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05 março 2010

A apresentação II











Já que nos post abaixo estou contando sobre uma apresentação, vai mais uma historinha.
Um dos encontros que mais gosto de participar é o promovido pela Ludus Culturalis. Além de ser um momento de mostrar o meu trabalho e conhecer os outros, ficou sendo, pra mim, o período do ano em que mais troco figurinhas com gente que gosta de rpg, hq, e outras coisas de geeks.Uma delícia.
É tão divertido revê-los. Com certeza, as conversas mais divertidas que tive foi jantando com esses amigos. Alguns filmes eu jamais consegui ver com meus próprios olhos, depois de terem sido destruidos brilhantemente por eles.
(Algumas histórias eu ainda preciso blogar...)
No ano passado minha apresentação foi em um auditório enorme, mas enorme de verdade. Eu fiquei super bem, até cinco minutos antes de começar.
Comecei a ver aquele povo entrar, o coração disparou e o ar foi embora, todo ele, sem dó nem piedade. Pânico total.
Continuei conversando com os amigos com quem estava, sentindo o sangue sumir do rosto e pensando " Agora eu despenco aqui no chão...".
Subi e fui pra mesa: eu sempre peço pra falar antes, como o pânico sempre vem e preciso de uns segundos pra domina-lo, se eu tiver que esperar, tenho medo de não conseguir. Ok, me apronto para começar.
Mas meu colega de mesa chama uma psicóloga.
E eu não entendendo necas. Ela sobe, pega o microfone, fala um pouco, em pé, sobre ludicidade, exagerando nos gestos e me deixando com vergonha por ela. E eu ainda não entendendo.
Ela continua, diz que todos vão relaxar e devem acompanha-la.
Ai começa a bater palmas, dar uns pulos, fazer umas coisas lá na frente.
Na minha frente: e eu, com cara de naaaada, sorrindo amarelo, sussurro pra ele : " Não temos que fazer isso, né?"
"não " - ele respondeu baixinho - " Também morro de vergonha..."
Depois de ver a platéia bater na própria bunda e dar uns gritinhos estranhos, eu já estava mais calma. Com vontade de rir, mas estava calma.
Minhas imagens no data show ficaram absolutamente gigantes e lindas, um belo trabalho feito por um amigo.
Deixei de discutir um monte de temas, mas acho que deu pra dividir um pouco da experiência que tive com as crianças, deu pra mostrar um pouco de como eu acredito que deva ser a educação, de como eu tento caminhar.



****post originalmente publicado em março de 2007.

04 março 2010

A apresentação



Eu trabalho com RPG & Educação há alguns anos, esse é o tema de minha pesquisa. Já tive a oportunidade de apresentar partes desse trabalho aqui em Campinas, em São Paulo, Curitiba e no Rio. Na última vez que fui apresentar no Rio, dividi a mesa com um professor da Usp, vejam como sou chiquérrima. Ganho pouco mais me divirto, certo?
Faz um tempo, participei de um encontro sobre Freinet aqui na Unicamp. Como eu conhecia as organizadoras, elas tiveram a gentileza de me colocar pra dividir a mesa com esse meu Amigo, de quem já falei aqui.
Tínhamos muita conversa pra colocar em dia e um queria ver o rumo do trabalho do outro, foi ótimo.
De manhã, assistimos essa ou aquela palestra, encontramos pessoas e papeamos, o de sempre em congressos assim.
Fomos almoçar e voltamos apressados pra sala: arrumamos tudo, tínhamos levado material de aluno, painéis, blablablá.
Aí sentamos e esperamos.
Esperamos.Esperamos....e-s-p-e-r-a-m-o-s.......
A primeira a surtar, evidentemente, fui eu:
- Fulano, não vem ninguém...ninguém...!
- Mas eu vi a lista de inscrições, estava lotada....
- ..........
-.............
- Eu sabia que isso ia acontecer, ai me horrível , tô me sentindo toda rejeitada...(risos nervosos)
- Vamos escrever na lousa? assim..."vão se ferrar seus desgraçados.."...(risos)
- (risos)
- Vivi, vamos ver o nome de todo mundo....aí vamos perseguir, se eles forem apresentar alguma coisa, a gente enfia um monte de nome na lista...só pra eles ficarem com cara de bunda!!!
- Igual a nossa agora??? Que droga, ninguém...( desolada)

Uma moça coloca a cabeça dentro da sala:
- Oi, tá muito cedo ainda, né??
- ?????????
-???????
( moça) falta muito pra começar? é que eu gosto de chegar antes....

Olhamos para o relógio, estávamos prontos UMA hora antes. Sofremos pra diabo, por pura precipitação. Ataque de vivien crônico.
Aos poucos a sala encheu, contamos a história pra relaxar e funcionou.
E foi bom demais.


***post originalmente publicado em 2007.

14 abril 2008

Entrevista


















Sem tempo pra blogar,deixo uma entrevista para vocês ouvirem.
Juro que minha voz não é nojentinha assim todo dia....
Escutem.

25 abril 2007

Rpg & Educação

Amigos, na última vez que apresentei meu trabalho no simpósio da Ludus Culturalis, dei uma entrevista pra uma rádio de São Paulo.
Meu eguinho de professorinha besta adora dar entrevistas todas as vezes que fiz isso, pra jornais e revistas, fiquei toda nojentinha por diiiiias. Pobre é fogo, vocês sabem.
De qualquer forma, quem quiser saber um pouquinho sobre minha pesquisa sobre RPG dentro do ensino de História, me escute aqui.
Quem quiser trocar figurinhas sobre isso, me escreva, o email está no perfil: use e abuse.

29 março 2007

Tempo de viver II


Como eu disse no post anterior, estou

meio de bode com minha dissertação. Mas foi ótimo ter dito isso aqui, muitos comentários me fizeram refletir sobre isso, esse processo foi importante para esssa caminhada.

Como eu já disse, esse blog é terapêutico pra mim.

Fiquei pensando nas outras dissertações, nas dissertações que eu não fiz, que eu flertei, mas não namorei.

A primeira vez que trabalhei com pesquisa, logo descobri uma grande paixão pela imprensa anarquista. E dá-lhe horas enfiada no arquivo Edgard Leuenroth, lendo a Plebe, Spártacus, tantos outros. A idéia, a princípio, era comparar a concepção que os anarquistas tinham de imprensa e a concepção que aparecia em jornais como o Correio da Manhã, chamado por eles de imprensa burguesa. Foi trabalhando com essas fontes que escrevi meu primeiro artigo e apresentei em uma anpuh, na UFF.

Mas desisti. Ainda não sabia por que faria aquilo. E essa necessidade, de saber "por quê" e "pra quê", me levou a tomar outro rumo.

Trabalhei em um projeto sobre a expedição Langsdorff. Adorei. Por uns tempos li muitos viajantes e pensei em escrever sobre eles.Desisti também.

Por último, quando estava dando aulas pra turmas de História, trabalhei com Brasil Colônia. Nessa época, estava fascinada pelas freiras visionárias, aquelas (histéricas, provavelmente) que tinham transes e visões. Conversei com a Leila Mezan sobre isso, depois de ler seu belíssimo trabalho sobre religiosas no Brasil colônia. Mas, não. Não rolou.

Precisei esperar anos pra ter certeza do meu tema, do tema que acredito, com o tema que vai afetar minha vida profissional. E se eu puder fazer isso, a vida profissional de outras pessoas.

Quando me vi envolvida com o rpg e com a sala de aula, vi de onde queria olhar a pesquisa. Queria a sala de aula, queria olhar de dentro da sala de aula. Sei que esse momento morno, é parte do processo, como meus queridos amigos me mostraram em seus atenciosos comentários.

E sabe o que mais? Coisas mornas também são gostosas.