Mostrando postagens com marcador restaurantes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador restaurantes. Mostrar todas as postagens

20 janeiro 2011

Ligações Perigosas, a peça


Passei quase todas as férias de molho: fiz uma cirurgia e tive que ficar sem dirigir, sem me mover muito, blá, blá. No finalzinho desse período fui pra São Paulo, por sorte, meu irmão Ricardo - que é arquiteto e lindo - também estava de férias e tivemos uma semana muito bacana.
Primeiro porque rodamos muito. Fizemos um mega tour nos mais diversos bairros, passando pelos descolados, atravessando os curva-de-rio e observando os chiquérrimos.
São Paulo é o lugar das diversas tribos, isso ficou mais claro do que nunca. Depedendo do recorte temático que você faz, a cidade muda junto, se torna outra.
Uma das coisas bacanas foi ver a peça Ligações Perigosas, para onde fui toda animadinha, já que adoro o livro e o filme homônimo. O livro é um romance epistolar onde a história pode ser rastreaada através das cartas trocadas entre os personagens. Toda a múltipla gama de códigos de conduta aparecem ali, de forma intrigante.
(Eu bem que adoraria falar sobre o filme, mas depois da Lola, bem dá. Leiam a crítica da Lola, como sempre, é fantástica.)
Ricardo foi comprar os ingressos e voltou feliz, tinha conseguido no gargarejo, na primeira fila mesmo. Disse:
- Vamos sentar tão perto que a Maria Fernanda Cândido vai cuspir na gente.
Pulamos de alegria.
A noite foi ótima. Fomos jantar em um restaurante árabe - uam das cozinhas que mais gosto - papeamos e fomos lá, ser cuspidos pela atriz.
A peça foi muito boa, mas Marat Descartes - isso é nome ou planfleto? - que interpretou o Marquês deixou a desejar. Eu, particularmente, achei canastrão.
Mas a Marquesa da Maria Fernanda Cândido é formidável.
A peça tem poucas possibilidades de errar, já que o texto é incrível.
E o final, me perdoem pelo spoiler - onde ela diz que vai esperar o que o que fim do século trará aos nobres...enquanto uma imagem da guilhotina se projeta na fundo é de uma deliciosa obviedade. Sim, caros, muitas vezes o óbvio é a melhor e mais franca opção.

05 agosto 2010

Mais do mesmo ou Ói nóiiiis aqui traveis






















Dica muito, muito maneira do Julio, o blogueiro-viajante que dá dicas pra lá de interessantes.
Bom, segundo o Julio, eu deveria ir no restaurante O Leite, nas palavras dele :" Fica no meio de uma área meio caída, mas vale a pena ir."
E bora ver o que é que a baiana tem.




















Daniel, meu fiel escudeiro, também se amarra nessas frescurinhas deliciosas, e O Leite é rico nas melhores frescurinhas deliciosas que vocêr possa imaginar. Tem um ar retrô e muito charme.
Uma das coisas mais bacanas pra fazer em uma viagem é se deliciar com acepipes
( olha que palavra mais deliciosa, parece temperada, picante: acepipe)
Se isso vier embalado em um lugar cheio nhémnhémnhém, melhor ainda. Se isso tudo for acompanhado de Daniel: pronto, tá perfeito.
Dica do dia pra quem for pra Recife: vá n'O Leite.







24 julho 2009

Os monstros, o mico e os monges.







Ontem fui dar uma volta pela Liberdade. Achei o bairro caído, sujo, diferente das últimas vezes que estive por lá. O tal "Cidade Limpa" do Kassab certamente não foi bom para o bairro, que teve de retirar os letreiros em japonês, minando um pouco o clima do lugar. Pena.
Como eu e Daniel somos fãs da culinária japonesa, chegamos secos pra entrar em um restaurante. Rodamos bastante, tropeçamos em alguns que, segundo o Daniel, pareciam a ala B da Yakuza, onde ele imaginou um shushi man gordão, limpando o facão na camiseta suja e cuspindo.
Piadinhas nojentas à parte, passamos por alguns que pareciam caros: havia os caros e os esquisitos. Andando um pouco, achamos um mediano e entramos.
O restaurante era simpático, ninguém falava português e eu me entendi quase com mímicas com a simpática garconete.
Perguntei se o prato era suficiente pra duas pessoas, ela disse um monte de coisas com sons incompreensíveis para mim, no qual identifiquei "arroz". Ok.
Entendi que ela sugeriu siri. Siri com gengibre. Toda feliz da minha vida, pedi.
Chegou uma travessa cheia de yakimech, mas estava realmente sem graça. Daniel, verde de fome, resmungava:
- pô, virado eu como em casa...
Um pouco depois chegaram os siris. A travessa trazia os monstros inteiros, cheios de milhares de pernas, junto com duas pinças ( alicates?) em formato de pata.
Pedi para que ela nos ensinasse, ela pegou a pinça, toda torta e apertou um pedaço de um dos monstros. A carne ficou ali e eu não sabia como tirar. Com a mão, ela disse, ou melhor, mostrou.
Eu tentei, juro, mas as velhinhas da frente me encararam tanto que tive certeza de estar fazendo errado.
A última vez que comi siri, assim, inteiro, foi em um sítio, em uma rede. Parafraseando Rubem Braga ao falar de manga: pra comer direito, tinha que sujar até a lâmpada.
Eu esperava uma super casquinha e me vi em frente de cascas pernudas duras. Ai.
Pagamos, mandamos embrulhar e saímos com cara de nada.
Como eu não havia identificado nada no cardápio, achei que era comida de alguma região específica do Japão...sei lá, o equivalente a buchada de bode aqui, algo assim.
Descobri que o restaurante era chinês e eles estavam há quatro meses no Brasil.
Saí com fome.
Pouco tempo depois, passamos em frente a um templo budista. Monges davam bençãos e tocava uma música super envolvente, com uns mantras, interessante mesmo.
Os monges davam bençãos, refeições, logo uma pequena multidão pacífica se aglomerava ali. Infelizmente, não conseguimos entrar no Templo, pois isso só seria possível mais tarde.
O Museu da Imigração ainda estava fechado. Continuamos caminhando, vendo as lojas com milhões de objetos diferentes e Daniel apontou um porãozinho meio macabro: um lugar para acender velas na igreja das Almas dos Enforcados. Não riam, parecia filme de terror e quase corri.
Depois foi encarar o metrô e ir pra casa do meu irmão.
*****
Agora, me digam uma coisa, como viver em uma cidade cujas escadas rolantes já são mais rápidas do que as outras ( eu juro que são!) e você ainda tem que ficar à direita, porque o povo sobre correndo as mesmas escadas?
Cara, juro, eu me estresso só de olhar.
Mas foi bom. Depois conto mais, inclusive o reencontro com amigas queridas da Unicamp, no nosso "aniversário de vinte anos de amizade".

07 fevereiro 2009

Cidade de Pedro


Nos anos que morei em Caxias, ir para Petrópolis era um programa que a gente costumava fazer de final de semana. Como a cidade ficava muito próxima, era só meu pai perguntar se a gente queria "sentir um friozinho" e pronto: todo mundo pulava da cama e se arrumava, animadamente, prontinho pra "patinar" no Museu.
Porque era sagrado ir ao Museu Imperial, delicioso, que tinha um atrativo à mais, para a molecada: para a proteção do chão, a gente calçava um chinelão de feltro, que dava pra escorregar por alguns corredores. Uma delícia.
Mês passado, fui pra lá com Daniel e uma turma escolhdia a dedo, minhas primas Cris e Bia, e o namorado de Cris, Felipe.
A conversa com eles é sempre agradável, divertida.
Então a idéia era ir ao Museu, que está impecável, como sempre -sugiro que quem vá, assista ao show que eles tem à noite, dessa vez não fiquei, mas já assisti e é ótimo - e passear por lá, Quitandinha, Palácio de Cristal, blábláblá. Curtir a cidade e a arquitetura peculiar, incluenciada por alemães e outros europeus lá de cima.
A gente optou por almoçar em um restaurante português perto do Museu, chamado Transmontano ou algo assim, que era interessante: charmoso, com um bolinho de bãcãlháu de matar um de felicidade, um peixe saboroso e um atendimento diretamente com o dono, um portugués super simpático. Ah, e fado choramingando.
Minha dica pra quem estiver explorando o Museu: minha peça favorita é um colar fantástico que pertenceu a Marquesa de Santos, com um camafeu com a gravura de D.Pedro. Vai ser cara de pau assim lá longe, heim?

28 novembro 2008

Devorando São Paulo


Continuando a sessão " correspondente glamourosa", como pilheriou um amigo, agora falo do restaurante no Bixiga. Claro que a gente teria que ir ali, seria um crime não ir jantar, pelo menos um dia, naquele bairro cheio de lugares charmosos.
Eu queria ir em um restaurante que conheci há algum tempo, quando fui com alguns amigos de uma escola que trabalhei: me lembrava que era nome de homem, Fernando, talvez. E toca a procurar o tal Fernando.
Mas ao passar pelo Roperto, me lembrei: é aqui!
O restaurante é pequeno, um tremendo clima mafioso te faz pensar que a qualquer momento gãngsters entrarão com metralhadoras, saídos de um filme noir.
O couvert é tradicional, mas caprichadíssimo, com tudo da melhor qualidade e um pão italiano de chorar de emoção. O cardápio é variado, bem servido e, naturalmente, muito, muito apetitoso.
Quem me apresentou, há alguns anos, foi um chefe super bom garfo, por isso, não me espantei em ver que a cantina já havia ganhado duas vezes como a melhor de São Paulo. Em lugar como São Paulo, onde se come maravilhosamente bem em qualquer esquina, esse prêmio é uma tremenda chancela de qualidade.
Para os mais afoitos pela modinha, há a clássica parte das fotos com globais, só pra você ficar feliz em usar o mesmo garfo que o Fagundes, essas coisas.
Crianças, adorei. Vocês já sacaram que larguei a dieta, mas foi um motivo justo, eu volto, juro que volto.
Ricardo disse que não dá pra esquecer o nome da cantina , é só lembrar...Roberto com gripe...Roperto!Ok, piadinhas infames, eu sei. Mas vocês perdoam a professora aqui, que acabou de lançar notas, corrigir provas e ainda tem uma bela e suculenta pilha pra corrigir, certo?
Fica a dica da Tia Vivien, quando em São Paulo, Roperto na cabeça.
E vocês acham que meus delírios gastronômicos acabaram por aí? Hummm....quem já foi no tradicional Bar do Estadão?
Como é? Conto tudo...no próximo post.