09 novembro 2010

Roda Viva versão "Como É Essa Coisa?"









Alguém por favor por de explicar exatamente o que aconteceu com o Roda Viva? Primeiro: é sério que o Heródoto Barbeiro dançou porque perguntou sobre os pedágios para o José Pedágio Serra? Sério?
Ah, caraca.
Bom, pra quem quatro blocos, sendo que o último serve para o "balanço" dos participantes. Em outras palavras, todo mundo diz que foi bom, ótimo, muito rico e que gostaria de fazer mais perguntas para o entrevistado, que dá uma jogada de confete de volta.
Sabe jogador dando entrevista? Falando sempre a mesma coisa? "Vamos dar tudo de si (sic), fazer um bom jogo, um grande futebol, o time está unido e seguir a instrução do professor e blábláblká". Gente, é igual. Mesmo papo repetitivo, inútil e abosolutamente previsível.
Augusto Nunes, que era meu ídolo na adolescência e juventude, por quem eu suspirava pelo charme e pela inteligência, está um fiasco. Não tanto pela aparência, os anos o atingiram em cheio, mas ainda dá um caldo. Mas perguntas superficiais, má condução de resposta, impaciência e outros problemas me fazem olhar pra ele com profunda decepção.
Marilia Grabriela é uma chata, mas isso não tem conserto. O pior de tudo é que ela e Paulo Moreira Leite gesticulam tanto que me lembram a entrevista - no mesmo programa - de José Celso Martinez Corrêa, que estava tão histriônico que as pessoas começaram a escrever perguntado se ele estava drogado. Um pé.
O que mais me incomoda mesmo são as perguntas vagas, mal elaboradas, que se repetem com aquela profusão de gestos e terminam com "como é essa coisa? " ou " como é isso?", o fim da picada, o fim dos tempos, o apocalipse das entrevistas.
No Roda Viva de ontem estava Contardo Calligaris - pausa para o suspiro apaixonado - que foi absolutamente brilhante e charmoso como sempre. Parecendo ficar surpreso com o nivel das perguntas. Quando indagado por Augusto Nunes se "ele conseguia se analizar ou precisava de alguém para isso", respondeu com um certo sorriso matreiro que "não se analizava, porque ninguém se analiza, é preciso do Outro para isso".
Sem desenvolver a resposta, foi quase lacônico, como quem diz: meu filho, pesquise antes de falar batatada...
De resto, a entrevista por boa por conta dele. Mona Dorf, jornalista convidada, foi sem sombra de dúvidas a melhor e mais elaborada. O resto..."ah, como é esa coisa?"
Faça-me o favor.

8 comentários:

  1. Vivien, o Roda Viva está um HORROR!! Alguém tire o Augusto Nunes de lá, pelamordedeus. O que é aquilo? Nunca vi entrevistador tão mal informado. Ele só lê aquela revista? Aff, vergonhoso.

    Bj
    Rita

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  2. ***Rta, incrivel. E eu sempre fui super fazoca dele....ele mudou ou eu era lerda mesmo?
    beijos.

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  3. Anônimo12:23 AM

    hehehe vivien, caramba né? eu também gostava dele? quando ele editava o caderno2 na nos idos dos 80 quando Caio F Abreu era colunista.
    Não tem o programa Ensaio da Cultura? o Fernado Faro apresentava, ele e nem as perguntas apareciam, e nem precisavam. Ah, eu gostava do Roberto D´Avilla entrevistando.
    bjs
    madoka

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  4. ***Madoka, eu acho que o Her[odoto deveria voltar e os entrevistadores deveriam ser mais variados, porque o mesmo olhar sobre tudo n'ao rola.
    beijos.

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  5. escrevi comentário enorme e joguei fora :( errei ai.
    O Roda viva está moribundo c aquele povo caquético e exautado- parecem velhos se agarrando à ideias velhas.
    Induzindo o Contardo- como ela, marília tem feito no MG entrevista- feio, nojento.
    O C sagaz, saiu-se mt bem- a única q salvou-se tb foi a Monadorf.
    Bjs Laura
    Adorei ver a Madoka ai :)

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  6. ***Laura, quero ler o comentario enorme!!/0)
    Concordo, amiga, ele realmente conseguiu trazer reflexoes interessantes para a entrevista, ja que os jornalistas ficaram aquem do que se esperava.
    Rb curti a Mona Dorf, como disse no texto, e Madoka aparece por aqui. Adooooro.
    beijos.

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  7. Anônimo9:59 AM

    Vivinha,
    A entrevista com o Zé Dirceu, primeira e última que assisti no novo modelo, foi uma vergonha. O Augusto Nunes parecia um debilóide... lá pelas tantas, ele solta para o Zé Dirceu, com ar de autoridade, como quem tivesse descoberto a roda: -´mas essa é a SUA opinião... (todo bravinho... juro, como se tivesse fazendo uma intervenção super desconcertantes... E o Zé Dirceu, com muita calma: ´é claro que é a minha opinião, sou EU que estou falando´.
    Cruzes! Que vergonha!
    Quanto ao “cabelinho que chacoalhante”, não vou nem comentar...
    bjs
    Frou
    :o)

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  8. ***Frou, hahahahhahahahahahahhahahahahahahhahahahahahha.......

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