Lord me convidou pra listar cinco livros que gostei muito e me marcaram. A
Urubua também me mandou essa tarefa.Como eu disse, teria que pensar...essas escolhas são complicadas quando se tem algumas décadas de leitura.
Mas, pra minha surpresa, não demorei pra escolher, eles me vieram com o seu próprio sabor, daquele jeito que fico quando lembro de alguém querido: com uma saudade gostosa e sem mágoas.
Os livros que me escolheram, porque eles me escolheram ao se enfiar na minha memória dessa forma, foram esses.
Cem anos de solidão, Gabriel García Marquez.
Para mim existe Cem anos de solidão e o resto dos livros do mundo. Nada me impactou e me deliciou tanto. Já falei disso
aqui e O livro tem uma beleza incrível, uma originalidade, um clima intraduzível.
Eu sou louca por realismo fantástico e essa é a obra mais perfeita, dentro da minha concepção.
Ensaio Sobre a Cegueira, José Saramago.
Foi o primeiro que li de Saramago. Gosto da
Caverna,
Ensaio sobre a Lucidez,
Manual de Pintura e Caligrafia.... mas Ensaio sobre a Cegueira foi um livro que me tirou o fôlego.
A idéia do medo constante, do desconhecido, da exclusão, tudo me abalou. Os personagens, de uma simbologia aterrorizante, me marcaram demais.
O primo Basilio , Eça de Queiroz.
É um dos meus escritores favoritos, li praticamente toda a obra várias vezes. Destrui a coleção da minha mãe....
A ironia maravilhosa, a perversidade solitária de Juliana, a futilidade de Lúisa, tudo me atrai no romance.
O nome da Rosa, Umberto Eco.
Magnífico, teve a sorte ter uma adptação a sua altura, em um filme delicioso.Li muitas e muitas vezes, trabalhei com o filme e com trechos do livro em aulas que tiveram um ótimo resultado.
Quando Daniel era bebê e eu o amamentava, tinha um certo receio de dormir de masdrugada, machucando-o ( neura de jovem mãe)...assim, escolhi um livro que eu leria nas madrugadas em que ele estava mamando, um livro que eu gostasse muito e que, com certeza, me mantivesse acordada. O livro foi
O Nome da Rosa, que eu internamente passei a chamar de "
livro de amamentar".
Trabalho, lar e botequim, Sidney Chalhoub, é o primeiro de seus quatro livros e, segundo ele mesmo, o mais fraco. Eu gosto de todos, acho sempre que
ele é brilhante. Absolutamente brilhante sempre.
Mas esse me fez continuar no curso de História, depois de pensar em desistir.
Todos me marcaram deliciosamente.
Eu quero jogar a bola pra ...
Clélia, a doce
Andréa, a espirituosa
Guga, o
coolLulu, a descolada
Rafael, o único