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Eu terminei o livro ontem e fui pegar Cem Anos de Solidão pra reler. Mexi um pouco nos meus livros até lembrar que tinha dado de presente em um sábado feliz pro mesmo Namorado que tinha me dado Viver pra Contar.Ele estava fuçando nos meus livros - adoro isso, aliás - e ficou lá paquerando o livro que eu falava tanto.
Apesar de ele também gostar de García Márquez, não tinha lido esse.
- Leva, é seu agora.
Pra mim foi importante dar aquele livro, porque era o mesmo que eu comprei com 15 anos e que reli tantas e tantas vezes, até o ano passado.
Parece que os livros dados e recebidos de surpresa fizeram parte dessa história. Entre outros que dei e ganhei, me lembro , em especial do Ensaio Sobre A Cegueira e Ensaio Sobre a Lucidez, de Saramago. O primeiro já tinha lido e delirado, o segundo eu estava desejando.
Ganhei os dois e fiz tal estardalhaço , ele riu tanto, que entendi quando dizia que me fazia essas surpresas só pra ver minha reação.
Engraçado como parece que o García Márquez pontuou esse relacionamento que nasceu quase por descuido e terminou conturbadamente, quase um ano depois.
Logo nas primeiras manhãs, numa conversa sem muito nexo, eu disse que se aquilo que estavamos vivendo tivesse um título, seria ....Crônica de uma Morte Anunciada.
E foi.