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11 fevereiro 2010

Um pouco de mitologia pra falar de um dia idiota OU O contraste


As histórias mitológicas são mesmo antológicas.
Hoje pensei na Pedra de Sísifo: uma pedra que ele era obrigado a carregar montanha acima, que, inevitavelmente caia de novo. Para que ele voltasse, carregasse ...ela caísse....ele voltasse, carregasse. Em uma repetição insuportável.
Pensei também em Dâmocles, que , ao dizer para o rei que esse tinha poderes incríveis e , portanto, tinha a melhor vida do mundo, foi convidado a sentar no trono em uma festa. Sobre o trono, escondida, estava uma espada segura apenas por um fio da crina de um cavalo.
Governar era estar todo o tempo com uma espada sobre a cabeça.
Passei o dia carregando a Pedra de Sísifo com a Espada de Dâmocles sobre a cabeça.
Sim, foi mesmo um dia de bosta.


******


Esse post foi publicado em 2006, de lá pra cá, as coisas pioraram, pioraram, pioraram....até que finalmente, começaram a melhorar.
Hoje me sinto completamente longe de Sísifo e de Dâmocles, moro em uma casa que adoro, trabalho em lugar delicioso, meus alunos são interessantes, meu filho é incrível.
A vida pode ser bem bacana.;0)

24 julho 2009

Os monstros, o mico e os monges.







Ontem fui dar uma volta pela Liberdade. Achei o bairro caído, sujo, diferente das últimas vezes que estive por lá. O tal "Cidade Limpa" do Kassab certamente não foi bom para o bairro, que teve de retirar os letreiros em japonês, minando um pouco o clima do lugar. Pena.
Como eu e Daniel somos fãs da culinária japonesa, chegamos secos pra entrar em um restaurante. Rodamos bastante, tropeçamos em alguns que, segundo o Daniel, pareciam a ala B da Yakuza, onde ele imaginou um shushi man gordão, limpando o facão na camiseta suja e cuspindo.
Piadinhas nojentas à parte, passamos por alguns que pareciam caros: havia os caros e os esquisitos. Andando um pouco, achamos um mediano e entramos.
O restaurante era simpático, ninguém falava português e eu me entendi quase com mímicas com a simpática garconete.
Perguntei se o prato era suficiente pra duas pessoas, ela disse um monte de coisas com sons incompreensíveis para mim, no qual identifiquei "arroz". Ok.
Entendi que ela sugeriu siri. Siri com gengibre. Toda feliz da minha vida, pedi.
Chegou uma travessa cheia de yakimech, mas estava realmente sem graça. Daniel, verde de fome, resmungava:
- pô, virado eu como em casa...
Um pouco depois chegaram os siris. A travessa trazia os monstros inteiros, cheios de milhares de pernas, junto com duas pinças ( alicates?) em formato de pata.
Pedi para que ela nos ensinasse, ela pegou a pinça, toda torta e apertou um pedaço de um dos monstros. A carne ficou ali e eu não sabia como tirar. Com a mão, ela disse, ou melhor, mostrou.
Eu tentei, juro, mas as velhinhas da frente me encararam tanto que tive certeza de estar fazendo errado.
A última vez que comi siri, assim, inteiro, foi em um sítio, em uma rede. Parafraseando Rubem Braga ao falar de manga: pra comer direito, tinha que sujar até a lâmpada.
Eu esperava uma super casquinha e me vi em frente de cascas pernudas duras. Ai.
Pagamos, mandamos embrulhar e saímos com cara de nada.
Como eu não havia identificado nada no cardápio, achei que era comida de alguma região específica do Japão...sei lá, o equivalente a buchada de bode aqui, algo assim.
Descobri que o restaurante era chinês e eles estavam há quatro meses no Brasil.
Saí com fome.
Pouco tempo depois, passamos em frente a um templo budista. Monges davam bençãos e tocava uma música super envolvente, com uns mantras, interessante mesmo.
Os monges davam bençãos, refeições, logo uma pequena multidão pacífica se aglomerava ali. Infelizmente, não conseguimos entrar no Templo, pois isso só seria possível mais tarde.
O Museu da Imigração ainda estava fechado. Continuamos caminhando, vendo as lojas com milhões de objetos diferentes e Daniel apontou um porãozinho meio macabro: um lugar para acender velas na igreja das Almas dos Enforcados. Não riam, parecia filme de terror e quase corri.
Depois foi encarar o metrô e ir pra casa do meu irmão.
*****
Agora, me digam uma coisa, como viver em uma cidade cujas escadas rolantes já são mais rápidas do que as outras ( eu juro que são!) e você ainda tem que ficar à direita, porque o povo sobre correndo as mesmas escadas?
Cara, juro, eu me estresso só de olhar.
Mas foi bom. Depois conto mais, inclusive o reencontro com amigas queridas da Unicamp, no nosso "aniversário de vinte anos de amizade".

27 novembro 2008

Um basta para todos os imbecis


Todo blogueiro tem seu momento divã, certo? Taí, chegou o meu.
Hoje entrei aqui apenas pra dar um grito virtual...momento final de ano é um momento crucial para a tomata de decisões e uma delas, talvez uma nevrálgica, seja fazer um balanço de quem é possível levar ou não para o ano que vem. Quem segue com a gente e quem fica no ano que se encerra, junto com as coisas ruins, enterradinho no esterco.

Então é isso, eu levo:

1)Os alunos incríveis que conheci, esforçados e divertidos, turmas que nunca vou esquecer.
2)os blogs que decidi me tornar leitora compulsiva
3)os amigos que estão presentes há muito tempo e os amigos que revi e coloquei com carinhho, novamente, dentro da minha vida.
4)meus tios e primos, que pretendo ver com mais frequência.
5)os amigos que fiz no blog, blogueiros e não-blogueiros, que se tornaram parte da minha vida.
6)meu irmão Ricardo, que é arquiteto e lindo.

Quem eu deixo embaixo do esterco, longe de mim e pulando junto as pulgas...:

1) gente fofoqueira, intrigueira, que eu quero distância.
2) povo balzaquiano que se vê como adolescente e age de maneira patética.
3) alunos sacanas.
4) pessoas sem princípios, que perdem o amigo, mas não perdem a piada, geralmente tola.
5) gente fútil, cuja principal distraçao é falar sobre festas, modelos e outras coisas idiotas.
6) gente que bebe demais, vira o clássico bêbado chaaaato pra burro e faz da droga um ícone. Eca.

Juro que tentei ter paciência com o segundo grupo, tentei exercitar a alteridade.
Mas, gente, alegria não é histeria. As pessoas tomadas pela histeria, acreditando piamente que esse surto público possa ser traduzido como suposta alegria, são pessoas que estão ali, no limiar, no pré-surto. Saca o tipo que grita na rua e vai pra casa sozinho?
Eu juro que tentei relevar, não ser excludente.
Mas quer saber? Dane-se.
Cada um no seu quadrado.
E o meu quadrado é beeeem longe deles, me larga, me solta, me deixa.

04 agosto 2008

Deus é poliglota







Já comentei aqui com vocês que sempre tive uma relação tranquila com minha fé, nunca entrei em elocubrações teóricas, nunca filosofei, nunca questionei. Por um simples e prosaico motivo: eu gosto de ter fé. Ponto.
Confesso que também tenho pouquíssima paciência com quem acaba por questionar, porque vamos e venhamos, quem leu um ou dois livros de Nietzsche, umas beiradas de Marx e vem pagar de intelectual, hum, não, não, nem escuto. Meneio a cabeça com um sorriso paralizado, pensando como posso correr dali.
Claro que inúmeras pessoas questionam, de forma sistemática e profunda, a existência de Deus. O bacana é que, em minha experiência, quanto mais intelectualizado, mais tolerante é o indivíduo e menos propenso a vomitar regras e dogmas.
E eu continuo com minha prática: topo discutir religião, claro, que é a relação humana com qualquer concepção de divindade, mas não topo discutir a existência de uma divindade.
Porque acho idiota, gente. Acho totalmente impossível de provar cientificamente.
Impossível, totalmente impossível.
E tô pouco me lixando, porque de positivista, não tenho nada, nada mesmo.
Afinal, ainda que a importância da Ciência seja inquestionável, atribuir a ela um suposto poder absoluto é um tremendo equívoco. Afimar, meramente, que algo é ou não "científico" não termina uma discussão.
Porque as teorias de Lombroso eram aceitas como científicas e inquestionáveis, teorias racistas que chegaram a subsidiar o nazismo, por exemplo. As estratégias de normatização social que procuravam exterminar com toda "degenerescência"- nem que para isso, os asilos ficassem abarrotados de pessoas que fugiam aos padrões sociais vingentes - tudo isso era assinalado como científico. Atitudes autoritárias com essas e outras, provocaram rebeliões populares como a Revolta da Vacina.
O fato é que o autoritarismo que reside em berrar verdades absolutas é tão tacanho em um cientista quanto em um religioso.
Nós da História já abandonamos o conceito de verdade absoluta há tempos, se alguém quiser ficar com ele, beleza.
Desde o ano passado, estou indo em uma igreja Presbiteriana. Gente, adoro. Fui com uma amiga da Unicamp e foi amor à primeira vista. Gostei da comunidade, gostei da profundidade das reflexões do pastor, gostei da tolerância.
Apesar de, enquanto professora, saber da tradição cultural dos protestantes históricos, a imagem dos pentecostais estava muito forte em minha mente.
O que é um grave erro conceitual, certo? Confundir os Históricos com os Pentecostais, enfiar tudo na mesma gamela.
Mas a imagem dos pentecostais está impressa na mídia, com o eterno trinômio: terno barato + leitura canhestra da Bíblia + voz rouca aos berros.
Nessa igreja que frequento, presbiteriana, fui conhecer pastores cultos, que foram professores, conversando sobre seu doutorado e utilizando a literatura como interface nas pregações.
E, é claro, a tolerância.
Vocês sabem, tolerância, relativização dos conceitos, isso é condição sine qua non para que eu efetivamente participe de algo.
A despeito de um querido amigo blogueiro que tirou um sarro camarada dessa minha nova tendência, acho que realmente achei um canto pra mim.
Agradeço a outro amigo, o Bruno, por ter me levado em uma maneiríssima festa de candomblé, agradeço a Cláudia por me explicar as minúcias do catolicismo, aos amigos de outras orientações, aos amigos budistas, aos espíritas e é claro, as amigas bruxas, né, Tati?
Todo mundo me explicou um pouco, me ensinou um pouco e eu gostei de todos.
Um amigo me contou que João XXIII disse, em relação a multiplicidade de religiões:
" o que nos une é maior do que o que nos separa." Escolhi outro caminho não por ser o melhor, muito menos o único. Escolhi porque foi a língua que preferi falar.
Mas tenho certeza que seria feliz em qualquer outra, porque estou convencida de que Deus é poliglota.

16 julho 2008

Conjuração na quarta feira


Eu vi isso aqui no Zander e resolvi copiar. São Jorge, pra quem não sabe, é o protetor dos rpgistas e um pouco de proteção contra dragões é sempre bom ter.
Desejo a todos que passarem por aqui que recebam em dobro tudo o que desejarem pra mim.
Tá desejado e tá conjurado.

"Chagas abertas, Sagrado Coração todo amor e bondade, o sangue do meu Senhor Jesus Cristo, no meu corpo se derrame, hoje e sempre.
Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge.
Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos eles possam ter, para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.
Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder da sua Santa e Divina graça, a Virgem Maria de Nazaré, me cubra com o seu sagrado e divino manto, me protegendo em todas as minhas dores e aflições, e Deus com a sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos e o glorioso São Jorge, em nome de Deus, em nome de Maria de Nazaré, em nome da falange do divino Espírito Santo, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, do poder dos meus inimigos carnais e espirituais e de todas as suas más influências e que debaixo das patas do fiel ginete, meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós, sem se atreverem a ter um olhar sequer, que me possa prejudicar.
Assim seja com o poder de Deus e de Jesus e da falange do divino Espírito Santo. "
Tá desejado e tá conjurado.
Um beijo cheio de poder pra todos que passarem por aqui.

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@@@@@@ texto publicado originalmente em julho de 2007, mas como os stalkers e as malucas continuam tentando ( só tentando, coitados) me atingir, mando de novo.
Sorte e fé para vocês.

20 maio 2008

O banho


Já disse aqui que esse ano não começou bem pra mim, problemas profissionais sérios que me fizeram ser meio estúpida com uma amiga que estava com crises balzaquianas, disse que não queria ouvir papinho sex and city porque tinha coisas muito mais drásticas pra pensar. Como contas, por exemplo. É real, mas eu não precisava ser grossa.Pedi desculpas, mas já tinha falado, é fogo isso.
Mas a angústia dos problemas práticos fazem a gente tomar umas atitudes meio patéticas. Exemplo: eu vou em uma igreja católica eventualmente. Nunca pra missa, porque o povo lá é da Renovação carismática e se uma missa já é algo com o qual eu não me identifico, esse povo doido me afasta ainda mais.
Não quero elocubrações teológicas, minha necessidade de fé é visceral e gosto disso. Não estou nem aí pra discutir a real existência de uma divindade, não me interessam questões filosóficas, minhá fé é reconfortante e chega. Evidentemente a relação homem-religião me interessa e quero discutir, mas a relação homem-fé é muito íntima, ancestral. Durmo se esse papo vem a tona.
Enfim, eu dizia que... eu curto a tal igreja, ela é meio estranha, tem uns rituais: escrever pedido em papel , amarrar fitinha, coisas assim. Um primo da minha mãe, que é me conhece bem e é muito meu amigo foi peremptório:
- Você gosta porque é meio macumba, fala a verdade....
Tai, tem um climinha meio ritualistico, meio pagão-cristão, meio macumba, que eu me amarro.
Outro dia fui lá: tem uma fonte de água benta (eu sei, nem me venham com argumentos racionais porque sei que vcs estarão certos, mas não tô nem ai..) e eu fui lá, com garrafinha, pegar a tal água. Aí decidi molhar a testa, aí...molhei testa pra abrir a mente...decidi molhar o coração,prá ver se esse desgraçado não me sacaneia mais.... rins, por motivos que já contei aqui.....e comecei a praticamente tomar banho na tal torneira-benta.
Minutos depois, durante meu banho-bento, chega um fulano: cabelo comprido, todo tatuado, carregando uma garrafa de dois litros. Sério, uma garrafa vazia de coca-cola pra encher de "água benta" da torneira. Pior do que eu, vocês já viram tudo.
Rapaz, o cara toca a jogar água também. Dois retardados tomando banho de água benta: a perua aqui, com salto alto e unhas vermelhas e o porra-louca lá, tatuado e cabeludo. Só alegria. Ou melhor, só desespero mesmo, surto em dupla.
Merecia uma foto.



******Esse texto foi postado no ano passado, hoje, além das minhas opções religiosas terem mudado - tema pra outro post - minha vida profissional também mudou.
Decidi republicar porque o tema "causos" foi citado no post anterior e porque esse post é um dos que R., um leitor fiel, gosta muito.

10 abril 2008

A água









Quando eu lavo o quintal,sempre me lembro daquele delicioso romance de Marguerite Duras,O Amante.
Me lembro de como ela descreve sua casa sendo lavada,a alegria não cotidiana que se instalava na mãe,nos empregados,nela,no irmão menor.O minuto em que a água lavava os problemas,de forma ritualística,mágica.
Esse livro foi objeto de uma das (raras) boas adaptações,uma das versões que não me fizeram sair xingando do cinema .Além de ter um toque delicioso: o texto de Marguerite Duras sendo lido para o espectador,que participa de seus pensamentos mais íntimos.Adoro narradores em filmes,me sinto cúmplice deles.
Sempre me lembro disso e lavo feliz o quintal,jogando os problemas fora,lavando todos eles.
Gostaria de fazer isso mais vezes,mas em um planeta sem água,seria irresponsabilidade.
É delicioso,refrescante,divertido.Eu gosto.
Agora,para fazer isso,fico ouvindo um áudio-livro que comprei,o Caçador de Pipas.Tenho o horrível hábito de lavar louça,arrumar a casa,e os demais serviços caseiros, com a tv ligada.Parece que é impossível viver sem barulho.Horrível,eu sei.Me acostumar e explorar o silêncio é um desafio,que ainda não estou pronta para assumir.
Comprei esse áudio-livro e foi uma grande aquisição: fico limpando,lavando,cozinhando e ouvindo a história,como eu gostava de fazer quando era criança.
O Caçador de Pipas se revelou uma bela e triste história,ainda não terminei,uma cena chocante me fez parar de ouvir,até me restabelecer.
Confesso meu preconceito contra os mais vendidos,nunca os compro.Mas dessa vez comprei,pois já que a Clélia indicou,achei que seria uma boa compra.
Sobre o livro,falo no próximo post.

31 outubro 2007

"Ora Yèyé , Oxum...!"









Estou quase de óculos, quase de volta a vida.
Por hora, deixo vocês com música linda, mágica. Ouçam até o fim, porque a saudação feita no final é linda.

Esse texto aqui retirei do blog Candomblé - o mundo dos orixás:

"Oxum


Dia da semana: Sábado
Cores: Amarelo – Ouro
Saudação: Eri Yéyé ó!
Elementos: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
Instrumento: Leque com espelho (Abebé)


Na Nigéria, mais precisamente em Ijesá, Ijebu e Osogbó, corre calmamente o rio Oxum, a morada da mais bela Iyabá, a rainha de todas as riquezas, a protectora das crianças, a mãe da doçura e da benevolência. Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras.

Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino. Oxum é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé.

É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. O primeiro filho de Oxum chama-se Ide, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxum devem colocar nos seus braços. Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver o seu brilho.

É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência. Os seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.


Características dos filhos de Oxum


Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objectivos.

Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.

Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos. Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.

Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo o que é bom e caro.

O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum."

07 julho 2007

07-07-07


Sete é cabalístico, cheio de força. Um número cheio de significados. Eu não entendo disso, admiro quem entende.Me limito a sorrir em um dia com essa combinação tão bacana.
E acordei polianística de tudo hoje, com esse sol bacana e tudo mais.
Admiro quem tem essas habilidades ritualísticas, como o tarot da Tati, por exemplo.
Acho que isso tem mesmo uma força feminina, uma coisa de bruxa, de moira, de poder de feiticeira. Fiquei pensando nisso quando li As Brumas de Avalon. Devo confessar que demorei muito pra me render a esses livros, por puro preconceito...achava, de antemão, que eram pura porcaria. Mas me surpreendi com a magia envolvente de uma religião feminina.
E vamos esperar que o dia 07-07-07 traga surpresas maravilhosas.

25 maio 2007

**** PAUSA*******








Quem é amigo, quem lê algum tempo esse blog, não precisa abrir aqui.Não veja o vídeo. Se for pra assistir, saiba que NÃO é pra vc. Eu adoro ver gente aqui, adoro poder escrever e ler por essas bandas.

Só estou deixando um recadinho singelo pra alguns visitantes escrotos que estão me bisbilhotando.Me enchendo o saco. Só a respiração desse povo sobre a minha Casa já me irrita.


Já coloquei São Jorge,. já coloquei Oxum. E esse povo não some.


Plagiando a minha queria amiga Tati, escolhi esse vídeo com todo amor e carinho, para os(as) doentes que ficam aqui urucubacando a minha casa.


Então, todos os chatos, mentirosos, espertíssimos, mal amados, vigilantes raivosos de blogs, vizinhos insuportáveis que não gostam dos meus gatos e mais alguns esquisitos:












04 maio 2007

39 músicas (4)


Essa é uma das músicas que gosto da Clara. Adoro muitas, é difícil escolher. Adoro essas vozes que tem magia, que tem mandinga.
Essa é uma das que gosto de colocar alto em casa, uma música que "defuma" o ambiente, protege, espanta mal olhado.
Tô defumando meu blog com ela.

03 maio 2007

miscelânea


O pouco ou quase nada que sei de Shiva é que é o deus da transformação. Quero ter essa imagem em minha casa, quero me dar de presente, porque se há algo que eu idolatro é a possibilidade de transformação.
Não procurei nada sobre esse deus, não quero saber.
Não quero que me expliquem, não quero nenhuma narrativa centrada na realidade. Quero completar com minha fantasia e deixar que vocês façam o mesmo. Como as narrativas de Marco Pólo para o Grande Kan, exploradas magistralmente por Italo Calvino: um diálogo onde as interpretações estão mais ligadas ao ouvinte do que ao narrador, um diálogo onde impera a fantasia e a onde as informações são multi facetadas. Então, imaginem. Imaginem quem era Shiva para os seus seguidores, imaginem por que escrevo isso, imaginem comigo.
Acho que a idéia de mudança sempre é positiva, ou pelo menos, tem potencial pra isso. Mudança de casa, de foco, de amor, de objetivos. Olhar de novo pra alguém e achar um imbecil. Olhar um imbecil e achar alguém. Mudar o espelho e mudar o olho. Mudar, mudar. Chutar, reformular, reavaliar, pintar e bordar, mudar.

28 abril 2007

Oxum


Não custa nada dar uma proteção pra esse blog. Tenho sorte de ter amigos queridos e fantásticos leitores que vem aqui.
Mas como a internet é um mar muito grande, nunca se sabe que tipo de doido pode chegar.
Que aqui seja uma Casa de paz e que mantenha os loucos babosos sempre longe.