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06 julho 2012
Nossa loucura de todos os dias.
Vi esse croqui do Louboutin no site Garotas Estúpidas e imediatamente lembrei da mania ensandecida de pés pequenos que assolou a China durante muitas décadas.
Apesar de reconhecer que o salto alto é uma tortura insana, confesso que cedo ao senso comum e acho bonito. E uso. E gosto. E até aprendi que o tal solado vermelho é leeeaaando.
Mas apesar disso tudo não posso deixar de pensar em quem foi o dono ou dona dessa ideia doida de colocar a gente com essa coisa no pé.
Mas ao olhar esse desennho e ver o pé deformado, torto, estranho, só pude me lembrar disso:
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11 outubro 2011
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.................
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03 setembro 2011
Natália Klein e o retrô




Claro que vocês já devem ter se deliciado com Adorável Psicose na tv.
A série tem um texto perfeito, engraçadíssimo e uma interpretação realmente adorável da própria autora.
Eu sempre penso em vários blogs que dariam boas séries, o meu por exemplo.;0)
(Momento cara de pau, nem noção)
O caso é que esse blog, Adorável Psicose, funcionou muito bem na tv. Os personagens sao incríveis, o texto é hilário.
Parte do tempo Natália passa na terapia, onde - vestindo suas habituais roupas de pin up - destila seu humor ferino e troca ironias com a dra. Frida, a terapeuta.
O tema relacionamentos é frequente, e por isso, podemos observar o cafonérrimo Cara-de-Bigode - que nunca foi nomeado e é exaustivamente chamado dessa forma - dando as cantadas mais horrorosas e caprichando no visual taxista.
Uma coisa que me chama a atenção, entre uma gargalhada e outra, é a decoração da casa da personagem.
Vai ao encontro do seu personalissimo estilo pin up - que eu adoro - e capricha na brincadeira retrô. As cores são muitas e são fortes, as peças tem uma boa mistureba charmosa, o armário eu vou imitar....até os puxadores ( em formato de rosinha, como andou saindo muito nas revistas de decoração) estão lá, lindos e loiros.
E se alguém me der uma escrivaninha turqueza como o dela, juro, terá meu amor eterno.
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01 setembro 2011
A delicadeza alemã e o shabby chic




Descobri que navegar por blogs decór alemães é uma experiência ímpar. Eles tem uma percepção da leveza muito idiossincrática e inebriante.
O branco predomina, as cores fortes do Color Blocking que vem tomando conta dos blogs norte americanos e brasileiros, não tem muito eco por lá. Para os alemães a cor está focada no creme, branco, perolado.
Tudo imerso em uma atmosfera shabby chic com fortes tons vintage. Eu achei muito poético.
Aqui na minha lista de blogs tem vários que são incríveis, te convido a se jogar por lá.
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30 agosto 2011
O Susto que a Rita me deu

Desde que comecei a ler a Rita, eu adorei.
Eu gosto quando ela fala das descobertas dos filhos. Eles estão naquela idade fascinante em que entendem o mundo aos poucos, de forma única, parecem ser uma versão do Flaneur de Baudelaire - tão bem discutido por Benjamin- que se perde e descobre a cidade com o olhar único da "primeira vez". Quando a Rita fala sobre os filhos, eu vejo o mundo se descortinando pra eles e isso me encanta.
Eu gosto de tantos outros temas que ela trata, mas tantos, que se eu ficasse falando aqui, ia ficar uma rasgação de seda quase insuportável, então, escolhi uma coisa.
A Rita está participando de um Meme muito bacana sobre leitura, são trinta sinopses de livros - com motes diferentes - em trinta dias.
O tema dia 06 era um livro de seu autor favorito. Depois de relativizar um pouco esse conceito do "favorito", Rita me fez pular da cadeira.
Porque ela disse o que eu sentia sobre Clarice Lispector , mas nunca havia conseguido traduzir. Hoje, Rita foi minha Clarice.
Disse a Rita:
"Ela veio tarde, eu já estava na faculdade. Mudou tanta coisa, mudou minha relação com a linguagem, mudou minha forma de estudar literatura, mudou minhas preferências. Irreversível. Clarice é irreversível: não posso mais sem ela. Maior que as mudanças foi justamente o seu oposto: o reconhecimento. Leio Clarice aos sustos: como ela sabe? Eu não contei isso pra ela! Pois ela sabia. Tinha a lupa que mostrava as almas. Bruxa."
(grifo meu)
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24 agosto 2011
Um espelho, spray errado e muitos retoques









Eu acho que já disse aqui, mas minha mãe é uma mulher de múltiplos talentos: é pedagoga, trabalhou em direção de escola até se aposentar, fez design de interiores e sempre inventou coisas, reformas, coisa e tal.
Quando eu era adolescente ela garimpou peças de mobiliário antigo, repaginou pintando de verde, mandou fazer cortinas, almofadas, colocou quadrinhos retrô com fotos minhas e fez um quarto dos sonhos.
Pena que na época, não havia o hábito de tirar tantas fotos, ainda mais do interior das casas.
Bom, depois de navegar indefinidamente pelos decór blogs e ficar toda metida a novidadeira, resgatei o espelho da velha penteadeira - que hoje está na sala de tv da minha mãe, de outra cor, como aparador - e decidi colocar no banheiro da minha casa.
E 'bora pintar.
Como sou uma caloura do DIY, inscrevi meu pai no dia "ajude a Vivinha a ser feliz" e coloquei nosso faz-tudo para trabalhar. Ele lixou e passou uma camada de pintura. Comprei um spray da Colorgin e achamos que estava estranho. Eu não pude descer no quintal, por conta da escada, portanto, vi com meus óculos ruins e de longe. Pareceu ruim...mas não vi que estava....(cara de ódio) metálico.
Assim, comprei outra lata desta tinta horrorosa. Hoje vi de perto e quase surtei:estava metálico, brilhante, bregarosíssimo.
Sai com meu pai em busca de outra tinta, depois de consultar a Fernanda Reali, que deu boas dicas.
Descobri uma coisa: em lojas de tinta eles falam outra língua. Ninguém entende quando você fala "sem brilho" e parece que uma cor trivial com o verde é algo tão exótico quanto roxo ( quando pedi roxo, praticamente me chamaram de doida. Juro que não entendi, vejo todo dia por ai,fala sério)
O caso foi mandar fazer uma mistura que - espero - chegue perto do que busco, um verde azulado lindo de morrer.
Torçam por mim, a tarde será decisiva.
Em tempo: caracoles, fazer bijoux é extremamente terapêutico! Fiz cinco colares, dois mexedores de suco, um chaveiro daqueles mega e dois "colares" de garrafa, para umas garrafas que ficarão no banheiro, com óleos perfumados.
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15 agosto 2011
Coisas de mãe, coisas de filho


Navegando pela blogosfera em mais uma das minhas madrugadas insones, me deparei com essa imagem deliciosa. Ela está no Copy & Paste um blog criativo e mega agradável, que você deve visitar.
O caso é que adorei a proposta cuidadosa, fofa, idealizada, de servir comidinha para a molecada e me lembrei de uma historieta.
Quando Daniel era criança eu sempre enfeitava o pratinho dele. Quando dava banana, cortava em rodelinhas e fazia um coração , uma estrela, algo assim, colocava mel sobre a fruta e me sentia THE mamãe prendada.
Um dia, ele disse:
- Mãe, você repete muitos esses desenhos da banana..
- E o que você gostaria?
- Ah, sei lá...uma cidadinha (sic)...um ninja....
- ..........
Eu não sei o que vocês acham, mas fazer ninjas de banana é demais pra essa pobre mortal. Mas eu achei lindo e quase sufoquei a criaturinha com beijos.
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Daniel
12 agosto 2011
Onde moram as mudanças?

Contei aqui há algum tempo que quando Daniel nasceu, fui tomada por uma onda irresistível que me dizia que eu podia "construir coisas". Acho que na época pensei que o fato de "preparar uma pessoa" - parafraseando Caetano - me fazia alguém especial, talvez até com poderes. Sei lá, como se eu tivesse um vínculo maior com Deus, me tornasse uma sacerdotisa, uma Viviane do Lago contemporanea.
Naquela época, achei que poderia aprender a costurar. Comprei toda a parafenália e me matriculei em um curso, feliz da vida.
Não costurei nada. Era muito, muito desengonçada e esquecida: enquanto as outras faziam saias e calças, eu me descabelava pra terminar regatas horríveis.
Em minha defesa....o lugar era chato, o papo era chato e eu - pra variar - me sentia uma estranha no ninho.
Naquela época, guardei o material, voltei para o meu mundo e jurei não tentar enveredar pelo universo do faça-você-mesma.
Anos depois, sei lá o porquê, descobri o ponto cruz. Apesar de ter um avesso feiiiinho, consegui fazer muita coisa. Como boa compulsiva que sou bordava por horas, tv ligada, madrugada solta, desenhos que iam tomando forma.
Foi legal, fi divertido, mas enjoei.
Há algum tempo venho me interessando por blogs de decoração e craft, tenho vários bem bacanas linkados aqui, inclusive.
Mas o caso é que agora realmente descobri como isso pode ser incrivelmente divertido: anotei mil mudanças que vou fazer na minha casa - assim que eu puder voltar pra lá - e tudo fica muito fácil com um irmão arquiteto, mãe designer e pai faz-tudo. Minha cabeça está fervilhando de ideias, de cores, de reformas, de gravuras que vou colocar aqui e ali.
Não conto nada por hora, porque esse tipo de post precisa de boas e clássicas fotos do antes & depois, certo?
Por hora, indico dois blogs em que fiquei várias horas, por conta da cratividade, da proposta "vamos-fazer-coisas-fofas-gastando-pouco" e pela personalidade com que são produzidos.
Dito isso, visitem:
Casa Montada
Pedacinho do céu
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11 agosto 2011
Quando o semestre vai começar?

Adoro sair de férias, dormir, viajar, blá, blá. Mas adoro voltar para o meu cotidiano. Porque eu adoro meu cotidiano. Como eu comentava com uma amiga, apesar de detestar acordar cedo, depois que estou desperta é só alegria.
Vou dirigindo por uma estrada mega deserta - desvio da Anhanguera e pego uma marginal na frente de um condomínio e de mato, só mato, uma maravilha - e vou vendo o dia clarear, um dia mais rosa, outro mais azul, outro indecifrável. Me deslumbro com isso, quero notar tudo todo o tempo, porque já fui muito desligada e não quero deixar de notar esses pequenos milagres rotineiros.
Chego na escola e adoro meu trabalho. Vocês percebem a maravilha que é isso? Grande parte das pessoas que conheço passa a vida reclamando do trabalho e nunca pude compreender como as pessoas conseguem sobreviver em empregos que não curtem e que ocupam parte considerável de suas vidas. Se lá, vai ver que reclamar também dá prazer.
Por hora, não volto ao trabalho. Ainda estou em São Paulo, ainda não posso dirigir, carregar peso, ficar em ambiente com muitas pessoas e ainda vou ao hospital duas vezes por semana.
A boa notícia é que não sinto dor e o rim novo está funcionando direitinho: agora é cuidar dele.;0)
Acho que em breve estarei na sala de aula de novo, com minha multidão de jovens mentes que twittam durante as aulas (ninjas do mal!!), falam, riem e são encantadores. Gente, que saudades daquela molecada...espero que minha substituta esteja cuidado bem deles e confesso que tenho uma pontinha de ciúmes ao pensar que alguém que não conheço está com as MIIIINHAS turmas. Ai, ai.
Essa semana recebi a visita da minha querida amiga Anna Maron, a primeira blogueira que conheci pessoalmente, quando eu ainda nem tinha blog e curtia demais o dela.
Eu a conheci quando participei da ExpoInterativa cm uma palestra e uma oficina de RPG, tema da minha dissertação de mestrado. A gente saiu pra papear e conheci outros blogueiros que lia na época, foi divertido, foi agradável, foi divertido, como não seria? Papear com pessoas agradáveis em uma noite quente no Rio é sempre receita de bom programa.
Desde então, Anna está no meu rol de amigos queridos e foi uma delícia recebê-la aqui pra papear. Ainda ganhei um girassol, flor que adooooro pela beleza vibrante e pelo astral.
Agora, gente, vou me jogar nos blogs de craft e decoração, minha nova compulsão.
#beijosfui.
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25 março 2011
Os memes ainda existem

Eu gostava de postar Memes, mas eles pareciam ter entrado em desuso. Achei um na CEcy, e me deu vontade de fazer. Bora.
1)Qual o seu livro favorito?
Cem Anos de Solidão ( G.G.Márquez) sempre em primeiro lugar. Na longa lista dos que adoro saltam aos olhos Música Perdida ( Assis Brasil), Ensaio Sobra a Cegueira ( Saramago) e Se Um Viajante em uma Noite de Inverno ( Italo Calvino)
2) Qual o seu autor (a) favorito (a)?
Hum. Depende da fase. Em geral, Eça de Queiroz, Gabriel Garcia Marquez, Thomas Mann, Neil Gaiman.
3) Qual seu personagem favorito?
Juliana (O Primo Basilio), Sandman ( hq homônima). Na infância era Edmund Dantè
( bullying faz isso com um serzinho..rs)
4) Qual adaptação de livro é seu filme favorito?
Geralmente detesto. Qase todas são uma violência com a obra. Gostei da adaptação da HQ Wachtmen.
5) Qual gênero literário é o seu favorito?
Façamos assim: coloquemos em uma montanha para quiemar todas as m*** da auto-ajuda, tudo o que se escreveu sobre pseudo filosofia, a mairo parte dos best sellers e qualquer coisa que tenha saído da mente do Paulo Coelho. Agora vamos queimar esse lixo.
Tudo o que sobra, eu leio.
E você, leitor(a)? Mate minha curiosidade.
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31 janeiro 2011
Personagens de Angeli soltos pelo mundo


No sábado fui ao Delta Blues com minha queridíssima Michela.
Eu não ia lá há longos quatro anos. Me desculpem os fumantes, mas lugar fechado catingando cigarro é uó. Agora com a lei tucanesca o lugar realmente fica melhor. Porque pra conter o barulhão tem um teto meio rebaixado...isso com todo mundo pitando? Inferno. Deixei de ir.
Pois a versão nova e sem cigarro é melhor. Tá bom ,todo mundo pode começar a me vaiar, vai ouvir blues sem fumaça? , vai tomar toddynho, eu sei, eu sei. Sou da turma do toddynho mess..;0)
O caso é que decidirmos ir. Michela é super rock in roll, a noite sempre é bacana com essa minha amiga, sempre rimos demais. De tudo , de todos, de nós mesmas, claro.
Chegamos antes do show, pra poder conversar, coisa e tall.
Em cinco minutos chega um careca americano e pede pra sentar em nossa mesa. Como a casa tem poucas mesas e já dividi com outras pessoas, nem liguei, claro. Mas o careca puxava papo e passou a noite insistindo em pagar bebidas pra gente.
A garçonete avisava: poem na conta do careca...
Mas não, né? Fala sério. Porque vamos combinar, ele era meio chatinho.
Mas a noite foi boa demais: o som foi Creedence e foi realmente de primeiríssima linha.
Mas claro que com toques de humor - pelo menos no nosso olhar. O vocalista fazi o tipo Tio COntador: bigode, calvicie engolindo a cabeça, barriga. Mas abria a boca e era show de bola. Incrivel.
Não me achem pentelha...mas o baterista era a cara do Larry, gente.

Bizarro ver o Larry se acabando na nateria. Bizarro.
Eu sempre observo com distanciamento. Sabe aquelas cenas clássicas onde uma pessoa está em cirurgia e morre um pouco - tá, morre um pouco é doideira, mas vá lá - e fica planando sobre todos e observando? Então. Eu fico olhando todo mundo como se eu estivesse em outro mundo. E acho que todo mundo parece personagem do Angeli.

Não imaginem que me acho superior ou coisa parecida. Vixe,nem conto para vocês como minha autocrítica é cruel...Mas eu acho qas pessoas tão engraçadas. Tão curiosamente engraçadas.
Mas o público lá é bem interessante realmente: velhos roqueiros cabeludos-calvos, jvoens tatuados, jovens não tatuados, motoqueiros de moto clubes e suas esposas, no maior climão familia. Um cara com um visual clássico de professor - professor de quimica! - cantando tooodas as músicas, acompanhado de sua versão aos quinze anos, que também estava hipnotizado pelo show.
Na lista dos chatos, tinha um bêbado que foi colocado pra fora, doidinho pra arrumar confusão, apelidado pela Mi de Joselito. Vocês entendem, tadim, o problema é que ele não sabe brincar.
Só digo pra vocês que foi ótimo.
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25 janeiro 2011
Uma ligação do outro lado do oceano

Foi em 2000. Eu estava sozinha em casa, em um sábado à tarde, dormindo. Não estava em um período lá muito feliz, encarando uma segunda separação. Estava morando em um apartamento com Daniel, dando aulas e tentando ser a Malu Mulher de novo. O telefone tocou, atendi ainda sonolenta. Uma voz feminina com sotaque português perguntou se eu era a Vivien. Eu disse que sim, sem saber com quem falava.
Para minha felicidade, rindo, ela disse:
- Não reconhece mais sua amiga do outro lado do oceano?
- Adriaaaaaanna...?
Foi demais. A Dri foi minha amiga de escola, juntas estudamos, fofocamos, badernamos, consertamos o mundo em intermináveis conversas no Caicó ou no Ilustrada, cantamos, confidenciamos coisas.
Eu não via a Dri desde que ela havia ido pra Portugal, anos atrás.
Foi uma risada só, quando tentamos colocar todas as novidades dentro daquele papo no telefone.
- Espera, espera....heim?...olha, o Pitty está perguntando se você ainda é jeitosinha como no tempo da escola..
- (risadas) Fala pra ele que estou fazendo regime, tô sempre fazendo regime agora..
E foi um tal de passa o telefone pra ele, volta o telefone pra ela, aquela baderna de amigos que se querem bem.
A partir dali e graças a internet, continuamos a ter contato. Tivemos ótimos momentos aqui no Brasil, quando ela veio no ano passado.
Agora, para minha surpresa, vejo que Fábio, seu filho mais velho e que hoje mora na Inglaterra, vai se casar ano que vem. E eu o carreguei no colo, literalmente, era um fofo de cabelos angelicais.
Eu sei, sou uma tia coruja. Mas tenho todos os motivos do mundo.
A Dri sempre lembra, como no comentário do post abaixo, que eu e Pitty gostávamos de Legião, diferentemente dela, que nunca nos acompanhava na cantoria de Faroeste Caboclo do bar do Beto, nosso ponto de encontro na frente da escola.
Mas ela já se rendeu ao bom gosto, né, Dri?
Tempo bom, gente boa, lembranças boas.
*****texto publicado anteriormente em agosto de 2008.
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02 janeiro 2011
What a wonderful world

Fazer um balanço de 2010 foi prazeroso. Tem um problema pegando, mas ainda não é hora de comentá-lo aqui no blog. Por hora, as coisas boas.
A melhor foi começar a trabalhar em uma escola que adoro. Isso foi o deflagrador para várias outras pequenas e deliciosas coisas, felicidade de pobre, certo? Risos.
Comprei um carro: popular, óbvio. Mas pra mim,uma limosine. Coloquei armários na cozinha - que é pequena, óbvio, ahhahah, mas que ficou absolutamente deslumbrante.
Depois de quatro anos fingindo que aquele pequeno cômodo não existia....fiz um lavabo. Já tinha avisado que eram alegrias de pobre, pessoas, não me xinguem. Lavabo é tudo de bom, ficou lindo, ficou fofo, ficou roxo e ficou florido. A pia, nem te conto, de sobrepor,um luooooxo.
Andei meses de rasteirinha, por conta de uma dorzinha chata nos pés. Passou e voltei aos saltos. Deus existe.
Li bastante, trabalhei bastante, fui ao Café Filosófico, dormi muito, retomei com seriedade alguns tratamentos médicos. Vergonha na cara também faz bem.
Passei o reveillon com Karen e Bia, ,que são, sem sombra de dúvida, algumas das pessoas com quem eu mais gosto de conversar. Foi um presente da blogosfera.
Perdi um tio, que além de tio era padrinho, mas estou tão convicta de que ele está em um estágio/esfera/lugar melhor - porque ele merece isso - que estou em paz.
Tenho pensado muito sobre a valorização das pessoas com quem convivo. Sempre tive a política clara dos "momentinhos", de curtir à exaustão coisas pequenas, porque são os detalhes que dão saber. Sei que isso cai fácil na pieguice, mas não sei como figir dela...rs...saca essa coisa de ficar feliz com cheiro de pão fresco? Achar a lua linda, achar fofos os gatinhos pulando, essas porras todas? Então. Sou assim, quero ser assim, milito em ser assim.
E eu tenho certeza de que 2011 será um ano daqueles, cheio de alegrias, de encontros,de risadas, de livros, muitos livros, de filmes, de chocolate - ops, chocolate não pode, saco...- e de paz.
Pra terminar, coisas que curti em 2010: o Facebook, a Lola, cuja leitura sempre me faz refletir e a Rita, que sempre me comove.
E além de todas essas alegrias, eu tenho uma presidentA.

Ano de ouro.
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Dilma
04 novembro 2010
Gauchismos

Faz algum tempo, o Bia me emprestou alguns livros bacanas, entre eles, o Música Perdida, escrito por Assis Brasil. Na época, muito impressionada com o livro, escrevi uma resenha e a publiquei aqui.
Agora, vendo que a Copa de Literatura vai acontecer, vi que o autor estaria envolvido e achei seu email. Joguei a vergonha no saco e escrevi para ele - mesmo com aquele receio de ser pentelha - e mandei a resenha.
Para minha grata surpresa, ele me respondeu rapidamente e de forma absolutamente gentil. O que reforça minha tese que a arrogância pertence aos mal amados e medíocres, pois quem tem uma carreira sólida e respeitabilidade, não precisa desses artifícios.
Para felicidade do meu ego querido, o professor Assis Brasil elogiou a resenha e pediu (!!!) para linká-la em seu site. Quasei pulei, né, crianças. Afinal, o que uma blogueira comum como eu estaria fazendo por lá? Adorei mesmo, pra mim é uma honra poder dar meus pitacos dentro da obra de um autor tão especial.
Após alguns emails, tomado de "gauchice", Assis Brasil escreveu:
"Buenas (desculpa; é que acordei muito gaúcho, hoje).
Tua bela resenha já está no meu site, inclusivamente com um link para o teu blog.
Mais uma vez, miles de gracias,
e um quebra-costela bem cinchado do
Assis Brasil
PS.: minha gauchice passa; amanhã estou normal..."
Depois de rir com a expressões peculiares desses sulistas, perguntei se poderia publicar isso no meu blog. E ele, ainda no arroubo da gauchice, respondeu:
"Buenas e me espalho! Nos gordos dou de plancha e nos magros
dou de talho!
Mas é claro, guria, podes botar o meu chasque no teu blog.
Vai ficar mais lindo que beijo de prima, e eu mais faceiro
que guri penteado.
Um quebra-costela bem cinchado do
Coronel Assis Brasil [todo gaúcho-homem é coronel --
ainda estou sob o ataque de gauchidade. Depois do meio-dia,
quando eu já tiver engraxado o bigode com um costilhar de
ovelha, já serei brasileiro de novo]"
O site do professor(ou coronel?) Assis Brasil é esse aqui, e pra quem não leu, minha resenha é essa.
*** publicado originalmente em abril em 2008.
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07 outubro 2010
via @escrevalola
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10 agosto 2010
"deitar e rolar" e "nem pensar"
Essa proposta quem me passou ontem foi a Luana. Fazer uma lista de personagens literários que eu levaria pra cama - nas palavras da Menina Eva, aqueles de "deitar e rolar" - e os que não passariam nem perto na porta de entrada, ou seja, os "nem pensar".
Vamos a isso...
Vamos a isso...
***** categoria, "na cama com Vivinha"
Leitor, de Se um viajante de uma noite.. do Calvino. Apaixonado por livros, faz dessa paixão o elo com a Leitora. Interessante e meio inseguro, insiste em procurar se aproximar da Leitora, em um caminho interessante e curioso. Um homem sem pedantismo, alguém com quem eu passaria muitas horas.
Rambert, da Peste, de Camus. Um homem que "parecia à vontade na vida", jornalista inteligente, comprometido, confiável.
Athos, dos Três Mosqueteiros, de Dumas. Calado, intenso, protetor. Diferente do cansativo Dartagnan, do Bêbado Porthus e do misto de quase-padre e mulherengo Aramis.
D. Afonso da Maia, patriarca dos Maias, Eça de Queiroz. Creio que o único personagem de Eça que é íntegro, interessante, auto-suficiente. Uma espécie de Locke do Lost versão lusitana.
Não sei com um homem tão interessante foi criar um filho tão imbecil e um neto tão inútil.
Francisco Leal, de Amor de de Sombras, Isable Allende, fotógrafo, atraente, politizado e apaixonado.
Marcos, da trilogia Subterrâneos da Liberdade, de Jorge Amado. Arquiteto inspirado em Oscar Niemeyer, simpático ao partidão, mas sem ser militante 24h por dia, como os outros personagens. Um gentleman cool, uma delícia.
********** categoria "nem pensar"***************
Mathieu, da A Idade da Razão, Sartre. Eu já falei dele, nem vou repetir. Tem tudo o que desprezo em um homem.
Bentinho, de D. Casmurro, Machado de Assis, neurótico, monotemático, obsessivo. Divã nele!
Headcliff, de O Morro dos Ventos Uivantes, Bronte. Já falei dele na Lulu: atormentado, psicótico, um exemplo pseudo-romântico entendiante. Divã + lexotan.
Arhtur, versão Brumas de Avalon, Marion Zimmer Bradley. Banana, dominado pela chata da mulher. Se ele vivesse atualmente seria barrigudo e ela usaria bobs no cabelo.
O Médico, do Ensaio Sobre a Cegueira, do Saramago. Apesar de ser casado com a mulher mais interessante do livro, consegue pular a cerca nas fuças dela. Um bosta.
Estebán Trueba e Pedro Terceiro, ambos de A Casa dos Espíritos, Isabell Allende. Duas faces da mesma moeda, representando a direita podre e sem principios e a esquerda vivendo om um violão e sem privacidade. Não olharia pra nenhum deles.
Dorian Gary, do Retrado de Dorian Gray, Oscar Wilde, um metrosexual sem ética. Tô fora.
.Leitor, de Se um viajante de uma noite.. do Calvino. Apaixonado por livros, faz dessa paixão o elo com a Leitora. Interessante e meio inseguro, insiste em procurar se aproximar da Leitora, em um caminho interessante e curioso. Um homem sem pedantismo, alguém com quem eu passaria muitas horas.
Rambert, da Peste, de Camus. Um homem que "parecia à vontade na vida", jornalista inteligente, comprometido, confiável.
Athos, dos Três Mosqueteiros, de Dumas. Calado, intenso, protetor. Diferente do cansativo Dartagnan, do Bêbado Porthus e do misto de quase-padre e mulherengo Aramis.
D. Afonso da Maia, patriarca dos Maias, Eça de Queiroz. Creio que o único personagem de Eça que é íntegro, interessante, auto-suficiente. Uma espécie de Locke do Lost versão lusitana.
Não sei com um homem tão interessante foi criar um filho tão imbecil e um neto tão inútil.
Francisco Leal, de Amor de de Sombras, Isable Allende, fotógrafo, atraente, politizado e apaixonado.
Marcos, da trilogia Subterrâneos da Liberdade, de Jorge Amado. Arquiteto inspirado em Oscar Niemeyer, simpático ao partidão, mas sem ser militante 24h por dia, como os outros personagens. Um gentleman cool, uma delícia.
********** categoria "nem pensar"***************
Mathieu, da A Idade da Razão, Sartre. Eu já falei dele, nem vou repetir. Tem tudo o que desprezo em um homem.
Bentinho, de D. Casmurro, Machado de Assis, neurótico, monotemático, obsessivo. Divã nele!
Headcliff, de O Morro dos Ventos Uivantes, Bronte. Já falei dele na Lulu: atormentado, psicótico, um exemplo pseudo-romântico entendiante. Divã + lexotan.
Arhtur, versão Brumas de Avalon, Marion Zimmer Bradley. Banana, dominado pela chata da mulher. Se ele vivesse atualmente seria barrigudo e ela usaria bobs no cabelo.
O Médico, do Ensaio Sobre a Cegueira, do Saramago. Apesar de ser casado com a mulher mais interessante do livro, consegue pular a cerca nas fuças dela. Um bosta.
Estebán Trueba e Pedro Terceiro, ambos de A Casa dos Espíritos, Isabell Allende. Duas faces da mesma moeda, representando a direita podre e sem principios e a esquerda vivendo om um violão e sem privacidade. Não olharia pra nenhum deles.
Dorian Gary, do Retrado de Dorian Gray, Oscar Wilde, um metrosexual sem ética. Tô fora.
***** texto publicado originalmente em 2007, quando eu ainda respondia todas as memes que me enviavam. E, olha, sabe que era bacana?
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13 julho 2010
Recife, ah, Recife...

Preciso de muito tempo pra contar tudo, o ateliê de Francisco Brennand,a a coleção de Ricardo Brennand, meu medo de tubarões, as tapiocas que não gosto, os resturantes charmosos, Olinda...e principalmente, os amigos.
Encontrar amigos blogueiros foi muito, muito bacana e contarei tudo por aqui.
Por hora, leiam a queridissima Jan, e esperem por mais.;0)
Na foto: Jan, Daniel, eu e Cynthia.
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25 maio 2010
Vote em mim...lalalaláááá
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26 janeiro 2010
Eu no Rainhas do Lar

Queridos, vocês conhecem o Rainhas do Lar? Aquele blog hiper criativo, descoladérrimo, que vive bombando na imprensa e já virou referência na rede? Sabe? Sabe?
Então, povo, hoje eu estou lá.
Depois que comecei a frequentar esse blog e outros deliciosos sobre comidinhas, me animei ainda mais: visto o avental e me transfiguro na Tia Nastácia, porque me jogo nas panelas e vibro de felicidade.
As blogueiras do Rainhas tem uma sessão onde publicam receitas executadas pelas leitoras, para minha alegria ( histeria, tô aqui dando trinta mil pulinhos) o post de hoje mostra meus espetinhos de frutas. Fiz para o natal, inspirada nas produções retrô das rainhas.
Ficou fofo, povo, e ficou bem gostoso e refrescante. E eu sai no Rainhas, yeah, baby!

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20 dezembro 2009
Virgínia Berlim

Ultimamente, já andei comentando isso por aqui, tenho feito a releitura dos livros na sequência. A primeira vez que leio é com pressa e gulodice, a segunda, na sequência, é com calma e saboreando. Imitando a tal leitura extensiva de séculos anteriores estudada por Chartier. A leitura que se repete, se repete.
E hoje, o livro que passou por essa primeira e segunda mordida foi Virgínia Berlim de Luiz Biajoni.
O livro é curto e encerra em si o início, o (não)desenrolar e o fim de um amor. Amor do personagem principal - cujo nome não chegamos a saber - por Virgínia, sobre quem pouco ou quase nada nos é dado a saber. O estilo é instigante, as palavras são exatas e a angústia que vai assolando o personagem magicamente toma conta do leitor.
Virgínia aparece na história como um ser insosso; "para mim, ela era como as outras; uma escriturária sem sal. Nem bonita eu a achava. Uma loira pálida, peitos pequenos, bunda caída". O autor ainda a socorre rapidamente; " Era jovem e tinha um certo frescor, umas sombrancelhas arqueadas, inquisidoras".
Mas é enfático: "Mas no geral, era ninguém."
Essa frase perseguiu minha leitura e durante todo o desenvolver da trama eu me perguntei quem era Virgínia.
Mas não sei, uma ninguém.
A despeito disso essa personagem beija o narrador surpreendentemente, iniciando algo confuso - e doloroso - para ele.
Como foi para Virgínia? Não sei.
A história é narrada do ponto de vista do narrador e assim como ele, ficamos limitados a figura do observador, vendo Virgínia entrar e sair do apartamento sob olhar do narrador.
O livro pode( aliás,deve)ser lido com o acompanhamento do cd que vem no encarte. Uma idéia original que consegue colocar o leitor um pouco mais profundamente no apartamento do narrador e dentro de sua ansiedade.
Um apartamento de um homem "soturno" - chamado assim por algumas namoradas e por ele mesmo - com livros e muitos discos de vinil. Sim, vinil.
Apesar do livro não trazer localização delimitada do tempo onde se passa a história, o médico que o atente tem celular, assim, suponho que o autor colecione vinil por opção, não necessidade técnica.
Assim, sem sobre aviso, Virgínia entra na vida no narrador. Mas não se trata de um romance, de uma paixão avassaladora ou romântica da parte dela(ou se trata?). Virgínia entra e sai do apartamento do narrador algumas vezes nos dias em que ele está impossibilitado de sair.
Após o surpreendente beijo, sem compreender exatamente o que havia se passado, ele ouve música, bebe uísque e tropeça no copo, cortando furiosamente o pé.
Então temos o narrador recluso à força. Cortado profundamente, sem equilíbrio, sem ficar em pé, um pouco ridículo. Ou seja, se não fosse um corte no pé, seria a melhor descrição para alguém apaixonado.
Curiosamente,tomado pelo corte e pela paixão,o narrador está indefeso diante do que acontece.
A mercê das dores que o imobilizam : "o pé latejava e sentia uns calafrios. Não sabia se era por causa do pé ou por causa..."(pág.11)
Em alguns momentos tem clareza do objeto de sua dor/desequilibrio:
"Virgínia era a causa desse ferimento, dessa confusão toda. Se não estivesse aparecido aqui eu estaria hoje, restaurado, pronto, inteiro, intacto." (pág.11)
Mas ele não está intacto.
O narrador é tomado pela ansiedade, pelo desejo da presença de Virgínia, de quem ainda não sabemos - e nem saberemos -muita coisa. Ela não fala, ela não se mostra, ela recua quando ele tenta fazer com que ela apareça.
Enquanto isso, jorra amor do narrador, mesmo quando a pia do banheiro quebra e jorra água por todo lado ( o símbolo mais sexual dentro do universo onírico), absolutamente sem controle.
Assim,de uma hora para outra, depois de uma das despedidas dela que a ele pareceu definitiva, ela morre.
"Foi nesse domingo quente de verão que ficamos todos sabendo que Virgínia estava morta."
Todos nós: o narrador, o namorado médico, a mãe, a polícia e nós, os leitores. Sabemos que estava morta, que fora em um quarto barato de hotel e que talvez possa ter sido suicídio. O bilhete no bolso, que hora parecia poesia, hora bilhete suicida e hora receita de bolo, desaparece. Ela desaparece.
Então, com em quase todo amor, nasce de repente, dói e dá prazer, morre e cicatriza. Como o corte do narrador.
E eu terminei o livro com a sombra de Virgínia, quem era a garota de bunda caída, cabelos tingidos, tropeçando nos cadarços,que havia morrido? Por mais que eu leia e ouça o cd, acho que nunca vou saber. Nem o narrador.
Na introdução do livro o Alex Castro diz que o "Bia escreve pra caralho". Mas como eu sou uma dama, não digo essas coisas. (Mas que ele escreve pra caralho, ah, escreve.)
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