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21 setembro 2011

O Amor nos Tempos do Brega

Esse cara aqui substituiu Elvis no meu Olimpo de Homens Maravilhosos.
Em 1978 eu tinha dez anos, queria crescer e me apaixonar por alguém tão fantástico assim.
Anos depois, teria namorados e maridos que seriam péssimos dançarinos, e curiosamente, o namorado que mais gostei foi único que dançava bem e gostava disso.
O clipe aqui, maravilhosamente cafona, elegantamente brega, era meu sonho de consumo na época.
Divirtam-se.






@@@post publicado originalmente em novembro de 2010.

Agora, confesse, é possível tirar os olhos dele?

24 maio 2010

Viver pra Contar


Eu estou me acabando nesse livro. (Tudo já começou bem entre nós - eu e o livro - porque ganhei de presente em um café que adoro, aqui em Souzas. Quem me conhece sabe como gosto dessa pequena cidade e sabe como os lugares ali são especiais pra mim. Ganhei esse livro no Maritaca, um café muito charmoso, com um incrível quintal de árvores enormes e muito verde.)
Ganhei de presente porque eu tinha olhado muito pro livro. Olha que motivo mais lindo pra se dar um presente.Lindo e atencioso.
O livro é a auto biografia de Gabriel Garcia Marquez, meu autor favorito. Sei o quão arriscado pode ser afirmar isso tão peremptoriamente, mas é verdade. Eu sou uma leitora voraz há muitos anos e tenho muitos entre os meus favoritos, mas García Marquez é o amor da minha vida.
Nunca outro autor causou tal impacto em mim. Coisa de amor mesmo, engraçado isso. Impactante, ler esse autor pra mim é sempre uma vertigem. E se apaixonar também não é uma vertigem?
Essa autobiografia é incrivelmente emocionante pra quem está um pouco familiarizado com seus textos. A familia e as impressões dele vão se traduzindo nos personagens de Cem anos de Solidão, do Amor nos Tempos do Cólera e outros. Dá uma coisa.
A infinita peculiaridade, a originalidade angustiante, todo o desenrolar das tramas e toda a forma absolutamente deliciosa com que ele trata a palavra, me deixam inebriada.
Ai me acabo de ler, simplesmente apago. Não há um só dos - vários e pesados - problemas que me apareceram agora que resistam a ele.
Fico imaginando como deve ser escrever daquela forma, possuir um talento tão arrebatador.
A primeira vez que li Cem anos de Solidão, pensei que tinha encontrado O Livro, aquele que seria absolutamente imbatível. Eu o reli muitas e muitas vezes depois. Continuo pensando isso.
Agora vou voltar pra Viver para Contar.
Ai somos só nós dois, Delicia.
Eu fico pensando que ainda desejo muito ser Úrsula.


*********publicado originalmente em 2006.

25 dezembro 2009

Feliz Ano Novo

Queridos amigos leitores, desejo a uma deliciosa passagem de ano, cheia de supertições, brindes, risadas e beijos.
Definitivamente, o reveillon é meu dia favorito no ano: o dia de todas, todas as possibilidades.
Sei que 2010 reserva coisas maravilhosas.
De presente para vocês, tentei colocar uma cena que adoro, um revival dos anos 80, uma cena que eu sempre vejo quando preciso melhorar de humor. E melhora, sempre melhora.
Mas como nem sempre as coisas saem como a gente planeja, a incorporação foi proibida.
Não há problema, deixo para vocês a cena final de Cinema Paradiso, que já me comoveu tanto e deve ter comovido vocês também
A gente se vê no ano que vem, "no ano que vem, em Jerusalém", como cantavam os judeus quando ainda sonhavam com a sua terra Prometida.
Sonho com uma vida prometida, vou por aí buscá-la.
Beijos e feliz 2010.




26 agosto 2009

Música do dia

Já quis ser judia e morar em um kibutz, fui revolucionária ( ou coisa que o valha) e já acreditei no socialismo, mas tomei todos os tombos que a queda do muro de Berlim provocou, sou fascinada pelo Anarquismo, fui estudante, sou professora, sou blogueira, tento ser twitteira mas o tempo não deixa, fui reacionária quando criança, fui espírita, tentei ser católica, sou protestante, fui dançarina de jazz, fui ativista do teatro amador, fui militante estudantil, fui casada, fui corna, sou divorciada, fui apaixonada, fui sacana, fui bacana, fui banana a maior parte do tempo, fui frívola, fui profunda, sou leitora, fui profundamente tímida, sou exibidérrima, sou geminiana, fui mulher de cabelos curtos, sou mulher de cabelããão, fui roedora de unhas, sou usuária das unhas vermelhas, sou abstêmia, fui pseudo fumante, fui palestrante, fui mestranda e larguei, fui fã de acampar, sou um monte de coisas ainda, mas sou acima de tudo, sou principalmente a mãe do Daniel.

02 junho 2009

M. ....de mico público!


(Esse post está ligado ao novo projeto do Leo, do Indizível, cuja proposta é falar sobre ...micos publicáveis. Vamos a isso.)
Isso aconteceu há anos.
Eu estava entrando no cabelereiro ( adoro ir ao cabelereiro, lavar minha cabeça lá é quase um prazer sexual) quando vejo um cara, com um bebê no colo, sorrindo pra mim.
- oi, Vivinha.
-* *glup* *
E quem disse que eu sabia quem era o sujeito? Vivinha é meu apelido favorito, mas é um apelido familiar, usado por poucos e queridos amigos. Quem era aquele fulano?
Bom, poderia ser um amigos dos meus irmãos....eles me apresentavam assim "minha irmâ, Vivinha".
Mas qual amigo....o nome....o nome....quem era esse fulano?
Minha cara de tacho era tão evidente, que ele disse, ainda sorrindo:
- não está me reconhecendo, né?
- desculpa - disse, entre aliviada e envergonhada - não estou.
- sou eu, Vivinha, o M.
- NOSSSAAA.....desculpa, eu...eu....me desculpa mesmo.....- rindo
M. tinha sido meu namorado. Por oito anos. OITO. A adolescência inteira.
Isso, eu tinha encontrado meu ex namorado, melhor dizendo, meu ex noivo ( fui noiva , uia que brega....rs) e não tinha reconhecido o cidadão. Ele estava ali, acompanhando a mulher no salão, coisa estranha.
Pra disfarçar, peguei o bebê no colo. Perguntei o nome, quando ele respondeu, caímos na risada.
A filha dele tinha o nome que EU havia escolhido pra filha que a gente teria um dia. Bizarro.
De qualquer forma, ele me mostrou a mãe do neném, trocamos um cumprimento amarelo.
O papo teve lá seus toques nostálgicos;
(Tem ido pro Rio? viu fulano? viu sicrano? sabia que fulano. blablablá.....ahhahah...blablablá...sério??? blablablá......)
Foi engraçado, foi estranho. Foi legal.
Foi super bacana ver o cara por quem fui extremamente apaixonada e nem saber quem ele era.
Foi muito bom saber que qualquer amor, arremedo de amor, pseudo-amor, ou coisa que o valha, pode ser totalmente superado, esquecido e...talvez até, esnobado, por que não?
He..he...gostei.
Foi mico, mas foi bom.


@@@@ texto publicado anteriormente em novembro de 2006.

13 maio 2009

O dia que eu não estava na lista










Acho que eu já disse aqui, tenho um fraco por professor. R. foi um amálgama de professor, namorado e amigo. Atualmente é leitor eventual dessa Casa, apesar da distância.

Ele foi quem me apresentou a alguns autores que nunca tinha lido, quem me estimulou a discutir e -segundo ele -foi a motivação pra eu fazer História.
Mas isso é egocentrismo dele.
O fato é que eu adorava suas aulas, isso é verdade.

Na época do Colégio, eu, R., Dri, seu então namorado e atual marido , Pitty, e outros amigos saíamos da aula e fazíamos um pit stop no bar da frente. Estudávamos à noite e sexta feira era obrigatoriamente dia de beber e jogar conversa fora.

Olhando agora, mais velha e infinitamente mais careta, acho um absurdo grande parte das coisas. Bebíamos por lá e íamos a pé até uma parte do Cambuí, cheia de bares, apelidada carinhosamente de Setor. Isso em uma era pré diluviana em que se podia andar a pé em Campinas, durante a noite.

Na sexta feira, era dia de ver Tati e Carô no Ilustrada, o bar mais bacana da época.

Me lembro de uma noite , andando ao lado da prefeitura, quando um garoto de rua desceu correndo, disparado e apavorado, fugindo de dois jovens.

O garoto agarrou as pernas de R., talvez percebendo, de alguma forma, que poderia ser protegido por ele.

R.segurou o garoto, falou calmamente com os perseguidores - que haviam sido assaltados pelo menino - e resolveu tudo. Mas com uma firmeza, um olho no olho, que não deixava espaço pra discordar. Os caras foram embora, o garoto foi salvo. E eu só pensava : "uau..."

Acostumada aos colegas histriônicos, aquele controle todo da situação era cinematográfico pra mim.

Na época, me encontrava com meu amor eterno da época lá no Setor, ele saia da agência e ia direto pra lá. Tinha ciúmes de R., coisa que só fui entender mais tarde. Antes que eu mesma notasse, ele já tinha notado meu interesse. Se é que dá pra entender isso.
Após o fim do relacionamento com esse namorado, houve algo muito bacana com R.
Como eu estava saindo de um relacionamento que havia me ocupado toda a adolescência e eu estava muito "mudééérninha", vivemos uma coisa esquisita no melhor estilo "relacionamento aberto".Eu achava o máximo na época, mas de forma alguma repetiria a dose hoje em dia.
Já disse, sou infinitamente mais careta.
Quando eu decidi terminar com ele, continuamos muito amigos.Tínhamos um gostoso ritual, cada vez que ele vinha pra Campinas:sair pra almoçar, conversar o dia todo, se despedir sem angústia. Era bom.
Depois, ficamos muito tempo sem nos ver.

Há alguns anos, nos reencontramos em São Paulo, ele vinha pra cá e combinamos de nos ver por lá.Um final de semana pra matar a saudade.
Já fazia alguns anos que não nos víamos. Foi bom e foi ruim. Acho que eu fui esperando o professor e ele foi esperando a aluna e "eles" não foram.Confesso que foi estranho.

Em um determinado momento, desse final de semana de remember, R. começou a relembrar as mulheres que passaram por sua vida. Sei lá porque. Fulana, Beltrana...todas lindas e inteligentes, blablabla.E eu ouvindo.

Mas ele me pulou. Eu estava deitada no sofá e pensei: "porra, ele me pulou".

Não corrigi, nem brinquei com isso. Só pensei que não estava na lista.Foi tão frustrante, me senti como se ele tivesse roubado algo que era "direito" meu, direito a parte de sua história. Talvez eu devesse ter dado um pedala bem dado, exigindo meus direitos, "ô meu filho, você está na minha lista, c***!"

Um dia ainda escrevo pra ele e digo isso. Ou deixo ele ler aqui.



**** publicado originalmente em 13/04/07.

01 maio 2009

Compulsão

Só mais um pouco:


Have You Ever Seen The Rain? (tradução)
Creedence Clearwater Revival
Composição: J.C. Fogerty

Você Alguma Vez Viu A Chuva?

Alguém me falou há muito tempo
que há uma calmaria antes da tempestade.
Eu sei; vem vindo há algum tempo.

Dizem que quando terminar choverá num dia ensolarado.
Eu sei; brilhando como água.

Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia ensolarado?

Ontem e nos dias anteriores,
o sol estava frio e a chuva estava forte.
Eu sei; tem sido assim toda a minha vida.
E para sempre assim será
através do ciclo, rápido e devagar.
Eu sei; isso não vai parar, eu me pergunto.

Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia glorioso?

Yeah!

Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia ensolarado?

30 abril 2009

Saudade?










Minha mais recente mania é ficar séculos ouvindo músicas que finalizaram episódios de Cold Case - seriado policial-para-historiadores..rs - que adoro.
Essa daqui é uma que simplesmente não consigo mais para de ouvir.
Depois escrevo mais, agora vou ouvir novamente.;0)




Your Song (tradução)
Elton John


Sua Canção

É um tanto engraçado este sentimento interior
Eu não sou do tipo de pessoa que consegue esconder facilmente
Não tenho muito dinheiro, mas garoto, se eu tivesse
Compraria uma grande casa onde nós dois poderíamos viver

Se eu fosse um escultor, mas poxa, não sou
Ou um homem que faz poções em um show ambulante
Eu sei que não é muito, porém é o melhor que eu posso fazer
Meu presente é minha canção e esta é para você

E você poderá contar para todo o mundo que esta é sua canção
Talvez ela seja bastante simples, mas agora que está terminada
Eu espero que você não se importe (bis)
Que eu tenha colocado em palavras
Como a vida é maravilhosa enquanto você está no mundo

Me sentei no telhado e retirei o musgo
Bem... alguns dos versos me colocaram em uma encruzilhada
Mas o sol estava adorável enquanto eu escrevia esta canção
É para pessoas como você, que a mantém viva

Então perdoe-me se eu esquecer, mas estas coisas eu faço
Perceba que esqueci, se são verdes ou são azuis
De qualquer maneira, bom... o que eu realmente quero dizer
É que seus olhos são os mais doces que já vi.





*** Em tempo:

gente, é só eu publicar uma música ou pseudo-falar de paixões antigas pra um monte de espíritos surgirem do passado, pensando que eu falo deles.
Se eu tivesse tanto cara querendo me cantar, como tenho ex com ego super aquecido...estava feita nessa vida.
( E isso vale pra VOCÊ também, querido ex e atual leitor diário...rs)
ô, coisa...rs

30 março 2009

Sobre a natureza dos gatos


Pois é, Renildes está apaixonada. Está maluca pelo Malcom X, meu lindo gato preto. Mas Renildes não entendeu ainda que esse romance impossível já nasceu fadado ao fracasso, desde a primeira ronronada desse gato sacana.
Porque ele é gato e essa é a natureza dos gatos. Ele simplesmente não compreende a euforia estabanada dela, que ao vê-lo na sala, corre, torpeça, cai, de língua de fora, risonha.
Eles até que brincam bastante, até mais do que eu supus ser ele capaz, mas sempre menos do que ela quer. Ela mordisca a orelha dele, ele dá patadinhas suaves nela. Um tempão.
Até que ele enjooa, aí, não tem choro , nem vela. Não adianta ela apelar , segurando-o com a pata.
Ele pula pela janela baixinha tão rápido que só resta a Renildes fazer aquela cara de pidona e bater com a patinha no vidro, uma ,duas, muitas, muitas vezes.
Ele deita no jardim e lambe a pata. A gente aconselha:
- se manca, Renildes..... se manca...
-Renildes, vem pra cá, nem adianta que agora ele não vai entrar.
Mas ela continua na janela, batendo com a patinha.
Depois de um tempo, ela deixa a janela e vai brincar com o paliativo que encontrou: um sucedâneo de Malcom X, uma velha meia preta do Daniel, que ela morde, abraça, brinca.
- Não é o Malcom, bobona....rs.....te deram o pirulito e tiraram, né, menina?
Ela olha pra mim, olha pra janela e morde a tal meia. Coitada da Renildes...não entendeu que essa é a natureza dos gatos.
E Malcom X continua no jardim, lambendo as patas, sem dar a mínima.
Gatos.....



**** post publicado anteriormente em fins de 2006.

26 março 2009

Tempo Rei


Três na sala. Fulana, Sicrana e Beltrano.
Fulana deitada no sofá, descabelada, com cara de bunda.
Sicrana, com o telefone na mão:
- Então, tô ligando lá na farmácia....eles entregam o floral aqui mesmo.Você vai ver, floral é bacana, porreta, tiro e queda.
Fulana:
- ...hum...
Beltrano:
- Você deveria tomar empatiens.
Fulana, abrindo um olho só:
- Pra quê que serve...?
- ah...é bom pra impaciência. Assim como você está, o bom mesmo é rescue.
Fulana pensou que cara deveria estar pra ele dizer "assim como você está". Tentou ajeitar o cabelo, pensou em sentar, mas desistiu, ficou deitada, com cara de bunda.
Sicrana ri:
- Rescue é uma beleza....beira o fantástico - fazendo gesto de quem pega uma corda - resgata, sabe? Você quer ser resgatada?
Fulana, com riso nervoso:
- Alguém me tire daqui...
Sicrana:
- você está com uma cara melhorzinha.....está mais pra Jekill...antes estava Hyde....
Beltrano:
- o ruim de floral é que dá pesadelo pra caramba.
Fulana:
- o quê??? Além de tudo vou ter pesadelo??
Sicrana, conciliadora:
- Não ....não é assim.Bom, depois de um tempo, você sabe, floral coloca os bichos pra fora.
Fulana, de olhos arregalados:
- ãh???? Eu tô f***. Colocar os bichos pra fora?!
Sicrana:
- E aquele que eu te dei pra dormir, foi bom?
- Vixe maria.
- Eu te liguei , você dormiu rápido.
- Cheguei, tomei e apaguei.
- E acordou melhor? ( animada)
- Não.....( riso nervoso)
- Olha que amiga que sou...te dei um daqueles que não tomo nunca.
- Aqueles que a dra. X "miguela"?
- É.
- Amiga mesmo
.
Beltrano ainda diz que Fulana deve tomar Rescue. Sicrana e Beltrano discutem sobre florais. Fulana engole em seco, ainda vai ter que trabalhar.
Os jilós também trabalham.

********** Tempos depois...****************




Soube que a Fulana se mudou: viajou com um personal de 1.95m pra Israel e foi morar em um kibutz. Dizem que tiveram uma briga homérica sobre os territórios ocupados e ela quebrou um ou dois pratos na cabeça dele.
Parece que depois Fulana passou um tempo em Paris com um escultor que falava latim. Bom, não entendi ao certo se ele falava latim, mas duas palavras parece que ele sabia à perfeição.
Mas Fulana se desentendeu com o escultor, arrumou sua mala e se mudou. Disse que ia tentar os pintores...
Viajou sem rumo uns meses, trabalhando aqui e ali. Pintou o cabelo de vermelho, tatuou um símbolo da cabala na nuca e mudou o nome pra Sarah.
Hoje dirige uma galeria de arte alternativa e mora com seus três namorados no Soho.

*** Posts anteriormente publicados em dezembro de 2006, os comentários constam nos posts originais.

20 março 2009

Vocês ouviram?

Sem fazer a apologia do filme, que é ingênuo e cheio de equívocos, percebo que ele lida com algumas questões simbólicas interessantes, assim como é uma versão "para colorir", da jornada do Herói de Campbell.
Mas não é esse o tema desse post. Não, não meus queridos.
A minha pergunta é: vocês prestaram atenção no nome que ele grita?
Richard Gere, arrasadoramente lindo de terno - adoro terno - com flores na mão e gritando....ouçam, ouçam...ai, ai.

*suspiro*

27 novembro 2008

Um basta para todos os imbecis


Todo blogueiro tem seu momento divã, certo? Taí, chegou o meu.
Hoje entrei aqui apenas pra dar um grito virtual...momento final de ano é um momento crucial para a tomata de decisões e uma delas, talvez uma nevrálgica, seja fazer um balanço de quem é possível levar ou não para o ano que vem. Quem segue com a gente e quem fica no ano que se encerra, junto com as coisas ruins, enterradinho no esterco.

Então é isso, eu levo:

1)Os alunos incríveis que conheci, esforçados e divertidos, turmas que nunca vou esquecer.
2)os blogs que decidi me tornar leitora compulsiva
3)os amigos que estão presentes há muito tempo e os amigos que revi e coloquei com carinhho, novamente, dentro da minha vida.
4)meus tios e primos, que pretendo ver com mais frequência.
5)os amigos que fiz no blog, blogueiros e não-blogueiros, que se tornaram parte da minha vida.
6)meu irmão Ricardo, que é arquiteto e lindo.

Quem eu deixo embaixo do esterco, longe de mim e pulando junto as pulgas...:

1) gente fofoqueira, intrigueira, que eu quero distância.
2) povo balzaquiano que se vê como adolescente e age de maneira patética.
3) alunos sacanas.
4) pessoas sem princípios, que perdem o amigo, mas não perdem a piada, geralmente tola.
5) gente fútil, cuja principal distraçao é falar sobre festas, modelos e outras coisas idiotas.
6) gente que bebe demais, vira o clássico bêbado chaaaato pra burro e faz da droga um ícone. Eca.

Juro que tentei ter paciência com o segundo grupo, tentei exercitar a alteridade.
Mas, gente, alegria não é histeria. As pessoas tomadas pela histeria, acreditando piamente que esse surto público possa ser traduzido como suposta alegria, são pessoas que estão ali, no limiar, no pré-surto. Saca o tipo que grita na rua e vai pra casa sozinho?
Eu juro que tentei relevar, não ser excludente.
Mas quer saber? Dane-se.
Cada um no seu quadrado.
E o meu quadrado é beeeem longe deles, me larga, me solta, me deixa.

01 outubro 2008

O nosso amor


Romantismo é bom. Mas bom humor é melhor.
(E ainda bem que existe o humor e a possibilidade de rir de si mesmo e do outro)

Para meu último amor, com muito carinho.








****** post originalmente publicado em março de 2007.
Hoje, conversando com um amigo sobre os amores que vão e vem, me lembrei dessa música divertidíssima da Tati.
Clique no link e ria comigo.

04 fevereiro 2008

E eu estava lá...











Eu estava aqui na minha mãe ontem,zapeando,quando vi o show o do Chico.O Chico Maravilhoso que eu amo,que minha mãe implica e que o Daniel detesta,apelidando de Chico Bento Chato.
No tal show ele etava mais jovem,e eu comecei a comentar com a minha mãe que em 1988,com meu ex-noivo(sic),eu tinha ido em um show dele na Unicamp,o primeiro que ele dava em anos.Um show histórico.
Comentei que ele deu uma sambadinha desegongaçamente linda e tímida e que a mulherada quase infartou,eu incluída nessa leva,obviamente.Falei isso,o bicho sambou, na tv, na mesma hora.Cantalorei as deliciosas músicas e comentei coisas do show que eu havia visto há vinte anos e elas iam se sucedendo: com o fato dele parar de cantar para que toooodos entoassem "agora eu era o herói,e o meu cavalo só falava inglês...".Lindo,gente como eu,na época com quase vinte anos,gente mais velha,gente mais nova,todo mundo.E ele com aquele sorriso de Chico que faz 99% das mulheres que conheço se derreterem.Lady A. e minha mãe nem ligam, são as anti-chico.
Mas eu faço parte do clubinho das derretidas.Acho tudo nele maravilhoso,o jeito nada arrogante,a intelectualidade,os famosos olhos, o sorriso,todas as músicas,até o gosto pelo futebol. So não gosto da manguaça,porque tenho aflição de manguaceiro,vocês sabem.
No final,vimos que estava em uma dessas tvs comunitárias e que era a tv Unicamp.E o show que eu comentava era o show que eu tinha visto.E eu estava lá.Há vinte anos.

10 dezembro 2007

Para você









Foi muito bom ter falado com você no sábado,foi muito bom ter conseguido dizer que fechei um ciclo. Foi muito bom você ter dito que agora posso começar outro,parece uma mandinga,uma benção,um despreendimento.
Essa nossa história que não foi poderia ter sido linda,mas o pouco que tenho está guardado com carinho.
Foi importante você dizer o quanto me quer bem, o afeto que tem por mim.O quase-amor que senti por você jamais será apagado,porque historiadoras não contam apenas as histórias vencedoras, mas as histórias perdidas,as histórias que poderiam ter sido.
Muitas vezes,com saudades,pensei no tanto que esse quase-amor poderia ter trazido pra nós dois,mas nossa história tomou rumos diferentes,simplesmente isso.
Mas eu não vou esquecer você,nem seu sorriso,nem o jeito com que você me abraçou e me beijou,porque a memória é um tesouro único e a minha está guardada a sete chaves.
Um beijo pra você.

05 dezembro 2007

Um post pra mim








Por hora, ouçam.
Mas , afinal, isso eu já contei.
Essas músicas deliciosas são irresistíveis, aliás, nada como música pra te enfiar numa tremenda chuva de lembranças que se embaraçam, se confundem, melhoram ou pioram as pessoas com a distãncia.
Tornam doces os terríveis animais que já cruzaram nosso caminho. Como o animal que a moça da gravura segura, um arminho feroz, que ali, de maneira divertida e irônica, parece um bichinho doméstico.
As lembranças fazem isso com as pessoas, com as histórias e até com as dores.

22 novembro 2007

Velhos amores






Meu amigo Tarcísio diz que sou "muito anos 80". Acertou em cheio, sou mesmo.
Essa história aqui, aconteceu nos fins dos 80.
Pra quem estava lá, eu pergunto, era bom,não era?

11 setembro 2007

Música para o amor que não houve


















Deve ter acontecido com vocês. Pelo menos espero que me entendam..Porque é algo tão incômodo que fica difícil explicar, porque como se explica se apaixonar sozinho?
Quero dizer, entra alguém na sua vida, vive algumas coisas com você e sai ileso, como se não tivesse sido nada. Praticamente nada, acho.
Mas o fato é esse: no ano passado, me apaixonei sozinha. Ele entrou e saiu da minha vida e eu fiquei aqui, sem saber ao certo o que fazer com todo aquele sentimento gigantesco que ele simplesmente deixou pra lá.
Eu sei, eu sei...."se doer, eu sei que sara".
O que posso dizer pra quem ler é que ainda que essa pouca vida juntos - muito pouco, um quase nada - me marcou a ferro. Lembro com detalhes de cada pequeno sorriso, cada programa bobo, lembro.Porque ao menos tenho isso, tenho esssa história que não houve, tenho essa história que foi só um lampejo.
Me apaixonar de novo?
Nem pagando, nem por nada. Dói e não vale a pena.
E só digo que ele é tão lindo e tão doce que me aperta o peito só de pensar.