Mostrando postagens com marcador família. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador família. Mostrar todas as postagens

27 maio 2011

Tio neném e suas histórias















Tio Neném era irmão de meu avô Belo: aquela história que já mencionei por aqui...dois irmãos paulistas e tropeiros, que levavam os bois do pai fazendeiro, casando com duas irmãs cariocas.O que causou uma certa peculiaridade, pois todos os primos tem absolutamente todos os parentes em comum,algo diferente e bacana: primos-irmãos.
Uma vez, quando eu tinha uns seis ou sete anos, sentada no seu colo para ouvir histórias da antiga fazenda - a Dourada - percebi uma coisa engraçada:
- tio...
- fala.
- você está careca...tem uma carequinha aqui
....
- ah, mas ninguém sabe...- rindo - como você foi descobrir? Olha, você penteia meu cabelo e esconde essa careca, tá?
Super feliz, acreditei que só eu sabia que ele era careca. Quando o via, corria pra pentear seus cabelos, esticando alguns fios e tampando aquilo que apelidamos de "minha descoberta".
E eu adorava vê-lo, adorava as histórias de quando ele fugia das aulas pra nadar no rio, gostava das traquinagens, gostava de um mundo de menino de fazenda com lendas e bichos.
E ele tinha a mesma verve que meu avô: as histórias tinham efeitos especiais, silêncios, sons, barulhos de vento e rugido de onças, me deixando hipnotizada.
Uma vez, em sua chácara, me encantei com um porquinho. Isso, um porquinho, filho de porca...Quem pensou em uma coisinha como porquinho-da- índia errou, era um pequeno leitão.Oinc.
Ele me deixou levar o porquinho para casa - ou melhor, para o apartamento onde eu morava - com a promessa de trazê-lo quando estivesse maior.
"Chiquinho" andava com roupinhas de boneca, capinha, pagão e outras coisas que minha avó costurava pra mim. Tomava leite de chuquinha, corria e fazia um barulho enorme ao escutar o barulho da tal chuquinha batendo no chão. Umas batidinhas eram suficiente pra ver aquele porquinho, de capa vermelha, correndo pela sala.Oinc,oinc.
Morreu pequeno e chorei horrores, mas tio Neném me consolou, com aquele jeito de quem nasceu pra ser avô.


***Texto publicado originalmente em 2007.

04 outubro 2010

Quem tem voz?
















Eu realmente gosto de cantar.Mas isso aqui é algo além de cantar. é magia pura.

13 setembro 2010

Lado de lá

Fui com minha mãe assistir Nosso Lar. Sim, queridos, eu sou uma dentro das altas estatísticas dos filmes espíritas, e sim, sou protestante. E viva a tropicália religiosa, minha gente!
Eu gostei, acho que o cinema brasileiro tem que abrir o leque mesmo, enveredar por diversas tendências e encher o cinema de brasileiro...assistindo brasileiro.
É bacana, fiquei torcendo para que aquilo exista mesmo.
O caso é que minha mãe e eu já combinamos: ela faz uma reforma nas casas e dá um upgrade no visual de lá e eu ensino o povo a fazer tabule.
Não vivo sem tabule, cidadãos, e parece que do lado de lá é sopa todo dia. Ah, não. Achei o lugar legal, mas sopa todo dia? Ai, gente, vou reclamar com a gerência.


11 maio 2010

Mulheres à beira de um ataque de nervos


Eu estava saindo da reunião na escola, toca o celular, minha prima Mi, com uma voz super estranha, pergunta:
- Vivinha......?
- Oi, Mi. O que foi?
- Olha só, ligaram pra sua mãe dizendo que você tinha sido sequestrada...ela está na rua com cheque e dinheiro...e ninguém consegue saber onde ela foi....

Daí em diante foi um tal de liga pra um, liga pra outro, corre com carro, liga de novo.
Vocês imaginam como foi.
Eu, que sempre dirijo devagar de tudo, enfiei o pé no acelerador pra vir pra Campinas, já trabalho em outra cidade e demoro um pouco na estrada. O suficiente pra cabeça explodir.
Depois de falar com outra prima - que estava ao telefone com uma amiga policial - fui para a agência de minha mãe, pra bloquear a conta.
Chego e não passo na porta.
O surto foi ali mesmo, berrei com o segurança, com a mãe do segurança , com a tia do segurança. Claro que pedi desculpas depois, mas juro pra vocês que ele foi beeeem sadiquinho...afinal, viu que entrava uma mulher em pânico e fez tudo para piorar a situação.
Enfim.
Cheguei até o primeiro gerente que vi e comecei a falar. Bom, na verdade, pouco dava pra entender dentro daquela choradeira. Eu não sabia onde minha mãe estava e fiquei apavorada.
Eu apavorada de cá e ela de lá.
No meio dessa confusão, meu irmão ia em outra agência com policiais.
O caso é que consegui falar com ela, vim pra sua casa e choramos todos de novo.
Fico pensando como pode se sentir uma família que passa por isso DE VERDADE. Que pavor, gente, que horror.
Faltei nos cursos que deveria ir hoje, estou em casa, de molho, com dor de cabeça, dor nas juntas e um cansaço daqueles.
Mas tô aqui.;0)

18 abril 2010

sááááááábado de sol!

































Sexta feira meu filho foi em um show, na verdade, no seu primeiro show. Ele tem 17 e eu, até agora, não havia deixado ir. Antes que pensem que sou A repressora, já digo que não sou, ele se locomove sozinho, não é do gênero mamãe-leva desde os 13.
Faz compras pra mim, divide responsabilidades ( bem, isso quando ele não me enrola) e tal. Mas sair à noite pra mim é complicado: tenho medo de uma gama tão variada de coisas que nem começo a dizer.
O fato é que uma hora ele teria que ir. Foi com a namorada e um grupo de amigos.
Combinei dele me ligar antes de entrar, quando saísse e etc.
Você ligou pra mim? Ele também não.
E quem disse que eu dormi? Gente, a aflição de não saber se está tudo ok, de não ver o filho debaixo da sua asa, protegido de tudo e de todos, é muiiiito feroz.
Nada de sono, a noite passou e eu ali, olhão aberto.
Seis horas da manhã, definitivamente em pé, fui trabalhar.
O dia todo, aulas expositivas em um cursinho para enem: pauleira, aula, aula, aula. Café, água, mais água, aula, aula, mais café, um pouco mais de café, água, água.
O bacana é que os alunos estão interessados, tudo flui, é um prazer trabalhar com eles.
Fim de tarde e fim de aulas, encontro meu filho, e ele com a cara mais santa do mundo, diz:
- Desculpa, esqueci de te ligar.
Resultado? Não fui na peça que iria. Não fui no show que eu já tinha até o ingresso, porque adoro Tais Reganeli. Dava pra fazer alguma coisa além de vegetar na frente da tv?
Não dava. Filhos, ah, filhos.

02 março 2010

Sobre a confiança


Meu irmão caçula esteve esses dias em Campinas. Está trabalhando em São Paulo e estou sentindo sua falta. Ele é quatro anos mais jovem do que eu, o suficiente pra eu achar, quando era criança, que era meio que meu filhinho.

Carregava no colo, usava de cobaia na minha escolinha - ele entrou alfabetizado na escola, vejam quanto eu aluguei o fulano....- sacaneava um pouco, contava historinha.

Meu irmão cresceu e ficamos muito amigos. Só ele me faz rir , quando tenho crises de fúria: é só ele fazer uma cara palhaça e dizer:

- oooonça, calma....

Aí eu começo a rir e a raiva já foi pro pé.

Ele tem um humor que adoro e nos comunicamos por mínimos sinais, dá pra ter uma conversa inteira assim, minha amiga Tati comentou isso outro dia. E dá mesmo.

Quando aprendi a dirigir - tarde, com 27, 28 anos - só conseguia guiar se ele estivesse no carro. Sério. Se ele não estivesse eu não conseguia, veja só.

Um dia ele estava cheio de mochilas, ia voltar pra cidade onde cursava arquitetura e não tinha ninguém em casa pra levar até a rodoviária.

- Bom, Vivinha, você vai ter que ir me levar. Depois você volta legal, você já sabe dirigir bem...

- Ricardo, não dá...sem você eu não consigo....( me descabelando) você é minha peninha do Dumbo!!!

- ( gargalhando) A peninha não servia pra nada, ele voava sozinho, lembra??? daaaa.........

Fui, levei e voltei, com o coração disparado, dirigindo a barcona que meu pai tinha na época( só fui ter meu carro com 29). Mas foi incrível.




***post originalmente publicado em abril de 2007.

08 janeiro 2010

A pianista e o violeiro I



Minha avó era uma dondoquinha carioca que se orgulhava de seu piano. Meu avô era um filho de fazendeiro paulista que trabalhava como tropeiro da fazenda. Ambos tinham grana, um certo status e uma vida bastante confortável.


Minha avó, Gogóia, se mudou para uma fazenda no interior de São Paulo, onde o pai foi se tratar de uma série de problemas de saúde. Lá conheceu um jovem chamado Gabriel, que era tão lindo com seus irresistíveis olhos azuis, que já tinha o apelido que carregaria até ser avô: Belo.


Belo e Gogóia namoraram e casaram: ela com 19 anos , recém orfã , ele com pouco mais de 20, tornado pobre por um negócio equivocado do pai. Perderam a fazenda e tiveram uma vida de privações. Diferentemente da juventude, passaram uma vida apertada e difícil. E tendo oito filhos, tudo era ainda mais trabalhoso. Mas devo dizer que não me lembro de tê-los visto reclamando disso.


Minha avó nunca mais teve seu piano, mas isso é tema pra outra história.


Meu avô continuou tocando seu violão, como eu já contei aqui, algumas músicas, como Índia,são impossíveis de ouvir: eu simplesmente choro mesmo, mesmo que eu tente dar uma de durona, é fogo, não dá. Abro a boca.Me comove demais.
Ele tinha uma bela voz de seresteiro e algumas das noites mais lindas que tive na infância foram no sítio do meu padrinho: os tios , tias, primos, sentados nas cadeiras e redes, sob a luz do lampião, ouvindo meu avô cantando e tocando violão. Dá um nó na garganta só de lembrar.

Tenho sonhos nonsense com eles. Conversamos muito nesses sonhos.


- vó, agora que você morreu , vou te ver menos, né?


- ah, vai ser assim.....rindo


E falamos normalmente: ela do lado de lá e eu do lado de cá.


Mas a saudade ainda é insuportável.


NOITE CHEIA DE ESTRELAS

(cândido das Neves)


Noite alta, céu risonho,a quietude é quase um sonho...

O luar cai sobre a mata,qual uma chuva de pratade raríssimo esplendor.

Só tu dormes, não escutas o teu cantorrevelando a lua airosaa história dolorosa deste amor.


Lua, manda a tua luz prateadadespertar a minha amada!

Quero matar os meus desejos,sufocá-la com meus beijos...

Canto, e a mulher que eu amo tantonão me escuta, está dormindo.

Canto e, por fim,nem a lua tem pena de mim,pois, ao ver que quem te chama sou eu,entre a neblina se escondeu.


Lá no alto a lua esquivaestá no céu tão pensativa...

As estrelas tão serenas,qual dilúvio de falenas,andam tontas ao luar...

Todo o astral

ficou silente para escutar o teu nome entre as as dolorosas queixas ao luar!




Essa foi uma das poucas reproduções que encontrei no youtube. Não é um cantor famoso, é um anõnimo que cantou e postou a música que gosto tanto e que tanto me lembra o vovô.
Duvido que um Botelho escute isso sem lutar contra o choro.





****publicado originalmente em 2007.

24 outubro 2009

O passado bate a sua porta






Ok, ok, um dia, beeeem distante, beeeem distante mesmo, pode até ser que eu tenha gostado - um pouco - de carnaval. E aí ficou esse registro: vestida de marinheira em Caxias, eu mereço, eu mereço.
Mas, me digam, não parece uma propaganda de coca-cola? Ah, esses terríveis anos 70..

04 agosto 2009

Meu carro é vermelho





Na sexta feira fui levar minha mãe em um show gratuito que acontece toda última sexta feira do mês, aqui em Campinas.
Esse show acontece na praça Carlos Gomes, o pessoal senta em mesas, fica em pé, canta, toma alguma coisa, aplaude e vai embora, feliz da vida.
Nessa sexta a bola da vez era Eduardo Araújo, cantor da época da Jovem Guarda, coisa que minha mãe curtiu muito.
Mas ele não ficou apenas no momento remember, cantou praticamente todo o tempo canções novas, com uma pegada country, legal até, gostei. Chegou a se arriscar em algo que poderia ser um blues, mandou ver na gaita e todo mundo gostou.
Tinha um grupo de senhoras completamente animadas, perdendo a linha, dançando, chamando de gostosão, maior barato, adorei.
Na manhã seguinte foi dia de Feira Hippie, que agora conta com uma barraca de comida mexicana que é simplesmente demais. Me mato naquelas pimentas.
Uma roda de capoeira pra ver, coisas pra admirar, comprar e uma jazz band super animdada, que arrancou ardorosos aplausos.
Dessa vez não fiz massagem, mas pra quem estiver por lá, recomendo: vá até a cadeira do Paulo, um massagista que te torce inteiro, estala aqui e ali e manda as dores pro espaço. Bom demais.
O resto do final de semana banquei a Maria limpando a casa, vi uns filmes e li.
E você, o que fez? Contaí.

24 maio 2009

01 de junho de 1968



Eu adoro fazer aniversário. Já comemorei de diversas formas, em bares, indo pra São Paulo com o então namorado, cozinhando, fazendo festa com dj e show de dança do ventre. Há algum tempo descobri que o lance, pra mim, é comemorar em etapas: sem misturar tribos, como eu disse pra Clélia. Assim posso dar atenção e curtir os diferentes amigos, sem stress. Nada pior do que mesa de bar onde as pessoas não se conhecem, não tem afinidades e tem que puxar papo...parece que o papo bom sempre está laaaaa do outro lado da tal mesa.
Essa forma me deixa também esticar o prazer desse dia.
Ano que vem pretendo fazer uma mega festa, afinal, quarenta anos tem de ser comemorado.Ai vou querer misturar muitas tribos, inclusive amigos aqui do blog. Crianças, vão ensaiando, porque todo mundo vai ter que dançar até o sol raiar
Nessa foto aqui falta o Ricardo, mas ele vai ter outras pra compensar.
Esses aniversários - como os da foto - eram feitos na casa da minha avó e juntavam toda a molecada da família. E era uma delícia.
Taí gente, há 39 anos, no dia 01 de junho, eu era um bebê.



**** publiquei esse texto quando ia fazer 39. Fiz 40 e a sonhada festa não rolou. Paciência, outra hora rola. O fato é que na segunda feira farei 41.
Claro que essa semana será a "semana clássica do balanço" ( fiz isso, não fiz aquilo, ainda falta isso, etc).
Continuo com o hábito de comemorar por etapas e vou contar depois como foi.
Ontem, passeando com a minha vira-latas Renildes, pensei como o final de semana foi bacana, como meu filho é demais e como moro em um lugar que adoro.
Depois disso, fiz uma lista - gigante - de mil coisas que quero fazer e ter.
Vamos a elas, torçam por mim.
Beijos.

03 maio 2009

Fragmentos no domingo









Sexta feira estava encerrando as notas, sendo que parte dos alunos mandou trabalhos nos últimos cinco minutos do segundo tempo...mexe daqui, corrige dali, três e meia da madrugada eu estava com as notas para serem lançadas no computador. Senha errada, nada de logar na sala virtual. Ops, olho o email, pois havia solicitado novamente a senha: nada.
Exatamente 03h47min, notas prontas, eu sentada na frente do pc e nada de senha.
Só vou lançar na segunda, após falar com a secretária na faculdade.
Alouuu...se você é meu aluno e está lendo, espere um pouco, logo tudo estará no ar, ok?
******

Participo de várias listas de discussão. Por falta de tempo, praticamente não leio nenhuma, mas às vezes me dou conta do que acontece. Em uma das listas - sobre roteiro de cinema - uma integrante falou sobre o falecimento de um cineasta do sul. Apareceu um corninho metido a engraçado, fazendo piadinhas onde ninguém chamou.
Gente, tá tomando uma sova até agora.

******

Escrevi um depoimento pra uma amiga ( !) no orkut. A mulher interpretou mal, sentou o sarrafo aqui na tia, deu um piti no meu orkut constrangedor, me deletou, me excluiu, mandou jogar sal na minha casa e colocou minha foto em postes, escrevendo "procura-se".
Como a palavra escrita é curiosa. Parte dela me pertence, parte dela pertence ao Outro, ao Leitor. E quem disse que consigo - ou que alguém consiga - dar conta da loucura alheia?
Eu, heim. Toma gardenal e passa amanhã, credo.
******

Sábado, parentes queridos do Rio em casa,Tio João Luiz, Cris e Bia, então programa campineiro: feira hippie - vocês sabem que adoro - com acarajé e mais compras gostosas.
Shopping Iguatemi e Livraria Cultura, compra de livro - depois conto e resenho - café e encontrar alguém pra dar oi: incrível como todo mundo vai ao Café da Cultura.
Será que é porque a livraria é uma delícia, o atendimento é ótimo e os cafés são bons?
******

Churrasco na casa de outro tio, papo.

*****

Tentei levar minhas primas Cris e Bia para conhecerem o Centro Cultural da CPFL, do qual sempre falo. Fechadíssimo, sem ninguém pra mostrar e sem boa vontade.
Humpf.

*****

Voltinha na Unicamp pra mostrar o campus pras meninas. Rapidinho, nem descemos.
Pra quem for, recomendo uma visita ao Arquivo Edgardg Leuenroth e na Biblioteca Central. Se for almoçar, cantina da Letras ou da Dança.


*****

Minha mãe está ótima, pensando em viajar para o Rio novamente, por conta de um casamento que vai rolar por lá.
Não vou deixar ir, lógico...a maluca acabou de sair do hospital, acreditam?
Está tudo ok, agradeço as mensagens e emails.


******

Vou ler e depois comento. Sucumbi ao listão: comprei A Cabana. Vocês sabem como sou preconceituosa - e toooodo preconceito é BURRO - em relação a Best Sellers. Mas fiquei curiosa, o Ricardo Agreste, genial pastor da igreja que frequento, falou sobre ele. Comprei, queridinhos, tô lendo e gostando muito.



******

Cinema, Wolverine - suspiro - Wolverine correndo - suspiro - bunda do Wolverine - ooooutro suspiro - Wolverine apaixonado - morri.
Mas não se anime, o filme tem mais buraco no roteiro do que queijo suíço, desde a estrutura da narrativa até as motivações pessoas, uma tristeza. Depois conto tudo.
Se você quer ver um bom filme, não vá.
Se você quer ver o Wolverine peladão, não perca.
Ah, sem perder tempo: Que Gambit é aquele, meu Deus? Fiquei nervosa.
ai, ai, esses filmes me matam.
Apaixonei.
Depois conto.
Beijos e bom domingo.

27 abril 2009

Deus branco?







Como já falei aqui com vocês, há cerca de um ano e meio frequento uma igreja presbiteriana e adoro. Ontem, ao ouvir um questionamento do pastor acerca da representação de Deus como branco, da representação da figura de Jesus - judeu - como um ariano...ao ouvir reflexões críticas sobre essas criações da arte medieval e, ao mesmo tempo, ouvir uma inteligente reflexão filosófica sobre trechos bíblicos, percebi: achei meu lugar.
Minha mãe foi internada e fará uma cirurgia de emergência. Para quem, como eu, acredita em Deus, peço uma oração. Para quem não acredita, peço que mande lá uns pensamentos positivos, porque realmente creio que isso ajude.
Beijos e obrigada.



04 março 2009

Corujas de todo o mundo, uni-vos!





Algumas vezes acho que falo muito do meu filho por aqui, mas é compreensível, venho que uma longa linhagem de corujas.
Saca só o olhar completamente corujal da minha mãe para mim, no batizado do Ricardo ( meu irmão arquiteto e lindo) em 1972.
Quem disse que uma imagem diz mais do que mil palavras, acertou em cheio.

15 fevereiro 2009

O Canto da Ju








Minha prima Ju tem um canto todo especial: uma casa onde ela passa religiosamente todos os finais de semana há um ou dois anos. Essa casa fica na represa de uma cidade chamada Avaré, no interior de São Paulo.
Estou aqui agora, enquanto escrevo. A casa é realmente especial, porque Ju é decoradora e completamente entusiasta de tudo que diga respeito a cores, formas e essas paradas que os decoradores entendem. Então, a casa ficou absolutamente especial, rica em detalhes, coisinhas, onde tudo tem um lugar certo e um porquê, nada está por acaso.
Daniel me aconselhou a não andar de lancha, pois conhece a mãe medrosa que tem, mas fiz ouvidos moucos pra isso e fui, e olha, gostei demais. O lugar é lindo e curti a velocidade - o que é incrível, porque eu REALMENTE, sou medrosa. E estou tão rebelde com esses meus antigos medos que até vou arriscar a andar de jet ski da próxima vez ou quem sabe esquiar - como meu irmão, aqui na foto . É isso, gente, ano novo e morte aos medos antigos.
Vivien atlética, hahahah, é o fim dos tempos...

07 fevereiro 2009

Cidade de Pedro


Nos anos que morei em Caxias, ir para Petrópolis era um programa que a gente costumava fazer de final de semana. Como a cidade ficava muito próxima, era só meu pai perguntar se a gente queria "sentir um friozinho" e pronto: todo mundo pulava da cama e se arrumava, animadamente, prontinho pra "patinar" no Museu.
Porque era sagrado ir ao Museu Imperial, delicioso, que tinha um atrativo à mais, para a molecada: para a proteção do chão, a gente calçava um chinelão de feltro, que dava pra escorregar por alguns corredores. Uma delícia.
Mês passado, fui pra lá com Daniel e uma turma escolhdia a dedo, minhas primas Cris e Bia, e o namorado de Cris, Felipe.
A conversa com eles é sempre agradável, divertida.
Então a idéia era ir ao Museu, que está impecável, como sempre -sugiro que quem vá, assista ao show que eles tem à noite, dessa vez não fiquei, mas já assisti e é ótimo - e passear por lá, Quitandinha, Palácio de Cristal, blábláblá. Curtir a cidade e a arquitetura peculiar, incluenciada por alemães e outros europeus lá de cima.
A gente optou por almoçar em um restaurante português perto do Museu, chamado Transmontano ou algo assim, que era interessante: charmoso, com um bolinho de bãcãlháu de matar um de felicidade, um peixe saboroso e um atendimento diretamente com o dono, um portugués super simpático. Ah, e fado choramingando.
Minha dica pra quem estiver explorando o Museu: minha peça favorita é um colar fantástico que pertenceu a Marquesa de Santos, com um camafeu com a gravura de D.Pedro. Vai ser cara de pau assim lá longe, heim?

29 janeiro 2009

Estrelinhas









Apesar de gostar de cozinhar, como comentei com vocês, nunca havia assado um peru, nunca tinha sido tão protagonista da noite de natal.
Pois bem, com a ajuda da Fer, que me teleguiou com vários e atenciosos emails....produzi minha obra prima natalina: meu peru!
Ficou deliciosamente tenro e úmido( porque fui religiosa em regá-lo com azeite de vinte em vinte minutos, com os cuidados de uma mãe) bem recheado e ladeado por estrelinhas de carambola.
Pensei em fazer um recheio com provolone, como havia visto por aí,mas minha gurua culinária achou que pudesse ficar meio chicletento, então desisti: fiz uma farofa caprichada e mandei bala.
Junto com ele, e devidamente enfeitada com estrelinhas de carambola e tomatinhos cereja, fiz uma salada de frango defumado e abacaxi, que já virou uma pedida certa na ceia.
Adorei, crianças.
Depois conto mais, beijos.


24 janeiro 2009

No Paço e na tv


Queridinhos, durante esses dias no Rio, vi algumas exposições imperdíveis. Uma delas está no Paço Imperial - que é, por si mesmo, um lugar imperdível - e é sobre a obra de Burle Marx.
Depois de ficar nadando naqueles quadros de cores inverossímeis, acho que comecei a entender melhor seus jardins maravilhosos. São quadros, tão lindos e inacreditavelmente coloridos quando as pinturas: só que ele pinta com flores. Cara, coisa de louco, de artista, de gente que vê para além das flores ou vê totalmente as flores. Não sei. Mas vê além de mim, isso tenho certeza.
Daniel e Guilherme, filho da Kátia, minha prima querida, foram meus acompanhantes e também gostaram demais. Pra quem for, sugiro assistir ao vídeo e ver Burle Marx falando de suas obras e cantando ópera. Demais.
Durante as noites, uma das coisas que gostei de fazer foi assisti Maysa, primeiro com a Kátia, depois com Cris e Bianca, outras primas muito queridas.
Gostei da adaptação, apesar do texto ser de Manoel Carlos, aquele chato. Na verdade, já fui esperando gostar, porque acho o Jayme Monjardim bastante talentoso e inovador.
A atriz que saiu do anonimato para a fama, mereceu o papel principal: a mulher é da pá virada, é uma grande atriz. Adorei.
Mas sacanearam o Bôscoli, heim? Porque eu fiquei achando que o cara era um canalhinha de quinta mesmo, nossinhora.
Quanto a Maysa, personagem, continuo com a mesma impressão: cantora maravilhosa, egocêntrica e chata como todo/a bêbado/a. Vamos combinar, neguinho vira uma cachaça e já se sente um suuuuper transgressor, certo? Olha, tio, como sou rebelde! Fala sério.
Enfim: a despeito do egocentrismo, o talento da mulher era indiscutível.

Então, deixo uma das minhas prediletas pra vocês, como presentinho.


21 janeiro 2009

2009


Por incrível que pareça, eu fiquei mesmo desplugada por muitos dias. Via o pc ali, sozinho e prontinho pra receber meus dedinhos blogueiros, mas faltava vontade. Assim, pela primeira vez na minha vida de blogueira, não fiquei doida pra postar.
Mas isso foi nas férias, tenho certeza que mais uns dias e já estarei de novo inteiramente de volta, escrevendo e lendo como antes. Fases, fases.
Claro que nem vou cair naquela lenga-lenga de quem desbloga, dizendo que "tenho outras coisas melhores pra fazer" ou outras dessas bobagens ingratas.
Sempre tive implicância com neguinho que deixa de blogar e passa a falar da blogosfera com um certo desprezinho bobo, não, queridinhos, não vou cuspir no blog que li.
Esses dias foram dias de viagem, de papos e de risadas. Bom demais rever a família, rever o Rio, passear e jogar WAR.
E - isso é incrível - eu, uma perdedora sistemática de WAR, venci uma batalha! Venci, fotografei, pulei, fotografei de novo esse momento histórico. Delícia.
Será que deixei de ser a jogadora óbvia como me chamava Daniel? Ahá, na guerra e no amor vale tudo, ok? Se eu ganhei no WAR, significa que agora só falta o amor.
Então, alguém tem aí o telefone do Reynaldo Gianechinni?

05 janeiro 2009

2009


Pois é, meus queridos, aqui estamos, em pleno 2009. Minha lista de coisas a fazer desse ano tem 30 ítens, bem pensados e bem desejados. No final desse ano, conto o resultado.
Cheguei aqui no sábado, dia 28, no último sábado de 2008, tentado me livrar desse ano e antecipar o outro.
O reveillon foi em Cabo Frio, meus tios, sempre muito unidos, tem casas de praia no mesmo condomínio. Então, forma-se uma insólita vizinhança de muitos tios, primos, barulho e risadas. Muito bom.
De certa forma, ir pra lá exige um exercício mental meu, que nem sempre consigo fazer: porque ser lúpica, não poder tomar sol, onde toda a diversão gira em torno da praia/piscina, é algo - no mínimo - complicado.Pra piorar as coisas, deixei minha carta de motorista vencer. Resultado? Fiquei de carona, o que é sempre, sempre, uma questão muito delicada. Mas não vou comentar isso agora, deixa pra depois.
Mas foi iso: vi 2009 raiar em um lugar bonito, concentrada na possibilidade de muitas melhoras...Isso é bom.
Fui pra Búzios e de novo fiquei doida com aquele lugar maravilhoso, descolado e cheio de estilo. Claro que falo da rua das Pedras, porque a parte dos moradores é uma droga. Mas como fiquei lá, na parte paradisíaca dos turistas, vi a parte show, e a parte show ..é absolutamente demais mesmo. A decoração dos bares, restaurantes, lojas, é de um bom gosto fantástico, parecia uma exposição de design de interiores.
Enfim!
Vim para Niterói, mas para não me alongar....conto depois.