.) Além disso, a certeira e caricatural crítica ao politicos presos ao poder da Mídia, à corrupção policial e às milicias trazem angústia ao espectador: como conviver com essa lama toda? É algo pra se pensar. E pra se discutir.
Outro ponto interessante é a apresentação da midia ralé, do jornalismo marrom de último nível, algo que se vê com frequencia nas tvs e que, infelizmente, tem público garantido. Ao ouvir as risadas da plateia diante de um ator que apresentava um desses programas de sensacionalismo barato, me perguntava se riam dele ou com ele.E quer saber? Acho que era com ele mesmo. Triste isso.
Algo que me perturba muito é a associação que parte da molecada faz entre o Bope, a ausência de corrupção e a tortura. Os policiais desse batalhão, aparentemente contrários às maracutaias tão comuns dentro das outras corpirações, não titubeiam em usar qualquer tipo de tortura e/ou assassinatos. Assim, para um espectador desavisado, vai tudo no mesmo pacote, e a porrada e os assassinatos seriam legítimos.
Vale a pena ficar atento para o discurso do protagonista no final. Vale a pena atentar para isso.
Qualquer outro que assista e que tenha o menos senso crítico vai compreender.Longe de fazer a apologia das estratégias do Bope, o filme à lá Senhor da Guerra, aponta outras esferas e infinitas possibilidades de violência e exploração.
O Alex Castro diz que falar que algo é um "soco no estômago" não é elogio. Mas esse filme é isso: um forte, incômodo e doloroso soco no estômago.

28 setembro 2007

Wagner Moura (II)


























Eu estou aqui esperando o final da novela, como muitos brasileiros.Li no Estado de ontem - parênteses em tempo: só comprei porque a Folha tinha acabado, não leio o Estadiiinho - que alguns estão surpresos com o sucesso de público dos personagens Olavo e Bebel.
Como boa noveleira que sou,vou cá dar meus pitacos.Começando pelo óbvio, ambos são atores ímpares, talentosos até a medula,convincentes, carismáticos, dominam a cena, são impactantes, coisa e tal.Sobre o Wagner Moura,tanta gente já falou tanto...tenho pouco a acrescentar.Isso somado a criatividade de Gilberto Braga só poderia dar mesmo um bom caldo. E deu.
Apesar de algumas pessoas se indignarem com a popularidade dos vilões,c reio que o que chama a atenção - nesse caso - é a dose irresistível de humor com que ambos temperam seus personagens, humor sacana, inteligente, irônico.
A questão da sexualidade também é um item bacana, diferentemente dos mocinhos da trama, que se amam com a musiquinha mais brega do planeta ao fundo e em câmera lenta ( por que será que sexo entre "mocinhos" é sempre lento?), Bebel e Olavo esquetam a tela com cenas repletas de risos,de sensualidade divertida e despudorada.
Será que as cenas amorosas dos "mocinhos" da trama provocam alguma coisa ...além de tédio?
Alguém me disse que achou incrível que parte do público feminino gostasse dos nomezinhos pouco ortodoxos com que Olavo chama Bebel.Sério? Se surpreendeu mesmo? Alguém acha que chamar de princesinha é a melhor opção??
Gente, gente, Olavo precisa dar umas aulas ao público masculino...
Assim, no meu caso, descarto a interpretação de que o público está sem padrões morais e sem ética ...e outras observações do gênero.Particularmente, acho essa interpretação moralista,simplista e ingênua.
Creio que a ironia na medida, a humanização dos personagens ( que tem sangue nas veias e nem sempre são límpidos como anjos) e a sensualidade espontãnea ganharam um espaço privilegiado.
E Wagner Moura ganhou,com Olavo, definitivamente uma coroa de louros.

27 abril 2007

Wagner Moura, o homem que existe


E não sei vocês, mas me tornei admiradora desse cara aqui. Acho que é um dos melhores de sua geração. No meio de tantos com aquele insuportável estilinho Malhação Da Globo, Wagner Moura me surpreende a cada papel: um mano completo em Carandiru, impressionante, domina a tela em cenas chocantes. O jeito de falar é perfeito, o corpo fala junto:é um mano drogado.

E o mano se transforma em nordestino, em galã, em qualquer coisa.

Atualmente me convence no papel de vilão em horário nobre: a naturalidade com que ele fala me faz duvidar que seja uma novela, ele me parece real, me convenço que é real. Fantástico.
Tem alguma coisa na forma com que ele conduz a fala que me dá essa impressão.

E nem critiquem a novela, porque estou achando ótima. Sei que a divisão irmã boa e imã má é batida, mas dá certo desde Caim e Abel, sacumé, alguns clichês são eternos.

De qualquer forma, a estrela é esse cara aqui.