17 março 2011

A Mulher Desiludida de Simone de Beauvoir (1/3)























Queridos amigos, tenho passado um tempo considerável off line. Nada de twitter - que adoro - , pouco de facebook - que adoro mais aidna - e praticamente uma não-blogueira no meu próprio blog. Isso vai mudar nos próximos tempos e até lá, espero que vocês ainda tenham paciência de aparecerem aqui.;0)
Nos últimos temps li coisas interessantes: vou comentá-las uma a uma, com a atenção que merecem.
Mas começo pelo fim. O último livro lido foi A Mulher Desiludida, da super Beauvoir. Como são três contos de grande impacto, contos que dariam livros absurdamente incriveis, optei por falar separadamente sobre eles.
O que os une? São histórias de mulheres em diferentes momentos da vida, mas tão claramente próximas que seria difícil não ver a si mesma, ver uma amiga, ver uma pessoa da família ali. Somos todas nos, de certa forma.
A primeira é uma professora universitária que se dá conta de que está envelhecendo. Seu corpo a envergonha, sua vida parece sem sentido, sua obra parece ter perdido o frescor reflexivo, afinal, apesar da suavidade com que os amigos apontam isso, seu último livro deixa a desejar, repete reflexões já feitas e - assim como a autora - envelheceu.
Seu filho não só desiste da carreira acadêmica - afastando-se, portanto, do universo dos pais - como ruma ao encontro de trabalhos vinculados ao governo francês. Ela, comunista convicta, vê o filho como arrivista, traidor, dominado pela jovem e patricinhesca mulher. Ela pira, briga e rompe com o filho. Insiste em dizer que ele não tem ética e acaba por revelar para si mesma que ele se afastava do modelo que ela pretendia criar, do homem que ela desejava que ele fosse.
Em um interessante paralelo, essa mulher encontra a sogra. Esta, por sua vez, vive uma velhice especial, como diz o filho, "nunca se aborrece", lê muito, ouve rádio, não vê tv, vai a reuniões na célula do partido.
Chama carinhosamente a nora de "minha criancinha" e esta reflete que a vê da mesma forma, mesmo tendo a conhecido com 45 ans e hoje ela ser uma mulher idosa: era como se ela sempre o tivesse sido. Como se fosse a mesma velha, ainda que tivesse 45 anos.
O conto acaba ainda sem a reconciliação da protagonista com o filho, acaba com seua relação "envelhecida" com o marido e com sua angústia diante da repetição de sua obra, que recebe críticas ruins. Acaba no meio da crise e não é dado ao leitor ou leitora uma possibilidade de fim.
A primeira mulher desiludida é essa, eu eu a vi em muitas mulheres.

5 comentários:

  1. Menina, estou precisando urgentemente voltar a ler... Ando completamente sem cérebro, rsrsrsrs...

    Fiquei um bom tempo meio longe de um bando de coisas da net, estou voltando aos poucos. Havia começado pelo meu blogfolio, mas agora, depois de muito tempo, dei uma reformulada no EEEPA e vamos ver se desta vez volto a postar com mais freqüência, não é????

    Beijocas procê!!!

    ResponderExcluir
  2. É minha cara... o conto termina no meio da crise pq ela perdura... perdura... perdura... kkkk

    Tristeza não tem fim, felicidade sim.

    ResponderExcluir
  3. ***Lu, tô indo ver o Epa. Noss blog de dieta anda "meio" paradinho....rs...mas eu rpeciso ter coragem de voltar a come3r direito.;0)
    beijos, querida.

    ***Frou, e no fundo do poço...tem um ralo!;0) beijos.

    ResponderExcluir
  4. HAHAHA, eu preciso de $$$ mesmo, acabo cunsumindo o mesmo que todo mundo, pra economizar :-)))

    Beijocas!!!!

    ResponderExcluir
  5. Ou o lodo... kkk

    ResponderExcluir

Queridinho, entre e fique à vontade: