Estou fazendo a última disciplina do mestrado.
Depois de tirar uma licença de um ano, estou de volta. Desencalho essa dissertação , nem que seja a golpe de karatê.
O problema é que o tempo está correndo e eu perdi o tesão pela pesquisa. Taí, é isso.
Convivo com ela como um casamento morno. E eu não concebo casamento morno.
Não é que não acredite mais no objeto, porque acredito. Estou convencida da importância pedagógica do processo lúdico, em especial, do uso do rpg.
Minha trajetória como professora me mostrou isso e foi nesse sentido que retornei a Academia. Pra respaldar teoricamente, aquilo que experimentei no meu cotidiano de sala de aula.Quero ser mestre jedi...sem dúvida, não estou desqualificando esse momento, esse processo, apesar de insistir que a teoria me serve pra subsidiar a base empírica. É a base empírica meu foco central, sempre vai ser.
Mas perdi algo, talvez encontre agora, trabalhando com oficinas pra professores, colocando o trabalho na roda.Talvez eu volte a me apaixonar pelo meu tema.Eu desejo me apaixonar novamente pelo tema, porque só assim ele vai fazer sentido pra mim.
Porque quero viver esse tempo, não quero que passe mais rápido ou de forma mais lenta, quero vivê-lo, mas quero me sentir envolvida novamente. Não quero casamento morno, nunca.
Viiii......
ResponderExcluirisso é supe rnormal, amiga. No meu processo de mestrado, muitas, muitas vezes não aguentava mais nem olhar pro tema, me enchia profundamente, me perguntava: prá que raios isso sserve, ou.. quem sou eu prá falar algo que presta disso? e um monte de coisa. Percebi que quanto menos trabalhava mais meu tesão diminuía, e que quando me jogava, aquele tesão voltava sim, volta. Mas não fica sempre nem o tempo inteiro. eu sei que isso não ajuda nem um pouco, mas é normal esses momentos assim. mesmo. O que acontece é que nós somos bichos insistentes.
um beijo grande,
Lu.
Lulu, tô com aquela sensação de nadar no meio do oceano. Por mais que eu faça, ainda há TUDO por fazer...!bj.
ResponderExcluirOração ao Tempo
ResponderExcluirCaetano Veloso
És um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo, vou te fazer um pedido
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo, entro num acordo contigo
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
Por seres tão inventivo e pareceres contínuo
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo és um dos deuses mais lindos
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
Que sejas ainda mais vivo no som do meu estribilho
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo, ouve bem o que te digo
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
Peço-te o prazer legítimo e o movimento preciso
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo, quando o tempo for propício
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
De modo que o meu espírito ganhe um brilho definido
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo e eu espalhe benefícios
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
O que usaremos pra isso fica guardado em sigilo
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo apenas contigo e migo
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
E quando eu tiver saído para fora do círculo
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo, não serei nem terás sido
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
Ainda assim acredito ser possível reunirmo-nos
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo, num outro nível de vínculo
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
Portanto peço-te aquilo e te ofereço elogios
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo, nas rimas do meu estilo
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
Adoro esta obra de Salvador Dali, com os relógios derretando!
bj
olha, Vivien, dizem que conselho bom é conselho morto, mas eu nem tô.
ResponderExcluirincrível esta mania que os pesquisadores têm de querer estar sempre num mar de tesão pela pesquisa. e aí criam objetos imensos, que demandariam anos de pesquisa (e uma equipe!!!), e depois ficam frustrados porque a coisa não anda bem como imaginavam.
a boa pesquisa de mestrado é recortadinha, com foco, exequível. claro: relevante, rigorosa, bem feita. mas recortadinha.
:)
Clélia, sabe que isso dá um livro?
ResponderExcluir"clélia musicando textos".;0)
Adorei.
Márcia, juro que recortei. Juro procê.;0)
ResponderExcluirMas o troço parecem um gremlins...mesmo sem água, cresce e vira monstrooooo...aaaaaaahhh!!!!!
Vi, eunao posso de dizer de teses, disertaçoes...mas sim posso te dizer que as vezes necessitamos deste tempo morto para voltarmos com energia renovada....erecomeçar como ja dizia (copiando da Clelia) a musica cantada pela Simone...
ResponderExcluir"Começar de novo e contar contigo
Vai valer a pena..."
Um beijo carinhoso cheio de saudades do outro lado do oceano
Dri, vai valer a pena.;0)
ResponderExcluirTo sofrendo não, não tá angustiante. Só to sem aquela fúria assassina pra fazer o projeto...rs
Vivien,
ResponderExcluirNão dá pra estar o tempo todo com esta fúria assassina. Não dá pra ter paixão o tempo todo. O tesão, às vezes, precisa de descanso.
Se a água estiver sempre fervendo, evapora. Acaba.
Tenha calma. Se conseguir ficar menos ansiosa por causa da falta de tesão, o tesão volta.
Arnaldo, vc está coberto de razão.
ResponderExcluirCara, esse blog é terapêutico pra mim, sério.
E acho que a elaboração de uma pesquisa passa mesmo por várias fases, acho que é por ai.;0)
Vivien
ResponderExcluirÉ assim mesmo. Tudo o que contaste está dentro da normalidade. Depois deste tempo morno, virá a guerra. A guerra amor-ódio. O final é intenso, super intenso.
Se podes, simplifica tudo. Sem perfumarias. Foco, foco e foco. Vai direto ao alvo. Sem voltas. Curto e direto. Boa sorte!
Bjs.
Thelma, defendo em fevereiro, vai ter festa virtual no blog. Quem sabe até lá...eu faço dieta?
ResponderExcluirahhaha....obrigada pela força, beijos.
Casamento é feito de fases, umas quentes, outras mornas e aquelas insuportavelmente frias. Se você tiver paciência pra aguentar essa mornidão, logo logo você estará quente, fervendo, doida pra pesquisar o mais que puder.
ResponderExcluirCláudia, curtir as fases, sejam ela quais forem, certo? acho que vc está certa, é por aí.bj.
ResponderExcluirVivien, vim retribuir avisita ao perplexo. Vc chegou lá em momento de festa, não te dei a atenção merecida, agora já passou a brincadeira, vim te ver.
ResponderExcluirAgradeço a visita e o parabéns. Aquilo alí é só uma brincadeira, afinal como vc fala aí do teu mestrado, sem tesão não tem condição.
Blogar para mim é terapia também e os amigos, os comentários e anecessidade de sempre colocar um tema que seja ao menosa interessante me dão a motivação que preciso.
Quanto ao mestrado acho que vc tira de letra(sem trocadilho infame que o assunto é sério), isso é passageiro. Casamento morno não dá mesmo.
Abraço grande
parou um ano e voltou brochada? Eu recomendo uma entrada em campo - vai pro empírico chacoalhar essa libido um pouquinho!!!
ResponderExcluirValter, depois volto lá pra ler o conto todo.;0)
ResponderExcluirVolte sempre, bj.
Urubua, o trabalho de campo acabou...mas acho que sua dica é boa, talvez seja hora de mexer um pouco nesse material.;0)
ResponderExcluirEu tive um colega no doutorado que fez sua tese na metade do tempo de todos os outros. Agora, quando ele fala sobre isso, sempre refere seu arrependimento, dizendo que ele funciona vendo só a meta e que nunca consegue curtir o processo. Os outros, chorávamos, nos lamentávamos, contávamos de nossas idéias impossíveis, tomávamos pileques falando nas respectivas teses, fazíamos excursoes pela Espanha...e levamos o tempo determinado - alguns ainda nao defenderam seus trabalhos.
ResponderExcluirNao te assusta, guriazinha, que é assim mesmo. Estás vivendo as crises naturais do caminho. Relaxa. Boa sorte!
Thelma, espero que esse "filho" tenha um nascimento legal. Essa gestação está sendo longa...rs
ResponderExcluirOu o nascimento terá de ser a fórceps...?!
ResponderExcluirRosa dos tempos
ResponderExcluirEduardo Gudin
Sempre que o tempo quiser
Vou lá
Sempre que o som me chamar
Vou lá
Basta eu querer pra buscar
A nossa intenção, nossa geração
Versos de Drummond
Samba de Vinícius de Moraes
Eram assim como rituais
Hoje são formas atemporais
Ventos do leste ao mar
Viravam canções, hinos tropicais
Varriam porões
Fonte dos caminhos atuais
Gira a rosa dos tempos
Roda em circuladô
O canto nobre que a re-velô
Abre as portas do tempo
E deixa o sol clarear
O novo é o dom de modernizar
Clélia, vai ser parto normal e nem preciso de anestesia.
ResponderExcluirTa convidada, lógico.;0)
casamento morno é descasamento.
ResponderExcluirCasamento tem que ser forno. Nem que seja pra se queimar.
bj
Guga, sei lá.
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