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21 fevereiro 2011

Deus mora nos detalhes

Minha política sempre foi escolher prioridades: fazer a vida ser um prazer e não uma obrigação, uma lista de afazeres repetidos.
Minha teoria agora é das "coisas legais". Faço "coisas legais" pra mim, sempre, todo dia. Pode ser um sorvete, uma soneca em um horário quase proibido pelo capitalismo visceral, pode ser ler com os pés pra cima, assistir novela ou mandar emails para amigos queridos.
A pergunta é: Vivinha, o que você fez de LEGAL pra você mesma hoje?;0)

08 fevereiro 2010

As moiras


Eu estava saindo do supermercado,com minha mãe. A velhinha me abordou:
- oi. Você pode me levar pra casa?
Foi tão rápido, respondi sem pensar:
- claro que posso.
Minha mãe foi racional:
- Mas a senhora está sozinha? Com quem a senhora veio?
Ela explicou que tinha vindo sozinha, mas que era difícil voltar de ônibus, com as compras. Olhei as compras dela, sacolinhas amarradas em um carrinho de feira.
Fomos pro meu carro, mas era difícil colocar o carrinho de feira na mala.
Ela organizava:
- Nós três juntas vamos conseguir, vai, vamos lá, um, doi,três!!!
Tive de chamar um funcinário pra ajudar, ela falava, lúcida e animadamente.
Contou que era sozinha, não tinha casado ou tido filhos, que tinha tido uma sobrinha que a ajudava, mas a sobrinha havia morrido.
Ela parecia minha avó, falava como minha avó e aquilo me doeu de forma insuportável. Eu dirigia e chorava , achando ótimos poder esconder isso nos óculos escuros.
Pensei naquela cena insólita: na tríade feminina, a mulher, a senhora e a velha.
Tenho mania de achar que tudo é um sinal, tudo significa algo além do que posso ver. Aquele dia, pra mim, foi um sinal.
Me comovi com a velha e sua solidão, me comovi com a velhice que iria chegar pra minha mãe e pra mim, me comovi com a saudade descomunal que sinto de minha avó.
Ela contou da vida, falou muito, me abençoou. Disse pra chama-la de Detinha, porque todo mundo a chamava assim.
Deixei dona Detinha em um prédio de classe média, onde o porteiro veio ajudar a tirar o carrinho e a velhinha. Muito cuidadoso com ela, porque ela inspira isso.Eu disse que era perigoso, que ela não deveria fazer isso, mas ela riu e disse que sempre tinha gente boa no mundo, gente pra ajudar.
Abracei chorando a d.Detinha, esperando que ela continuasse com essa gana de lutar contra a solidão e com esse jeito de avó.




***Publicado originalmente em março de 2007.

20 março 2009

Vocês ouviram?

Sem fazer a apologia do filme, que é ingênuo e cheio de equívocos, percebo que ele lida com algumas questões simbólicas interessantes, assim como é uma versão "para colorir", da jornada do Herói de Campbell.
Mas não é esse o tema desse post. Não, não meus queridos.
A minha pergunta é: vocês prestaram atenção no nome que ele grita?
Richard Gere, arrasadoramente lindo de terno - adoro terno - com flores na mão e gritando....ouçam, ouçam...ai, ai.

*suspiro*

02 janeiro 2008

feliz ano novo












Qualquer pessoa que me conheça há algum tempo,sabe que adoro o Ano Novo.É o meu dia predileto do ano,é algo que espero com ansiedade e que curtia a cada minuto.
Eu sempre adorei,sempre me senti tão feliz,tão cheia de esperança,de força,de planos.
Gostava de passar essa festa com família da minha mãe no Rio.Nos último três anos eles optaram por passar em uma casa de praia perto de Búzios. Legal,né?
Pelo menos pra eles.Obviamente não fui mais.Digamos que ficar dentro de uma casa - com todos no sol,na praia - ficar impedida de fazer quase tudo por apenas uma noite de festa não chega a ser meu ideal de felicidade.
O engraçado é que quando minha mãe disse que não dava pra eu ir por causa do sol - sou lúpica,aquela merda toda - todo mundo ignorou as horas torrando no carro,a impossibilidade de ir a praia com todos e ainda ouvi piadinhas porque
" a festa era durante a noite,ora,hahahah".Incrível como conheço pessoas engraçadas.
Não fiz nada no ano passado,após uma demissão,tive pouca força pra curtir o meu dia favorito.Mas eu tentei fazer isso esse ano.
Tentei - e acho até que consegui - aprender muito com as dificuldades (de saúde,fincanceiras,profissionais e emocionais) que passei esse ano.Acho mesmo que aprendi.Por isso,por ter achado que de alguma forma eu havia aprendido uma porra qualquer,esperei que esse ano fosse começar bem.Arrumei a casa,cozinhei com cuidado,essas coisas.
Não vou chatear vocês com detalhes chatos,só quero dizer que passei o ano novo,toda arrumada,como uma idiota,sentada na praça do meu condomínio,vendo os fogos.
Sozinha,mas sozinha mesmo.Sentindo inveja das pessoas que se abraçavam, tiravam fotos.A única coisa que consegui fazer foi chorar e pensar que eu sinceramente não consigo ter forças pra me animar,é completamente patético que eu mesma tenha que fazer isso comigo mesma.
É completamente deprimente que,após um ano tão difícil, onde consegui até perder até a bosta do carro,EU tenha que me consolar.
Por isso eu vou dar um tempinho aqui.Porque além de tudo,estou sem vontade de escrever no blog,que foi uma das únicas coisas que realmente fiz com prazer nessa bosta de 2007.
Mas eu volto.
Beijo.

29 outubro 2007

"Eu uso óculos..."












Queridos, amanhã irei no oftalmo porque estou com muita dificuldade pra enxergar, muita mesmo. Alguns blogs não consigo ler e o mesmo aconteceu com páginas impressas, ou seja, jornais e revistas estão inlegíveis para mim.
Ele me passou um óculos e amanhã vou retornar pra fazer uns outros exames, pois já tive lesão ocular por stress .Gente , o corpo humano é muito estranho.
Então, vou ficar uns dias sem blogar, porque está realmente MUITO difícil ler.Olha só, uma blog-viciada como eu falar em se afastar por uns dias sente até palpitações, sério, sério.Adoro blogs, todo mundo que me conhece sabe, mas é sempre bom dizer: adoro escrever, adoro ler, adoro comentar, adoro absolutamente tudo.
Então vou ficar uns dias sem ler esses blogs bacanas que estão linkados aqui, sem conhecer novos, sem escrever no meu.No máximo vai dar pra responder aos comentários e peço aos que amigos que habitualmente me escrevem - e quem quiser escrever - que façam como a minha querida Clélia, mandem em letras maiores.
Bom, daqui a pouco volto.
Esando óculos.;0)

14 outubro 2007

Professores













Eu não sei ao certo o que colocar nesse post.Tudo me parece piegas, me parece nhém nhém nhém.Tenho aflição de post "fofo", vocês sabem. E eu nem estou com bom humor. Na verdade, estou com o humor confuso, irritadiço, desconfiado.
Mas ainda assim: confusa, irritadiça e desconfiada, sei que essa coisa de dia dos professores ainda merece um post.
Mereceria um de qualidade, com bom astral, coisas assim: mas fico devendo, "penduro" na conta do leitor. Por hora, digo que ser professora é algo pleno.
Poucas coisas são tão intensas quanto uma sala de aula, poucos momentos são tão inesquecíveis quanto aqueles em que você percebe que fez diferença, que mexeu com aquelas pessoas, que modificou algo.
"O futuro não é mais o que era antigamente", a gente berrava na adolescência, inebriados de Legião Urbana. Pois é, quero que o futuro de quem esteve comigo em sala de aula seja outro, seja melhor, seja diferente. Quero ter mudado, mexido, chacoalhado, quero ter feito diferença.
Tropeço com professores maravilhosos, tropeço com professores medíocres. Fujo dos papos sacais da sala dos professores e descubro blogs brilhantes de quem faz da sala de aula uma experiência única.
Não acho que todos os professores sejam maravilhosos. Acho que tem gente burra por ai, incompetente, mas acho também que tem gente incrível, criando, pensando, jogando, perguntando, respondendo, vivendo com os alunos.Acho que esses acabam criando uma amálgama onde aprender e ensinar acabam ficando mesclados, unidos: como deve ser mesmo.
E aí me animo toda, saio da irritabilidade, saio da desconfiança e começo a achar que muita coisa ainda é possível.
Me lembro de uma história antiga: estava na sétima série e odiava minha professora de História. "Matava' muitas aulas, pra ficar de papo furado, me achando complemente esperta por não ser pega.Me achava A radical, uia que judiação.
Um dia, teríamos que apresentar um seminário sobre diferentes temas,não tendo como fugir daquilo que seria um grande saco, meu grupo optou por estudar sobre o Egito. Ficamos várias tardes fazendo o trabalho. Ou melhor, conversando, comendo, rindo...e nas horas que nos sobravam, fazíamos cartazes e líamos sobre o tema.Na sala de aula, quando estávamos presentes, era pra tumultuar o meio de campo.
O fato é que gostei pacas daqueles homens esquisitos, dos tais faraós, da mumificação, da enigmática estátua do escriba sentado.Mas o que me motivava mesmo era fazer um trabalho bom pra esfregar na cara da chata da professora. Eu me animava com minha pequena vingancinha, achando que seria um choque para ela um bom trabalho vindo de um grupo sacaninha como o meu.Delirava pensando como seria horrível pra ela, como ela ficaria verde de ódio.Achava tão divertido tudo isso, achava mesmo.Enfim, chegamos, apresentamos, nos empolgamos.E vamos combinar, o trabalho ficou muito melhor do que o dos outros. A criatura competitiva que mora em mim já estava mostrando suas garras. E aí, tive uma surpresa tão grande que nunca esqueci.
A reação dela foi completamente diferente do que eu esperava. Diferentemente dos medíocres que ficavam sinceramente ofendidos quando tinham que admitir que nosso trabalho era bom, ela efetivamente ficou feliz.Para meu espanto, me abraçou, rasgou elogios para o grupo todo, dizendo francamente que não esperava aquele resultado e que tinha ficado feliz em ver.
Meu queixo rolou três quilômetros. A expressão dela era de felicidade mesmo e eu só fui entender plenamente isso quando vi um bom trabalho feito por alunos.
Sem a mesquinharia a que eu estava acostumada - que era praxe nos outros professores - essa cena de franqueza, alegria e de vontade de ensinar, foram cruciais pra mim.
Posso garantir que me tornei outro tipo de aluna e nunca esqueci aquele abraço, aqueles elogios risonhos e aquela generosidade.
Feliz dia dos professores, queridos.
E pra quem quiser ler mais sobre meus alunos, tem um marcador aí na direita : "alunos", clica lá e ria comgo.

13 setembro 2007

Tudo pode ser diferente





















Esse ano esteve longe de ser o melhor da minha vida.Problemas profissionais que nunca tive, o caso que contei abaixo ainda se refletindo, coisas assim.
Mas como boa geminiana, um dia chato foi substituído por um dia gostoso, um mau humor deu lugar a uma felicidade cheia de esperança.
E é aí que começo com a clássica (re)avaliação das escolhas que fiz. Vejo que fiz um monte de besteiras, mas tive grandes conquistas.Um filho, em primeiro lugar, um Daniel, o que não é pouca coisa...inteligente, engraçado, companheiro, lindo.
O fato de ter feito História, os bons anos de graduação na Unicamp. O mestrado, que está enrolado, mas vai ficar bacana. A casa, a casa...O blog, a minha outra casa.
Os amigos que me cercam com tanta atenção e amor que me derretem: seja pra dar risada, seja pra ir na minha casa e fazer chazinho quando estou de bode, achando que o mundo é uma porcaria.Isso é uma benção.
Amigos que consegui conquistar até aqui no blog,que continuam por emails ou pessoalmente, os papos que começamos aqui. Isso é uma benção.
O fato de eu estar indo deitar ontem e amigos passarem na minha casa, sorridentes, pra passear pelas praças do condomínio. O fato de minha tia me ligar pra saber por que não vou no casamento de meu primo, dizendo que farei falta.
Gente, o fato de eu fazer falta, como meus amigos fazem, como minha família faz falta pra mim.
O fato de receber scraps de alunos e ex alunos no orkut, o fato de minha cachorra pular de feliz em me ver.
Isso é uma benção e eu agradeço.

03 maio 2007

miscelânea


O pouco ou quase nada que sei de Shiva é que é o deus da transformação. Quero ter essa imagem em minha casa, quero me dar de presente, porque se há algo que eu idolatro é a possibilidade de transformação.
Não procurei nada sobre esse deus, não quero saber.
Não quero que me expliquem, não quero nenhuma narrativa centrada na realidade. Quero completar com minha fantasia e deixar que vocês façam o mesmo. Como as narrativas de Marco Pólo para o Grande Kan, exploradas magistralmente por Italo Calvino: um diálogo onde as interpretações estão mais ligadas ao ouvinte do que ao narrador, um diálogo onde impera a fantasia e a onde as informações são multi facetadas. Então, imaginem. Imaginem quem era Shiva para os seus seguidores, imaginem por que escrevo isso, imaginem comigo.
Acho que a idéia de mudança sempre é positiva, ou pelo menos, tem potencial pra isso. Mudança de casa, de foco, de amor, de objetivos. Olhar de novo pra alguém e achar um imbecil. Olhar um imbecil e achar alguém. Mudar o espelho e mudar o olho. Mudar, mudar. Chutar, reformular, reavaliar, pintar e bordar, mudar.

13 fevereiro 2007

Água, água, água


Eu adoro água. Adoro. Bebo água o tempo todo e quando vejo multidão, me apavoro por alguns motivos, um deles é que não teria água gelada pra beber. Por isso, já avessa a carnaval, me arrepio quando vejo aquela multidão.

E se der sede?? e se der vontade de fazer xixi??

Multidão, nunca. Como eu ignoro o carnaval totalmente, me espanto com as pessoas felizes na multidão. Pois é, nem sempre posso entender o Outro, esse mistério que é a alteridade.

Comecei a fazer hidro ginástica, a dica foi de uma amiga que está em um astral ótimo, emagreceu e tem uma super disposição. Bom, comecei.

E a água tem essa coisa mágica de dissolver os problemas. Quando o Professor Franguinho ( "franguinho"de tudo....) passa lá os movimentos brincalhões, acho tudo uma delícia.

Dissolve mesmo, não resta nada. E eu lá, feliz da vida dentro d'água, pensando que esse ano regido por Júpiter pode sim melhorar, ah, pode. Ali dentro eu acho que tudo é possível.

Eu sonho muito com água: passei dias sonhando com tsunamis em dezembro.

Agora eu quero que a magia das águas me traga paz. Acho que estou conseguindo.