Já que nos post abaixo estou contando sobre uma apresentação, vai mais uma historinha.
Um dos encontros que mais gosto de participar é o promovido pela Ludus Culturalis. Além de ser um momento de mostrar o meu trabalho e conhecer os outros, ficou sendo, pra mim, o período do ano em que mais troco figurinhas com gente que gosta de rpg, hq, e outras coisas de geeks.Uma delícia.
É tão divertido revê-los. Com certeza, as conversas mais divertidas que tive foi jantando com esses amigos. Alguns filmes eu jamais consegui ver com meus próprios olhos, depois de terem sido destruidos brilhantemente por eles.
(Algumas histórias eu ainda preciso blogar...)
No ano passado minha apresentação foi em um auditório enorme, mas enorme de verdade. Eu fiquei super bem, até cinco minutos antes de começar.
Comecei a ver aquele povo entrar, o coração disparou e o ar foi embora, todo ele, sem dó nem piedade. Pânico total.
Continuei conversando com os amigos com quem estava, sentindo o sangue sumir do rosto e pensando " Agora eu despenco aqui no chão...".
Subi e fui pra mesa: eu sempre peço pra falar antes, como o pânico sempre vem e preciso de uns segundos pra domina-lo, se eu tiver que esperar, tenho medo de não conseguir. Ok, me apronto para começar.
Mas meu colega de mesa chama uma psicóloga.
E eu não entendendo necas. Ela sobe, pega o microfone, fala um pouco, em pé, sobre ludicidade, exagerando nos gestos e me deixando com vergonha por ela. E eu ainda não entendendo.
Ela continua, diz que todos vão relaxar e devem acompanha-la.
Ai começa a bater palmas, dar uns pulos, fazer umas coisas lá na frente.
Na minha frente: e eu, com cara de naaaada, sorrindo amarelo, sussurro pra ele : " Não temos que fazer isso, né?"
"não " - ele respondeu baixinho - " Também morro de vergonha..."
Depois de ver a platéia bater na própria bunda e dar uns gritinhos estranhos, eu já estava mais calma. Com vontade de rir, mas estava calma.
Minhas imagens no data show ficaram absolutamente gigantes e lindas, um belo trabalho feito por um amigo.
Deixei de discutir um monte de temas, mas acho que deu pra dividir um pouco da experiência que tive com as crianças, deu pra mostrar um pouco de como eu acredito que deva ser a educação, de como eu tento caminhar.
****post originalmente publicado em março de 2007.
(...) acho que deu pra dividir um pouco da experiência que tive com as crianças, deu pra mostrar um pouco de como eu acredito que deva ser a educação, de como eu tento caminhar.
ResponderExcluirE isto é o quê, realmente, importa, não?
Lindas as ilustrações das bailarinas...
Ciranda da bailarina
ResponderExcluirEdu Lobo & Chico Buarque/1982
[Para o balé O grande circo místico
Ilustração de Naum Alves de Souza]
Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Berruga nem frieira
Nem falta de maneira
Ela não tem
Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida
Ela não tem
Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem
Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem
O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem, todo mundo tem pentelho*
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem
Procurando bem
Todo mundo tem...
*termo vetado pela censura
Putz, meu marido adora Rpg. A maior frustração dele é eu nunca ter jogado Dangerons and Dragons com ele, hehehe
ResponderExcluirClélia, acho que sim. É bacana encontrar pessoas que tentem andar por diferentes caminhos na Educação.;0)
ResponderExcluirMárcia, que sacanagem..!!! tenho certeza que vc vai adorar D&D, experimente.;0)
ResponderExcluirAntes de uma apresentação, eu só me acalmo justamente na hora em que o povo entra. E quanto mais gente, melhor. Eu adoro falar pra multidões. Rendo muito mais.
ResponderExcluirMeu terapeuta me disse que eu gostava de fazer tudo com platéia. Qualquer coisa.
Uma amiga nossa me apelidou de narcisinho.
Acho que eles têm razão.
Não falo em público. Na verdade, não sei o que estou fazendo, escrevendo em público...
ResponderExcluirArnaldo, eu adoro falar em público, minhas salas de aula, hoje em dia, tem uma média de 80 aprendizes de engenharia e eu acho o máximo.
ResponderExcluirMas , no caso das palestras, sempre tenho um segundinho de panico total...e é horrivel.;0)
Clélia, como te contei, fui numa criança incrivelmente timida. Hoje sou uma exibidinha....;0)
ResponderExcluirO leao interior sempre aflora. kkk
ResponderExcluirDeixe o leao tomar conta de vez para espantar ate mesmo os segundos anteriores a falta de ar. rs
bjs
:o)
***Frou, mas o leão vira gato por vezes...ahhahah....gato castrado e gordo!
ResponderExcluir;0)