31 outubro 2007

"Ora Yèyé , Oxum...!"









Estou quase de óculos, quase de volta a vida.
Por hora, deixo vocês com música linda, mágica. Ouçam até o fim, porque a saudação feita no final é linda.

Esse texto aqui retirei do blog Candomblé - o mundo dos orixás:

"Oxum


Dia da semana: Sábado
Cores: Amarelo – Ouro
Saudação: Eri Yéyé ó!
Elementos: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
Instrumento: Leque com espelho (Abebé)


Na Nigéria, mais precisamente em Ijesá, Ijebu e Osogbó, corre calmamente o rio Oxum, a morada da mais bela Iyabá, a rainha de todas as riquezas, a protectora das crianças, a mãe da doçura e da benevolência. Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras.

Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino. Oxum é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé.

É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. O primeiro filho de Oxum chama-se Ide, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxum devem colocar nos seus braços. Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver o seu brilho.

É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência. Os seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.


Características dos filhos de Oxum


Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objectivos.

Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.

Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos. Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.

Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo o que é bom e caro.

O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum."

29 outubro 2007

"Eu uso óculos..."












Queridos, amanhã irei no oftalmo porque estou com muita dificuldade pra enxergar, muita mesmo. Alguns blogs não consigo ler e o mesmo aconteceu com páginas impressas, ou seja, jornais e revistas estão inlegíveis para mim.
Ele me passou um óculos e amanhã vou retornar pra fazer uns outros exames, pois já tive lesão ocular por stress .Gente , o corpo humano é muito estranho.
Então, vou ficar uns dias sem blogar, porque está realmente MUITO difícil ler.Olha só, uma blog-viciada como eu falar em se afastar por uns dias sente até palpitações, sério, sério.Adoro blogs, todo mundo que me conhece sabe, mas é sempre bom dizer: adoro escrever, adoro ler, adoro comentar, adoro absolutamente tudo.
Então vou ficar uns dias sem ler esses blogs bacanas que estão linkados aqui, sem conhecer novos, sem escrever no meu.No máximo vai dar pra responder aos comentários e peço aos que amigos que habitualmente me escrevem - e quem quiser escrever - que façam como a minha querida Clélia, mandem em letras maiores.
Bom, daqui a pouco volto.
Esando óculos.;0)

26 outubro 2007

A cozinha dessa Casa















Eu leio blogs há quatro anos. Escrevo em um blog há um ano.
Desde o começo, sinmpatizava com a caixa de comentários.No começo, nunca comentava.Nunca mesmo. Me sentia constrangida, achava que era apenas para um grupo ,achava que eu não teria muito a dizer, mas confesso, morria de vontade de uns palpites lá e cá.
Quando comecei a comnetar, foi uma avalanche:comentava sistematicamente, diariamente em alguns blogs.
Na época, lia poucos, um grupo seleto e intocável, alguns dos quais, confesso, nem leio mais.Porque as coisas mudam, certo? Mas alguns blogs eu continuo lendo todo dia, como o da Anna Maron, a primeira blogueira que conheci pessoalmente - antes de eu ter meu próprio blog - e que tem blogado menos, porque seu temnpo agora é todo da Clara, sua filha lindinha.
Nessa época de leitora-comentarista-sem-blog, eu me sentia muito bem ao ver meus comentários respondidos.
Sempre achei que responder aos comentários criava um elo entre o escritor e o leitor, que criava uma cumplicidade e que, no mínino, era um gesto muito gentil da parte do blogueiro.
Vários blogs que leio não respodem aos comtários: continuam sendo ótimos blogs,eu continuo lendo, mas sinto falta desse troca, dessa gentileza. Sempre penso que isso soa como um "dane-se a sua opinião".
Se eu tiver que optar, opto pelo blogueiro que repsonde, que omenta, que me olha. Afinal, aessa interação é uma das coisas mais bacanas da blogosfera.
E quando o blogueiro só responde pra alguns e ignora o resto?
Gente, sabe quando você dá um tchau e a pessoa não vê...e vc fica com a mão no ar, todo sem grana, no vácuo? então....
Acho que a caixa de comentários pode ser um lugar para interagir com o texto de forma intensa, seja para elogia-lo ou para questioná-lo.Se bem que tem gente que surta. Outro dia discordei de um blogueiro, o cara deu um piti de mulher grávida, me deslinkou, me excluiu do orkut, ficou totalmente de mal.. Uma coisa meiga de se ver.
Só faltou mostrar a língua e me chamnar de boba.Vocês podem pesnar que é piada, mas é sério. Isso existe.
Mas no universo das pessoas adultas, a discussão é sempre bem vinda.
Obvidamente, a Casa aqui tem suas regras: não se entra chutando a porta, nem sujando o meu chão, aqui tem que seguir as regras básicas da civilidade.
Por isso tem mata -burro na entrada: permito as discussões, permito os comentários, mas se vier de palhaçada, fica do lado de fora,porque debate com grosserias eu não permito mesmo.
No caso do meu blog, a caixa de comentários é minha cozinha.Todo mundo senta, comenta, abre a geladeira pra pegar suco, pergunta se tem mais café, brinca com meus gatos, fala sobre os copos novos que comprei.E eu adoro isso, adoro minha casa cheia de gente, adoro minha cozinha cheia de conversa.
E eu to ali, cozinhando, fofocando, fazendo mais café pra quem acabou de chegar e quer conversar,
Eu adoro a coziha do meu blog e todos vocês são bem vindos ali.
Pode entrar, tô passndo um cafezinho novo.

25 outubro 2007

Dica da Tia Vivien










O período da graduação é sempre inesquecível, ainda mais se o estudante tem a sorte de ser aluno da Frou. Eu convido a todos para uma visita nesse blog, esses alunos aqui, depois de todo trabalho que tiveram, merecem.

23 outubro 2007

A Bula ( com atualizações)




A Carol fez e me passou, então, aqui vai minha bula.




Princípio ativo

Vivien 70 mg é composto por

Bom humor ...................... 20 mg
Maternidade extra forte..........20 mg
Carinho ativo....................10 mg
Humor instável ............. 5 mg
Vaidade......................5 mg
curiosidade .......... 5 mg
Arrogãncia.................. 5 mg


Indicações

Indicada para casos de necessidade de conversa, carinho e risadas crônicas.
Funciona para pacientes com desejo ativo de leitura e escrita.A antiga fórmula não continha vaidade, que foi acrescentada a nova versão do produto, em doses regulares e pequenas.

Modo de usar

Tomar em grandes doses caso aja urgência em ir para livrarias , shoppings e cinemas. Aconselha-se o uso moderado em restaurantes.

Reações adversas

Tem severas reações alérgicas quando em contato com o princípio ativo de "crocolilagens masculinus"
Apresenta reações adversas quando exposta a " hipocrisias activas femininiuns", sendo que o contato breve pode vir a expor a irritação horas depois. Recomenda-se manter longe desse princípio ativo.

Contra indicações

É contra indicado o uso em ex-maridos, caso ocorra exposição, recomenda-se o uso de água em abundância e a procura de um médico para a retirada dos resíduos de "patadas master" destilados.

Posologia

Usar preferencialmente de bom humor, doses variáveis.



Interações medicamentosas


Não expor ao sol. Evitar o sal.


Eu deixo em aberto, quem quiser fazer, mande brasa. E me avise aqui, pra eu ler essas bulas bloguísticas.


@@@@@@@@@ atualização @@@@@@@@@@@@@@@

Queridos, o texto é só piada.Só ataque de bobeira. Tô dizendo isso porque volta e meia tem gente me escrevendo: "Vivien, você está falando de mim?" ou "Era eu???".
Olha só, quando eu mando recado aqui, em geral eu mando um email dizendo :"fulano(a), aquele texto é pra vc!"
Fora isso, desencanem.
Mesmo porque eu sou geminiana...meus pitis e ataques de raiva ( e ciúmes) são pontuais e momentaneos. E passam. ´Quem já viu meus xiliques ,sabe.Desculpaê.
Porque como dizia o poeta: "tudo na vida passa, até uva passa."
beijos a todos.
Peace.

20 outubro 2007

O projeto
















O André me fez um convite irrecusável: participar do projeto Macabéa.Eu estava conversndo agora com a Ana Leticia sobre ele, toda empolgada da minha vida.
Leiam o que diz o André :"Tenho em mente a criação de um site/blog que tenha a capacidade de ser uma revista sem deixar de ser um simples blog. Será um portal
especializado na divulgação e discussão das tendências do meio e das inovações
na criação artística.
Um projeto que tenha a aptidão para ser um portal cultural sem se
perder em armadilhas técnicas e dificuldades operacionais. Que possa ser
divulgado com facilidade e tenha a destreza de reunir pessoas afins e
leitores desavisados. Que sirva para Josés e Serafins, para blogueiros
viciados a poetas, literatas, artistas, estudantes e jovens em fase de
inclusão digital. Acima de tudo nosso projeto deve gerar conhecimento,
entretenimento, interatividade, inovação e um perfume de cidadania
."

Quem quiser saber um pouco mais, dê uma passada aqui. Ainda estamos arrumando a casa, dividindo os móveis e as tarefas ( quem lava a louça, quem guarda, quem cozinha...) e ainda discutindo alguns pontos.
Só posso dizer que estou contente em participar , em ver a gênese da revista/blog.
E tem coisa mais deliciosa que isso?
Mantenho todo mundo informado.Quem quiser descobrir mais um pouco sobre o projeto, entre aqui. Bom sabadão.

19 outubro 2007

Mamulengos ( com atualizações)










Há algum tempo recebi uma comunicação do meu sindicato sobre algumas oficinas que iriam acontecer por aqui. Fui lá ver, todas muito interessantes, mas com poucos inscritos - afinal, professor geralmente não tem tempo nem pra respirar - e acabei fazendo inscrição em apenas uma: sobre Mamulengos.
Já achava que quem era o responsável pelo curso era o Sebastian, e não teve erro: era ele mesmo.
Há vinte anos - em uma outra vida, portanto - eu fui sua secretária. Em uma vida em que ele tinha um emprego tradicional e eu era uma adolescente. Graças a ele conheci uma das melhores pessoas no planeta Terra: A.,que foi um grande amigo por muito tempo.Infelizmente, nos perdemos por essa vida, o que foi uma pena, porque pessoas com a índole de A. não se acham nas esquinas das cidades.
Eu estou achando que vai ser muito bacana e - obviamente - vou contar aqui na Casa, porque afinal, "tudo vira blog", já dizia o poeta.


**** atualização****

Fui na escola onde deveria ser a oficina: ninguém sabia de nada, não estava rolando nada. Voltei pra cara com um bico enorme.Saco.

18 outubro 2007

"Eu vou bater na madeira três vezes com os dedos cruzados"











Eu estava na estrada, indo para o médico. A gasolina, no toco, e eu rezando pra bichinha durar até eu pegar dinheiro e abastecer.
Vinha cantando, bela e formosa, com meu rabo de cavalo, óculos escuros e um grande bom humor.
O carro começou a engasgar, engasgar, miar, miar. Parou.
No minuto que parou eu comecei a suar, de nervoso, de calor, de desespero: sozinha com o carro parado na estrada.
Mas como diz o caboclo, desgraça vem em trinca e eu estava sem crédito no meu celular e sem grana. Mas não é que eu estava com pouca grana...eu não tinha passado no banco, estava zerada.
Então, vejam a situação: carro parado, sem dinheiro e sem celular.Ainda bem que não tinha uma faca de pão por perto.
Então liguei pra Frou - aliás, liguei na casa dos pais a cobrar *** pausa para sentir o gosto do constrangimento *** e pedi socorro.
Pouco tempo depois , seu R., pai da Frou ,estava lá pra me salvar, ela não tinha vindo porque D., outra amiga nossa, havia se acidentado e estava precisando de ajuda.
A bruxa está solta para as professoras? Sério, tô batendo na madeira três vezes com os dedos cruzados, xô urucubaca.Não, queridos, não acabou: a gente não conseguia abrir e colocar a gasolina. Torce pra lá e vira pra cá, seu R. conseguiu.
Liguei o carro. Deu tudo certo? Não. A porcaria do carro não pegava.
Começou a chuviscar, os caminhões passavam balançando a gente, eu já estava me vendo na capa do jornal marrom " professora esmigalhada por buzão porque ficou sem gasolina!"
No fim das contas, deixamos o carro lá e seu R. me levou ao médico, ou seja, eu o aluguei mesmo. Mas vocês sabem, pessoas quando são do bem, são integralmente e eu tenho muita sorte com meus amigos.
No médico, a velha novela, mas nenhuma conclusão por hora. Vou ainda passar por outros exames pra definir o tratamento que farei ( ou que não farei).Não aguento mais tirar sangue e levar xixi.
Fiz uns milhões de exames, me sinto uma espécie de cobaia em uma aula de anatomia.
Mas apesar da gravidade da coisa, estou com muita fé que tudo vai ficar bem, porque eu acredito mesmo que milagres acontecem diariamente. Por mais piegas que seja dizer isso, e eu sempre digo, ser mãe já é um tremendo milagre.
Por hora, pessoas, tô aceitando um rinzinho de segunda mão em boas condições.
beijos.

16 outubro 2007

mãe e filha














O difícil pra uma menina que tem mãe bonita é achar que nunca vai ser bonita também. Mas comigo era um pouco mais complicado, eu era desajeitada - até hoje não sei me maquiar, passo um batom e tá valendo - e tímida. Tímida não sou há décadas, literalmente. Sou uma exibida,exibida mesmo, sem dó nem piedade.
Minha mãe era professora e em pouco tempo passou a trabalhar na diretoria, assim , durante anos, eu fui a "filha da diretora".
Era legal, assumo gente, era legal.
Mas o máximo era ver minha mãe indo trabalhar toda linda, usando um lencinho no pescoço - quem estava na Terra na década de 70 sabe do que falo, era um charme -
e eu ali, pensando .."uau..".
Então cresci sendo criada por uma ariana mandona pra caramba, moderna, bonita e inteligente. Tenho sorte ou não?
Conforme fui crescendo e definindo meu estilo, passamos a ter uma relação que mescla maternidade, fraternidade e amizade, e é algo que prezo muito.
Mas a criatura é mandona mesmo: acostumada a organizar, vai dando ordens até na minha casa...e quando me rebelo, rapaz, ela se admira.
Meu segundo marido, após uma briga feroz, foi chamado por ela: levou um esporro daqueles, que ouviu de cabeça baixa. Bom, ele era um panaca e gostava de fazer média ( vocês devem conhecer esse estilinho obtuso, perde a dignidade, mas não perde a fama de "bonzinho"), mas mesmo que fosse um homem firme, não creio que a enfrentasse.
Posso me orgulhar de tê-la influenciado também, pois ela acabou simpatizando com o PT por minha causa. Hoje em dia, falar mal do Lula é praticamente pisar no pé dela, eu sacaneio, digo que quando todos os ratos abandonarem o navio, vão estar ao lado do presidente: d. Marisa e minha mãe, socando a cara de quem se aventurar a incomodar.E olha que com essas mulheres aí, não tem tempo quente não.

14 outubro 2007

Professores













Eu não sei ao certo o que colocar nesse post.Tudo me parece piegas, me parece nhém nhém nhém.Tenho aflição de post "fofo", vocês sabem. E eu nem estou com bom humor. Na verdade, estou com o humor confuso, irritadiço, desconfiado.
Mas ainda assim: confusa, irritadiça e desconfiada, sei que essa coisa de dia dos professores ainda merece um post.
Mereceria um de qualidade, com bom astral, coisas assim: mas fico devendo, "penduro" na conta do leitor. Por hora, digo que ser professora é algo pleno.
Poucas coisas são tão intensas quanto uma sala de aula, poucos momentos são tão inesquecíveis quanto aqueles em que você percebe que fez diferença, que mexeu com aquelas pessoas, que modificou algo.
"O futuro não é mais o que era antigamente", a gente berrava na adolescência, inebriados de Legião Urbana. Pois é, quero que o futuro de quem esteve comigo em sala de aula seja outro, seja melhor, seja diferente. Quero ter mudado, mexido, chacoalhado, quero ter feito diferença.
Tropeço com professores maravilhosos, tropeço com professores medíocres. Fujo dos papos sacais da sala dos professores e descubro blogs brilhantes de quem faz da sala de aula uma experiência única.
Não acho que todos os professores sejam maravilhosos. Acho que tem gente burra por ai, incompetente, mas acho também que tem gente incrível, criando, pensando, jogando, perguntando, respondendo, vivendo com os alunos.Acho que esses acabam criando uma amálgama onde aprender e ensinar acabam ficando mesclados, unidos: como deve ser mesmo.
E aí me animo toda, saio da irritabilidade, saio da desconfiança e começo a achar que muita coisa ainda é possível.
Me lembro de uma história antiga: estava na sétima série e odiava minha professora de História. "Matava' muitas aulas, pra ficar de papo furado, me achando complemente esperta por não ser pega.Me achava A radical, uia que judiação.
Um dia, teríamos que apresentar um seminário sobre diferentes temas,não tendo como fugir daquilo que seria um grande saco, meu grupo optou por estudar sobre o Egito. Ficamos várias tardes fazendo o trabalho. Ou melhor, conversando, comendo, rindo...e nas horas que nos sobravam, fazíamos cartazes e líamos sobre o tema.Na sala de aula, quando estávamos presentes, era pra tumultuar o meio de campo.
O fato é que gostei pacas daqueles homens esquisitos, dos tais faraós, da mumificação, da enigmática estátua do escriba sentado.Mas o que me motivava mesmo era fazer um trabalho bom pra esfregar na cara da chata da professora. Eu me animava com minha pequena vingancinha, achando que seria um choque para ela um bom trabalho vindo de um grupo sacaninha como o meu.Delirava pensando como seria horrível pra ela, como ela ficaria verde de ódio.Achava tão divertido tudo isso, achava mesmo.Enfim, chegamos, apresentamos, nos empolgamos.E vamos combinar, o trabalho ficou muito melhor do que o dos outros. A criatura competitiva que mora em mim já estava mostrando suas garras. E aí, tive uma surpresa tão grande que nunca esqueci.
A reação dela foi completamente diferente do que eu esperava. Diferentemente dos medíocres que ficavam sinceramente ofendidos quando tinham que admitir que nosso trabalho era bom, ela efetivamente ficou feliz.Para meu espanto, me abraçou, rasgou elogios para o grupo todo, dizendo francamente que não esperava aquele resultado e que tinha ficado feliz em ver.
Meu queixo rolou três quilômetros. A expressão dela era de felicidade mesmo e eu só fui entender plenamente isso quando vi um bom trabalho feito por alunos.
Sem a mesquinharia a que eu estava acostumada - que era praxe nos outros professores - essa cena de franqueza, alegria e de vontade de ensinar, foram cruciais pra mim.
Posso garantir que me tornei outro tipo de aluna e nunca esqueci aquele abraço, aqueles elogios risonhos e aquela generosidade.
Feliz dia dos professores, queridos.
E pra quem quiser ler mais sobre meus alunos, tem um marcador aí na direita : "alunos", clica lá e ria comgo.

13 outubro 2007

Repetindo


Eu preciso voltar a mexer naquela coisa parada e abandonada que eu chamo de dissertação. Preciso.
Os outros livros, deliciosos como amantes, tem que me deixar em paz.Tenho que estudar.Ai, ai.

10 outubro 2007

Imperdível









Recebi um email do meu sindicato ontem e corri pra lá: a tradicional festa dos professores vai contar com a presença do grupo Bons Tempos, de quem sou fã há muitos anos.Os caras são absurdamente talentosos, com um repertório maravilhoso com sambas antigos misturados com caras como João Bosco e Chico Buarque.
Há poucos fizeram uma turnê com um show inteiramente dedicado a Ary Barroso, que vi aqui em Campinas e no Rio, onde levei primos pra se tornarem também fãs.
Fui pegar os convites, feliz da minha vida. Gosto do Bons Tempos desde a época da graduação,como já disse, tenho a sorte de viver em uma cidade deliciosamente musical.
Um dia, há anos, quando eu ainda não tinha adotado a fanta laranja como lema de vida, encontrei um dos integrantes em um bar aqui da cidade. Era o show do Moreno Veloso e eu estava toda alegrinha com meus choppinhos. Aí vocês sabem, chopp e vergonha não andam de mãos dadas, fui lá na maior cara dura, dizer que adorava as músicas deles e essas coisas imbecis que nós, fãs, fazemos.Esse integrante dos Bons tempos até hoje me chama de Lilith,de sacanagem, pois esse era o email que eu usava na época.
Morro de vergonha dessas coisas.Eu fui lá toda retardada.... Nesse dia até corrigi meu nome quando Moreno Veloso autografou o cd,olha que ridiculinha, gente."é com E...VIVIEEEEN...". A questão é que o Moreno Veloso eu nunca mais vou ver na minha vida e o povo dos Bons Tempos eu vejo e penso: "será que ele ainda me acha uma idiota?". Espero que não, pois continuamos a conversar por esses anos.
Tenho certeza que a festa dos professores será ótima: quem estiver na reginão, for professor ou amigo(a), namorado(a), qualquer coisa de um professor, pegue o convite e vá ao show.Vai adorar, prometo.
Eu gosto dessa festa anual. Quem já trabalha há tantos anos nas escolas particulares da região, como eu, encontra um monte de gente, amigos e desafestos, ex-amigos e ex-desafetos. É sempre divertido.
Depois eu conto.
Outro integrante é dono do Deck, um bar pra lá de charmoso em Souzas, parada obrigatória pra quem vem por aqui. Eu sugiro o creme de siri, que pelamor , é de chorar de tão gostoso.
Bom, queridos, escutem aqui esse povo bom demais.

05 outubro 2007

As enquetes



















Queridos amigos, esta Casa está inaugurando um novo espaço para o papo mulherzinha...as enquetes.
Esssa nova brincadeira é uma maneira de interagir com os leitores, de brincar, de fazer coisas de blog. Caraca, como eu gosto de "coisas de blog".
A princípio, os temas serão mesmo no melhor estilão sex and city, mas pode ser que fiquem sérios. Pode ser, mas não prometo.
Assim, o primeiro resultado foi a faixa etária dos leitores: a maioria está na casa dos 30 e em segundo lugar a casa dos 40.
A segunda enquete foi mais "profunda"...e teve a participação, entre piadas e risadas, do Ricardo - meu irmão arquiteto e lindo - e da minha amiga Cláudia Lyra, ambos via msn.Vejam como uso o msn para questões nevrálgicas na minha vida.E vejam como tenho amigos com bom humor...pois além da colaboração, tive a votação.
E o resultado, com o qual concordo e assino embaixo, foi que o fora mais medonho do mundo, mas sem noção é.....


" o problema não é você...é comigo mesmo" ( cinco minutos depois está com outra)


O problema de desfilar com outra pessoa na sua frente é que a pessoa descartada se sente ..como direi com classe...hummm.....uma merda?
Mais ou menos por aí. Alguns podem dizer que não há fora legal e vou concordar. Mas os hipócritas seguidos daquela desfiladinha básica no melhor estilo "casal feliz" debaixo do nariz despeitado de quem tomou um pé no traseiro, ah, amigos, é um chute na dignidade ,que rolou pra baixo do sofá.
Mas sempre nos sobra bom humor.
Queridos, só o bom humor salva!

Agora estou com outra enquete, votem no estilo de homem mais interesssante e no mais chatinho.Os tipos estão ao lado. Brinquem comigo.
E não se ofendam, ok? Já dizia o filósofo:" não sabe brincar, não desce pro play".

04 outubro 2007

Literatura infanto-juvenil ou Um soco na inteligência de qualquer um










Aqui em casa temos um esquema: eu leio os livros indicados pela escola, para discuti-los com o Daniel, ajudar na prova, essas coisas de mãe.
Vou dizer uma coisa pra vocês: nunca entendi a lógica das escolhas dos livros.
Eu gosto de ler, sempre gostei, fui uma criança com livro na mão e detestei praticamente todos indicados pela escola.
Mas os que Daniel tem que ler, são ainda piores.Com tantos autores bons, com tanta gente de qualidade...por que ler porcarias?
Esse último é segundo o Daniel " uma tentativa patética de ser politicamente correto, parece Paulo Coelho misturado com propaganda da Natura".
Tive que acompanhar meus alunos em uma palestra com uma autora, há algum tempo. Só não dormi porque sou dura na queda, porque foi uma tortura mesmo.Além da chatice, ela os entupiu com informações incorretas sobre História. Juro que fiquei quieta, fiquei na minha. Mas em um determinado momento, ela perguntou:
- Não é verdade, professora?
- Na verdade...não.

Interromper a maluca poderia ser um equívoco e optei por não fazê-lo, mas compactuar com besteirol era demais.
Aí eu penso, se meu filho, que lê e gosta de ler, detesta o livro, despreza o livro...como ficam as crianças que ainda não descobriram a literatura?
Pois é, as escolas precisavam de mais Lulus.