
Já que nos post abaixo estou contando sobre uma apresentação, vai mais uma historinha.
****post originalmente publicado em março de 2007.
meio de bode com minha dissertação. Mas foi ótimo ter dito isso aqui, muitos comentários me fizeram refletir sobre isso, esse processo foi importante para esssa caminhada.
Como eu já disse, esse blog é terapêutico pra mim.
Fiquei pensando nas outras dissertações, nas dissertações que eu não fiz, que eu flertei, mas não namorei.
A primeira vez que trabalhei com pesquisa, logo descobri uma grande paixão pela imprensa anarquista. E dá-lhe horas enfiada no arquivo Edgard Leuenroth, lendo a Plebe, Spártacus, tantos outros. A idéia, a princípio, era comparar a concepção que os anarquistas tinham de imprensa e a concepção que aparecia em jornais como o Correio da Manhã, chamado por eles de imprensa burguesa. Foi trabalhando com essas fontes que escrevi meu primeiro artigo e apresentei em uma anpuh, na UFF.
Mas desisti. Ainda não sabia por que faria aquilo. E essa necessidade, de saber "por quê" e "pra quê", me levou a tomar outro rumo.
Trabalhei em um projeto sobre a expedição Langsdorff. Adorei. Por uns tempos li muitos viajantes e pensei em escrever sobre eles.Desisti também.
Por último, quando estava dando aulas pra turmas de História, trabalhei com Brasil Colônia. Nessa época, estava fascinada pelas freiras visionárias, aquelas (histéricas, provavelmente) que tinham transes e visões. Conversei com a Leila Mezan sobre isso, depois de ler seu belíssimo trabalho sobre religiosas no Brasil colônia. Mas, não. Não rolou.
Precisei esperar anos pra ter certeza do meu tema, do tema que acredito, com o tema que vai afetar minha vida profissional. E se eu puder fazer isso, a vida profissional de outras pessoas.
Quando me vi envolvida com o rpg e com a sala de aula, vi de onde queria olhar a pesquisa. Queria a sala de aula, queria olhar de dentro da sala de aula. Sei que esse momento morno, é parte do processo, como meus queridos amigos me mostraram em seus atenciosos comentários.
E sabe o que mais? Coisas mornas também são gostosas.