30 novembro 2008

Doa-se micro panterinhas negras


Queridos amigos e leitores, como eu já comentei aqui, tenho uma cadelinha vira-lata e três gatos pretos. Acontece que, antes de entrar na faca e ser castrada como a irmã, Tina Turner resolveu descobrir o mundo, os gatos e essas coisas todas.
O resultado foi uma ninhada de quatro lindos gatinhos pretos, umas panterinhas negras mesmo, mas que, infelizmente, não posso cuidar.
Preciso urgentemente doá-los, já estou recebendo multas - a síndica me esfaqueou com 250 reais de multa, sério - por conta dos gatinhos.
Preciso doá-los!!! Mas como o povo é estranho, o fato de serem gatos pretos parece atrapalhar.
Quem quiser um gatinho ou souber de alguém que queira, por favor, me escreva:vivien_morgato@yahoo.com.br.


brigadim.

29 novembro 2008

Multiculturalismo




Algumas pessoas já tinham me falado, mas quem insistiu foi a Frou, dizendo que o Bar do Estadão era um balaio de todos os gatos. Decidida a colocar minha dietinha tão linda de lado, fui com Daniel e dois amigos ali, no meio da madrugada.
O público é o mais eclético possível, jornalistas com cara cult ( às vezes real, às vezes fake...), gente com cara de louco, gays, pessoas com jeitão de artista, namoradas e namorados famintos, grupos barulhentos, tudo e mais um pouco, parecia uma grande tirinha do Angeli ao vivo.
Alguns batendo um rangão feroz às duas da manhã, enquanto outros encaravam um super sanduíche, indecente de tão bom.


28 novembro 2008

Devorando São Paulo


Continuando a sessão " correspondente glamourosa", como pilheriou um amigo, agora falo do restaurante no Bixiga. Claro que a gente teria que ir ali, seria um crime não ir jantar, pelo menos um dia, naquele bairro cheio de lugares charmosos.
Eu queria ir em um restaurante que conheci há algum tempo, quando fui com alguns amigos de uma escola que trabalhei: me lembrava que era nome de homem, Fernando, talvez. E toca a procurar o tal Fernando.
Mas ao passar pelo Roperto, me lembrei: é aqui!
O restaurante é pequeno, um tremendo clima mafioso te faz pensar que a qualquer momento gãngsters entrarão com metralhadoras, saídos de um filme noir.
O couvert é tradicional, mas caprichadíssimo, com tudo da melhor qualidade e um pão italiano de chorar de emoção. O cardápio é variado, bem servido e, naturalmente, muito, muito apetitoso.
Quem me apresentou, há alguns anos, foi um chefe super bom garfo, por isso, não me espantei em ver que a cantina já havia ganhado duas vezes como a melhor de São Paulo. Em lugar como São Paulo, onde se come maravilhosamente bem em qualquer esquina, esse prêmio é uma tremenda chancela de qualidade.
Para os mais afoitos pela modinha, há a clássica parte das fotos com globais, só pra você ficar feliz em usar o mesmo garfo que o Fagundes, essas coisas.
Crianças, adorei. Vocês já sacaram que larguei a dieta, mas foi um motivo justo, eu volto, juro que volto.
Ricardo disse que não dá pra esquecer o nome da cantina , é só lembrar...Roberto com gripe...Roperto!Ok, piadinhas infames, eu sei. Mas vocês perdoam a professora aqui, que acabou de lançar notas, corrigir provas e ainda tem uma bela e suculenta pilha pra corrigir, certo?
Fica a dica da Tia Vivien, quando em São Paulo, Roperto na cabeça.
E vocês acham que meus delírios gastronômicos acabaram por aí? Hummm....quem já foi no tradicional Bar do Estadão?
Como é? Conto tudo...no próximo post.

27 novembro 2008

Um basta para todos os imbecis


Todo blogueiro tem seu momento divã, certo? Taí, chegou o meu.
Hoje entrei aqui apenas pra dar um grito virtual...momento final de ano é um momento crucial para a tomata de decisões e uma delas, talvez uma nevrálgica, seja fazer um balanço de quem é possível levar ou não para o ano que vem. Quem segue com a gente e quem fica no ano que se encerra, junto com as coisas ruins, enterradinho no esterco.

Então é isso, eu levo:

1)Os alunos incríveis que conheci, esforçados e divertidos, turmas que nunca vou esquecer.
2)os blogs que decidi me tornar leitora compulsiva
3)os amigos que estão presentes há muito tempo e os amigos que revi e coloquei com carinhho, novamente, dentro da minha vida.
4)meus tios e primos, que pretendo ver com mais frequência.
5)os amigos que fiz no blog, blogueiros e não-blogueiros, que se tornaram parte da minha vida.
6)meu irmão Ricardo, que é arquiteto e lindo.

Quem eu deixo embaixo do esterco, longe de mim e pulando junto as pulgas...:

1) gente fofoqueira, intrigueira, que eu quero distância.
2) povo balzaquiano que se vê como adolescente e age de maneira patética.
3) alunos sacanas.
4) pessoas sem princípios, que perdem o amigo, mas não perdem a piada, geralmente tola.
5) gente fútil, cuja principal distraçao é falar sobre festas, modelos e outras coisas idiotas.
6) gente que bebe demais, vira o clássico bêbado chaaaato pra burro e faz da droga um ícone. Eca.

Juro que tentei ter paciência com o segundo grupo, tentei exercitar a alteridade.
Mas, gente, alegria não é histeria. As pessoas tomadas pela histeria, acreditando piamente que esse surto público possa ser traduzido como suposta alegria, são pessoas que estão ali, no limiar, no pré-surto. Saca o tipo que grita na rua e vai pra casa sozinho?
Eu juro que tentei relevar, não ser excludente.
Mas quer saber? Dane-se.
Cada um no seu quadrado.
E o meu quadrado é beeeem longe deles, me larga, me solta, me deixa.

26 novembro 2008

O Poder do Coletivo


Queridos amigos e leitores, pausa no nosso papo: fiquei aterrorizada com o que aconteceu em Santa Catarina, a situação das famílias é desesperadora, nem tenho palavras pra isso.
Vários lugares aqui em Campinas estão se organizando para arrecadar alimentos não-perecíveis, roupas, cobertores, objetos em geral, que possam facilitar um pouco esse momento, que possam ajudar a essas famílias a reconstruirem suas vidas.
Eu e alguns professores estamos fazendo o mesmo.
Lembrando que já passam de 50 MIL desabrigados e mais de 60 mortos.
Gostaria de pedir que, quem quiser e puder, faça o mesmo: se organize no seu local de trabalho, sua escola, seu bairro, sua igreja.
Eu sempre acreditei no poder do Coletivo, espero que vocês também.
Um grande beijo pra todos.

23 novembro 2008

Me apaixonando por São Paulo - II - A Pinacoteca






No mesmo dia do post anterior, como eu já havia comentado, almocamos e fomos até a Pinacoteca, que fica na frente do Museu de Lingua Portuguesa.
A coisa já fica bacana no ingresso, no fato de entrar em um prédio criado por Ramos de Azevedo e (re)criado em uma intervencão, por Paulo Mendes da Rocha.
O acervo é incrível, gosto em especial da producão do século XIX, mas Daniel preferiu as obras mais arrojadas como de Maria Bonomi, que estavam em um espaco considerável por ali.
Havia também uma exposicão especial sobre Visconti e ainda ficamos lá curtindo algumas coisas do acervo.
Daniel me sugeriu outra forma de observacão, ao invés da leitura anterior a obra, conmo costumo fazer, sugeriu que prinmeiro tivéssemos esse contato direto com a obra, e só depois, o contato com a informacão sobre ela. Como achei que essa forma vai ao encontro do flâneur que eu pretendia ser por essas paragens, aceitei. E acho que realmente é melhor assim, sem informacão sobre a obra, o olhar busca comunicacão direta com ela, interpretacão direta com ela. Se isso condiz ou não com a proposta do autor, vemos depois, e mesmo que seja diferente, foi uma forma de recriar a obra, e isso é muito legal.
Depois de um bom tempo por lá fomos ao café da Pinacoteca que se abre para o Jardim Da Luz, lindíssimo.
Sempre que o vejo me lembro de um artigo, em um jornal anarquista do princípio do século, que descrevia um piquenique de burgueses, enquanto proletários enfiavam os rostos das grades, atrás dos portões fechados do Jardim. Triste e ridículo.
Depois disso, saimos pra jantar, e conto tudo no próximo post.



21 novembro 2008

Me apaixonando por São Paulo - I





Estou aqui na cidade da garoa. Cheguei ontem, e fui com Daniel, meu irmão ( que me hospedou) e alguns amigos dele comer pizza. Eu também sei que você está pensando que estou sendo óbvia, porque pizza em São Paulo é deliciosamente óbvio. Porque ela é sempre boa, sempre gostosa e eu sempre vou comer. Depois disso, meu irmão Ricardo, que é arquiteto e lindo - como quase todos os arquitetos - me levou pra um lugar cheio de frescuras, o Octávio. Lindo, lindo, maravilhosamente lindo. Uma decoracão que prima por um design arrojado e fresco, muito fresco. E aquela coisa de café que se toma aos gemidinhos. O problema é que eu adoro lugar fresco, mas detesto quem frequenta. São as idiossincrasias nossas de todo o dia, me perdoem.
Daniel e eu decidimos ir flanar hoje, falei um pouco pra ele sobre Benjamin e essa questão de descobrir a cidade com o primeiro olhar, de se perder na cidade. Ficamos assim, flanando aqui pela Bela Vista, linda, nostálgica, andando pela Ipiranga, claro, claro até a São João, e simplesmente reparando em tudo, nos prédios, nas pessoas, tudo. E tudo isso com aquele papo cabeca de professora-e-filho-de-professora.
Decidimos ir novamente no Museu Da língua Portuguesa: agora, substituindo a exposicão sobre Guimarães Rosa, está acontendo uma maravilhosa, sobre o Bruxo do Cosme Velho.
A exposicão anterior era realmente inusitada, instigante, mas só poderia ser assim: idealizada pela Bia Lessa, o que mais seria? Eu conheci a Bia Lessa em uma peca que ela trouxe pra Campinas, e quando ela iria dar um curso de teatro e não deu. Mas conto isso depois. Vamos voltar ao Museu.
Gente, é um verdadeiro presente pra qualquer um que goste de Machado de Assis: uma exposicão rica, criativa, dinâmica. Sö senti falta de ler algo do Sidney Chalhoub, que fez um trabalho fantástico sobre Machado e não aparece entre os outros intelectuais que discutiram a obra deste autor. Senti essa lacuna.
Aconselho a todos que forem nesse Museu, que não percam, de forma nenhuma, o vïdeo apresentado. Depois de rápidos dez minutos de um vídeo absolutamente bem encadeado, a parede se move e somos convidados a passar para um outro espaco, onde praticamente entramos em uma instalacão artística, porque o restante da apresentacão é feita ali, de maneira muito sensorial....o público ouve leituras de trechos de poesias, escuta trechos de músicas, enquanto imagens e palavras são projetadas em várias direcões. Gente, é sério, foi uma sacada. Você vê o público deslumbrado. Porque o público é tragado por essa trip multidimiática e é tudo irresistível.
O restante do Museu é altamente dinâmico e interativo, com espaco para a história da língua, vídeos enormes em lugares inusitados e a lúdica atividade do "Beco das palavras", onde todo mundo brinca coletivamente, juntando palavras que sáo projetadas sobre uma espécie de mesa e, quando unidas, são explicadas com clareza e , muitas vezes, com bom humor.
O Museu da Lingua Portuguesa funciona na Estacão da Luz, cujo projeto foi executado com material inglês, do cimento aos tijolos vermelhos. O resultado é deslumbrante.
Criancas, eu recomendo.
Depois de horas ali dentro, me divertindo muito, fui com Daniel até a Pinacoteca, que fica em frente.
Mas isso é assunto do próximo post.
Essa cidade é uma delícia.




19 novembro 2008

O insólito


















O insólito é me ver em "balada". Tenho aflição até dessa expressão....que diabos significa "balada"? Tenho aflição de quem fala assim.
Pior do que falar "balada" é falar "bárbaro". Se alguém me diz que um filme é "bárbaro", não só implico com o filme, como implico com a pessoa.
Meus programas são ligths: gosto de cinema, uma peça bacana (raridade aqui em Campinas), um bar, um café, um restaurante. Gosto de ir na casa de amigos, gosto de receber, gosto de conversar. Não é que não goste de dançar, eu gosto, adoro a ginga de uma black music - como toca divinamente no Barril da Máfia - mas odeio, com todas as forças do meu ser, uma coisa chamada "música eletrônica".
Fui em uma casa nova aqui da cidade, uma boate que não vou dizer o nome, pra evitar problemas. Fui porque era aniversário da "Samantha",uma amiga queridíssima.
Comecei a noite NÃO achando a casa. Eu rodei, xinguei, esbravejei, desci do carro com um salto indecente e perguntei em um botequim escroto onde era a tal boate. O balconista explicou com toda gentileza e lá fui eu. Achei o troço.
Vou mandar guardar o carro e a mocinha me sai com essa:
- doze reais,senhora.
- por quê? vocês lavam também
?
Ela deu um sorridinho amarelo e mau, com certeza pensando palavrões contra a pobre ali(eu) ainda por cima fazia piadinhas de pobre (ainda eu).
Então, vejamos..ah , teve a fila. Pessoas, eu não entro em fila. Se o lugar tem fila, vou em outro. Só pego fila pra cinema e olhe lá. Fila pra restaurante ou qualquer outra coisa me parece absurdo, eu simplesmente opto por outro. Mas ali eu tinha que ficar, minha amiga merecia que eu a pretigiasse, nem que pra isso eu tivesse que ficar em uma fila idiota. Ficamos em uma fila absurda, porque estava cedo e com certeza havia espaço lá dentro. O que constatei depois. A fila estava lenta, comecei a insuflar as pessoas, houve um certo mal estar entre os outros reféns da fila, todo mundo percebeu que a porcaria da fila não tinha razão de ser. Inexplicavelmente, depois do certo zumzumzum que provocamos, fomos convidados a entrar na tal boate.
A decoração da casa é linda, descolada, incrível. Mas a despeito dessa beleza toda, o tormento ainda não havia acabado.
Na entrada, os homens são revistados e as mulheres tem que abrir a bolsa. Olha, pode ser praxe (eu não frequento, tô por fora mesmo), pode ser por segurança, mas é uma merda. Eu abri a bolsa, não disse nada, mas quase lati para a moça.
Aí, então, houve o golpe fatal. Ao invés de rock e outras coisas que "Samantha" disse que tocaria, o dj tocava umas coisas que eu descobri ser "tecno house". Seja lá o que isso for.
Cara, como eu saberia que havia distinção entre os tun tun tun, se nem consigo identificar quando uma música acaba?
Fiquei uma hora e meia, contados no relógio. "Charlotte" e eu demos uma scaneada nos homens em geral, falamos muita bosta. Os únicos pegáveis eram galinhas e homem galinha não serve pra nada. Ao final de cada "observação", a pergunta dela:
- não vai colocar no blog, né?
- claro que vou....hheheh
- o problema todo é que mudaram as regras e eu fiquei pra trás.
...- diz "Charlotte", magra e elegrante como sempre.
- eu bóio também,não existe mais cantada? Eles NUNCA mais vão mexer o traseiro e tomar a iniciativa?

( continua)


******* post publicado originalmente em dezembro de 2007.
A propósito das conversas que andei tendo com algumas amigas, vale republicar.

16 novembro 2008

O olhar






















Já falei com vocês como o passado pode adulterar o olhar sobre uma pessoa, sobre uma história.O passado muda mesmo, por isso, "resgatar" o passado não é trabalho de historiador: o caso é rever, reinterpretar, essas paradas todas, sabendo que seu ponto de vista, seu instrumental, sua metodologia, sua teoria...tudo vai influenciar no seu olhar. Não dá pra imaginar a possibilidade de se atingir a "verdade", mesmo porque, esse conceito eu não uso, acho que quase nenhum historiador usa mais, pelo menos não de forma irredutível.
Mas eu fiquei pensando no Olhar, na forma de ver, na forma de sentir o mundo.
Eu tenho essa gravura, de Klee, na minha sada. Na sala da casa mais linda do mundo, dentro da casa mais linda do mundo.
Fica ao lado de outra gravura, do Miró, saborosa, colorida, solar. Perto dela esse Klee fica ainda mais triste. E foi por isso que coloquei os dois juntos, pra todo mundo ver como é ser geminiana, como é ser esse duplo constante.
Muitas vezes coloco pinturas aqui imaginando que a relação dela com o texto é mais do que uma mera ilustração de uma idéia, é um diálogo com a ídéia, um casamento.
E hoje, tem esse olhar de Klee pra vocês todos.
Beijos e boa segunda feira.
Hum, que delícia....

01 novembro 2008

Uma perua incomoda muita gente






Já comentei por aqui que eu não fui uma garota vaidosa. Pelo contrário, não fazia as unhas, usava tênis furado, jeans e camiseta. Achava sinceramente que toda e qualquer vaidade era prova de burrice. Obviamente, burrice era ter um pensamento tão estereotipado, e imaginar que usar bontons e camisetas iriam comprovar intelectualidade. Então o caso é que faz tempo que passei dessa fase. Agora, mais velha e cada vez mais avessa aos estereótipos e padrões de comportamento, me assumo como a mais completa perua. E isso já faz tempo, desde a entrada na balzaquice. Virar balzaquiana foi uma experiência onírica.
Fazer 30 anos foi muito simbólico pra mim: chegar a maturidade me deu a possibilidade de pintar as unhas de vermelho e achar maravilhoso, usar salto diariamente e me sentir ótima, fazer escova, chapinha e todas essas paradas que deixam o cabelo lindo, liso e flutuante na cabeça ( eu sei que sou colonizada, eu sei, eu sei, mas renego o cabelo crespo, dá licença! acho lindo nos outros, mas prefito o meu liso, liso totalmente, pela força de um secador nervoso )
Enfim, o que me deixa intrigada é como isso pode incomodar. Claro que existem pessoas que curtem, existem pessoas que nem notam, nem ligam, estão totalmente na delas...e existem as pessoas que se incomodam. Pessoas que se incomodam com a vaidade alheia.
Comentam a roupa, comentam o cabelo, ironizam aqui e ali, parecem mais preocupadas com a cor dos meus tamancos do que eu mesma. Cara, um pé no saco. Eu particularmente não sou adepta das ironias, portanto, me faço de idiota e continuo conversando, mas me sinto incomodada. Porque a ironia sistemática é sempre uma forma de bullying e isso é sempre uma forma de violência.
Outro dia, conversando com uma conhecida, vi que ela insistia em um gesto onde levantava os braços e deixava à mostra - olha, que rebeldezinha, gente, uma coisinha linda - as axilas não depiladas. Isso mesmo, as axilas nunca, nunca depiladas, um pesadelo. E esse gesto no maior estilo "isso é ser feminista, nega".
Não, gente, isso é ser porca, só isso.
Não consigo fazer um link real e significativo entre intelectualidade e /ou movimento feminista e axila com pelos. Ai, que nojo.
Pois é, crianças, "de modos que " eu tenho que aturar algumas ironias desse povo que precisa usar uniformezinho "olha como sou inteligente, tio". Eu tô fora.
Simplesmente me nego a pertencer a um grupo amarrado a um padrão, não sou um número, sou uma pessoa com todas as qualidades e defeitos, com todas as idiossincrasias inerentes a um indivíduo que se percebe como sujeito. E me recuso a permitir que me definam, me rotulem ou que me mudem.
Eles que vão procurar um divã.