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28 maio 2011

Bazinga!













Gosto de séries desde que eram toscas, desde as clássicas da minha infância ( Terra de Gigantes, Jeannie...), passando pelas trash 80 ( Dallas e afins) e chegando nas geniais anos 2000.
Gosto porque os textos são interessantes, o humor é fino, o ritmo é perfeito. Gostei dee Friends e ouvi de um amigo roteirista que foi revolunionária no sentido de dar um outro padrão de ritmo às piadas, virando portanto, uma espécie de padrão.
Gosto nas séries que envolvem o universo do Direito, apesar de me chocar com o recorrente e frenético discurso reacionário. Outro dia dou exemplos, porque hoje vou me ater nas sitcons.
E aí, a bola da vez é The Big Bang Theory. Para quem ainda não assistiu, trata da esfera geek, meslanco a nerdice tímida de uns com a genialidade arrogante de outros.
São quatro amigos acadêmicos nerds - três físicos e um engenheiro - envolvidos em um - delicioso - mundo de HQs, jogos eletrônicos, séries sci fi e uma antológica ausencia de traquejo social. Sua semana é dividida perante o humor TOC de Sheldon, o brilhante e esquisitíssimo Louva Deus Gigante que tem rotinas específicas ( como o Dia de Jogar Halo ou Dia de Comer comida tailandesa). Seus amigos, o judeu Howard que mora com a mãe e dá insistentes e patéticas cantadas em qualquer mulher, o indiano Raj, um astrofísico que só consegue falar com mulheres depois de uma dose de alcool e Leonard, um encantador e esquisitinho físico apaixonado pela vizinha, a atriz-garconete Penyy: uma garota do interior, bonita e engraçada, que tem um apartamento dessarrumado e atitudes completamente fora do do padrão patricinha louca.
Sem dúvida, a estrela é o personagem Sheldon, um físico genial, ultra geek, que não tem nenhum resquício de inteleigência emocional, tem uma espécie de autismo relacional e tem discursos interessantíssimos e engraçadíssimos que apresentam sua forma acadêmica de traduzir as relações sociais, sempre com o distanciamento de um estudioso, comno no episódio do natal.
Depois comentamos mais, já que a nova temporada inclui novas personagens. E isso não é Bazinga.

29 abril 2011

Sábado Em cena - ET

Quem tem mais de quarenta anos, vai se lembrar dessa cena.
Eu vi no cinema e fiquei chocada quando vi a propaganda - há algum tempo - dizendo "vinte anos de ET".
Caraca, vinte anos...e eu juro que me achava super adulta...









11 dezembro 2010

Curtas


*** Fiz uma cirurgia, mas estou legal.

*** Estou de ferias.

*** Meu teclado esta sem acentos.

*** Li dois livros de contos do Neil Gaiman, e nem preciso, obviamente, dizer que Coisas Frageis I e II sao brilhantes. Pra variar, mergulham em um territorio de contos de fadas, terror, loucura e fantasia. Adoooro. DepOis resenho aqui, estou em fase de digestao.

*** Comecei a ler A Rsinha Margot. Quem se lembra do filme pode ter certeza, Patrice Chéreau viajou bastante sobre o romance de Dumas. Existem os casos, as intrigas e tal...mas a forma como isso e descrito nao lembra em nada o surubao que e o filme. Eu realmente gosto do filme, assisti ha anos no Cineclube Paradiso- que fechou ano passado - mas sempre achei que sofria de severos anacronismos. Nao pOsso falar com propriedade sobre o periodo, mas o filme me pareceu uma leitura tortuosa e quase caricatural. Vale a pena lembrar que as pilhas de corpos da Noite de Sao Bartolomeu sao identicas as pinturas sobre esse evento tragico. Pavoroso.


***Tenho assistido hoooooras de The Big Bang Theorie, nao existe melhor serie de humor pra mim. Humor geek autentico, no cerne, no jargao e nas manias.

*** Recebi visitas de amigas queridas que conheco ha dez mil anos, o que pode ser melhor?

*** Enjoei do twitter, desisti do orkut, continuo adorando o facebook.

***Quero ver o filme sobre o Facebook,

*** To zappeando demais e acho que isso esta interferindo na minha concentracao. Vixe.

*** Gosto de blogs de organizacao, craft, etc. Mas algumas vezes elas parecem saidas do Mulheres Perfeitas e eu juro que morro de medo das personagens do filme...robos que vivem o estilao Um Sorriso no Rosto e Um ssado no Forno. Meda, meda. Muiras vezes elas falam claramente que se espelham nas donas de casa da decada de 50.
Respeito intensamente as mulheres que optam por serem donas de casa e se esmeram nisso, nao obstante, quando isso passa a ser o centro da vida e o pico do prazer, apavoro.


*** Mas tambem tenho medo que quem, ao fugir desse estereotipo, acaba se embarangando de proposito, no meohor estilo Bagulho Intelectual To Nem ai. Ninguem vai me convencer que alguem e mais ou menos intelectualizada porque usa sovaco cabeludo e peito caido. Descupae. Sao duas faces da mesma moeda, o Duas Caras do Batman. Iguais do recorte e na ausencia de alteridade.

*** ta bom,eu sei, to chata.

10 dezembro 2010

Feliz Natal, queridos

Queridos leitores-amigos, vi esse video no facebook e adorei. Vejam ate o final, vale a pena. Genial, geek e fofo.

beijos natalinos antecipados.








31 maio 2010

P.C , o melhor do youtube

Esse cara é absolutamente genial. Eu já comentei aqui, descobri através da Época - é por essas e outras que gosto tanto desta revista...- e foi só assistir pela primeira vez para ficar completamente fã.
Assista e ria. Eu adoraria saber estruturar minhas críticas assim, porque concordo muiiiito com ele. Assista, assista.
MasPoxaVida.


10 abril 2010

@EncForadoEixo



A coisa já começou certa pelo título: uma proposta que tira o foco dos grandes centros e passa a oferecer discussões em outras paragens.
Eu vi o #encForadoEixo divulgado no twitter, vi que ia ser aqui em Campinas e fui.
Cheguei totalmente estranha no ninho, imediatamente percebi que a maioria transitava por áreas ligadas à publicidade e não é esse meu foco de interesse. ( A não ser quando é pra ler os textos perspicazes e críticos da Denise, Lola e Baxt). Enfim.
Confesso que pensei como Angeli faria a festa, traduzinho caricaturalmente os tipos presentes...porque todos somos tipos, vamos combinar. ( Nada pessoal, queridos, quando vou a encontros de historiadores, penso a mesma coisa.)
O encontro teve um caráter informal que me agradou e que vai ao encontro da própria internet, que ao aproximar pessoas que forma substancial, quebrou certos paradigmas de conduta.
O início foi antológico: um professor da PUCC, Wagner Mello, abriu as apresentações.
Começou demonstrando total falta de familiaridade com as novas propostas midiáticas e educação, pois, ao se sentir incomodado com o banner eletrônico que reproduzia uma página de twitter, FICOU EM PÉ NA FRENTE, eu juro sobre o pc, ele fez isso. Ficou lá, em pé, para que as pessoas prestassem atenção somente nele.
Olha, alguém que não compreendeu que nativos digitais conseguem assobiar e chupar cana ao mesmo tempo, não pode falar de novas mídias e educação.
Ele divagou sem transparência conceitual: citou alguns autores de forma superficial que ficaram ali, sem que houvesse, efetivamente, uma condução de seu raciocínio.
E citou Aristóteles em inglês. Gente, foi uma tentativa bobinha de dar um ar acadêmico à apresentação. Quer citar no original? Cita em grego, então...rs
De resto, a apresentação mostrou tentativas ainda rudimentares de se implantar elementos relacionados à novas mídias dentro da faculdade campineira.
E não pensem que vou puxar sardinha para minha universidade não, porque não vou. Já ouvi cada batatada na Unicamp sobre internet e afins que nem sei como sobrevivi.
Acredito que a Educação como um todo continua encerrada em um olhar extremamente preconceituoso em relação à rede e suas - gingantescas - possibilidades. Para além disso, há que se perceber um receio patológico em minha classe em relação à mudança de paradigmas ( Eu sempre juro que não vou repetir clichês, mas é mais forte do que eu, me domina.)
Ao final da apresentação, depois de ter sido convidado a falar sobre cases de sucesso por um integrante do auditório e NÃO fazendo isso a contento - por razões óbvias - o palestrante foi indagado por @cerasoli da seguinte forma:
- Professor, esquecemos de perguntar: qual é sua arroba?
O professor, diante do mediador atônito, solta uma sonora gargalhada e diz:
- Isso depois eu respondo.
Pessoas, pessoas, ou ele não entendeu a pergunta, ou não tem twitter. Seja um caso ou outro, o que ele estava fazendo ali?
Para deixar o público feliz, entretanto, tivemos a presença de @luizcarioca, redator e blogueiro, que acertou a mão o tempo todo. Ou quase.
Citou os autores na mosca e colocou um vídeo que eu procurava já tempos, pois só havia assistido em um curso, Michel Serres, relativizando as "perdas" da tecnologia.
G-e-n-i-a-l.
O redator narrou experiência profissional, contou situações, deixou claro que opta por experimentar algo para realmente compreender seu processo, como fez com seu Blog: criou um para entender sua dinâmica.
Eu disse pra ele que achava que tinha mandando um grande unfollow, mas nem me lembrava o motivo, mas ele já havia avisado a plateia que sua fala nem sempre é suave, mas pode pegar na veia mesmo. Por isso, volta e meia, recebe uns unfollows nervosos. Melhor assim, nada pior do que povo que faz média.
É importante salientar que @luizcarioca tem um domínio fácil do público e que, certamente, todo mundo ficaria muito mais tempo ouvindo-o falar sobre sua forma de enxergar a rede.
Claro que ao se definir como anarquista eu imaginei Kropotkin rolando em cólicas: publicidade/consumo e anarquia só podem estar na mesma frase se for para um negar o outro, né, crianças?
Após um coffe que propiciou um papo com as pessoas, a palestra final foi do @interney: essa passeou por outras paragens.
Edney Souza, o @interney, se absteve de citar autores: fez uma apresentação correta, enxuta, pragmática. Optou por não discutir essas questões em nível acadêmico e mandou bala fazendo uma apresentação que era um relato do trabalho feito pelas agências publicitárias que utilizam novas mídias, especificamente, a @pólvora.
Para meus espanto total, pouquíssimas pessoas tinham visto o vídeo do greenpeace, censurado pela Nestlé, fato que o inspirou a dar um cutucão bem dado. Afinal, povo, a plateia ali não era formada por profissionais que se interessam por novas mídias e blablablá? Putz, mexe a bunda, cidadão.
Também me surpreendeu a pouca quantidade de perguntas para ele: visto que é uma das pessoas pioneiras nessa área, não havia nada que eles quisessem saber?
Estranho.
Mas creio que a plateia tenha gostado, pois a apresentação teve um forte cunho profissional: o cara sabia o que estava falando. Não estava baseando em hipóteses ou suposições, estava falando sobre algo do seu cotidiano.
Eu gostei do Encontro, certamente irei nos outros: só não prometo elogiar tudo ou ser "neutra", porque ninguém faz História e sai acreditando em "neutralidade". Mas prometo ser justa, ou procurar ser.

21 março 2010

Eu gosto de domingo

















Implico com quem não gosta de domingo. Acho clichê murmurar..."hum, quando escuto a musiquinha do Fantástico...". Ah, cara, com tv a cabo, livros, internet e O MUNDO TODO, só assiste Fantástico quem quer.
Ainda tropeço com quem diz que não tem "tempo para ler". Gente, nem vou me dar ao trabalho de argumentar, certo?
De mais a mais, sempre fui uma ardorosa defensora da segunda feira: dia internacional do começo das dietas, dos novos projetos, dia de rasgar foto de ex, dia de procurar novos rumos. Segunda é um grande dia, gente, é sim.
Quarta já é complicado: emperrada no meio da semana, indecisa, algo assim, meio PSDB.
Segunda não, segunda se coloca.
Hoje fiquei um tempão - na verdade, enquanto escrevo, estou ouvindo - um canal no youtube que descobri graças à Época: o MasPoxaVida, engraçadíssimo.
Existe uma dúvida quando à veracidade do autor: o fulano é um real geek ou um ator fazendo esse personagem?
Pouco importa para mim, já que o texto é incrivelmente engraçado e suas piadas realmente fazem parte do universo geek. Eu sugiro que você assista, sempre é bom encontrar novas formas de humor.
De resto, planejo passar no shopping com Daniel. Vou reformar seu quarto e há muita coisa pra escolher, como cama, estantes, etc.
Mas domingo de professor nunca é só lazer, nunquinha da silva; uma boa pilha de textos da moçada da quinta série me espera para corrigir e devolver para a reescrita.
Nosso projeto é escrever um livrinho - totalmente manuscrito, ilustrado, coisa e tal - sobre pré-História. Depois scaneio alguns e mostro aqui.
Bom domingão a todos.

05 março 2010

A apresentação II











Já que nos post abaixo estou contando sobre uma apresentação, vai mais uma historinha.
Um dos encontros que mais gosto de participar é o promovido pela Ludus Culturalis. Além de ser um momento de mostrar o meu trabalho e conhecer os outros, ficou sendo, pra mim, o período do ano em que mais troco figurinhas com gente que gosta de rpg, hq, e outras coisas de geeks.Uma delícia.
É tão divertido revê-los. Com certeza, as conversas mais divertidas que tive foi jantando com esses amigos. Alguns filmes eu jamais consegui ver com meus próprios olhos, depois de terem sido destruidos brilhantemente por eles.
(Algumas histórias eu ainda preciso blogar...)
No ano passado minha apresentação foi em um auditório enorme, mas enorme de verdade. Eu fiquei super bem, até cinco minutos antes de começar.
Comecei a ver aquele povo entrar, o coração disparou e o ar foi embora, todo ele, sem dó nem piedade. Pânico total.
Continuei conversando com os amigos com quem estava, sentindo o sangue sumir do rosto e pensando " Agora eu despenco aqui no chão...".
Subi e fui pra mesa: eu sempre peço pra falar antes, como o pânico sempre vem e preciso de uns segundos pra domina-lo, se eu tiver que esperar, tenho medo de não conseguir. Ok, me apronto para começar.
Mas meu colega de mesa chama uma psicóloga.
E eu não entendendo necas. Ela sobe, pega o microfone, fala um pouco, em pé, sobre ludicidade, exagerando nos gestos e me deixando com vergonha por ela. E eu ainda não entendendo.
Ela continua, diz que todos vão relaxar e devem acompanha-la.
Ai começa a bater palmas, dar uns pulos, fazer umas coisas lá na frente.
Na minha frente: e eu, com cara de naaaada, sorrindo amarelo, sussurro pra ele : " Não temos que fazer isso, né?"
"não " - ele respondeu baixinho - " Também morro de vergonha..."
Depois de ver a platéia bater na própria bunda e dar uns gritinhos estranhos, eu já estava mais calma. Com vontade de rir, mas estava calma.
Minhas imagens no data show ficaram absolutamente gigantes e lindas, um belo trabalho feito por um amigo.
Deixei de discutir um monte de temas, mas acho que deu pra dividir um pouco da experiência que tive com as crianças, deu pra mostrar um pouco de como eu acredito que deva ser a educação, de como eu tento caminhar.



****post originalmente publicado em março de 2007.

21 fevereiro 2010

Sábado Em Cena - Matrix

Ok, sei que hoje é Domingo, mas a sessão se chama Sábado em Cena e adoro seguir as tradições que eu crio.
Enfim: escolher Matrix era algo claro para mim, pois é um filme emblemático que adorei, seja porque representa de forma genial a Alegoria da Caverna, seja porque os efeitos são inusitados, seja porque a narrativa é instigante. Acho que eu poderia continuar citando motivos.
O difícil pra mim foi definir uma cena - mesmo porque várias estão indisponíveis - porque existem várias cenas antológicas.
Escolhi essa pela força: ao descobrir sua essência Neo consegue dominar o exterior. Como sempre fui uma entusiasta do poder do sujeito face às estruturas, essa cena é fundamental para mim. E além de tudo, olha só a carinha do Keanu Reeves...ai, ai.








24 janeiro 2010

Avatar, uma experiência sensorial


Quem estiver esperando uma boa história, não vai encontrar. O filme é um aglomerado de clichês e dá aquela impressão meio ressaca de que você já viu aquilo mil vezes.
Segundo meu filho, é um Pocahontas.
O caso é que a opção de se apresentar em 3D é genial. Visualmente o filme é de uma riqueza ímpar, os seres, as cores, tudo.
A flora de Pandora é algo que parece mais reino animal do que vegetal, o brilho e as cores me lembravam documentários sobre vida marinha em grandes profundidades. E isso em 3D, meus amigos, é simplesmente deeemais.
A cena em que o personagem central "incorpora" seu avatar pela primeira vez é incrível, ele todo atordoado com o tamanho, a cauda, e o fato de andar: o personagem é cadeirante originalmente, enquanto seu avatar pode andar, correr e fazer coisas mirabolantes em alturas inverossímeis.


As mulheres são interessantes: a guerreira, a médica, todas tem uma força e uma coerência interessantes. Achei uma pena a atriz que faz a Ana-Lucía em Lost, fazendo Ana-Lucía...acho que será condenada a esse clichê hollywoodiano que entende mulher durona como "estacionei meu caminhão ali e já volto". Gente, esses estereótipos me cansam.
A ideia da conexão com a terra, a representação de uma divindade feminina ligada a natureza, no melhor estilo pagão, ficou absolutamente linda.
Se a história peca por ser óbvia, o visual arrebenta sendo impensável. Voe para Pandora.


17 janeiro 2010

Sábado em Cena

Continuando a fase categorizada do blog, começa hoje o "Sábado em Cena" : todo sábado pesco uma cena que me marcou, uma cena que ficou emblemática pra mim.
Star Wars merece vários posts, por sua riqueza simbólica.
Qualquer dia a gente se atraca no Joseph Campbell e discute todas as nuances de Star Wars, mas hoje, hoje é dia de cena.
E a cena edipiana que escolhi, você certamente já viu. Mas vale a pena rever. E muita atenção para a música de fundo, que colabora para a construção de Darth Vader.






10 novembro 2009

A Lenda do Besouro







Vi Besouro ontem. Daniel quase teve um treco, adorou do começo ao fim. E acho que isso reflete bem o que o filme pode trazer: trabalhar a auto-estima da comunidade negra e mestiça.
Contando a história de um lendário capoerista, o filme abusa das cenas de luta com um delicioso toque de realismo fantástico, embalado em uma trilha sonora impactante.
Particularmente, gostei da forma como os orixás aparecem, como a mitologia se confunde com a realidade, de forma poética e atraente.
Algumas cenas foram especiais: a paquera sensual entre Besouro e Dinorah, misturando sorrisos e golpes de capoeira, as cenas em que os orixás o ajudam, a cena em que apenas ele e alguns conseguem ver Exu, que tira satisfações com um e outro.
Os atores estão medianos, só o capataz se destaca, o restante tem atuação que poderia ser melhor. Besouro lança uns olhares à la Chuck Norris que poderiam ser dispensados.
Mas o conjunto é bom, inaugura uma nova esfera de filmes, mistura ação, tradição e recuperação da memória.
E vocês me perdoem o spoiler, mas a cena que o coronel toma uma surra de Dinorah, eu quase pulei e grite na cadeira.
O final surpreende com uma opção inusitada na narrativa, que acaba por dar mais força ao modelo místico.
Com esse novo modelo de herói acho que caminhamos para o desenvolvimento de geeks tipininquins. O que é ótimo.

22 outubro 2009

Maus


Depois de anos, finalmente li Maus. Para quem ainda não se deparou, fica a dica, procure uma boa livraria com uma sessão razoável de HQ e leia, leia já.
Maus já pode ser considerado um quadrinho clássico.
(Bem) escrito por Artie Spiegelman, Maus narra a história de seus pais na Polônia quando da ascenção do nazismo, passando pelo gueto e culminando em Auschwitz. O autor optou por construir essa narrativa concomitantemente com a narrativa da própria coleta da história. Assim, podemos ver Artie conversando com Vladek, seu pai, ao mesmo tempo que ouvimos/lemos e, obviamente, sofremos com a história do próprio Vladek.
Artie retrata judeus como ratos - uma interessante ironia envolvendo a forma como eram descritos pelos nazistas da época - os alemães como gatos, americanos como cães.
A fluência da história é incrível, impossível parar de ler, viciante e asfixiante ao mesmo tempo. Poucas vezes vi uma descrição da fome com tanta vivacidade.
Vladek possui hábitos regrados e um senso de economia que vai às raias da loucura. Porque me parece que, emocionalmente, ele não conseguiu sair de Auschwitz, portanto, sua relação com a realidade é diferente.
Além de retratar a bela história de amor dos pais, o sofrimento do Holocausto, Maus consegue trazer a baila uma conflituosa relação entre pai e filho. Nesse caso, entre pai e filho judeus, com toda a carga, todo o peso da guerra, dos campos de concentração e da sobrevivência.
Ler Maus é uma necessidade.

16 julho 2009

Harry adolescente






Chega a ser comovente ver Harry Potter no cinema. Com a vantagem de conseguir o mesmo grupo de atores durante toda a saga, o filme faz com que a gente exclame interiormente, tal qual as velhas tias: "nossa, como eles cresceram...".
É bacana.
Comecei a ler os livros sobre os pequenos e divertidos bruxos para Daniel, quando ele era pequeno. Como já comentei aqui, ele passou a ler sozinho e posteriormente deixou de gostar desses livros, mas eu continuei e li todos. Gosto realmente.
Como gosto de vários outros infanto-juvenis, como Os Meninos da Rua Paulo e Tom Sawyer.
Vi todos os filmes com minha prima Michelle, que chamo de filha e com a qual tenho milhares de coisas em comum, inclusive a simpatia por Hogwarts.
O filme foi uma adaptação bastante interessante, como os anteriores, mas deixa a desejar na cena final, completamente impactante no livro.
O final, repleto de tramas em aberto, deixa o espectador - assim como deixou o leitor - com a curiosidade a mil. Não conto aqui, pra não dar spoiler, ok?
As cenas de quadribol continuam dinâmicas de deliciosas - ainda aguardo um jogo virtual assim...- Snape continua ambiguo e macabro, mas as tramas são menores em relação aos outros livros, por dar espaço ao momento "love story" adolescente.
Mas fica bonitinho, não cai na pieguice, e acho que fica inevitável lembrar das agruras dos "amores eternos" que assolam nossa adolescência.
No mais: destaque para as crises de Draco Malfoy, que refletem bem alguns dilemas adolescentes em relação às expectativas dos pais e mentores e em relação à sua própria identidade.
Além disso, novamente a Penseira de Dumbledore, local para se derramar as lembranças, guardadas em frascos e nas quais se pode mergulhar é absolutamente fascinante. Já estava presente no livro anterior e tem função preponderante no último - e imperdível - da saga.
Helena Bonham Carter como Belatrix Lestrange está absolutamente perfeita: louca, louca e louca.
Assistam e se divirtam, beijos.

03 maio 2009

Fragmentos no domingo









Sexta feira estava encerrando as notas, sendo que parte dos alunos mandou trabalhos nos últimos cinco minutos do segundo tempo...mexe daqui, corrige dali, três e meia da madrugada eu estava com as notas para serem lançadas no computador. Senha errada, nada de logar na sala virtual. Ops, olho o email, pois havia solicitado novamente a senha: nada.
Exatamente 03h47min, notas prontas, eu sentada na frente do pc e nada de senha.
Só vou lançar na segunda, após falar com a secretária na faculdade.
Alouuu...se você é meu aluno e está lendo, espere um pouco, logo tudo estará no ar, ok?
******

Participo de várias listas de discussão. Por falta de tempo, praticamente não leio nenhuma, mas às vezes me dou conta do que acontece. Em uma das listas - sobre roteiro de cinema - uma integrante falou sobre o falecimento de um cineasta do sul. Apareceu um corninho metido a engraçado, fazendo piadinhas onde ninguém chamou.
Gente, tá tomando uma sova até agora.

******

Escrevi um depoimento pra uma amiga ( !) no orkut. A mulher interpretou mal, sentou o sarrafo aqui na tia, deu um piti no meu orkut constrangedor, me deletou, me excluiu, mandou jogar sal na minha casa e colocou minha foto em postes, escrevendo "procura-se".
Como a palavra escrita é curiosa. Parte dela me pertence, parte dela pertence ao Outro, ao Leitor. E quem disse que consigo - ou que alguém consiga - dar conta da loucura alheia?
Eu, heim. Toma gardenal e passa amanhã, credo.
******

Sábado, parentes queridos do Rio em casa,Tio João Luiz, Cris e Bia, então programa campineiro: feira hippie - vocês sabem que adoro - com acarajé e mais compras gostosas.
Shopping Iguatemi e Livraria Cultura, compra de livro - depois conto e resenho - café e encontrar alguém pra dar oi: incrível como todo mundo vai ao Café da Cultura.
Será que é porque a livraria é uma delícia, o atendimento é ótimo e os cafés são bons?
******

Churrasco na casa de outro tio, papo.

*****

Tentei levar minhas primas Cris e Bia para conhecerem o Centro Cultural da CPFL, do qual sempre falo. Fechadíssimo, sem ninguém pra mostrar e sem boa vontade.
Humpf.

*****

Voltinha na Unicamp pra mostrar o campus pras meninas. Rapidinho, nem descemos.
Pra quem for, recomendo uma visita ao Arquivo Edgardg Leuenroth e na Biblioteca Central. Se for almoçar, cantina da Letras ou da Dança.


*****

Minha mãe está ótima, pensando em viajar para o Rio novamente, por conta de um casamento que vai rolar por lá.
Não vou deixar ir, lógico...a maluca acabou de sair do hospital, acreditam?
Está tudo ok, agradeço as mensagens e emails.


******

Vou ler e depois comento. Sucumbi ao listão: comprei A Cabana. Vocês sabem como sou preconceituosa - e toooodo preconceito é BURRO - em relação a Best Sellers. Mas fiquei curiosa, o Ricardo Agreste, genial pastor da igreja que frequento, falou sobre ele. Comprei, queridinhos, tô lendo e gostando muito.



******

Cinema, Wolverine - suspiro - Wolverine correndo - suspiro - bunda do Wolverine - ooooutro suspiro - Wolverine apaixonado - morri.
Mas não se anime, o filme tem mais buraco no roteiro do que queijo suíço, desde a estrutura da narrativa até as motivações pessoas, uma tristeza. Depois conto tudo.
Se você quer ver um bom filme, não vá.
Se você quer ver o Wolverine peladão, não perca.
Ah, sem perder tempo: Que Gambit é aquele, meu Deus? Fiquei nervosa.
ai, ai, esses filmes me matam.
Apaixonei.
Depois conto.
Beijos e bom domingo.

30 abril 2009

Saudade?










Minha mais recente mania é ficar séculos ouvindo músicas que finalizaram episódios de Cold Case - seriado policial-para-historiadores..rs - que adoro.
Essa daqui é uma que simplesmente não consigo mais para de ouvir.
Depois escrevo mais, agora vou ouvir novamente.;0)




Your Song (tradução)
Elton John


Sua Canção

É um tanto engraçado este sentimento interior
Eu não sou do tipo de pessoa que consegue esconder facilmente
Não tenho muito dinheiro, mas garoto, se eu tivesse
Compraria uma grande casa onde nós dois poderíamos viver

Se eu fosse um escultor, mas poxa, não sou
Ou um homem que faz poções em um show ambulante
Eu sei que não é muito, porém é o melhor que eu posso fazer
Meu presente é minha canção e esta é para você

E você poderá contar para todo o mundo que esta é sua canção
Talvez ela seja bastante simples, mas agora que está terminada
Eu espero que você não se importe (bis)
Que eu tenha colocado em palavras
Como a vida é maravilhosa enquanto você está no mundo

Me sentei no telhado e retirei o musgo
Bem... alguns dos versos me colocaram em uma encruzilhada
Mas o sol estava adorável enquanto eu escrevia esta canção
É para pessoas como você, que a mantém viva

Então perdoe-me se eu esquecer, mas estas coisas eu faço
Perceba que esqueci, se são verdes ou são azuis
De qualquer maneira, bom... o que eu realmente quero dizer
É que seus olhos são os mais doces que já vi.





*** Em tempo:

gente, é só eu publicar uma música ou pseudo-falar de paixões antigas pra um monte de espíritos surgirem do passado, pensando que eu falo deles.
Se eu tivesse tanto cara querendo me cantar, como tenho ex com ego super aquecido...estava feita nessa vida.
( E isso vale pra VOCÊ também, querido ex e atual leitor diário...rs)
ô, coisa...rs

16 abril 2009

Papel










Leio raramente o Estado, sempre achei terno-e-gravata demais, apesar de alguns colunistas interessantes. Em geral, prefiro a Folha. Apesar de alguns problemas, como a atual farofada em chamar a Ditadura de Ditabranda e as incoerências que sempre se vê aqui e ali.
Na Folha, geralmente me irrito com o editorial: Clóvis Rossi e Eliane Cantanhêde eu particularmente detesto. Acho que já estão com as opiniões completamente estagnadas dentro da cachola, muitas vezes só se preocupando em ser pseudo engraçadinhos e pseudo irônicos. Um saco.
Carlos Heitor Cony é um lenga lenga. E confesso que, depois de ler na Denise Arcoverde a reação dele a favor de Doca Street quando do assassinato de Angela Diniz, olha, nunca mais consegui ler o fulano.
Mas eu disse que gosto da Folha e gosto mesmo. Em geral gosto dos textos, acho a parte cultural muito boa e sou adepta ao tom didático-com-planilhas-e-explicações que eles tem, acho que efetivamente torna o texto mais claro.
Leio o Correio Popular também. É um jornal regional, que abrange a Região Municipal de Campinas, é um jornal redondinho, interessante, com gente interessante produzindo.
Tem chatos, mas onde não tem chatos?
Gosto, em especial do Bruno Ribeiro e de um jovem jornalista chamado OrFabiano Ormaneze. O primeiro tem uma coluna sobre cultura e faz entrevistas sempre muito interessantes, o segundo é francamente influenciado pelo New journalism e tem o dom de encontrar matérias que atraem a atenção de todos. Há alguns dias escreveu sobre um vídeo game cujo objetivo era estuprar um grande número de meninas e obrigá-las a abortar, de forma violenta.
O cara promete, acho que ainda vai produzir muita coisa boa.
Quanto a revistas, sem dúvida, prefiro a Época. É de longe a mais plugada em mídias digitais, tem os textos nerds mais bacanas e tem a Ruth de Aquino, de quem sou fâ incondicional. A mulher é porreta, articulada ao extremo, texto perfeito, jornalista de primeira linha. Uma vez foi até engraçado, eu estava lendo uma reportagem sobre China e estava show de bola, transitando pela antropologia, bem costurada, ótima. Mas não tinha reparado quem havia escrito, quando fui ver isso, vi que era de Ruth de Aquino e pensei imediatamente: "ah, só podia ser". Acho que pensamentos assim ratificam a qualidade da editora/colunista.
E você...o que tem lido?

15 março 2009

Watchmen - Depois de 18 anos






Quanto eu tinha 22 anos, namorava J., que viria a ser meu marido e pai de Daniel. Ele era um aficionado por HQ, colecionador e responsável por minha total conversão ao universo dos Quadrinhos.
Passamos nosso primeiro reveillon juntos em Paraty e foi aí que conheci Wachtmen.
Pra quem não conhece - pare de ler esse texto, vá comprar e ler, rápido, rápido! - é uma graphic novel brilhante, escrita por Alan Moore e colocada no papel por Dave Gibbons.
É um clichê dizer que Wachtmen revolucionou a cena HQ, mas eu preciso repetir esse clichê, porque revolucionou também todo o meu olhar para essa gama de personagens e histórias. Depois de ficarmos na festa de Ano Novo, voltamos para a pousada em que estávamos hospedados: me atraquei com o Quadrinho e li, inteiro, até o amanhecer. Foi meu reveillon com Alan Moore. Como boa compulsiva que sou, simplesmente não conseguia parar de ler aquela maravilha, que era diferente de tudo que eu havia lido.
Wachtmen trabalha com uma década de 80 paralela, onde gangues dominam as ruas, a ameaça de guerra nuclear é eminente e Nixon está estatelado no poder.
Dentro disso, a HQ transita em três tempos específicos: a década de 40, onde os Minutemen se fantasiavam e saiam às ruas para defender os norte-americanos e eram ovacionados por isso; na década de 60, onde um grupo tenta recriar isso, tendo apenas o Comediante da "turma antiga" e a década de 80, onde os mascarados cairam na ilegalidade, sendo hostilizados por boa parte da população.
Tudo isso em um clima irônico, que desconstrói toda a aura comum nos heróis: o Comediante é um fascista hiper violento, a primeira Silk Spectre,uma mulher que explora a ultra sensualidade da fantasia, a segunda, sua filha, que entra na dança por imposição materna; Rorschach, cuja identidade é revelada apenas na prisão, dono de uma integridade ímpar, violência rara e moralismo tacanho, e muitos outros, interessantes e originais.
O fato é que a nostalgia é o tom constante na HQ, dado que os primeiros mascarados estão velhos e olham com saudades e ternura para tempos áureos.
O plano de Adrian Veidt, o Ozmandias, é muito próximo ao que já apareceu em várias criações de ficção científica, com em Babylon V ou Heroes: a concepção de que uma grande desgraça coletiva traria a paz forçosa e que a destruição de milhões de vida, salvaria bilhões.
Não posso falar mais nada, ou o post vira spoiler, certo?
Quanto eu li essa graphic novel, no reveillon dos meus 22 anos, desejei ardentemente, que se tornasse filme. Com medo, porque porcas adaptações me dão arrepios.
A adaptação em questão, apesar de não captar essa ironia em relação a homens fantasiados combatendo o crime, consegue transmitir a nostalgia presente na HQ, consegue transpor para as telas personagens já-não-humanos, como dr. Manhattan e aquele eterno bonito-meio-bobo, como o segundo Nite Owl.
O filme tem uma trilha sonora incrível, só pecando algumas poucas vezes, tem a caracterização dos meus sonhos e procura ser bastante fiel a obra original, apesar dessa não ser a opinião de Alan Moore, cujo nome não aparece nos créditos.
O sonho americano, idealizado, ridicularizado e ressignificado, é isso que vemos em Watchmen. O sonho americano de malha colorida.

21 janeiro 2009

2009


Por incrível que pareça, eu fiquei mesmo desplugada por muitos dias. Via o pc ali, sozinho e prontinho pra receber meus dedinhos blogueiros, mas faltava vontade. Assim, pela primeira vez na minha vida de blogueira, não fiquei doida pra postar.
Mas isso foi nas férias, tenho certeza que mais uns dias e já estarei de novo inteiramente de volta, escrevendo e lendo como antes. Fases, fases.
Claro que nem vou cair naquela lenga-lenga de quem desbloga, dizendo que "tenho outras coisas melhores pra fazer" ou outras dessas bobagens ingratas.
Sempre tive implicância com neguinho que deixa de blogar e passa a falar da blogosfera com um certo desprezinho bobo, não, queridinhos, não vou cuspir no blog que li.
Esses dias foram dias de viagem, de papos e de risadas. Bom demais rever a família, rever o Rio, passear e jogar WAR.
E - isso é incrível - eu, uma perdedora sistemática de WAR, venci uma batalha! Venci, fotografei, pulei, fotografei de novo esse momento histórico. Delícia.
Será que deixei de ser a jogadora óbvia como me chamava Daniel? Ahá, na guerra e no amor vale tudo, ok? Se eu ganhei no WAR, significa que agora só falta o amor.
Então, alguém tem aí o telefone do Reynaldo Gianechinni?