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16 setembro 2011

A cadeira











Desde o ano passado estava indo frequentemente pra São Paulo, por conta dos setecentos e noventa e seis milhões de exames que tive que fazer com Ricardo, meu irmão ( arquiteto, lindo e meu doador).
Nessas idas ele me levava em bares, cafés, feiras, restaurantes, peças, coisa e tal. Um dos dias pedi pra gente procurar o Choque Cultural, sobre o qual o Daniel fala tanto. Ok, toca para a tal galeria de arte urbana.
O bicho estava fechado, no meio da frustração, vimos uma loja absolutamente INCRÍVEL na esquina e demos uma entradinha básica.
Eu não conhecia a Maria Jovem, mas só posso dizer que é uma cooooisa.
As peças vintage são recuperadas à perfeição e vendidas. A proprietária falou que o forte mesmo são os alugueis para eventos, filmagens, tal. Eu surtei com a geladeira azul calcinha e o olho de lince do Ricardo foi em uma cadeira Barcelona enconstadinha em um canto.
Tentando se passar por João-sem-braço, perguntou:
- e o preço daquela cadeira ali?
(Sentiram, né? aquela cadeira, nem sei como não disse cadeirinha, no maior desprezo)
A mulher devolveu:

_ Aquela Barceloooooona...? (você-pensa-que-não-sei-o-que-estou-vendendo-mané?).

Falou lá um preço que não me lembro, seria algo parecido com MUITOCAROPRAVOCÊFIA. Estaria nessa faixa.

Ele aquiesceu e continuamos olhando as coisas por um tempo. Depois saimos, fomos para a padaria Bella Paulista, apesar de não ser madrugada - o horário mais bacana que ele me levou lá.
Agora, nessa minha fase-lixeira, como diz meu pai, meu desejo não é comprar por um preço alto. Não, não. Meu desejo é garimpar e transformar. Acho que isso dá mais personalidade, é mais divertido e, ahá!, cabe no meu bolso.