Dei um certo vexame em um consultório hoje. Conversei com a médica e descompensei: desandei a chorar ali, patética e sozinha.
O caso é que tenho lúpus e tenho convivido com isso desde os 17 anos. Em outras palavras: 21 anos sem ir a praia, ou indo apenas no começo da noite, tomando cortisona e outros venenos, sem tomar sol e sem fazer todas as milhões de coisa que as pessoas fazem no sol.
Eu juro que nunca me rebelei, ou quase nunca, pelo menos.
Acabei sendo a lúpica exemplar: quem conhece alguém com o mesmo problema sempre me apresenta, como uma forma de dizer "olha só, dá pra viver super bem". E lá faço meu papelzinho polianístico de alto astral ambulante.
Já levantei muito astral de muita lúpica.Muita.
E não é sacanagem, me sinto muito bem praticamente todo o tempo.
Depois do nascimento do Daniel, fiquei com um problema renal que me levou a fazer quimioterapia por alguns meses. Eu sabia do risco, mas risco maior seria viver sem conhecer o Daniel.
Passa um tempo, faço de novo, passa um tempo....balbalablab.
É o tipo de coisa que destrói de uma forma tão intensa que fica difícil voltar a polianizar.
O dia seguinte é pior do que ressaca desgraçada de vinho barato. Pior mil vezes, é devastador.
O fato é que de alguma forma, eu achava que isso era reversível. Controlável, pelo menos.
Taí gente, não é.
A médica me disse isso com a naturalidade de quem diz isso todo dia " vamos tentar retardar a insuficiência, mas é impossível controlar ou diminuir".
Foi nesse ponto aí que eu comecei a chorar porque fui tomada de tal pavor que me senti com cinco anos.
Eu queria perguntar " e depois?"...quando não tiver mais jeito, qual será a solução, hemodiálise? transplante?
E eu só conseguia pensar: "caralho, eu não conheço Paris.....eu não aprendi alemão....eu ainda não fiz tanta coisa!!!"
Ela percebeu que eu não tinha consciência da gravidade, apesar desses anos de tratamento. Tentou me acalmar e eu tentei parecer 38 anos, mas ambas fracassamos.
Para tentar ver como "retardar" esse processo, devo fazer novos exames, novos tratamentos agressivos e uma modificação alimentar radical. Deverá ser sem sal e sem proteína.
Isso não é um fator limitador apenas no tocante ao delicioso "precado" da gula. Eu adoro ir em restaurantes, adoro cozinhar, adoro ir comer com amigos. Isso TAMBÉM eu não posso mais.
Nunca me perguntei isso, mas acho que está na hora: por que eu??
Porque coisas triviais que todo mundo faz, foram retiradas da minha vida há tantos anos?
Meu Melhor Amigo já me disse que acha engraçado eu, que costumo pontuar algumas frases com palavões, nunca usa-los aqui.
Não usava mesmo, porque um aluno poderia ver, poderia pegar mal....e....
Quer saber?
Foda-se. Caralho, caralho, caralho. Vou falar todos os palavrões que quiser.
Sem sal, sem sol, sem o que mais????
Caralho, ainda tem tanta coisa que quero fazer !!!!!
Caralho, ainda não conheço Paris!!!!!!
Caralho, que medo de morrer.
concordo: caralho, caralho, caralho.
ResponderExcluir(mas que porra, caralho é um troço bom-pa-ra-ca-ra-lho.)
sei não, mas Paris ainda é Paris, mesmo que vc tire o sal e a proteína. entende? :)
Nossa Vivien!
ResponderExcluirTô emocionada demais pra dizer qualquer coisa nesse momento.
Eu preciso digerir tudo isso que você escreveu aqui, então depois eu volto ...
Por enquanto só vou deixar um beijo grande pra você.
Vivien, só hoje vi seu comentário num post meu de 2 ou 3 semanas atrás e passei aqui para conhecê-la. Por que eu? É o que a gente se pergunta sempre qua algo nos atinge. Eu deixei que perguntar há alguns anos quando, num momento extremamente doloroso, me convenci de que não sou diferente dos outros nem tenho o privilégio de não sofrer. Seu problema é sério, eu sei, mas espero que uma palavra amiga sirva para alguma coisa. Um beijo da Sonia do "Contando Causos".
ResponderExcluirVivien querida,
ResponderExcluirÀs vezes a gente tem que dar belas recauchutadas e elas às vezes são uma merda de serem feitas! Mas, muita calma nessa hora! Vc está muito triste e é pra ficar, eu tb estou. Mas isso melhora! E Paris, querida, tem comida sem sal e sem proteína e que ainda é uma delííícia! Você verá!
Fique firme e vamos em frente!
Beijocas
VI,qual a importancia de ainda nao conhecer Paris, Portugal Espanha? O teu tempo nao acabou...sempre achei que enfrentava com tanta serenidade seu problema e creio que vai saber enfrentar mais esta batalha, sem sal...come açucar....comida feita com carinho tem o melhor sabor do mundo...e voce tem uma pessoa do seu lado do qual com certeza te fortaleceu em muitos momentos dificeis, lutou pata te-lo e agora tem um homem (quase) do seu lado.
ResponderExcluirVem conhecer Espanha e iremos a Paris juntas...promessa feita...Vamos la animo minha amiga...a vida e feita de risos e lagrimas....mas e feita para ser vivida intensamente....
Beijinhos do outro lado do oceano
Põe pra fora mesmo todos os carlhos, os puta que pariu, os cus, bocetas que você tiver guardado.
ResponderExcluirFica mais leve mesmo.
E volte a me encontrar.
Vivien,
ResponderExcluirFiquei aqui, pensando o quê te dizer, até que me lembrei deste poema, qu'eu gosto muito:
GESSO
Manuel Bandeira
Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova
– O gesso muito branco, as linhas muito puras –
Mal sugeria imagem de vida
(Embora a figura chorasse).
Há muitos anos tenho-a comigo...
O tempo envelheceu-a, carcomeu-a, manchou-a de pátina amarelo-suja.
Os meus olhos, de tanto a olharem,
Impregnaram-na da minha humanidade irônica de tísico.
Um dia mão estúpida
Inadvertidamente a derrubou e partiu.
Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos,
recompus a figurinha que chorava.
E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o
sujo mordente da pátina...
Hoje este gessozinho comercial
É tocante e vive, e me fez agora refletir
Que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu.
[extraído da "Antologia Poética de Manuel Bandeira", 12ª ed., Livraria José Olympio Editora, 1981]
Concordo com a Tati, põe tudo pra fora, fique mais leve...
bjo,
Clé
Ah, vá ouvir, lá no meu blog, o Paulo César Pinheiro declamando Infância...
ResponderExcluirbah, querida, mas que merda! Merda, merda, merda (pois é, eu também não falo palavrão em blog - mas já perdi a calma e falei na sala de aula) Quem disse que o mundo é justo, a natureza é sábia etc estava nos gozando :(
ResponderExcluirVivien,
ResponderExcluirminha linda, pode ser mais fácil de falar para quem está fora mas, caramba, você ainda tem muuuuita coisa pra fazer, para aprender, para acrescentar ao mundo.
Hoje eu também vivo em "dieta". Decidi tomar vergonha na cara e me cuidar após o dia em que baixei de madrugada na Santa Casa, vomitando a alma, a pressão no teto e o coração na mão, achando que ia morrer sem ter feito nada e sem dinheiro nem para, pelo menos morrer com mais dignidade em um hospital particular. As pessoas olhavam pra mim e ficavam com dó das minhas lágrimas por acharem que eram somente pela dor, mas eram por raiva. Raiva de mim. Por saber que meu excessos, meus abandonos, me levaram até ali.
Hoje a minha comida é super controlada no sal. Aproveitei e deixei de comer carne, o que me ajuda a controlar tanto o sal quanto a gordura. Achei, nos primeiros dias, que ia morrer de fome, de tristeza, sei lá. Me privava dessas coisas por minha culpa.
Mas o mundo não acabou, estou aprendendo a comer direito, e manter minha pressão num nível aceitável. Talvez tenha que tomar remédio para o resto da vida, tenho que me policiar o tempo todo para não cair em tentação (o histórico familiar é pesado, hipertensão e diabetes).
Mas hoje eu te garanto, Vivien: eu como bem. Meus amigos estranharam no começo, mas amigo que é amigo dá força e entende.
O sol também tive que dispensar, por causa de uma enxaqueca fresca que só, é ver luz que já se rebela. Já me assustei até com um nódulo gigante no seio!
E olha que ainda não entrei nem nas questões de Síndrome do Pânico que, sim, eu desenvolvi. Essa bendita me acorda toda madrugada com o coração igual bateria de escola de samba, e já me instaura aquela sensação de morte iminente.
No começo eu sofro um pouco, mas depois, sabe o que eu faço? Respiro fundo, me acalmo, e encaro o bicho de frente. Ou ele ou eu. Mesmo que tenha que fazer isso de novo, todos os dias.
Me vejo não perdendo coisas, Vi, mas ajustando. Talvez eu acredite que um dia vença os meus problemas pelo cansaço, mas acredito que os vença, sei que posso. E não vou deixar de fazer o que eu quero, não. Ainda quero visitar a Irlanda, conhecer o Globe, publicar meus livros, morar fora por uns tempos, aprender esgrima e violoncelo, escrever uma série para TV.
A gente ainda tem muita coisa pra fazer, minha querida. Ainda vamos nos divertir muito.
Beijo grande, e força.
Bah, eu sei como é difícil conviver com algo que temos que carregar pro resto de nossas vidas. Eu, particularmente não, mas meu filho mais velho tem Anemia Falciforme, nasceu com ela e até a medicina ache um caminho, ou aconteção um milagre( e eu acredito neles), ele vai ter que conviver com ela.
ResponderExcluirEle também passou por momentos horríveis, difíceis e algumas vezes desesperadores, tipo: será que ele aguenta? Com certeza eu não senti na minha carne os sintomas (diversos, vários) que ele sentiu, mas tu que é mãe, deve saber que o que teu filho sente, muitas vezes tu sente o triplo, principalmente quando não pode fazer nada a não ser estar ao lado dele dando força. Eu recomendo: te agarra a teus amores, tua familia, teus amigos e tenha muito pensamento positivo, esperança e sobretudo muita fé.
Eu carrego isto durante 25 anos e te digo: vale à pena e dá resultado.
Um beijo.
Luisa
*
ResponderExcluirque vc tenha chorado ou se desesperado, não é nada.
é uma forma de botar pra fora a angústia e te preparar pra outra etapa.
pensa bem: vc já aprendeu a conviver com algumas limitações que exigiram cuidados nos últimos 20 anos.
tem força e grandeza pra driblar novos problemas, por mais difíceis que eles pareçam ser agora.
sempre há uma forma de cozinhar diferente - ainda mais pra quem gosta - de achar um lugar pra ir com os amigos em que tenha variedade.
e sempre há uma nova droga à espera de ser aplicada.
vc é maior do que isso.
e não é isso que vai dominar vc.
*
Márcia, Paris deve ser ainda Paris, mesmo sem sal e sem sol.
ResponderExcluirMárcia K., obrigada, já tô mais tranquila hoje. Vou "retardar" o quanto puder esse processo.
ResponderExcluirSonia, a palavra sempre consola.
ResponderExcluirCamu, estou organizando minha cabeça.
ResponderExcluirDri, promessa feita.
ResponderExcluirTati, vou por tudo pra fora.
ResponderExcluirPorra, mil vezes porra.
Clélia, absolutamente lindo.
ResponderExcluirMaroto, a natureza tem humor negro.
ResponderExcluirAlek, obrigada por dividir suas coisas comigo. E ainda vamos nos divertir muito.
ResponderExcluirLu, também acredito em milagres. Espero que seu filho esteja bem.
ResponderExcluirXôn, vc tem razão, não vai isso que vai me dominar.
ResponderExcluirVi essa musica me lembrou muito os momentos que esta vivendo agora...Beijinhos do outro lado do oceano
ResponderExcluirViver e Não Ter a Vergonha de Ser Feliz
Gonzaguinha
Eu fico
Com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
E a vida
E a vida o que é diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão, ê ô
Mas e a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento
Ela é alegria ou lamento
O que é, o que é, meu irmão
Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo
É uma gota é um tempo que nem dá um segundo
Há quem fale que é um divino mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida e viver
Ela diz que melhor é morrer pois amada não é
E o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der ou puder ou quiser
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico
Com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
Vai no meu blog que te mando um recADO ok beijinhos minha amiga
ResponderExcluirOi, querida.
ResponderExcluirEu fiz um post para você com a letra de uma canção em alemão, com tradução:
http://tangodepalavras.blogspot.com/2007/02/sentimento-em-voga.html
Queria escolher algo mais profundo e significativo, mas na pressa a única coisa que lhe consigo oferecer não vai além de um pouco de glamour ofuscado.
A letra fala através de metáforas alegóricas do luxuoso mundo da moda fashion.
Um grande beijinho!
Dri, eu adoro essa música.Tô indo no seu blog.
ResponderExcluirLa Carmencita, danke.;0)
ResponderExcluirVivien, você vai viver sem sal, sem sol, mas ainda vai viver com muitas coisas mais importantes. Você está com o Daniel. E provavelmente ainda irá a Paris, com ele ou outra pessoa. Tem todo o direito de se rebelar e eu sei que realmente a batalha cansa. Mas sabe, como uma pessoa aqui, lembro de Manuel Bandeira, que temia a cada dia por causa da sua tuberculose, e morreu velhinho por algo que não tinha nada a ver. Seu tempo é seu e ninguém vai tirá-lo de você. O medo pode até tentar, mas não vai conseguir. Ah, quando meu pai não podia comer sal, compramos um daqueles porta-temperos cheios de pozinhos e ervas. De vez em quando as combinações ficavam horríveis, mas quando ficavam boas, nem lembrávamos que faltava o sal. Um beijo
ResponderExcluirCarinho pra você, Senhora do Lago. Não vou dizer que vai ficar bem, que vai passar, que vai superar. Só carinho. Não tenho mais nada pra dar. Beijo.
ResponderExcluir*E essa imagem de Saturno vai me fazer ter medo de ir na cozinha escura durante a noite. *
Quando papai morreu, mamãe doou as roupas dele pra uma associação de voluntárias em oncologia.
Estávamos esfaceladas. E a secretária da associação explicou como ela tinha vencido a dor da perda do pai: um dia depois do outro. Um dia de cada vez.
Isso virou meio que meu mantra. Um dia depois do outro, um dia de cada vez.
Putz...
ResponderExcluirPense pelo lado bom...
Hj vc fez um monte de gente pensar melhor na própria vida
E tem um monte de gente danda uma força danada por causa disso...
Eu inclusive
Força aê, moça, tamos contigo..
Pode parecer tolo, clichê, mas a pergunta a ser feita não é "por que isso aconteceu comigo?", e sim "para que isso aconteceu comigo?".
ResponderExcluirA resposta a esta questão é que será capaz de emprestar sentido a essa coisa absolutamente sem sentido que é a vida.
Vivien,
ResponderExcluirEu nunca sei o que falar nessas horas. Aliás, sou péssimo pra dar pêsames ou parabéns. Não sei rezar, não sei dizer palavras confortadoras. Acho que não sei ouví-las também e é por isso que não as digo.
Só sei oferecer meu abraço, por mais lacônico que ele seja.
新年快乐 (S) / 新年快樂 (T) / xīnnián kuàilè (novo ano feliz)
ResponderExcluir*
ResponderExcluirpassei pra deixar um beijo, só isso.
*
Cheguei aqui através da menina-Eva (que eu conheci pessoalmente e amei!).
ResponderExcluirE também deixo aqui meu carinho. Com a certeza que dias melhores virão.
Beijo grande
Nunca me perguntei isso, mas acho que está na hora: por que eu??
ResponderExcluirAcho que a resposta a esta pergunta é: porque você é humana. E o ser humano, por ser tão complexo, é frágil, débil, passível de dores, "defeitos", problemas genéticos, doenças crônicas ou agudas... Faz parte da nossa condição.
"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é", já disse Caetano (e escrevi, num outro comentário, pra você).
Bjo, abço & afago,
Clé
Achei, agora, em meus guardados, este poema:
ResponderExcluirSolidão
Paulo César Pinheiro
Eu sozinho sou mais forte
Minh'alma mais atrevida
Não fujo nunca da vida
Nem tenho medo da morte
Eu sozinho de verdade
Encontro em mim minha essência
Não faço caso de ausência
E nem me incomoda a saudade
Eu sozinho em estado bruto
Sou força que principia
Sou gerador de energia
De mim mesmo absoluto
Eu sozinho sou imenso
Não meço nunca o meu passo
Não penso nunca o que faço
E faço tudo o que penso
Eu sozinho sou a Esfinge
Pousado no meio do deserto
Que finge que sabe o que é certo
E sabe que é certo que finge
Eu sozinho sou sereno
E diante da imensidão
De toda essa solidão
O mundo fica pequeno
Eu sozinho em meu caminho
Sou eu, sou todos, sou tudo
E isso sem ter contudo
Jamais ficado sozinho
Um beijo enorme. Mesmo. Junto, mesmo distante, bem junto de você. Com toda admiração, caralho.
ResponderExcluirLu.
Lou, acho que vc tem razão, bj.
ResponderExcluirMenina- Eva, o Cronos aí foi pra assustar mesmo....rs
ResponderExcluirObrigada, beijos.
Poeta, valeu, eu mesma passei a pensar melhor sobre um monte de coisas.
ResponderExcluirJosé, sua questão fez muito sentido pra mim.;0)
ResponderExcluirArnaldo, seu abraço já ta de bom tamanho, obrigada.;0)
ResponderExcluirLa Carmencita, obrigada de novo!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirXôn, beijo pra vc também.;0)
ResponderExcluirAline, dias melhores virão.;0)
ResponderExcluirClélia, como sempre, vc com sua sensibilidade ímpar, traduziu tudo.;0)
ResponderExcluirLulu, beijos pra vc tb.;0)
ResponderExcluirIlustracao mostro... vida mostro.
ResponderExcluirDesculpe, Augusta, mas faz 18 anos que tb me pergunto - pq vc
Merda, pica, bosta, cu...
Vida louca, vida aaaaaaaaaa
ResponderExcluirApesar de toda a merda, vc vai estar bem, sem sal e sem carne. Creio nisso! Sempre confiei nisso!
Tempos dificeis... muito dificeis... Os astros iniciaram o ano detonando tudo, nao eh>
Mas logo estaremos falando - A VIDA EH BELA. Vc sabe disso, nao eh> Talvez por um retardo mental, mas logo estaremos falando - como a vida eh bela... Eu estarei feliz falando isso e VOCE tb. Eh a vida doida...
Como sempre.E isso nao eh polianisse. Eh forca de vida!
FROU, eu sei. É exatamente como vc disse e como a gente tem feito nos últimos 18 anos....daqui a pouco vamos estar falando "caraca, como a vida é maravilhooooosa".;0)
ResponderExcluirVivien, eu tava te lendo e vim parar aqui neste post por acaso. Olha, se você ainda não tiver resolvido o problema das proteínas (pq o post é de fevereiro né, eu tô me oferecendo um pouquinho atrasada, mas o que vale é a intenção, e ela é sincera) eu posso te ajudar, a gente pode trocar informações pelo e mail ou msn pra eu poder elaborar algumas orientações, te passar um cardápio e receitas.
ResponderExcluirForça viu!
Beijo