Há alguns anos, quando eu trabalhava com adolescentes, fui chamada pela RP da escola.
- Vivien, tem uma mãe que eu quero que você atenda...ela é super legal, mas....
- ih.,....mas o quê? - imaginando a maior roubada.
- ai, ela faz umas perguntas tão complicadas, ela está fazendo doutorado na unicamp, vai lá falar com ela porque é teu estilo. - e rindo - eu me embolei toda!
Fui falar com ela, me sentia lisonjeada quando eles passavam essas situações pra mim.
Mas foi bem melhor do que só me sentir lisonjeada. Gostei da Jane de cara.
Em pouco tempo a gente já tinha desenvolvido uma amizade que espero mesmo que dure.
Ela defendeu seu doutorado hoje. Bióloga, professora de universidade federal, veio aqui pra Campinas pra elaborar seu belo trabalho junto a Educação.
Revi a Ju, sua filha, que está linda , uma moça. Me lembrei, com saudades, de como ela era uma menina articulada e profunda, que sempre se destacava nos debates que eu organizava. Me lembrei do seu namoradinho, ótimo desenhista e grande rpgista.
Gostei demais do tema que Jane trabalhou, e gostei, em especial de alguns pontos que vão ao encontro do que acredito como professora.
Ela desenvolveu um trabalho com uma atitude respeitosa em relação aos professores sobre os quais ela discute. Atitude bastante rara, dado que a Academia parece crer que tem somente a oferecer e nada a aprender, dado que a Academia apesar de se advogar discutir a alteridade, parece analfabeta em relação a esse conceito.
Outra coisa que me atraiu foi perceber o quanto ela valoriza a reflexão sobre a prática e o quanto ela valoriza a teoria subsidiando, mas não ofuscando a dinâmica própria que a sala de aula tem.
Meu trabalho vai nesse sentido e outra hora conto, porque hoje é o dia da Jane.
No momento de sua apresentação, fechou com agradecimentos que mostravam a mistura que se faz entre o momento da pesquisa e a vida da pesquisadora: ela mesclou fotos de vários momentos da pesquisa, com fotos do nascimento da Ju, com fotos de amigos. E eu chorei pacas. Bem quietinha lá, mas toda emocionada.
Porque só posso pensar na pesquisa como algo que se mistura na vida, que se embola e se confunde. Eu pretendo defender esse enfoque, porque é calcado nele que estudo.
Além de um trabalho interessante, Jane trouxe um elemento cênico para a apresentação, com gravuras, objetos e textos. Adorei.
Fiquei feliz em ter sido convidada por ela pra participar desse momento tão importante.
Meu dia também está chegando e espero ter por perto, amigos que viveram essa história comigo.
Parabéns, Jane.
Doutora.
vI, ESTOU EM UM MOMENTO FODIDO DA VIDA, entao escrevo no meu blog aquilo que me sai da alma, e normal que espere que as pessoas me tengam carinho, me digam algo nem que seja filha d aputa vai a luta que tu mereces.....sera que espero muito? sera que espero aquilo que as pessoas nao estao dispostas a dar....pois por um tempo...creio que deixo o blog de lado, pois pessoas que nao me conhecem nao vao ser capazes de me dizer nada....afinal nao me conhecem....sabes que e quero muito, te respeito...mas eu tambem necessito carinho, sou carente e dai? tenho que asssumir....Vou continuar lendo os post dos blog que me interessam....e o meu...vai ficar um tempo ou indefinidamente de ferias...
ResponderExcluirBeijinhos minha amiga...do outro lado do oceano...
P.S. Talvez nao entenda....mas vivo uma solidao acompanhada que com certeza e pior do que a solidao verdadeira e saiba que sempre podes contar comigo....minha casa estara sempre de portas abertas a ti a tei filhos e todas as pessoas que tu me digas que e stu amiga....mas por momento melhor nao ecrever nada, porque nao sei escrever coisas bonitas, sou muito sentimento, e os meus sentimentos nao importam a nada...
Se estou amarga, sim estou tenho o direito...vivo uma vida que nao quero viver e nao sou capaz de mudar...
Dri, que isso, mulher??
ResponderExcluirEspero que logo vc melhore, poxa...
De qq forma, escrever é expurgar e acho que vc deve continuar a escrever no seu blog.
E , claro, continuar a ler, descobrir o estilo e as pessoas que vc curte.beijos.
Que lindo post... Realmente inspirador, pela trajetória de quem é homenageada e pela tua sensibilidade!
ResponderExcluirAna, bacana poder acompanhar a trajetória dos amigos.;0)
ResponderExcluirAmigos novos e antigos
ResponderExcluirJoão Bosco & Aldir Blanc
As frases e as manhãs são espontâneas
Levantam do escuro e ninguém pode evitar
Eu tento apenas mostrar cantando
O lado oculto do meu coração
Eu tenho às vezes no olhar tardes de chuva
E sons percorrendo alamedas na memória
Eu tento apenas mostrar cantando
O que há nos lagos do meu coração
Alguém entrou no meu peito agora
Mas só depois vou saber quem é
Acho que a Academia brasileira precisa justamente disso: "humanos demasiado humanos".
ResponderExcluirAdorei o blog, vou passar sempre aqui. Beijão.
Clélia, como sempre, certeira.;0)
ResponderExcluirGaroto, volte sempre, abç.;0)
ResponderExcluir"Ela desenvolveu um trabalho com uma atitude respeitosa em relação aos professores sobre os quais ela discute. Atitude bastante rara, dado que a Academia parece crer que tem somente a oferecer e nada a aprender, dado que a Academia apesar de se advogar discutir a alteridade, parece analfabeta em relação a esse conceito."
ResponderExcluirPerfeito!!! Posso assinar esta frase com vc?
bjs
:o)