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21 fevereiro 2011

Deus mora nos detalhes

Minha política sempre foi escolher prioridades: fazer a vida ser um prazer e não uma obrigação, uma lista de afazeres repetidos.
Minha teoria agora é das "coisas legais". Faço "coisas legais" pra mim, sempre, todo dia. Pode ser um sorvete, uma soneca em um horário quase proibido pelo capitalismo visceral, pode ser ler com os pés pra cima, assistir novela ou mandar emails para amigos queridos.
A pergunta é: Vivinha, o que você fez de LEGAL pra você mesma hoje?;0)

01 novembro 2010

O meu país tem uma mulher presidente























"E cada pai e mãe olhe agora nos olhos de suas filhas e diga: a mulher pode".

( Dilme Roussef)



E fica a dica pára quem quer ler sobre preconceito e machismo nessa campanha histórica: aqui e aqui.

01 março 2010

Bizarre love triangle


Faz alguns meses, fui em uma dessas festas anos 80. Foi uma festa na casa de uma amiga muito querida, com quem comecei a jogar RPG.
Foi divertida, dançante demais. Eu gosto em especial dessas festas porque na década de 80 especificamente, quando eu era adolescente, não ia a nenhum lugar pra dançar. Todos esses lugares, aqui em Campinas, eram abarrotados de mauricinhos tenebrosos e patricinhas absurdas. Se hoje, que sou muito mais tolerante, isso ainda me irrita, na época, era absolutamente intragável.
Nesse tipo de festa, cada música que toca me joga em uma situação específica: uma saída bacana, uma viagem maluca, um namorado, uma paixaozinha básica.
Na festa da R., em um determinado momento, ela serviu um bolinho chamado Madeleine.
Explico: quando eles fizeram uma disciplina com o Marco Aurélio Garcia - ele de novo nesse blog...- leram um livro de Proust em que o personagem comia as tais madeleines e evocava lembranças agradáveis, de uma nostalgia gostosa. Eu não li, tô vendendo o peixe pelo preço que comprei.
Quando R. e o marido estiveram pela última vez na França - uia que chique - compraram os tais bolinhos em um supermercado e os trouxeram.
Assim, a festa parou, R. explicou e distribuiu os tais bolinhos.
Todo mundo, ritualisticamente, comeu e suspirou, esperando as lembranças docemente nostálgicas. Quando começou a tocar Bizarre love triangle, eu tive que sorrir, a tal música me remete automaticamente pra 1989, quando eu tive a maior paixão da minha vida. Que me tirou o chão. Achei um "sinal". ( Tudo eu acho que é um sinal....rs)
Em um post bem bacana, Rafael argumentou que quem tem saudades dos anos 80 não tem saudades da época, mas de si mesmo. Acho que acertou completamente.
Eu tenho saudades de mim.


****post originalmente publicado em outubro de 2006.

24 outubro 2009

O passado bate a sua porta






Ok, ok, um dia, beeeem distante, beeeem distante mesmo, pode até ser que eu tenha gostado - um pouco - de carnaval. E aí ficou esse registro: vestida de marinheira em Caxias, eu mereço, eu mereço.
Mas, me digam, não parece uma propaganda de coca-cola? Ah, esses terríveis anos 70..

07 junho 2009

Eu e meu aniversário






Sexta foi o dia encontrado pra comemorar meu aniversário à noite.
Na segunda, dia em que fiz 41 anos, saí pra almoçar com minha mãe, Daniel e Solange, uma amiga queridíssima, de quem já falei aqui.
Na noite de segunda, comemos umas pizzas com meu tio e minhas primas e na sexta, saí com uma prima e algumas amigas.
O lugar escolhido foi a Apô, uma boate aqui da cidade. Como eu sou totalmente não-balada - inclusive torço o nariz pra essa expressão - explico porque escolhi esse lugar.
Quando me mudei para Campinas, em meados de 80, essa boate fervia. Obviamente eu não ia, pois tinha aversão patológica a qualquer coisa que pertencesse a mauricinhos e patricinhas.
Os anos se passaram e a tal boate mudou de lugar e de público. Ou melhor, continuou com o mesmo público...mais velho e modificado.
Eu não sou mais a militante com tênis furado e bottons, definitivamente, ainda detesto pessoas fúteis, mas acredito que aja outra coisa ali.
Adultos que querem sair e não topam tropeçar com adolescentes bêbados em todos os bares, por exemplo.
E, gente, adoro música anos 80, fazer o quê, adoro.
Me diverti muito, minhas amigas também. Desde o simpático sushi da entrada, até a despedida pra pegar o táxi, tudo foi bacana.
Quem estiver por aqui, recomendo: Apô para os maiores de 30, com certeza.
(Isso não vale pra Kidult e Cangurus, claro, quem tem 30 e acha que tem 20....pode continuar nas mesmas...ãh..."baladas".;0)
Beijos.

24 maio 2009

01 de junho de 1968



Eu adoro fazer aniversário. Já comemorei de diversas formas, em bares, indo pra São Paulo com o então namorado, cozinhando, fazendo festa com dj e show de dança do ventre. Há algum tempo descobri que o lance, pra mim, é comemorar em etapas: sem misturar tribos, como eu disse pra Clélia. Assim posso dar atenção e curtir os diferentes amigos, sem stress. Nada pior do que mesa de bar onde as pessoas não se conhecem, não tem afinidades e tem que puxar papo...parece que o papo bom sempre está laaaaa do outro lado da tal mesa.
Essa forma me deixa também esticar o prazer desse dia.
Ano que vem pretendo fazer uma mega festa, afinal, quarenta anos tem de ser comemorado.Ai vou querer misturar muitas tribos, inclusive amigos aqui do blog. Crianças, vão ensaiando, porque todo mundo vai ter que dançar até o sol raiar
Nessa foto aqui falta o Ricardo, mas ele vai ter outras pra compensar.
Esses aniversários - como os da foto - eram feitos na casa da minha avó e juntavam toda a molecada da família. E era uma delícia.
Taí gente, há 39 anos, no dia 01 de junho, eu era um bebê.



**** publiquei esse texto quando ia fazer 39. Fiz 40 e a sonhada festa não rolou. Paciência, outra hora rola. O fato é que na segunda feira farei 41.
Claro que essa semana será a "semana clássica do balanço" ( fiz isso, não fiz aquilo, ainda falta isso, etc).
Continuo com o hábito de comemorar por etapas e vou contar depois como foi.
Ontem, passeando com a minha vira-latas Renildes, pensei como o final de semana foi bacana, como meu filho é demais e como moro em um lugar que adoro.
Depois disso, fiz uma lista - gigante - de mil coisas que quero fazer e ter.
Vamos a elas, torçam por mim.
Beijos.

04 março 2009

Corujas de todo o mundo, uni-vos!





Algumas vezes acho que falo muito do meu filho por aqui, mas é compreensível, venho que uma longa linhagem de corujas.
Saca só o olhar completamente corujal da minha mãe para mim, no batizado do Ricardo ( meu irmão arquiteto e lindo) em 1972.
Quem disse que uma imagem diz mais do que mil palavras, acertou em cheio.

29 janeiro 2009

Estrelinhas









Apesar de gostar de cozinhar, como comentei com vocês, nunca havia assado um peru, nunca tinha sido tão protagonista da noite de natal.
Pois bem, com a ajuda da Fer, que me teleguiou com vários e atenciosos emails....produzi minha obra prima natalina: meu peru!
Ficou deliciosamente tenro e úmido( porque fui religiosa em regá-lo com azeite de vinte em vinte minutos, com os cuidados de uma mãe) bem recheado e ladeado por estrelinhas de carambola.
Pensei em fazer um recheio com provolone, como havia visto por aí,mas minha gurua culinária achou que pudesse ficar meio chicletento, então desisti: fiz uma farofa caprichada e mandei bala.
Junto com ele, e devidamente enfeitada com estrelinhas de carambola e tomatinhos cereja, fiz uma salada de frango defumado e abacaxi, que já virou uma pedida certa na ceia.
Adorei, crianças.
Depois conto mais, beijos.


22 dezembro 2008

Feliz natal em 2008, queridos

Queridos amigos e leitores, amanhã Daniel faz 16 anos e depois de amanhã é natal. São duas datas deliciosas, queridas e importantes.
Então quando as palavras escritas se tornam pouco pra expressar o que rola dentro da mente e do coração de alguém, só nos resta correr pra música, que sempre tem esse poder.
Então, pra vocês, o Rei.
Beijos e feliz Natal.






17 julho 2008

Dançando na chuva

















Muito raramente saio para dançar aqui em Campinas. Primeiro, porque tenho aflição de lugar cheio, depois porque simplesmente deteeeesto música eletrônica, que com raras exceções, predominam na noite. Gosto do Barril da Máfia, por exemplo, onde sempre tem uma boa banda com black music e o clima é bem bacana. Mas o outro problema é que acabo me sentindo a tia do lugar, praticamente tenho vontade de sentar todo mundo e começar a dar aulas. Eu sei, um horror.
O caso é que alguns amigos descobriram um lugar ótimo, onde há um dia de flash back - sim ,queridos, a tia aqui curte um flash back, fazer o quê..- e por esses dias, fomos experimentar.
Eu gostei. Me diverti horrores, dancei, fofoquei, encontrei outros amigos por lá - os tios de Campinas agora tem endereço certo, pelo visto.
O engraçado é que quando eu era adolescente não saia pra esse tipo de lugar, não por desgostar da música ou implicar com multidões, mas simplesmente porque eu era um esboço de revolucionária com tênis furado e unhas sem esmalte. Já disse e repito, a perua que habita em mim não conhece essa garota anos 80...
Mas como dizem que as células se renovam a cada sete anos, creio que os anos que me separam da antiga Vivinha construiram uma outra, que ainda olha com carinho pra essa garota do passado, mas definitivamente, ama a mulher do presente.
Beijocas, queridos e vamos dançar.

02 janeiro 2008

feliz ano novo












Qualquer pessoa que me conheça há algum tempo,sabe que adoro o Ano Novo.É o meu dia predileto do ano,é algo que espero com ansiedade e que curtia a cada minuto.
Eu sempre adorei,sempre me senti tão feliz,tão cheia de esperança,de força,de planos.
Gostava de passar essa festa com família da minha mãe no Rio.Nos último três anos eles optaram por passar em uma casa de praia perto de Búzios. Legal,né?
Pelo menos pra eles.Obviamente não fui mais.Digamos que ficar dentro de uma casa - com todos no sol,na praia - ficar impedida de fazer quase tudo por apenas uma noite de festa não chega a ser meu ideal de felicidade.
O engraçado é que quando minha mãe disse que não dava pra eu ir por causa do sol - sou lúpica,aquela merda toda - todo mundo ignorou as horas torrando no carro,a impossibilidade de ir a praia com todos e ainda ouvi piadinhas porque
" a festa era durante a noite,ora,hahahah".Incrível como conheço pessoas engraçadas.
Não fiz nada no ano passado,após uma demissão,tive pouca força pra curtir o meu dia favorito.Mas eu tentei fazer isso esse ano.
Tentei - e acho até que consegui - aprender muito com as dificuldades (de saúde,fincanceiras,profissionais e emocionais) que passei esse ano.Acho mesmo que aprendi.Por isso,por ter achado que de alguma forma eu havia aprendido uma porra qualquer,esperei que esse ano fosse começar bem.Arrumei a casa,cozinhei com cuidado,essas coisas.
Não vou chatear vocês com detalhes chatos,só quero dizer que passei o ano novo,toda arrumada,como uma idiota,sentada na praça do meu condomínio,vendo os fogos.
Sozinha,mas sozinha mesmo.Sentindo inveja das pessoas que se abraçavam, tiravam fotos.A única coisa que consegui fazer foi chorar e pensar que eu sinceramente não consigo ter forças pra me animar,é completamente patético que eu mesma tenha que fazer isso comigo mesma.
É completamente deprimente que,após um ano tão difícil, onde consegui até perder até a bosta do carro,EU tenha que me consolar.
Por isso eu vou dar um tempinho aqui.Porque além de tudo,estou sem vontade de escrever no blog,que foi uma das únicas coisas que realmente fiz com prazer nessa bosta de 2007.
Mas eu volto.
Beijo.

07 dezembro 2007

Carnivália





















Eu estava lendo a Andrea,como faço todo dia,e vejo comentários sobre uma maluca que vai ser madrinha de bateria,essas paradas aí.
Como eu disse na caixa de comentário da Andrea, acho carnaval um saco,uma bosta. Me enfio em casa com milhões de dvds e livros e ninguém me tira dali nem à forceps.
Nem o Reynaldo Gianechinni.Bom,mentira,ele tirava.Ai, ai.
Voltando ao papo,me lembrei de um ano que estava no Rio e fui ver ensaio de escola de samba.Queria ver da Grande Rio,óbvio, porque morei em Caxias. Mas como boa pobretona que sou, claro que fui na Zona Sul,ver gente chiquérrima bêbada. Queridos,nunca percam a oportunidade de ver seu ídolo dando baixaria.
Bom,ídolo meu não tinha.Vi uns globais de segunda linha -pessoas, aquela ex-Ronaldinho, a Suzana Verner,é o ser humano mais lindo do mundo, juro por Deus -
se eu tivesse aquela cara e aquela bunda,passava o dia inteiro no espelho, me mandando beijos.
Enfim, o povo bebe que é uma coisa.E eu me entedio facilmente com as coisas,já disse isso. No começo, até gostei: nunca tinha ido, novidade, sambas antigos, bklablalaba.Pouco tempo depois, eu queria era dormir.Eu queria uma caminha, só isso, e aquele barulho,aquela multidão,eu estava achando tudo um horror.
Eu estava de carona.Cristo, eu escrevi na minha listinha "nunca mais sair de carona com notívagos".Junto com algumas primas, sentei no chão, ao lado da saída vip.Foi um show. Neguinho famoso saia arrastado por amigos, os pezinhos no chão, uma barbaridade. Um deles - qual é o nome mesmo?? - voltava, abraçava o porteiro, beijava, voltava. E eu lá, sentada, me odiando por não ter uma máquina e ganhar uma grana como paparazzi por uma noite.
Minha prima apontava:
- olha só aquele fortão..."bola" todo dia, aposto.Se espetassem um alfinete, fiiiuuuuu.....(imitando uma boa esvaziando)
Quando o resto dos meus primos decidui ir embora,eu já tinha visto metado da Globo passar vomitando. E por que raios eu não tinha uma máquina?
Terminamos a madrugada no Bob´s, ao lado do Carlinhos de Jesus.

10 outubro 2007

Imperdível









Recebi um email do meu sindicato ontem e corri pra lá: a tradicional festa dos professores vai contar com a presença do grupo Bons Tempos, de quem sou fã há muitos anos.Os caras são absurdamente talentosos, com um repertório maravilhoso com sambas antigos misturados com caras como João Bosco e Chico Buarque.
Há poucos fizeram uma turnê com um show inteiramente dedicado a Ary Barroso, que vi aqui em Campinas e no Rio, onde levei primos pra se tornarem também fãs.
Fui pegar os convites, feliz da minha vida. Gosto do Bons Tempos desde a época da graduação,como já disse, tenho a sorte de viver em uma cidade deliciosamente musical.
Um dia, há anos, quando eu ainda não tinha adotado a fanta laranja como lema de vida, encontrei um dos integrantes em um bar aqui da cidade. Era o show do Moreno Veloso e eu estava toda alegrinha com meus choppinhos. Aí vocês sabem, chopp e vergonha não andam de mãos dadas, fui lá na maior cara dura, dizer que adorava as músicas deles e essas coisas imbecis que nós, fãs, fazemos.Esse integrante dos Bons tempos até hoje me chama de Lilith,de sacanagem, pois esse era o email que eu usava na época.
Morro de vergonha dessas coisas.Eu fui lá toda retardada.... Nesse dia até corrigi meu nome quando Moreno Veloso autografou o cd,olha que ridiculinha, gente."é com E...VIVIEEEEN...". A questão é que o Moreno Veloso eu nunca mais vou ver na minha vida e o povo dos Bons Tempos eu vejo e penso: "será que ele ainda me acha uma idiota?". Espero que não, pois continuamos a conversar por esses anos.
Tenho certeza que a festa dos professores será ótima: quem estiver na reginão, for professor ou amigo(a), namorado(a), qualquer coisa de um professor, pegue o convite e vá ao show.Vai adorar, prometo.
Eu gosto dessa festa anual. Quem já trabalha há tantos anos nas escolas particulares da região, como eu, encontra um monte de gente, amigos e desafestos, ex-amigos e ex-desafetos. É sempre divertido.
Depois eu conto.
Outro integrante é dono do Deck, um bar pra lá de charmoso em Souzas, parada obrigatória pra quem vem por aqui. Eu sugiro o creme de siri, que pelamor , é de chorar de tão gostoso.
Bom, queridos, escutem aqui esse povo bom demais.

27 agosto 2007

A festa do Ricardo


A festa de formatura do Ricardo conseguiu trazer pra Campinas uma leva de tios, tias e primos do Rio. Todo mundo na maior animação, querendo mesmo comemorar com ele.
A festa teve duas etapas: um jantar em um dia e a super festa em outro. Eu, como irmã predileta, fui nas duas, obviamente.
Na segunda era aquele esquema que tem as formaturas atualmente,com aqueles shows meio over, mas muito divertidos.
Nossas mesas, animadíssimas, eram comandadas por um tio que articulava:
- Olha só, na entrada dele a gente tem que fazer mais barulho que os outros, viu? Nossa mesa tem que ganhar....entenderam? Todo mundo grita...e balança esse guardanapo...todo mundo de guardanapo na mão!!!
Os anos de sindicalista deram a ele essa mania de organizar: e funcionou, a mesa toda abanou o tal guardanapo, na maior tietagem:
ricardooo!!! ricaaaaaardo!!!
De resto, o que posso dizer é que me diverti horrores: dancei a noite toda, enchi a cara de coca cola e guaraná, conversei com minhas primas.
Uma delas, alma gêmea do Ricardo e também arquiteta, é uma das meninas com mais classe que já vi, consegue ter classe até pra cantar funk....eu me divirto em imita-la: olhar de lady, voz suave..."quer dançar, quer dançar..o tigrão vai te ensinar..."
O que posso dizer é isso, foi bom, foi divertido.

24 agosto 2007

A festa - começando pelo fim







Hoje minha mãe me pediu pra contar como foi a festa de formatura do Ricardo, meu irmão, que é arquiteto e lindo.
Então vamos fazer assim, começo pelo fim.
Na época, há uns seis anos, eu estava no meu segundo casamento.Bom, o primeiro foi casamento, com papel , juiz e festa, mas o segundo não foi assim casameeento. Foi um juntamento que não deu certo. Mas isso eu conto depois.
Meu segundo marido não queria ir na festa, na mega festa que eu estava louca pra ir, porque aquela flor não gosta de sair de casa. Paciência.Fui lá me embonecar no salão e pra mostrar que não estava chateada - mentira, estava sim...- comprei um perfume pro meu amor de então. Embrulhei, escrevi bilhetinho e coloquei em cima do seu travesseiro.
Não é que o cidadão deixou o tal presente em cima de uma cômoda, sem abrir nem o tal bilhetinho em que eu tinha colocado uma poesia da Florbela Espanca e tudo? E ainda me disse que não sabia pra quem era....cristo: um presente em cima de uma cama de casal, em cima do seu travesseiro, pra quem é, gênio???!!!
Então fomos lá pra tal festa, que vi ser tema do próximo post.
Voltamos de van, pra todo mundo relaxar e quem quisesse beber, não arriscar a vida de ninguém. Beleza.
Na volta, tarde, pedi pra uma de minhas tias pra abrir o zíper do meu vestido, pois o tal marido estaria dormindo e eu ficaria toda torta pra fazer isso. Beleza.
Mas...como ele deixou o portão trancado, tive que abaixar, destrancar, etc e tal.Com o zíper aberto, o vestindo abrindo e todo mundo fingindo que nada estava acontecendo.
E eu pensando: estou agachada aqui, abrindo o portão, meio pelada de madrugada, pode haver algo mais patético?
E todo mundo assobiando, normalíssimo.E a porcaria do portão duro de abrir me infernizando. E eu com sorrisinho amarelo de dar gosto.Abriu. Entrei e dormi o sono dos justos e das mulheres sem zíper.

Depois conto mais, bom final de semana a todos que passarem por aqui.

16 junho 2007

39 músicas (31)



Eu dancei lambada. Confesso. Aliás, pior do que isso, dancei bem e gostei. Vixe maria, como gostei. Não sei que porque esse modismo acabou, mas enquanto durou, no começo dos 90, eu dancei pra caramba.Eram fatais em todas as festas na graduação: o povo todo rebolava. Só não jogava o cabelão, porque na época era adepta do estilo curtíssimo. Mas adorava ser rodopiada por ali. Essa daqui quem se lembrou foi M., amigo queridíssimo que me abriga pra assistir Heroes em deliciosas maratonas. Ele fez todo mundo na mesa rir ao lembrar o nome da banda....Kaoma.

Nunca iria me lembrar sozinha, mas bastou ele falar pra todo mundo cantar: "choooooorando se foi....", morrendo de rir.

O único namorado que tive que realmente sabia dançar bem
( *suspiro*) foi esse que falei em um post abaixo. Confessa aí, você gostava de dançar também?

03 junho 2007

39 músicas (30)


Sábado tive de ir em uma Convenção da faculdade que trabalho.
O lado bom é encontrar amigos professores que trabalham em outras unidades, rever pessoas, conversar. Saber a quantas anda a instituição e seus planos, pra saber localizar meus próprios passos ali dentro.
Mas o bacana mesmo aconteceu na hora do almoço: uma surpresa brasileira e paulista - foi assim que o apresentador denominou, com razão - os Demônios da Garoa.
Claro que toda e qualquer seriedade que ainda estivesse presente ali, deu lugar pra uma alegria gostosa. O povo por lá dançou e cantou o tempo todo.
Fiquei na mesa papeando com meus amigos, até que em determinado momento, um amigo vira e diz de um jeito engraçado:
- Acho que estou sendo paquerado.
Eu olho e vejo uma senhora, um pouco rechonchuda, vestido vamp preto e umas cervejas na cabeça, sorrindo. Fez uns sinaizinhos estranhos, acho que era chamando- o pra dançar.Ou tentando fazer isso.
- Eu olhei pro lado, acho que é pra mim mesmo. Ih, hora de ir embora....
- Deixa ela vir aqui, dou uma bolsada da cabeça dela e ela pára.
Disse isso e abracei meu amigo, com cara de poucos amigos pra ela.
Rimos muito disso, cada amiga nossa que chegava, era um tal de contar a história e mostrar a "namorada" dele, toda rebolante.
Juro que ela ainda veio toda "mariposa' , como bem dizia Adoniran, mas teve que ir embora sozinha. Sem chance.
O show foi delicioso, ganhei o dia. Bem que essa fulana queria ter um olhar assim, mas não tinha....

13 maio 2007

39 músicas (20)


As festas de reveillon de minha família são memoráveis. Sempre me divirto muito, canto , danço o tempo todo. Geralmente contratamos uns músicos que são ótimos, vez ou outra, vai um dj. Mas a música é sempre deliciosa.
Provavelmente uma das mais divertidas tenha sido uma que fizemos à fantasia, onde todo mundo entrou no clima. E eu estava totalmente Janis, baby. Mas versão comportada, claro.

Quem fuçar no meu orkut vai achar a foto confirmando: eu estava até de peruca e óculos, incorporei a mulher.
****** Queridos, até segunda. Bom final de semana pra todos.********

30 março 2007

O beijo que não era de Klimt



Já que ando em uma fase nostálgica, nada mais justo do que contar
a - patética - experiência do meu primeiro beijo.


Então, vamos ao contexto. Eu já disse aqui que fui uma menina muito tímida, fui mesmo. Mas comecei meu processo de mudança com 12 anos.

Fiz alguns amigos e fui convidada pra minha primeira festinha: o bom e velho bailinho de garagem, com direito a música lenta e passinhos ensaiados. Ensaiadíssimos.

Ainda me lembro do erro de português do convite: " meninos trarão refrigente e meninas trazerão salgadinhos."

Juro que quase corrigi,mas não o fiz. Por um triz não banco a chata com dedo em riste, pronta pra corrigir tudo e todos.

Lá fui eu, de franjinha, me achando a dona da cocada preta. E não era difícil ser notada ali: o grupo de adolescentes era pequeno, todo mundo já tinha namorado todo mundo, a análise combinatória ali tinha "acabado". Uma menina nova era notada e competida ( velhos bons tempos...)

Me lembro de ver o garotão, no auge da maturidade dos seus 14 anos, encostado na janela, todo blasé, nem te ligo total. Achei lindo.GAMEI.(Engraçado como esqueci tanta coisa, mas esses amores nunca esqueci. Me lembro perfeitamente do seu sorriso, do som da sua voz e até das coisas que conversamos.
Até pouco tempo eu tinha uma pulseirinha - vagabundinha de tudo - que ele tinha me dado e que usei até ficar impraticável.Perdi em uma de minhas mudanças, infelizmente.)

Minutos depois ele me tirava pra dançar e sussurrava uma cantadinha no meu ouvido. E como eram ingênuas as cantadas de garotos de 14 anos em 1981!

Saímos de mãos dadas da festinha, observados pelos colegas que fofocavam furiosamente.

Nos encontramos no dia seguinte, na praça onde íamos . Ele foi comigo até em casa, de bicicleta. Eu tentava disfarçar a vergonha lancinante, falando como um papagaio surtado.

No portão, me despedi e ia entrar. Dessa vez, ele me puxou pelo braço:

- hoje você não vai entrar assim não...

Me abraçou e me beijou. Na boca. Eu o empurrei com as duas mãos e entrei correndo pra casa. Não foi andando rápido, foi correndo mesmo.

Minha prima estava lá, corremos pro meu quarto:

- Conta, conta!!! beijou??
- beijei. - tendo um ataque de riso.

- gostou?

- credo!!! ele colocou a língua na minha boca!!! que n-o-o-o-j-o!!!!!!!

Rimos muito. Muito.

No dia seguinte, já notei que , de nojento, o beijo não tinha nada. Aprendi como era gostoso.

E continuo beijando 23 anos depois.
E o primeiro beijo de vocês, como foi?

04 março 2007

Quem sabe ainda sou uma garotinha....


Pequena e jovem família nos anos 70.

Era aniversário do Rogério, meu irmão, comemorado no Rio, na casa de minha avó Góia.