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26 agosto 2011

Mulheres de seis anos?


















Há pouco tempo li algo que me deixou pasma. Estão sendo produzidos e comercializados pequenos soutiens com bojo (!!!) para serem usados por meninas de seis anos.
Vi uma maluca na tv, nem sei em qual programa da gbt, falando sobre os tecidos "lúdicos" que elas colocam nesses produtos.
Eu sempre olhei com surpresa ( e uma dose de horror) para as pessoas que parecem querem transformar em mulheres, meninas cada vez mais jovens. Aliás, essa hiper exposição a uma imagem sexual antecipada vem antecipando até mesmo a menstruação dessas garotas, que se pintam, usam saltos ( e prejudicam a coluna), pintam os cabelos e fazem festas de aniversário em salões de beleza.
De forma alguma estou criticando a vaidade. Entretanto, há um grande abismo entre ser vaidosa e ser uma criança-monstro, nos moldes daqueles concursos horrorosos tão queridos pelos sulistas norte-americanos: miss mirim.
Existe algo mais assustador do que aquelas meninas maquiadas como travestis, sorriso amarelo colado no rosto, postura artificial e mães histéricas? Provavelmente, não.
Há que se preocupar com o que se coloca na mente dessas meninas, que tipo de imagem feminina estereotipada se configura, que tipo de valores se estruturam.
Mas para ver isso com um olhar critico, curioso e idiossincrático, assista Pequena Miss Sunshine, perfeito e absolutamente immperdível.






22 março 2011

As garotas super poderosas


No começo do blog eu sempre dava um toque sobre quem eu estava lendo no momento, porque os blogs, como os livros e os filmes, tem um "momento ternura plus" pra mim, em outras palavras, tem momentos que leio loucamente um autor ou vejo sistematicamente um diretor. Isso vale para os blogs.

Quem são as feras do momento? Você já deve conhecer, mas caso ainda não tenha ido, voe para lá.


A Lola sempre me faz refletir sobre tudo, aliás, me faz repensar tudo, o que é ótimo.


A Katita me inspira na cozinha: a mulher é uma maga!


E falando em magas....quem ainda não leu a Hazel, não sabe o que está perdendo.


Eu já usei os livros didáticos da Maria Frô, agora, "uso" o sempre plugado blog.



E tem a Rita, né? Como não ler a Rita, gente?


Quem eu torço para que escreva mais é a Karen, que é tão talentosa no teclado, quanto na câmera...e ainda pilota um fogão mágico.


Pra terminar, minha cantora favorita: Tati, a maluca.



Queridos, corram pra essas meninas! A pluralidade feminina é infinita.

Histeria coletiva





Vamos ser francos....algumas imagens não são assustadoras?

17 março 2011

A Mulher Desiludida de Simone de Beauvoir (1/3)























Queridos amigos, tenho passado um tempo considerável off line. Nada de twitter - que adoro - , pouco de facebook - que adoro mais aidna - e praticamente uma não-blogueira no meu próprio blog. Isso vai mudar nos próximos tempos e até lá, espero que vocês ainda tenham paciência de aparecerem aqui.;0)
Nos últimos temps li coisas interessantes: vou comentá-las uma a uma, com a atenção que merecem.
Mas começo pelo fim. O último livro lido foi A Mulher Desiludida, da super Beauvoir. Como são três contos de grande impacto, contos que dariam livros absurdamente incriveis, optei por falar separadamente sobre eles.
O que os une? São histórias de mulheres em diferentes momentos da vida, mas tão claramente próximas que seria difícil não ver a si mesma, ver uma amiga, ver uma pessoa da família ali. Somos todas nos, de certa forma.
A primeira é uma professora universitária que se dá conta de que está envelhecendo. Seu corpo a envergonha, sua vida parece sem sentido, sua obra parece ter perdido o frescor reflexivo, afinal, apesar da suavidade com que os amigos apontam isso, seu último livro deixa a desejar, repete reflexões já feitas e - assim como a autora - envelheceu.
Seu filho não só desiste da carreira acadêmica - afastando-se, portanto, do universo dos pais - como ruma ao encontro de trabalhos vinculados ao governo francês. Ela, comunista convicta, vê o filho como arrivista, traidor, dominado pela jovem e patricinhesca mulher. Ela pira, briga e rompe com o filho. Insiste em dizer que ele não tem ética e acaba por revelar para si mesma que ele se afastava do modelo que ela pretendia criar, do homem que ela desejava que ele fosse.
Em um interessante paralelo, essa mulher encontra a sogra. Esta, por sua vez, vive uma velhice especial, como diz o filho, "nunca se aborrece", lê muito, ouve rádio, não vê tv, vai a reuniões na célula do partido.
Chama carinhosamente a nora de "minha criancinha" e esta reflete que a vê da mesma forma, mesmo tendo a conhecido com 45 ans e hoje ela ser uma mulher idosa: era como se ela sempre o tivesse sido. Como se fosse a mesma velha, ainda que tivesse 45 anos.
O conto acaba ainda sem a reconciliação da protagonista com o filho, acaba com seua relação "envelhecida" com o marido e com sua angústia diante da repetição de sua obra, que recebe críticas ruins. Acaba no meio da crise e não é dado ao leitor ou leitora uma possibilidade de fim.
A primeira mulher desiludida é essa, eu eu a vi em muitas mulheres.