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15 outubro 2011

Eu e o Professor


No meu primeiro ano na Unicamp, nada foi como eu esperava. História não era o que eu achava...me sentia um ET quase todo o tempo, pois minha trajetória era tão diferente dos outros que não conseguia me sentir fazendo parte do grupo.
Eu vinha de escola pública, eu sempre tinha trabalhado e me via fazendo parte de um grupo que nunca tinha pago uma conta na vida, adolescentes no total sentido da palavra.
Uma hora ou outra eu cruzada alguém que também se sentia um et e a gente estranhava tudo naqueles rosados garotos burgueses.
Não que eu nao gostasse deles, até gostava, só não me identificava com praticamente ninguém. Aos poucos me ambientei e formei um grupo se seria coeso até o fim da graduação e se despedaçaria em trinta mil pedaços após a formatura, sobrando apenas aqueles que realmente tinham elaborado um laço de amizade muito profundo. Pra minha alegria, são meus amigos até hoje.
Estive a ponto de desistir, tinha passado em jornalismo também, mudaria de curso e pronto.
Mas foi ai que li o livro do Professor.
Foi o seu primeiro livro, considerado por ele até um tanto quanto ingênuo. Talvez ele tenha razão, se compararmos com os três posteriores( que, claro, li também)
Mas o livro era ótimo, inegavelmente.
O tal primeiro livro teve um impacto inesquecível nos meus vinte anos.






Me lembro de pensar que,se aquilo era fazer História, então aquilo eu queria aprender a fazer. Eu gostei de tudo: do objeto de pesquisa, da análise absolutamente peculiar das fontes, da maleabilidade única para lidar com a palavra.
Inegavelmente um grande historiador e um grande escritor.
Consegui uma bolsa trabalho, logo deveria prestar algum serviço pra unicamp. Tinha parado de trabalhar e não podia me dar ao luxo de viver de dinheiro de pai, nem combinava comigo.
Procurei Professor para auxilia-lo em sua pesquisa.Para surpresa de todos, ele aceitou. Era famosa sua recusa em aceitar bolsistas, pois efetivamente gostava da pesquisa e creio que não se via com um assistente pra fazê-la.
Talvez tenha aceitado ao ver meu jeito de deslumbrada que só as meninas de vinte anos podem fazer.( Claro, aos trinta isso se torna ridículo....rs)
Mas ao contar isso, me lembro de como fui toda sorridente pedir para ser sua bolsista, falei com ele em um lugar que nem existe mais, tomado pelas mudanças que houve no IFCH.
Ele me aceitou, mas não posso dizer que eu o tenha auxiliado.
Ele me orientou na minha primeira garimpada no Arquivo Edgard Leuenroth, comentou comigo minhas descobertas, riu de mim muitas vezes, corrigiu umas tantas, ensinou umas outras.As reuniões em que eu mostrava minhas primeiras descobertas, em que eu comentava as fontes que tinha trabalhado, foram, pra mim, inesquecíveis.
Eu me sentava na ponta da cadeira, falando demais pra esconder o embaraço, enquanto ele observava sorrindo e falando pontualmente.
Descobri todo um universo de jornais, revistas, boletins, micro filmes, História que ia se fazendo na minha vista.
Não desisti da História.
Fiz todos os cursos que pude com Professor, e voltei a fazê-lo 15 anos depois, como ouvinte, só pra matar a saudades.
Pra minha - grata - surpresa, ele se lembrava de mim. Mais contida do que aos vinte anos, ainda sorri internamente quando em uma aula ele disse." eu estava pensando no que a Vivien falou na outra aula"
Ele estava pensando no que eu tinha falado. Pensei "yesssssssssss...!!!"e tive vontade de dançar como o caranguejo da propaganda de cerveja,mas nao movi um músculo, claro. Não ter vinte anos tem suas obrigações....
No final da aula, uma menina bonitinha sorriu pra mim: "ele é o máximo, nao é?"
Sorri de volta. É ..ele é o máximo



****texto publicado originalmente em 2006.

21 setembro 2011

O Amor nos Tempos do Brega

Esse cara aqui substituiu Elvis no meu Olimpo de Homens Maravilhosos.
Em 1978 eu tinha dez anos, queria crescer e me apaixonar por alguém tão fantástico assim.
Anos depois, teria namorados e maridos que seriam péssimos dançarinos, e curiosamente, o namorado que mais gostei foi único que dançava bem e gostava disso.
O clipe aqui, maravilhosamente cafona, elegantamente brega, era meu sonho de consumo na época.
Divirtam-se.






@@@post publicado originalmente em novembro de 2010.

Agora, confesse, é possível tirar os olhos dele?

29 abril 2011

Aborígenes












Sempre que passei na Oscar Freire, fiz isso de carro. Na semana passada foi a primeira vez que andei com meus lindos pezinhos por lá. Outro mundo, crianças. Eu me senti dentro da Convenção Republicana, dentro de um jantar do DEM, um chá da Rosane Collor, ou qualquer uma dessas coisas risíveis e desprezíveis.
Algo me lembrou muito, muito alguns textos do Alex Castro. Aqueles textos em que ele fala sobre sua antiga "vida de rico". Mas rico de verdade, viu, leitor? Não essa classe média caipira que acha que tem grana. Nada disso.
Segundo o Alex, o tal rico e seus riquinhos juniors tem a firme convicção de que as outras pessoas estão no mundo para servi-lo. Sua relação com as outras pessoas é pautada por isso.
Assim, os caras simplesmente acreditam realmente que as demais pessoas devem ser subservientes, prestativas, servis. Ficam em choque quando alguém não quer assumir essa posi.ção. O interessante é ver pessoas que não estão presas nessa redoma: se pensarmos nos jovens guerrilheiros da Ditadura, todos de classe média ou alta, mas que não se submetiam ao simplismo de defender sua classe e suas manhas. Gente que saiu do seu condominio mental, como dizem.
Mas grande parte está lá, falando com as pessoas sem olhar, rindo dos garçons, humilhando empregadas, gritando com funcionários, sofrendo horrores porque sua bolsa de griffe demorou para chegar ou o café estava imperfeito.
Entendendo isso, fica fácil perceber como as conquistas democráticas e sociais ocorridas no governo Lula não tem, para eles, a menoooooor importância. E eles lá querem saber se tem moleque morrendo de fome? Ah, faça-me o favor, eles tem mais o que pensar, como por exemplo, gastar grana na Oscar Freire. Gastar, comprar, se transformar em uma marca vendável, fazer bronzeamento artificial e ficar cor de laranja, fazer clareamento nos dentes e parecer um cavalo de raça, colocar peito de silicone, tomar bomba pra ficar "sarado", colocar seu óculos escuros e realmente, realmente mesmo, não enxergar p*** nenhuma.
Sério, leitores amados, as pessoas são muito estranhas.



12 abril 2011

Assim, assado.......( requentando post por conta de um papo matinal)


( Hoje na sala dos professores, falei que volta e meia colocava coisas que tinham rolado com eles e/ou com outras pesoas aqui no blog. Um professor me perguntou se nomeio as pessoas ou como eu as identifico. Bom, eu faço assim, ó;)








Recebi umas amigas pra almoçar ontem. Primeiro estávamos eu, amiga UM , amiga DOIS e um amigo-vizinho. Assim, com um elemento do outro gênero presente, a conversa foi divertida, porém comportada.
História de vida, religião, piadas, comida, casamentos e outros badulaques.
Depois que meu amigo-vizinho foi embora, o papo virou papo-mulherzinha, claro....tem um momento que tem que virar.No meio da conversa, falamos sobre o Marco Aurélio Garcia, tinhamos sido alunas dele, três gerações de unicamp. Concordamos que é um gentleman, cachimbando e falando com a tranquilidade que lhe é peculiar.Falamos sobre como é cheiroso - com certeza, o homem mais perfumado que já vi.
A estrutura de sua aula é diferente dos outros, os demais professores estabelecem uma análise em relação à fonte, um trabalho que pretende formar historiadores efetivamente.
Marco Aurélio, por sua experiência e atuação, tem outro foco. A aula tende a ser mais panorâmica, digamos.Sempre com muita propriedade e profundidade, claro.
Mas amiga UM me saiu com essa.:
- Eu gostava dele, principalmente, porque ele é meio gordo.
Olhamos pra ela. Continuou:
- Eu gosto de gordo.
Continuamos olhando, porque eu nunca tinha visto alguém dizer isso assim, sorridente, peremptória.
- Eu gosto sim, gordo me da uma idéia de ...idéia de abundância....
E a palavra abundância veio junto com um gesto desenhando uma barriga imaginária.Meio grande, claro.
Ela exemplificou:
- ué, vocês estão estranhando? eu tenho uma amiga que gosta de magro, magriiiiiinho.......
- franzino..? perguntei - aquela carinha de homem que não come carne?? Assim é horrível....
- isso...ela diz que adora ver ossos, costelas....franzino, frágil. - ela explicou.
Nessa altura ríamos de tudo, gordinhos, magrinhos, ossudos e comedores de carne.
- eu gosto de bonzinho - emendei - gosto de inteligente, "bom moço", meio sorvetão...sabe tipo o Hugh Grant,aquela coisa meio tímida, meio engraçada? Acho uma delícia.
Todas riam do meu homem ideal.
- eu até gosto daquele estilo super chiquérrimo, meio Al Pacino no Poderoso chefão...mas aquele controle todo, aquela segurança, me deixa nervosa. Sempre acho que vou deixar cair algo no chão - eu disse - Além disso, eu sou facilmente "enganável"...não saco sutilezas, com um cara assim, me ferro muito.Prefiro não ter que ficar "interpretando",sou lerda pra essas comunicações sutis....rs... acho chaaato....
Amiga UM continuava:
- meu problema é que tenho 49 anos e os gordos dessa idade sao feios...
- ué, tem gordinhos de 40...- sugeri.
- mas eu acho horrivel me envolver com homens mais novos.....
Amiga DOIS,que opta entre homens muito mais velhos ou muito mais jovens, veio em seu socorro.
- você está sendo preconceituosa....deixa fluir......
Amiga UM ainda sonhava alto:
- nunca casei com um gordo.( amiga UM casou três vezes)...hummm...gordo de terno preto.....uma loucura!
Rimos de novo.Papo super mulherzinha, né?

22 março 2011

As garotas super poderosas


No começo do blog eu sempre dava um toque sobre quem eu estava lendo no momento, porque os blogs, como os livros e os filmes, tem um "momento ternura plus" pra mim, em outras palavras, tem momentos que leio loucamente um autor ou vejo sistematicamente um diretor. Isso vale para os blogs.

Quem são as feras do momento? Você já deve conhecer, mas caso ainda não tenha ido, voe para lá.


A Lola sempre me faz refletir sobre tudo, aliás, me faz repensar tudo, o que é ótimo.


A Katita me inspira na cozinha: a mulher é uma maga!


E falando em magas....quem ainda não leu a Hazel, não sabe o que está perdendo.


Eu já usei os livros didáticos da Maria Frô, agora, "uso" o sempre plugado blog.



E tem a Rita, né? Como não ler a Rita, gente?


Quem eu torço para que escreva mais é a Karen, que é tão talentosa no teclado, quanto na câmera...e ainda pilota um fogão mágico.


Pra terminar, minha cantora favorita: Tati, a maluca.



Queridos, corram pra essas meninas! A pluralidade feminina é infinita.

16 janeiro 2011

A sua anti-cara metade









Apesar de eu ser uma rendida aos filmes mais românticos, mais tolos, mais ingênuos do mundo, não compartilho a concepção de "alma gêmea". Sempre achei essa definição não apenas idiota, mas reducionista e fatalista. Cara, quem acredita nisso ou está angustiado porque perdeu a tal cara-metade ou está procurando em todos os lugares. Um saco.
Mas sempre achei que seria mais lógico haver um interesse por alguém que tivesse similaridades intelectuais, artísticas, políticas...Claro que o interesse pelo outro não é pautado pela lógica, não é tão "vulcano" assim.
Outro dia eu conversava com uma amiga muito próxima e ela me contava que está realmente interessada em alguém com um perfil totalmente diferente do dela. Não só ele não se interessa pelas "geekices" que ela adora, como tem um padrão de comportamento diametralmente oposto a todos os namorados que ela teve.
E ela me confidenciou que adora. Acha tudo uma delícia, acha a risada dele uma delícia e me afirmou que, apesar de conversar normalmente com ele, sua cabeça imagina milhões de outras coisas durante a conversa, a ponto dela rir em momentos inoportunos.
- E ele? - perguntei.
- Sei lá! E a gente consegue perceber se o cara está interessado ou não? Eu já sou devagar...e atualmente os caras são tão estranhos...- afirmou, rindo.
Ela me disse que gostava de tomar a iniciativa, quando isso não era moda. Agora que todas as mulheres fazem isso, ela prefere esperar, prefere ser cortejada.
Enquanto isso acontece, ela sorri e imagina mil histórias enquanto ele fala.

10 agosto 2010

"deitar e rolar" e "nem pensar"


Essa proposta quem me passou ontem foi a Luana. Fazer uma lista de personagens literários que eu levaria pra cama - nas palavras da Menina Eva, aqueles de "deitar e rolar" - e os que não passariam nem perto na porta de entrada, ou seja, os "nem pensar".
Vamos a isso...
***** categoria, "na cama com Vivinha"

Leitor, de Se um viajante de uma noite.. do Calvino. Apaixonado por livros, faz dessa paixão o elo com a Leitora. Interessante e meio inseguro, insiste em procurar se aproximar da Leitora, em um caminho interessante e curioso. Um homem sem pedantismo, alguém com quem eu passaria muitas horas.

Rambert, da Peste, de Camus. Um homem que "parecia à vontade na vida", jornalista inteligente, comprometido, confiável.


Athos, dos Três Mosqueteiros, de Dumas. Calado, intenso, protetor. Diferente do cansativo Dartagnan, do Bêbado Porthus e do misto de quase-padre e mulherengo Aramis.


D. Afonso da Maia, patriarca dos Maias, Eça de Queiroz. Creio que o único personagem de Eça que é íntegro, interessante, auto-suficiente. Uma espécie de Locke do Lost versão lusitana.
Não sei com um homem tão interessante foi criar um filho tão imbecil e um neto tão inútil.


Francisco Leal, de Amor de de Sombras, Isable Allende, fotógrafo, atraente, politizado e apaixonado.


Marcos, da trilogia Subterrâneos da Liberdade, de Jorge Amado. Arquiteto inspirado em Oscar Niemeyer, simpático ao partidão, mas sem ser militante 24h por dia, como os outros personagens. Um gentleman cool, uma delícia.


********** categoria "nem pensar"***************



Mathieu, da A Idade da Razão, Sartre. Eu já falei dele, nem vou repetir. Tem tudo o que desprezo em um homem.

Bentinho, de D. Casmurro, Machado de Assis, neurótico, monotemático, obsessivo. Divã nele!

Headcliff, de O Morro dos Ventos Uivantes, Bronte. Já falei dele na Lulu: atormentado, psicótico, um exemplo pseudo-romântico entendiante. Divã + lexotan.

Arhtur, versão Brumas de Avalon, Marion Zimmer Bradley. Banana, dominado pela chata da mulher. Se ele vivesse atualmente seria barrigudo e ela usaria bobs no cabelo.

O Médico, do Ensaio Sobre a Cegueira, do Saramago. Apesar de ser casado com a mulher mais interessante do livro, consegue pular a cerca nas fuças dela. Um bosta.

Estebán Trueba e Pedro Terceiro, ambos de A Casa dos Espíritos, Isabell Allende. Duas faces da mesma moeda, representando a direita podre e sem principios e a esquerda vivendo om um violão e sem privacidade. Não olharia pra nenhum deles.

Dorian Gary, do Retrado de Dorian Gray, Oscar Wilde, um metrosexual sem ética. Tô fora.
.



***** texto publicado originalmente em 2007, quando eu ainda respondia todas as memes que me enviavam. E, olha, sabe que era bacana?

20 abril 2010

Distorções






Tem muita coisa divertida nesse mundo, mas uma das mais engraçadas é a super valorização do ego. Olha só, não nego que todos tempos um ladinho - mais ou menos escondido - que seja um tanto quanto ególatra, não nego mesmo.
Mas tudo tem limite nessa vida.
Auto-elogio setenta vezes por dia? Hum...desculpaê, mas é coisa de bicho inseguro, que chora no chuveiro.
Eu sei que é triste, mas eu acho hilário.

31 julho 2009

Tipos de Homens







Bom,tem o intelectual espirituoso, que é o meu favorito. Diferentemente do intelectual padrão, ele não se sente na obrigação de gostar de filme iraniano, não faz cara de conteúdo e não lê por obrigação.
É aquele cara que conversa com naturalidade, bom humor - mas humor na medida, não é um macaco pulando - sabe ser sagaz de um tanto que faz você pensar que ouvi-lo é uma delicia. Principalmente de manhã, antes do café, ainda com a cabeça no travesseiro.
Fala sobre política sem ser dogmático, tem uma relação de fé, mas nenhuma religião.

Outra opção da enquete era o sarado de academia.Um saco. Acorda e dorme olhando os bíceps, come coisas integrais, lê página de esportes. Não vai ao cinema, vê dvd em casa e tem preconceito contra cinema nacional, que não conhece.
Usa tênis dia e noite, traça as colegas de malhação e é um babaca de carteirinha.
Alguém aguenta isso?


A terceira opção era o artista em crise. Bom, tem quem goste, recebeu votos e tudo.Mas eu, particularmente, durmo só de pensar. Está em crise criativa, pinta ou escreve coisas incompreensíveis, assiste aos espetáculos de mil horas do Zé Celso Martinez Correia, jura que adora mímica e bebe vinho barato. Bebe vinho caro, quando tem grana, mas como nunca tem, encara um porcaria mesmo.É até gente boa, serve pra ser amigo ou pra apresentar pra aquela amiga desesperada, mas não dá pra perder cinco minutos não.
Geralmente, edipiano e profundo.Ou uma tentativa de ser profundo.

O militante boêmio seria, certamente, minha escolha há vinte anos. Naquela época, nada era mais sexy pra mim: olheiras, copo na mão e revolução no discurso.
Hoje eu poderia até ser amiga, mas acordar ao lado desse é coisa pra mulher militante e boêmia. E não sou nada disso há muito tempo.
Esse é o cara que anima a roda, carismático e romântico. Mas com validade vencida.


Tipo "alfa" provedor tem suas qualidades, pode ser gentil, cavalheiro e isso é bom. Mas vamos combinar, os "alfa" tem uma nódoa de um machismo tacanho que só sendo muito lerda pra aguentar.
O cara paga a conta e grita isso, não gosta de maquiagem e não gosta de ler. Quando compra um livro, está na lista dos mais vendidos.
Leva em restaurante caro, mas não é gentil com o garçom.Tipo muito estranho.


O tipo "beta" é aquela coisa meio Edu Guedes, saca? Um tanto quanto assexuado, assumindo de vez seu lado mulher, vê novela,chora, faz a linha sensível.
Se eu encontro um tipo assim, soco a criatura até virar gente.Só digo isso. Passo.



Geek rpgista: eu adoro. Em geral são engraçados, do tipo que pode ficar horas falando sobre seriados antigos ou sobre Alan Moore. É meio tímido, mas surpreende no momento certo. Não bebe, toma litros de fanta uva e tem um personagem há anos com o grupo que joga.Dá caixa inteira de Star Trek no seu aniversário e liga várias vezes por dia.


Como eu disse, o tema aqui é brincadeira e convido você a brincar comigo. Escolha um e descreva do seu jeito. Vou gostar de ler.

******* Esse post foi publicado originalmente no ano passado, após uma enquete com os(as) leitores(as) sobre "tipos de homens".

11 maio 2009

Ser ou não ser? (Sempre a mesma questão....)













Eu estava lendo o blog da Rosely Sayão agora há pouco. Vejam que interessante - e angustiante - a observação que ela faz:

"Em tempos de ideais individualistas, vivemos uma contradição: priorizamos nossa autonomia, mas queremos compartilhar nossa vida com um outro.Valorizamos o relacionamento conjugal porque, ao se tornar a base das relações íntimas entre pessoas da mesma geração, pode ser um antídoto para a solidão típica do nosso tempo. Podemos dizer que o casamento ganha importância cada vez maior na vida dos adultos.O número de separações é grande, mas o de recasamentos também. O problema é que não sabemos muito bem como conduzir essa relação tão peculiar."


Pois é, momentos de alteração de categorias, mudanças de paradigmas, tendem a dar um certo tombo em todo mundo. E aí, pintam as mais variadas questões: tenho amigos dentro de casamentos convencionais que adoram, tenho amigos dentro de casamentos tradicionais que se sentem presos e sufocados, gente que só namora e não pensa em casar, gente que nunca namora,gays festeiros, gays caseiros, mulheres que trabalham e querem ficar em casa, mulheres que ficam em casa e querem trabalhar, mulheres que trabalham e gostam, gente que sofre porque não tem filhos, gente que nunca vai ter filhos por opção, tem de tudo.
De qualquer forma, a dificuldade dos relacionamentos é algo inegável. Quem - como eu e algumas amigas - conseguiu comprar e sustentar uma casa sozinha ou com filho, acha difícil conseguir dividir isso com outra pessoa.
O mais estranho é que mesmo alguns casais que tem muito em comum - como eu tinha com meu primeiro marido - podem ser devorados pelo tédio. Devo confessar que esse divórcio foi causado, em grande parte, por imaturidade de ambos, mas a vida é assim.
Ela não é cor de rosa com desenhos, como querem algumas pessoas. (Alguém realmente tem saco pra esse tipinho de gente?) Pode até ser, mas não é pra grande parte das pessoas.
Meu segundo casamento foi um "juntamento", diferentemente do primeiro, não oficializamos nada. O que tornou mais fácil a separação, ou pelo menos, menos burocrática. Mas, ainda que eu ache meu segundo marido bonito e inteligente - e eu acho - percebo como chegar em casa e encontrar paz é uma dádiva divina. Sem ter que conviver com mudanças de humor inexplicáveis e outras chatices. Paz mesmo. Delícia.
(Deculpa, N., mas você sabe que era terrível!) O engraçado é que durante todos os anos que fomos namorados, ele não era tão instável. Ou era, mas eu podia me resguardar disso, dentro da minha própria casa.
Eu adoro minha casa e minha vida, com todas as coisas que conquistei sozinha, por minhas próprias pernas, sem pegar carona no sucesso de outros. Sou eu-comigo.
A forma de lidar com o cotidiano, com as contas, com as regras, a maneira de colocar um vaso ou a cortina, as manias, tudo isso fica cada vez mais difícil de ser compartilhado. Pode vir a ser uma boa experiência, mas ainda assim, árdua.
Não que o casamento seja ruim por definição. Não. Difícil, entendiante muitas vezes, mas não ruim. Mas ainda que tenha qualidades - e certamente as tem - fico me perguntando se ainda nessas próximas décadas saberemos como preservar a individualidade que valorizamos, com um relacionamento afetivo saudável.
Mas eu acho que é possível. Conheço poucos cuja felicidade me convence realmente, que parece algo sólido e não pra inglês ver. Porque em tempos de internet, vocês sabem, o povo faz uma graça que só por Deus....(risos)...tendo que provar sei lá o quê, pra sei lá quem, todo o tempo, sem descanso. ( Haja tempo disponível, vamos combinar..)
Mas , enfim, eu ainda creio em felicidade à dois, acredito sim, não costumo ver muita ...mas.. adoraria que um geek bonitão me ensinasse a brincar de casinha.
Aposto que seria divertido, duvido que seria perfeito, creio que seria humano.
Porque é assim que rola, não é?

30 março 2009

Sobre a natureza dos gatos


Pois é, Renildes está apaixonada. Está maluca pelo Malcom X, meu lindo gato preto. Mas Renildes não entendeu ainda que esse romance impossível já nasceu fadado ao fracasso, desde a primeira ronronada desse gato sacana.
Porque ele é gato e essa é a natureza dos gatos. Ele simplesmente não compreende a euforia estabanada dela, que ao vê-lo na sala, corre, torpeça, cai, de língua de fora, risonha.
Eles até que brincam bastante, até mais do que eu supus ser ele capaz, mas sempre menos do que ela quer. Ela mordisca a orelha dele, ele dá patadinhas suaves nela. Um tempão.
Até que ele enjooa, aí, não tem choro , nem vela. Não adianta ela apelar , segurando-o com a pata.
Ele pula pela janela baixinha tão rápido que só resta a Renildes fazer aquela cara de pidona e bater com a patinha no vidro, uma ,duas, muitas, muitas vezes.
Ele deita no jardim e lambe a pata. A gente aconselha:
- se manca, Renildes..... se manca...
-Renildes, vem pra cá, nem adianta que agora ele não vai entrar.
Mas ela continua na janela, batendo com a patinha.
Depois de um tempo, ela deixa a janela e vai brincar com o paliativo que encontrou: um sucedâneo de Malcom X, uma velha meia preta do Daniel, que ela morde, abraça, brinca.
- Não é o Malcom, bobona....rs.....te deram o pirulito e tiraram, né, menina?
Ela olha pra mim, olha pra janela e morde a tal meia. Coitada da Renildes...não entendeu que essa é a natureza dos gatos.
E Malcom X continua no jardim, lambendo as patas, sem dar a mínima.
Gatos.....



**** post publicado anteriormente em fins de 2006.

26 março 2009

Tempo Rei


Três na sala. Fulana, Sicrana e Beltrano.
Fulana deitada no sofá, descabelada, com cara de bunda.
Sicrana, com o telefone na mão:
- Então, tô ligando lá na farmácia....eles entregam o floral aqui mesmo.Você vai ver, floral é bacana, porreta, tiro e queda.
Fulana:
- ...hum...
Beltrano:
- Você deveria tomar empatiens.
Fulana, abrindo um olho só:
- Pra quê que serve...?
- ah...é bom pra impaciência. Assim como você está, o bom mesmo é rescue.
Fulana pensou que cara deveria estar pra ele dizer "assim como você está". Tentou ajeitar o cabelo, pensou em sentar, mas desistiu, ficou deitada, com cara de bunda.
Sicrana ri:
- Rescue é uma beleza....beira o fantástico - fazendo gesto de quem pega uma corda - resgata, sabe? Você quer ser resgatada?
Fulana, com riso nervoso:
- Alguém me tire daqui...
Sicrana:
- você está com uma cara melhorzinha.....está mais pra Jekill...antes estava Hyde....
Beltrano:
- o ruim de floral é que dá pesadelo pra caramba.
Fulana:
- o quê??? Além de tudo vou ter pesadelo??
Sicrana, conciliadora:
- Não ....não é assim.Bom, depois de um tempo, você sabe, floral coloca os bichos pra fora.
Fulana, de olhos arregalados:
- ãh???? Eu tô f***. Colocar os bichos pra fora?!
Sicrana:
- E aquele que eu te dei pra dormir, foi bom?
- Vixe maria.
- Eu te liguei , você dormiu rápido.
- Cheguei, tomei e apaguei.
- E acordou melhor? ( animada)
- Não.....( riso nervoso)
- Olha que amiga que sou...te dei um daqueles que não tomo nunca.
- Aqueles que a dra. X "miguela"?
- É.
- Amiga mesmo
.
Beltrano ainda diz que Fulana deve tomar Rescue. Sicrana e Beltrano discutem sobre florais. Fulana engole em seco, ainda vai ter que trabalhar.
Os jilós também trabalham.

********** Tempos depois...****************




Soube que a Fulana se mudou: viajou com um personal de 1.95m pra Israel e foi morar em um kibutz. Dizem que tiveram uma briga homérica sobre os territórios ocupados e ela quebrou um ou dois pratos na cabeça dele.
Parece que depois Fulana passou um tempo em Paris com um escultor que falava latim. Bom, não entendi ao certo se ele falava latim, mas duas palavras parece que ele sabia à perfeição.
Mas Fulana se desentendeu com o escultor, arrumou sua mala e se mudou. Disse que ia tentar os pintores...
Viajou sem rumo uns meses, trabalhando aqui e ali. Pintou o cabelo de vermelho, tatuou um símbolo da cabala na nuca e mudou o nome pra Sarah.
Hoje dirige uma galeria de arte alternativa e mora com seus três namorados no Soho.

*** Posts anteriormente publicados em dezembro de 2006, os comentários constam nos posts originais.

20 março 2009

Vocês ouviram?

Sem fazer a apologia do filme, que é ingênuo e cheio de equívocos, percebo que ele lida com algumas questões simbólicas interessantes, assim como é uma versão "para colorir", da jornada do Herói de Campbell.
Mas não é esse o tema desse post. Não, não meus queridos.
A minha pergunta é: vocês prestaram atenção no nome que ele grita?
Richard Gere, arrasadoramente lindo de terno - adoro terno - com flores na mão e gritando....ouçam, ouçam...ai, ai.

*suspiro*

22 fevereiro 2009

Porque sou fã do meu filho





Daniel encanou que quer ter uma kombi. Não contente com isso, quer grafitá-la e batizá-la de "Tereza".
- Filho...que tipo de garota vai sair com você com um carro assim?
- Simples - respondeu ele, rindo - uma que não seja nem fútil, nem interesseira.

Dá pra não ser fã desse cara?

19 fevereiro 2009

Mulheres à beira de um ataque de nervos


Frases ouvidas de amigas queridas nos últimos tempos:


" Eu casei seis vezes e meia. Pra arredondar, conto sete."

" Minha vida sexual com meu marido era pão-pão-queijo-queijo. Às vezes faltava pão...às vezes faltava queijo."


" (...) Então eu disse que tinha ficado tantos anos casada, que era a primeira vez que estava me relacionando com outro homem, que estava receosa...Se era verdade? Claro que não, mas colava que era uma beleza."

" No fim do túnel tem uma luz: é um trem."

" Do fundo do poço não passa. Mas que dá pra patinar um bocado, ah, isso dá."

29 janeiro 2009

Estrelinhas









Apesar de gostar de cozinhar, como comentei com vocês, nunca havia assado um peru, nunca tinha sido tão protagonista da noite de natal.
Pois bem, com a ajuda da Fer, que me teleguiou com vários e atenciosos emails....produzi minha obra prima natalina: meu peru!
Ficou deliciosamente tenro e úmido( porque fui religiosa em regá-lo com azeite de vinte em vinte minutos, com os cuidados de uma mãe) bem recheado e ladeado por estrelinhas de carambola.
Pensei em fazer um recheio com provolone, como havia visto por aí,mas minha gurua culinária achou que pudesse ficar meio chicletento, então desisti: fiz uma farofa caprichada e mandei bala.
Junto com ele, e devidamente enfeitada com estrelinhas de carambola e tomatinhos cereja, fiz uma salada de frango defumado e abacaxi, que já virou uma pedida certa na ceia.
Adorei, crianças.
Depois conto mais, beijos.


19 novembro 2008

O insólito


















O insólito é me ver em "balada". Tenho aflição até dessa expressão....que diabos significa "balada"? Tenho aflição de quem fala assim.
Pior do que falar "balada" é falar "bárbaro". Se alguém me diz que um filme é "bárbaro", não só implico com o filme, como implico com a pessoa.
Meus programas são ligths: gosto de cinema, uma peça bacana (raridade aqui em Campinas), um bar, um café, um restaurante. Gosto de ir na casa de amigos, gosto de receber, gosto de conversar. Não é que não goste de dançar, eu gosto, adoro a ginga de uma black music - como toca divinamente no Barril da Máfia - mas odeio, com todas as forças do meu ser, uma coisa chamada "música eletrônica".
Fui em uma casa nova aqui da cidade, uma boate que não vou dizer o nome, pra evitar problemas. Fui porque era aniversário da "Samantha",uma amiga queridíssima.
Comecei a noite NÃO achando a casa. Eu rodei, xinguei, esbravejei, desci do carro com um salto indecente e perguntei em um botequim escroto onde era a tal boate. O balconista explicou com toda gentileza e lá fui eu. Achei o troço.
Vou mandar guardar o carro e a mocinha me sai com essa:
- doze reais,senhora.
- por quê? vocês lavam também
?
Ela deu um sorridinho amarelo e mau, com certeza pensando palavrões contra a pobre ali(eu) ainda por cima fazia piadinhas de pobre (ainda eu).
Então, vejamos..ah , teve a fila. Pessoas, eu não entro em fila. Se o lugar tem fila, vou em outro. Só pego fila pra cinema e olhe lá. Fila pra restaurante ou qualquer outra coisa me parece absurdo, eu simplesmente opto por outro. Mas ali eu tinha que ficar, minha amiga merecia que eu a pretigiasse, nem que pra isso eu tivesse que ficar em uma fila idiota. Ficamos em uma fila absurda, porque estava cedo e com certeza havia espaço lá dentro. O que constatei depois. A fila estava lenta, comecei a insuflar as pessoas, houve um certo mal estar entre os outros reféns da fila, todo mundo percebeu que a porcaria da fila não tinha razão de ser. Inexplicavelmente, depois do certo zumzumzum que provocamos, fomos convidados a entrar na tal boate.
A decoração da casa é linda, descolada, incrível. Mas a despeito dessa beleza toda, o tormento ainda não havia acabado.
Na entrada, os homens são revistados e as mulheres tem que abrir a bolsa. Olha, pode ser praxe (eu não frequento, tô por fora mesmo), pode ser por segurança, mas é uma merda. Eu abri a bolsa, não disse nada, mas quase lati para a moça.
Aí, então, houve o golpe fatal. Ao invés de rock e outras coisas que "Samantha" disse que tocaria, o dj tocava umas coisas que eu descobri ser "tecno house". Seja lá o que isso for.
Cara, como eu saberia que havia distinção entre os tun tun tun, se nem consigo identificar quando uma música acaba?
Fiquei uma hora e meia, contados no relógio. "Charlotte" e eu demos uma scaneada nos homens em geral, falamos muita bosta. Os únicos pegáveis eram galinhas e homem galinha não serve pra nada. Ao final de cada "observação", a pergunta dela:
- não vai colocar no blog, né?
- claro que vou....hheheh
- o problema todo é que mudaram as regras e eu fiquei pra trás.
...- diz "Charlotte", magra e elegrante como sempre.
- eu bóio também,não existe mais cantada? Eles NUNCA mais vão mexer o traseiro e tomar a iniciativa?

( continua)


******* post publicado originalmente em dezembro de 2007.
A propósito das conversas que andei tendo com algumas amigas, vale republicar.

26 outubro 2008

As coisas bobas que eu faço




Eu nunca resisto: sempre, sempre faço testes. Qual animal eu seria, ou qual mangá, ou personagem de Star Trek. Nunca resisto. Porque eu acho um barato saber que eu "sou" a Princesa Léia ou a Tempestade. Eu sei que é idiota, vocês não precisam me avisar. Mas eu vou continuar fazendo todos esses testes.
Então, no calor do momento, essa sou eu em Sex and the City.
Aliás, é a segunda vez que tenho esse resultado. Depois comento minha relação de amor e ódio do seriado, por hora, eu sou a Miranda.





"Você é cerebral como Miranda
Dotada de mente lógica, ela é a menos sonhadora, a mais realista e a mais prática do grupo. Mulheres cerebrais, como Miranda, são céticas: só acreditam no que a razão lhes mostra. Geralmente, dão mais valor à carreira que ao casamento. Não romantizam a relação, como as idealistas, nem variam de parceiro como as hedonistas. E também não sonham com casamento, como as guardiãs. A questão de gênero faz pouca diferença quando se trata de cerebrais, ou seja, elas são bem parecidas com eles."