29 novembro 2009

Manoel Carlos e a pedagogia da porrada


Semestre passado eu estava com aulas todas as noites, quando via a novela era em um ou outro sábado e ficava mais perdida que cego em tiroteio.

Agora estou com algumas noites livres e estou assistindo. Mas ainda não estou entendendo muitas coisas, talvez vocês possam me ajudar.

A principal delas é por que não existe um movimento grande contra a propaganda "pró porrada" que ele faz sistematicamente. E deveria ter, deveria ter.

A pancada parece ser educativa para o autor...me lembro de ter visto o pai da fulana que maltratava os avós apanhando, em outra coisa maravilhosa que ele escreveu. Assim, pai banana se redime e espanca a filha. Educa. Que beleza.

Nessa novela isso se repete.

Entendo que alguém irritado tente sair na mão com outro, é compreensível e é real.

Mas o que me deixa passada é ver que isso é colocado de forma educacional.

Exemplo: a sem noção da garota-que -não -me -lembro - o-nome continuava dando em cima do sacanão- que- trai -a- mulher- professora de teatro, personagem escondidinho. A tal garota bate boca com a cornélia e toma uns tapas, compreensível, porque ninguém gosta de ser corna.

Mas aí entra a pedagogia da porrada....a mãe da garota - Alguém sabe o nome do personagem da Ana Botafogo?? - coloca a filha em uma sala e solta a seguinte pérola:

- ninguém vai te bater, porque quem tem que te bater sou eu....

E soca pancada na sem-noção.

Essa foi uma das inúmeras cenas onde a pancada parece ter um valor educativo, pedagógico.

Ainda uma vez digo que não tenho leitura teórica sobre comunicação de massa, mas me interesso sobre o tema. Aí fica a hipótese: a trivialização, a banalização da violência doméstica já é um mal em si. Mas a demonstração disso como algo não só admissível, como recomendável, é asqueroso. E sério, e muito sério.

Ah, Manoel Carlos, você e seu Leblon idílico estão mesmo na contramão da história.




***** texto originalmente publicado em março de 2007.



******2009*******


Manoel Carlos do Leblon continua aquele. Em sua nova novela, Viver a Viva, a sua didática porrada insiste em continuar a ser uma estratégia para se controlar a filha agressiva. Porque é sempre filha, aliás. Outro ponto a ser observado. Nesse caso, uma surra de cinto dada pela personagem Tereza em sua filha Isabel, a pentelha.
Por hora, vamos apenas localizar o seguinte: em três novelas relativamente próximas, em um instrumento de comunicação de massa e em horário nobre, o teledramaturgo exibe cenas de espancamento.
Seria interessante haver uma discussão apropriada que comparasse a real inserção de campanhas anti-agressão fisica em contraponto a cenas de óbvia exaltação da mesma, dentro de obras de ficção.
Não se trata de negar a violência, mas se trata de discutir como esta aparece dentro do contexto da comunicação de massa. E se trata de perceber o estrago que cenas ridículas como essa podem fazer.

38 comentários:

  1. Vivien,

    Este post me lembrou um samba-de-breque famoso cantado pelo Moreira da Silva que dizi o seguinte:

    "Na subida do morro me contaram.
    Que você bateu na minha nega.
    Isto não é direito.
    Bater numa mulher que não é sua..."

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  2. Arnaldo, hahahah...por ai! bato no que é meu, né? Uma loucura. ê manoel carlos....

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  3. ihh teve uma cena q me deixou indignada dia desses, um pai esbofeteou o filho q engravidou a namorada pq o filho sugeriu aborto. coisa mais retrógrada!

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  4. Adriana, as conversas sobre aborto são tão maniqueístas e simplistas que dao nojo, ne? ô novelinha...rs

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  5. A linguagem explícita ou implícita que o autor da novela transmite, com sua moral idiossincrática, entra no lar de milhoes de brasileiros. É um perigo! No caso das porradas, nao tem nada de educativo.

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  6. Tati, dá vontade de dar uns bofetões é nele.

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  7. Thelma, exato. E quando ele começa a apresentar pancada como educação...me arrepio!

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  8. Faz anos que não vejo novelas, Vivien... Não tenho + paciência. E já gostei, muito! Acompanhei várias, desde menina, na época da TV Tupi (entreguei minha idade, agora!):

    O direito de nascer 1964 (protagonistas: "mamãe Dolores" & "Albertinho Limonta");
    O Pequeno Lorde (com Paulo Castelli);
    Éramos Seis (com Irene Ravache & Othon Bastos);
    O Rouxinol da Galiléia;
    Antônio Maria (com Sérgio Cardoso);
    Beto Rockfeller (com Luiz Gustavo);
    Nino, o Italianinho (com Juca de Oliveira);
    Simplesmente Maria (com Yoná Magalhães & Carlos Alberto);
    O Meu Pé de Laranja Lima
    Mulheres de Areia (com Eva Wilma, Carlos Zara & Gianfrancesco Guarnieri)

    Na Globo:

    Sangue e Areia 1967 (com Tarcísio Meira & Glória Menezes);
    A Cabana do Pai Tomás (com Sérgio Cardoso);
    Véu de Noiva (com Regina Duarte & Cláudio Marzo);
    Irmãos Coragem (com Tarcísio Meira, Glória Menezes, Claúdio Marzo, Regina Duarte, Cláudio Cavalcante, Lúcia Alves, Zilka Salaberry, Gilberto Martinho, Emiliano Queiroz, entre outros);
    Pigmaleão 70 (Sérgio Cardoso, Tônia Carrero, Marcos Paulo, entre outros);
    O Cafona (com Francisco Cuoco & Marília Pera);
    Minha Doce Namorada (com Regina Duarte & Cláudio Marzo);
    Bandeira 2 (Paulo Gracinod, Marília Pera, Felipe Carone, Milton Moraes, Grande Otelo; Ziembinski; José Wilker; Stepan Nercessian, entre outros);
    Selva de Pedra (Regina Duarte, Francisco Cuoco; Dina Sfat; Carlos Vereza, entre outros);
    O Bofe (Jardel Filho, Cláudio Marzo; Ziembinski, Betty Faria, Cláudio Cavalcante, José Wilker, entre outros);
    O Bem-Amado (com Paulo Gracindo, Lima Duarte, Emiliano Queiroz, Sandra Bréa, Ida Gomes, Dorinha Durval, Dirce Migliaccio, entre outros);
    Carinhoso (Regina Duarte, Cláudio Marzo, Marcos Paulo, Herval Rossano, Débora Duarte, entre outros);
    Os Ossos do Barão (com Paulo Gracindo, Lima Duarte, José Wilker, Dina Sfat, Lélia Abramo, entre outros);
    O Espigão (com Milton Moraes, Betty Faria, Cláudio Marzo, Débora Duarte, Ary Fontoura, Carlos Eduardo Dolabella, Rosamaria Murtinho, entre outros);
    Fogo Sobre Terra (com Juca de Oliveira, Regina Duarte, Dina Sfat, Jardel Filho, Fúlvio Stefanini, Marcos Paulo, Sônia Braga, entre outros);
    O Rebu (com Ziembinski, Lima Duarte, Bete Mendes, Mauro Mendonça, Tereza Rachel, José Lewgoy, Arlette Salles, Carlos Vereza, Maria Cláudia, entre outros);
    Gabriela (com Sônia Braga, Armando Bógus, Paulo Gracindo, José Wilker, Fúlvio Stefanini, entre outros);
    Senhora (com Norma Blum, Cláudio Marzo, Fátima Feire, Osmar Prado, Lúcia Alves, entre outros);
    A Moreninha (com Nívea Maria, Mário Cardoso, Marco Nanini, Eduardo Tornaghi, Carmem Monegal, entre outros);
    O Grito (com Glória Menezes, Walmor Chagas, Isabel Ribeiro, Nei Latorraca, Elizabeth Savalla, Yoná Magalhães, Tereza Rachel, entre outros);
    Pecado Capital (com Francisco Cuoco, Betty Faria, Lima Duarte, entre outros);
    Anjo Mau (com Suzana Vieira, José Wilker, Renné de Vielmond, Luiz Gustavo, Pepita Rodrigues, Osmar Prado, José Lewgoy, entre outros);
    Saramandaia (com Juca de Oliveira, Sonia Braga, Antonio Fagundes, Yoná Magalhães, entre outros);
    O Casarão (com Gracindo Jr., Sandra Barsotti, Paulo Gracindo, Yara Côrtes, Mário Lago, entre outros);
    Estúpido Cupido (com Ney Latorraca, Françoise Forton, Leonardo Villar, Mª Della Costa, Ricardo Blat, Luiz Armando de Queiroz, entre outros);
    Escrava Isaura (com Lucélia Santos, Rubens de Falco, Edwin Luisi, entre outros);
    Dona Xepa (com Yara Côrtes, Nívea Maria, entre outros);
    Espelho Mágico (com Tarcísio Meire, Glória Menezes, Juca de Oliveira, Yoná Magalhães, Lima Duarte, Sônia Braga, Tony Ramos, Lídia Brondi, Daniel Filho, Mauro Mendonça, Vera Fischer, Sérgio Britto, tros);
    Nina (com Regina Duarte & Antonio Fagundes)
    O Astro (com Francisco Cuoco, Dina Sfat, Tony Ramos, Elizabeth Savalla, entre outros);
    Dancin'Days (com Sônia Braga, Antonio Fagundes, Joana Fomm, Glória Pires, Lídia Brondi, entre outros);
    Cabocla (com Glória Pires & Fábio Júnior);
    Água Viva (com Reginaldo Faria, Betty Faria, Raul Cortez, Tônia Carrero, Lucélia Santos, Beatriz Segal, Glória Pires, entre outros);
    Guerra dos Sexos (com Fernanda Montenegro & Paulo Autran);
    Roque Santeiro (com José Wilker, Regina Duarte, Lima Duarte, Ary Fontoura, Eloísa Mafalda, Armando Bógus, Cássia Kiss, Fábio Júnior, entre outros);
    Sinhá Moça (com Lucélia Santos & Marcos Paulo);
    Mandala (com Vera Fischer & Felipe Camargo);
    Brega & Chique (com Marília Pêra, Glória Menezes, Marco Nanini, Raul Cortez, entre outros);
    Vale Tudo (com Regina Duarte, Antonio Fagundes, Glória Pires, Carlos Alberto Riccelli, Lídia Brondi, Cássio Gabus Mendes, Beatriz Segall, Renata Sorrah, Nathália Timberg, entre outros);
    O Salvador da Pátria (com Lima Duarte & Maitê Proença);
    Tieta (com Betty Faria, José Mayer, Joana Fomm, Reginaldo Faria, Lídia Brondi, Arlete Salles, Cássio Gabus Mendes, Paulo Betti, entre outros);
    Rainha da Sucata (com Regina Duarte, Tony Ramos, Glória Menezes, entre outros);
    Barriga de Aluguel (com Cláudia Abreu & Cássia Kiss);
    O Dono do Mundo (com Antonio Fagundes & Malu Mader);
    Mulheres de Areia (com Glória Pires, Guilherme Fontes, Marcos Frota, entre outros);

    Não, minha memória não é tão prodigiosa assim!!! Precisei checar alguns nomes de novelas, elenco, cronologia... Pra quem se interessar pelo assunto, aqui estão 2 sites de pesquisa:

    http://www.teledramaturgia.com.br
    http://www.telehistoria.com.br/

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  9. Perdoe o espação que ocupei aí em cima...!
    bjão,
    Clé

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  10. 'Tava faltando a trilha sonora:

    Nuvem negra
    Djavan


    Não adianta me ver sorrir
    Espelho meu
    Meu riso é seu
    Eu estou ilhada
    Hoje não ligo a TV
    Nem mesmo pra ver o Jô
    Não vou sair
    Se ligarem não estou
    A manhã que vem
    Nem bom-dia eu vou dar
    Se chegar alguém
    A me pedir um favor
    Eu não sei
    Tá difícil ser eu
    Sem reclamar de tudo

    Passa nuvem negra
    Larga o dia
    E vê se leva o mal
    Que me arrasou
    Pra que não faça sofrer mais ninguém
    Esse amor que é raro
    E é preciso
    Pra nos levantar
    Me derrubou
    Não sabe parar de crescer
    E doer

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  11. Clélia, a Casa é sua.;0)
    Depois vou olhar o site, fiquei curiosa!!

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  12. Entendo perfeitamente a indignação geral diante dos absurdos que as novelas levam, diariamente, às casas dos brasileiro.
    Não é só o Sr Manoel Carlos, considerado grande escritor e dramaturgo.
    Mas todos, invariavelmente todos os escritores noveleiros descambam para perder a noção do que apresentam como ético e moral.
    Me lembro de uma cena protagonizada pela Malu Mader, em uma novela que não sei qual foi, em que ela, por vingança e por mais nada restar a fazer, sentava encima de sua arquiinimiga , Claudia Abreu, virava a pedra do anel para uma posição estratégica, e sentava a porrada na vilã.
    Sinceramente, fiquei chocada.
    Dali, os comentários nas ruas, escolas, empresas, era de que Malu estava certíssima, que, na opinião geral, nada mais há que se fazer a não ser descer a mão.
    E então, me lembro de nosso "louco" profeta Gentileza, que gritava aos quatro ventos, nesta cidade dita maravilhos: "Gentileza gera gentileza. Amor à natureza, etc, etc....". Foi considerado louco e motivo de riso.
    Ele tinha razão, nos falta gentileza com o outro, consideração, compaixão, convivência fraterna.
    E, nas palavras de Marisa Montes: "Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza", as palavras de Gentileza....

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  13. Eu acho que esses temas devem ser discutidos, apontados.
    Essa forma de apresentação da violencia como "pedagogica" é deploravel.

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  14. Anônimo6:24 AM

    Vivien, não gosto de dizer isso, mas passei apenas para lhe desejar um excelente próxima semana.
    Nada contra, mas em matéria dessa programação de TV vi apenas uma mini-série e um pouco de uma novela, assim mesmo porque tenho um conhecido que trabalhava em papéis de destaque e sempre me perguntava o que eu estava achando de sua atuação. No mais, não entendo nadinha, mas nada contra.
    Acho apenas que os autores de novelas têm uma responsabilidade muito grande na educação de nossa população, seja ela adulta, adolescente ou não. Se a educação é boa, me parece que não.
    Beijos, ótimo final de semana.

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  15. Adelino, abandonei minhas queridas novelas.;0) Pelo menos até chegar algo do Gilberto Braga ou alguém do mesmo naipe, fora isso, me desliguei.
    beijocas e ótima semana pra vc.

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  16. Salve !
    Estou por aqui dando uma espiada.
    Muito obrigada por sua visita e por palavras tão carinhosas para com o meu trabalho.Seus comentários sempre colorem o meu espaço e enchem o meu coração de alegria.
    Muito legal, ontem eu escrevi sobre essa expressão: "a casa da mãe joana".
    Volte mais vezes, FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... terá sempre uma história para contar.
    Saudações florestais
    http://www.silnunesprof.blogspot.com

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  17. Vivien, há décadas não assisto novelas, mas o Manoel era um dos meus preferidos. Aliás, a última que assisti foi dele, Por Amor. Quer dizer que ele baixou o nível assim? Engraçado, o Manoel sempre foi o novelista mais light da Globo. O que mais me preocupa é que as novelas hoje são escritas para o público das classes C, D e E. A Globo faz um pesquisa imensa para saber os gostos dos telespectadores dessas classes. Pode ter certeza que se o Manoel escreve isso é porque tal filosofia faz sucesso entre as camadas mais humildes. Não acredito que o Manoel realmente acredite na porrada como forma de se resolver alguma coisa, embora eu ache que ela, em determinados casos, seja necessária. É uma pena. Enfim...
    bj

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  18. ***Julio, conversando com um amigo roteirista de lá, escutei algo bem próximo ao que vc comentou aqui.
    Entendo que a emissora deva se preocupar em atender ao "gosto popular", mas me pergunto até que ponto ele é a demanda ou o reflexo.
    Se porrada resolvesse, a gente viveria em um paraíso...rs
    beijão.

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  19. ***Silvana, com certeza, voltarei.;0)
    Beijão.

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  20. Já comentamos aqui em casa- absurdo dar porrada em filho, mulher, quem quer que seja- mas já vi gente dizendo que adora no twitter-gente boa.
    É a mocinha negra que leva tapa na carra, a filha impossível de controlar- ora, vá se tratar p saber lidar c a perversinha, que morre de ciúmes- com razão- pelo afeto da mão pelas outras. bjs Laura

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  21. ***Laura, essa estratégia de bater é engraçada, entendo mais ou menos assim: a pessoa não consegue se fazer respeitar, então, a "lógica" seria ....provocar dor.
    Dor educa?
    Ah, Torquemada-pedagogo...hehheheheh

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  22. Vivien, concordo com sua observação. Convivo com a violência diariamente, leciono em uma escola situada numa comunidade onde o mais forte manda. Meus alunos são carentes e se agridem mutuamente por qualquer besteira. Se chamamos os pais por algum motivo, querem logo avançar p/ cima dos filhos, na tentativa absurda de demontrarem "interesse na educação".
    Cenas como essas a que se referiu, despertam o maior interesse na maioria da população, que passa a reproduzir o gesto, como se fosse a melhor solução para educar.

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  23. ***Nárriman, é a tal cultura da porrada mesmo.
    Já vi pais surtando com filhos, depois de inúmeras inoperâncias com os mesmos. Pais ausentes pretendem educar (!) com pancada, vai entender...
    Beijos e volte sempre.

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  24. Abandonamos as novelas, mas somos loucas por Guernica!
    Beijos nossos.

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  25. ***Meninas, hahahahh....sem dúvida, Guernica é melhor.
    Mas eu gosto de novelas, gosto mesmo, mas fico frustrada quando vejo porcaria.
    Beijos, voltem sempre.

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  26. Vivien, no fundo acho que ele retrata o que rola na vida real. violência doméstica é realidade!!!
    sou suspeita pq sou fã do Maneco e suas novelas! ;))
    Adorei o comentário no Criative-se! Obrigada!
    Bjks, Beta

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  27. ***Beta, o problema não é retratar, se ele retratasse isso como violência doméstica, seria ótimo, seria tema de discussão.
    Ele desenha uma cena onde a personagem antipática faz várias sacanagens e, por isso, como "ela merece", ela apanha, como forma de corrigir.
    Isso no horário nobre em um país de terceiro mundo? Absurdo.
    Eu gostei muito de seu blog, beijos.
    Volte sempre.

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  28. É mesmo uma canalhice.
    E acho que se alguém tem que apanhar nessa novela é aquele tosco do Marcos (Jose Mayer) e seu amiguinho "putinho orgulhoso", que tá se achando o garanhão do pedaço!!

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  29. Bom dia! Obrigada pelo comentário no meu post!
    Adorei conhecer teu blog e achei este texto utilíssimo. Vou retuitá-lo agora mesmo.
    Já dei palmadas nos meus filhos em situações limite, mas tenho convicção de que jamais pode ser hábito ou regra, jamais pode ser o substituto da palavra.

    O Dr. Içami Tiba mostra mil maneiras de se impor a disciplina sem a violência. O pior de tudo é que os pais batem não para educar, mas para expressar a sua raiva e frustração.

    Sou uma mãe presente, dura, cheia de horários e normas, mas sempre com base na palavra e nos !combinados". Funciona mais o exemplo do que o grito.

    Voltarei sempre.
    Bjs e bom dia!

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  30. Vivien, texto excelente, elucidativo e intrigante. Sabe que eu não havia atentando para esse ponto em comum nas tramas de Manuel Carlos? Que ele é previsível quanto ao que escreve, isso sim. As novelas dele são sempre iguais, é a mesma “lenga lenga” do Rio de Janeiro, classe média alta do Leblon, embalados pela velha e conhecida Bossa Nova. Nada de novo...

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  31. ***Lidiane, acho que existem diversos pontos a serem discutidos, mas esse, em especial, me preocupa. Em um páis onde culturalmente se vê muita novela, esses temas devem ser debatidos no coletivo.
    Beijos.

    ***Fernanda, ahco que a questão dos combinados vai estruturar a relação entre pais e filhos, mesmo quando eles começarema quebrar as regras, como é típico na adolescência.
    Nenhuma relação é simples, né?
    Obrigada pela visita, volte sempre, beijos.


    ***Alina, exato! Esse é outro tema que pretendo tratar: o assédio "divertidinho, engraçadinho" exercido sobre a empregada do personagem Gustavo, o sexo casual (sem camisinha) do personagem "zé pegador", aquela coisa cafona do "conquistador" latino-coroa, sacumé?
    Beijos, volte sempre.

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  32. ola bom dia obrigada por ter passado e deixar uma mns para mim seu trabalho é maravilhoso vejo que tem muito carinho aqui que é otimo sabe bem ter amigos que nos relembrem ou e te dao carinho boa sorte muito sucesso beijos

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  33. ***Anita, obrigada, volte sempre, beijos.

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  34. E o pior de tudo: a novela das 8 da globo é tida como exemplo educacional, instituição sagrada da familia brasileira. Fale mal do prefeito, do gorvenador, do presidente, mas não diga que não gostou da novela!!!
    Nossa.Amei você ter posto um texto publicado há tanto tempo, isso prova que a já fálida instiuição novelistica(eita esse termo existe?) ainda tá completamente no poder, mandando e desmandando na tv.
    Alguém já parou pra prestar atenção no depósito de apadrinhados que é a "novelinha malhação".
    Lembro que não faz muitos anos eu assistia a essa novela e um casal de personagens adolescentes estava "tramando" uma fuga pra ter relações sexuais, isso as 17:00, numa novela direcionada aos adolescentes?
    Por acaso eles não deveriam icentivar os estudos, a boa música, a amizade entre outras coisas saudáveis ao invés de icentivar o aumento na taxa de adolescentes grávidas no país?

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  35. ***Manuela, um exemplo interessante.
    Parece que agora, esse produto ( alhação) esta preocupado em melhorar, colocando algumas discussãoes como doença venérea, diversidade cultural, etc.
    Acho que é ineqeuívoco que adolescentes já tem vida sexual...o complicado é mostrar isso de forma muito leviana ou mostrar jovens casados vivendo de brisa em casinhas fofas...rs...
    Eu acredito que as produções devam apresentar a realidade, devam ter questões comteporaneas, sem dúvida, mas é crucial que se discuta como essas questões estão sendo apresentadas.
    Como já disse uma outra blogueira, a tv é uma concessão pública, um direito recebido, que engengra em si, responsabilidades.
    Beijos, volte sempre.

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  36. Vivinha
    A emissora nada pode fazer, porque cortes seria censura, então lava as mãos. O correto é isso mesmo que vc está fazendo,colocando o problema para questionamento. Espero que colha algum resultado.
    Bjs

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  37. ***Mãe, quem sabe uma hora eles se mancam?
    beijos.

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