28 setembro 2011

O dia que virei Monet






É...não, não virei Monet. Talvez a única coisa em comum sejam as mãos sujas de tinta. Ainda não entendo o protocolo das tintas e meu pai morreu de rir comigo, porque fui usar tinta esmalte e fui lavar a mão depois. Eu não sabia, juro, gente, mas dá uma m*** danada, gruda na mão,um horror.
Usei o troço lá, aguarass ou coisa que o valha, mas ainda tenho borrões pelas mãos.
Mas o fato é que tentei fazer. Ah, gente, isso de mexer com tinta é como amor canino, eu penso: como não descobri isso antes???
Bom DEMAIS.
Eu peguei o resto de turquesa que sobrou - mandei pintar a moldura de um espelho de penteadeira antiga - e resolvi tentar pintar uns vasinhos que estavam sobrando aqui, na casa da minha mãe.
Lixei - achei difícil - e passei uma demão de tinta com pincel. Ficou horrível, mas foi bom pra mim, meu bem. Tentei uma segunda , mas deixei pra olhar direito amanhã, com açúcar e com afeto.
Pintei uma outra de lilás - um resto da tinta de parede do meu quarto - também ficou nhém, mas amanhã é um novo dia, certo?
Sou uma mulher de fé, crianças, vai ficar lindo.
Pelo menos, foi divertido. E dá um frenesi, me lembrei do Oswaldo Montenegro, em pleno momentos surtis, pintando o apartamento todo: chão, piso,objetos. Ok, ficou feio pra burro, mas deve ter sido divertido....



21 setembro 2011

O Amor nos Tempos do Brega

Esse cara aqui substituiu Elvis no meu Olimpo de Homens Maravilhosos.
Em 1978 eu tinha dez anos, queria crescer e me apaixonar por alguém tão fantástico assim.
Anos depois, teria namorados e maridos que seriam péssimos dançarinos, e curiosamente, o namorado que mais gostei foi único que dançava bem e gostava disso.
O clipe aqui, maravilhosamente cafona, elegantamente brega, era meu sonho de consumo na época.
Divirtam-se.






@@@post publicado originalmente em novembro de 2010.

Agora, confesse, é possível tirar os olhos dele?

16 setembro 2011

A cadeira











Desde o ano passado estava indo frequentemente pra São Paulo, por conta dos setecentos e noventa e seis milhões de exames que tive que fazer com Ricardo, meu irmão ( arquiteto, lindo e meu doador).
Nessas idas ele me levava em bares, cafés, feiras, restaurantes, peças, coisa e tal. Um dos dias pedi pra gente procurar o Choque Cultural, sobre o qual o Daniel fala tanto. Ok, toca para a tal galeria de arte urbana.
O bicho estava fechado, no meio da frustração, vimos uma loja absolutamente INCRÍVEL na esquina e demos uma entradinha básica.
Eu não conhecia a Maria Jovem, mas só posso dizer que é uma cooooisa.
As peças vintage são recuperadas à perfeição e vendidas. A proprietária falou que o forte mesmo são os alugueis para eventos, filmagens, tal. Eu surtei com a geladeira azul calcinha e o olho de lince do Ricardo foi em uma cadeira Barcelona enconstadinha em um canto.
Tentando se passar por João-sem-braço, perguntou:
- e o preço daquela cadeira ali?
(Sentiram, né? aquela cadeira, nem sei como não disse cadeirinha, no maior desprezo)
A mulher devolveu:

_ Aquela Barceloooooona...? (você-pensa-que-não-sei-o-que-estou-vendendo-mané?).

Falou lá um preço que não me lembro, seria algo parecido com MUITOCAROPRAVOCÊFIA. Estaria nessa faixa.

Ele aquiesceu e continuamos olhando as coisas por um tempo. Depois saimos, fomos para a padaria Bella Paulista, apesar de não ser madrugada - o horário mais bacana que ele me levou lá.
Agora, nessa minha fase-lixeira, como diz meu pai, meu desejo não é comprar por um preço alto. Não, não. Meu desejo é garimpar e transformar. Acho que isso dá mais personalidade, é mais divertido e, ahá!, cabe no meu bolso.

13 setembro 2011

"ah, coração leviano.."






Faz um tempo que ando nessa febre craft, quem vem aqui sabe. Quem já me lia, estranhou, quem me conheceu agora, conheceu assim, afinal, "ah, essa moça tá diferente, já não me conhece mais, está pra lá de pra frente, tá me passando pra trás..", ai, gente, tô musical hoje: ou vocês não viram o Paulinho da Viola no título? Então.
Voltando.
Ando com essa febre que é absolutamente terapêutica. Preciso domar a ansiedade que me acomete - claro, não sou de ferro, depois da cirurgia, rola ansiedade e da braba - e que se torna ainda maior, dado que estou afastada do trabalho ainda por um tempinho.
Então, com a rotina do avesso, com medicação, médicos, etc e tal, só me resta achar uma tábua de salvação.
E achei. Hobbys. Fazer coisas, DIY.
Primeiro fiz uma aulinha - furreba, aliás - de bijoux, comprei uns apetrechos e fiz tudo em um dia. Adorei, mas tem uns poréns: as peças são caras, preciso aumentar o grau do óculos - véia master - e tremo por conta dos remédios. Meio patético, mas, enfim...(cena da Vivien apertando o zoinho e tremendo pra apertar o alicate)
Quando puder, vou comprar mais badulaques e fazer mais badulaques.
Ai resolvi me jogar no pano, nas agulhas, nas fofurices em geral. Ah, gente, ideia de gênio.
Fui em uma loja super simpática perto da casa da minha mãe, a Paninhos & Afins e marquei uma aula com a Letícia.
Gente, recomendo, mas recomendo muiiiiito. A loja é uma graça, os tecidos são enlouquecedores, os produtos bacanas e a Leticia é uma fofa. Além de arteira é geek, olha a minha sorte! Porque é muito maneiro encontrar alguém com quem conversar sobre coisas cute e sobre Jornada nas Estrelas.
Fiz a aula ontem, voltei pra casa e continuei surtada na produção de corações e maçãs de tecido. Hoje continuei, toda feliz com minhas agulhas.
As obras primas vocês vão ver em breve, não consegui colocar as fotos hoje, os meus corações tortinhos e desengonçados. Minha mãe teve a audácia de dizer que um estava parecendo uma galinha :"vamos colocar um biquinho aqui, ó, vai ficar legal", disse a desalmada.
O coração de ontem, menos torto, foi finalizado por ela. Mas acho que vou vencer os tecidos e as agulhas. Hoje eles jã estão menos tortuosos e caminhando rumo a uma cara convincente.
Eu achei absolutamente relaxante e divertido, vou voltar na segunda e me atirar no fuxico. Já viram quanta coisa dá pra fazer com fuxico, gente? Um escândalo de coisas. Caminho de mesa, detalhe de blusa, pitada de amor para o abajour, porta moeda, ah, um mar de coisas.
Atenção, amigos e amigas, preparem-se pra ganhar bichos de tecido, bolsinhas com fuxico e tudo o mais que eu puder fazer.
"Está pensando a mesma coisa que eu, Pink?"

11 setembro 2011

Me jogo: Moqueca



(foto capturada da internet)


Se tem uma coisa que é praticamente ridícula de fazer e sempre, sempre, forever young faz sucesso é moqueca.
O prato é apenas montagem, qualquer criança de quatro anos faz, com um pé pra cima e um braço atado nas costas, juro procês.
Eu gosto de fazer para meus amigos por esse motivo, associado ao fato de que é um dos meus pratos favoritos e tendo em vista que tenho aquelas panelas de barro maravilhosas que ganhei dos meus pais em Cabo frio. Luxo, gente, luooooxo.
Eu tenho um fraco por pratos únicos e caldalosos, como feijoada, bacalhoada ou caldeirada ( logo jogo umas receitinhas básicas aqui), se for puxada na pimenta, ai, jisuis.
Vamos a receita:



Moqueca



1 kg de peixe ( eu gosto de usar filé, não curto posta. Pode ser abadejo, merluza ou outro)
três tomates grandes
duas cebolas grandes
um pimentão amarelo
um pimentão verde
sal
cheiro verde
pimenta ( escolha a sua favorita e baubau)
azeite lindão
duas garrafinhas de leite de côco


Modo de fazer



Em uma panela grande ( de preferência aquelas pretas de barro) passe fios de azeite de oliva ( não uso dendê), forre com camadas alternadas: pimentões, tomates, peixe, cebola....volte e repita.

Entre as camadas coloque sal a gosto, azeite com amor e fartura, cheiro verde e pimenta ( essa última vai depender dos seus nervos de aço, eu gosto picante mesmo, mesmo)


Tampe a panela, depois da última recarga de azeite e esqueça. Lembre do seu prato uma meia hora depois. Deve dar, nunca marco direitinho, olha, dá uma espetadela no peixe, se estiver cozidinho, cheirosinho, pronto pra fazer alguém gemer sem sentir dor, mande brasa e coloque o leite de côco, sem piedade.
Deixe no fogo mais um tempo, prove e veja se está bom de sal, salpique mais um cheiro verde de leve.

Sirva com arroz branco. E é só alegria.

05 setembro 2011

Pela ampla defesa das bolinhas












Eu já comentei aqui com vocês, mas vou falar de novo, meio histérica: faz dois meses
que não volto para minha casa.
Quem vem por aqui sabe que fiz um transplante renal, contei algumas das agruras em outros posts, que está vindo pela primeira vez fica apresentado agora: "rim novo, leitor, leitor, rim novo".
Nesse tempo fiquei no hospital ( calafrio), passei para o apartamento do meu irmão em São Paulo e agora estou na casa da minha mãe, em Campinas.
Ainda não posso voltar para casa, ainda não posso subir escadas e preciso doar dois gatinhos que tenho: por conta dos imunossupressores, nada de gatos.
Dada esse introdução, quero que vocês imaginem comigo, como vive uma criatura que ainda não pode dirigir, adora sua casa e está há dois gigantescos, imensos, intoleráveis meses sem dormir no próprio quarto ou entrar na própria cozinha?
Respondo para vocês: planejando.
Riam, podem rir, é meio loser mesmo...mas acordo e durmo pensando nas mudanças que farei na minha linda, maravilhosa e pequena casa.
A bola da vez é....a bolinha.
Vou me jogar no vermelho com pois branco na cozinha, até ficar vendo bolinhas m tudo, no melhor estilo Anne Taintor ( a artista plástica que brinca com gravuras vintage, acrescentando frases irônicas), com sorriso colado no rosto.
O plano inicial é: contact vermelho para a geladeira - colocado pela Frou, super contacteira - cortinas vermelhas de pois, avental, luvas, bule, canecas (hiperventilando)...e pratos!...e coisas fofas!..e...e..bolinhas ao léu.
Tudo isso com quadrinhos incríveis de gravuras Anne Taintor, que mostrarei com mais apuro outra hora.
Agora me digam, dá pra ser mais feliz do que assim, em um mundo de bolinhas?

03 setembro 2011

Natália Klein e o retrô





Claro que vocês já devem ter se deliciado com Adorável Psicose na tv.
A série tem um texto perfeito, engraçadíssimo e uma interpretação realmente adorável da própria autora.
Eu sempre penso em vários blogs que dariam boas séries, o meu por exemplo.;0)
(Momento cara de pau, nem noção)
O caso é que esse blog, Adorável Psicose, funcionou muito bem na tv. Os personagens sao incríveis, o texto é hilário.
Parte do tempo Natália passa na terapia, onde - vestindo suas habituais roupas de pin up - destila seu humor ferino e troca ironias com a dra. Frida, a terapeuta.
O tema relacionamentos é frequente, e por isso, podemos observar o cafonérrimo Cara-de-Bigode - que nunca foi nomeado e é exaustivamente chamado dessa forma - dando as cantadas mais horrorosas e caprichando no visual taxista.
Uma coisa que me chama a atenção, entre uma gargalhada e outra, é a decoração da casa da personagem.
Vai ao encontro do seu personalissimo estilo pin up - que eu adoro - e capricha na brincadeira retrô. As cores são muitas e são fortes, as peças tem uma boa mistureba charmosa, o armário eu vou imitar....até os puxadores ( em formato de rosinha, como andou saindo muito nas revistas de decoração) estão lá, lindos e loiros.
E se alguém me der uma escrivaninha turqueza como o dela, juro, terá meu amor eterno.

01 setembro 2011

A delicadeza alemã e o shabby chic










Descobri que navegar por blogs decór alemães é uma experiência ímpar. Eles tem uma percepção da leveza muito idiossincrática e inebriante.
O branco predomina, as cores fortes do Color Blocking que vem tomando conta dos blogs norte americanos e brasileiros, não tem muito eco por lá. Para os alemães a cor está focada no creme, branco, perolado.
Tudo imerso em uma atmosfera shabby chic com fortes tons vintage. Eu achei muito poético.
Aqui na minha lista de blogs tem vários que são incríveis, te convido a se jogar por lá.