19 dezembro 2006
Ainda sobre nomes
Eu estava lendo a Anna - uma das primeiras blogueiras que li fielmente e a primeira que conheci pessoalmente - e o assunto "nome" está lá também.
Anna fala sobre a sua escolha para o nome da filha. Um lindo nome, aliás: Clara.
Quando fiquei grávida, não demorei muito pra escolher o nome. Eu pensava em algo com el, como Gabriel, Rafael. O significado deles me atraia, assim como a sonoridade.
Depois de um tempo, pensamos em Caio: pra mim, Caio é nome de homem bonito.
- prazer, Caio.
- hummmm.....
Como, na época, o trato seria que se fosse menino - como eu queria - eu teria o poder de escolha, fiquei em dúvida entre Caio e Daniel.
Conversando com meu tio Beto, falei pra ele da minha dúvida:
- Ah, os dois nomes são lindos....Caio significa alegria e acho o máximo alguém se chamar alegria. Mas Daniel significa "Deus é meu juiz", e isso é forte demais....ah, não sei.
- Vivinha, quando você imagina o neném......com você imagina?
- ah.....eu sempre penso em um garotinho de tênis ....penso que estou esticando meus braços e falando "Daniel, vem com a mamãe."
- Então, ele já escolheu. Ele se chama Daniel.
Engraçado como algumas frases podem ser marcantes pra mim. Talvez meu tio nem se lembre dessa história, mas eu nunca a esqueci. E ele se chama Daniel.
E fico pensando se esse nome pode influenciar sua vida, ser o Daniel na Cova dos Leões, ser forte , mais forte que eu. Ele tem que ser mais forte do que eu.
Forte o suficiente pra vencer leões.
O dia que eu peguei o resultado, o dia que soube que estava grávida, foi um dos dias mais felizes da minha vida. Gritei, pulei, pulei, fazendo um estardalhaço dentro do laboratório, pessoas vieram me dar parabéns, a Amiga que estava comigo entrou na pilha também.
Joguei fora meu último maço de cigarro. Tem um maço na minha bolsa agora, mas estou guardando pra alguém.
Saí me sentindo mãe. Desejei ser mãe desde que me conheço por gente, tudo está abaixo disso, nada se compara.
Foi a única vez , em toda minha vida, que não senti solidão.
Durante toda a minha gravidez, nunca senti um pingo de solidão.
E foi grávida que fui em passetada contra o Collor, que apresentei trabalho na UFF, que chorei desmilinguida em muitos filmes e até.....propaganda.
Meu ex marido sacaneava:
- minha mulher tá louca...chora na propaganda da maçã brasileira......
Se tudo já "bate" com intensidade, quando estava grávida, era operesco.
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Espero que o significado do meu nome, Wagner, não influencie na minha vida. Ouvi dizer que significa "fabricante da vagões". Medo...
ResponderExcluirAh, meu irmão é Caio e é MUITO bonito...:D
ResponderExcluirEu, se fosse você, tinha colocado Caio Daniel. É sonoro e não é horrível.
Mas se o neném escolheu o nome sozinho, não tem erro.
Wagner, hahahahhah......
ResponderExcluirMenina-prodígio, eu implico um pouco com nomes duplos, porque eu tenho...rs.
ResponderExcluirE, afinal, foi a escolha dele...rsrs
Sabe, Vi, O que faz as pessoas não se darem conta da extraordinária magia que há em engravidar e ter um filho é que, além dos médicos contarem o truque, o coelho demora nove meses para sair da cartola.
ResponderExcluirÉ raro ler descrições como a tua, Vi, do que se passa na alma feminina durante a gravidez, durante a espera. Leio todas com encantamento. Nasci de uma mãe, também (incrível, não é) e curto muito imaginar o que se passava com ela enquanto eu crescia ali dentro...
Beijão
Felipe, estar grávida é indescritível.;0)
ResponderExcluirAdorei quando vi a escultura de Daniel em Congonhas - MG. É a mais bonita entre os profetas...
ResponderExcluirVivien,
ResponderExcluirQuando a Cecília ainda estava na barriga da Clélia, ela se chamava Bernardo. Tínhamos tanta convicção de que seria um menino que só a chamávamos assim. O nome Cecília era um plano B. Quando ela nasceu (fui o primeiro a vê-la), vi que era a Cecília e percebi que ela sempre teve esse nome. Bernardo era só o apelido.
Um plano B já no finalzinho da gravidez, pois não havia nenhuma dúvida... (nas nossas cabeças, já que nunca fizemos um ultra-som pré-natal que nos desse esta pista) E foi, certamente, muito legal a mudança de menino pra menina! Cecília foi hiper bem-vinda!!!
ResponderExcluirTarcisio, sabe aquele dia da Faap? Eu mostrei a réplica pro Daniel...é realmente a mais bonita.
ResponderExcluirArnaldo...hahha....gosto do nome Cecília, é delicado e com tom nostálgico.
ResponderExcluirClélia, o engraçado é olhar pra cara do neném e pensar "então, era você o tempo todo, heim?".
ResponderExcluirIsso é verdade. Eu grávida era um poço de meleca. Chorei, no Ilustrada, grávida de Lucas, quando comecei a cantar Clara e Ana,, da Joyce. Carô, me vendo daquele jeito, sobe no palco, agarra o microfone e...chora também. Quando a canção acaba, metade do bar chorava.
ResponderExcluirEmoção gravídica contagiante.
Tati, eu comentei sobre essa música no blog da Anna: eu adoro, é linda mesmo.
ResponderExcluirEu não estava no Ilustrada nesse dia, porque se tivesse, com certeza...tinha entrado no coro do chorões....rs
Clareana
ResponderExcluirJoyce
Um coração
De mel, de melão
De sim e de não
Parece um bichinho
No sol de manhã
Novelo de lã
No ventre da mãe
Bate um coração
De Clara, Ana
E quem mais chegar
Água, terra, fogo e ar
No CD Revendo amigos, Joyce canta esta canção com o Boca Livre, (arranjo do Maurício Maestro). No encarte, ela diz: "Perdeu um pouco a cara de cantiga de ninar, com o novo arranjo do Maurício e a presença do Boca. Ainda bem, crescer é preciso."
ResponderExcluirNeste mesmo CD, Joyce canta, com Gil, a deliciosa Monsieur Binot...
ResponderExcluirMonsieur Binot
Joyce
Olha aí, monsieur Binot
Aprendi tudo o que você me ensinou
Respirar bem fundo e devagar
Que a energia está no ar
Olha aí, meu professor,
Também no ar é que a gente encontra o som
E num som se pode viajar
E aproveitar tudo o que é bom
Bom é não fumar
Beber só pelo paladar
Comer de tudo que for bem natural
E só fazer muito amor
Que amor não faz mal
Então, olha aí, monsieur Binot
Melhor ainda é o barato interior
O que dá maior satisfação
É a cabeça da gente, a plenitude da mente
A claridade da razão
E o resto nunca se espera
O resto é próxima esfera
O resto é outra encarnação
Esta é em homenagem ao Hermeto, gato/amante da Tatiana, no seu blog. Diz o encarte: "Uma história verídica de uma gata de verdade, onde qualquer semelhança com seres humanos terá sido mera coincidência, cantada pela dona da gata, Clarinha."
ResponderExcluirMinha gata Rita Lee
Joyce,
Quando você chegou lá em casa
Foi coisa tão inesperada
Ali na porta abandonada
A nos pedir casa e comida
Magrinha, magrinha, arrepiada
De pêlo vermelho e olhos de fome
Eu não podia mesmo te dar outro nome
Rita Lee
E assim você foi adotada
Por todos nós, alegremente
Oscar morava já com a gente
Era igualmente um vira-lata
E apesar de serem cão e gata
Jamais houve dois mais companheiros
Jamais dois amigos assim verdadeiros
Nunca vi
Ah, Rita Lee
Por onde é que anda Rita Lee?
Sem pai nem mãe, sem pedigree
Imprevisível Rita Lee
Ah, Rita Lee
Por onde é que anda Rita Lee?
Sem pai nem mãe, sem pedigree
Imprevisível Rita Lee
Passava o tempo descuidada
Sempre inventando brincadeiras
Saltos mortais de mil maneiras
Deixando a gente distraída
E assim ninguém viu sua saída
Talvez só o Oscar tenha notado
E a noite engoliu as tuas sete vidas
Rita Lee
Ah, Rita Lee
Por onde é que anda Rita Lee?
Sem pai nem mãe, sem pedigree
Imprevisível Rita Lee
Ah, Rita Lee
Por onde é que anda Rita Lee?
Sem pai nem mãe, sem pedigree
Imprevisível Rita Lee
Clélia, a-d-o-r-e-i tudo!!! tá combinado , ir tietar a Tati na sexta??
ResponderExcluirClaro, estaremos lá, no Pantanal.
ResponderExcluirEsqueci de colocar o comentário da Joyce pro Monsieur Binot: Ninguém mais zen pra dividir essa faixa comigo que o Gil, ele mesmo também amigo de Vítor Binot, o iogue inspirador da canção.
ResponderExcluirA Tatiana sabe cantá-la, talvez possamos ouvi-la na 6ª... E Minha gata Rita Lee tb.