08 agosto 2009

A Rainha do Frango Assado






Algumas vezes na vida calha da cabeça desocupada da gente se encher com filosofias baratas de botequim. Assim, quando essas coisas acontecem, quem tem blog tem a oportunidade de dividir essas elocubrações bestas com os leitores.
Estava eu aqui, pensando com meus botões: por que será algumas pessoas mentem?
Mas não falo daquela mentira educada, quando você elogia um prato que odiou ou não diz exatamente o que pensa sobre as novas sandálias de uma amiga. Não. Também não é aquela lorota que por vezes a gente conta, pra tirar um amigo ou amiga de uma enrascada que ele/ela mesmo se meteu:
- Na sexta feira? ah..claro, fulando estava aqui..ah, demorou pra chegar?...ah, mas estava comigo, desencana.
Com um remorsinho, você mente e salva a pessoa de seu legítimo castigo.
Falo de outras lorotas. Aquelas assim, contadas a sangue frio, tolas, fantasiosas, engraçadíssimas de ouvir, dada a sua mínima probabilidade. Uma miríade de mentiras que são contadas e recontadas, cada vez mais coloridas, onde os detalhes se confundem e você pensa: caraca, mudou de novo a história?
Eu me arrisco a imaginar que alguns bons anos de divã podem vir a resolver isso, porque evidentemente se trata de um nível de insegurança muito arraigado, que se utiliza da fantasia para escapar de uma realidade mediocre, solitária e cheia de chutes na bunda.
Penso que se apoiar na bengala da vida fake é um estratagema penoso, só posso crer que a auto imagem do mentiroso patológico deva ser realmente comprometida. Infelizmente, para o mentiroso, suas historietas não vão alterar a vida que passou, passa e continua sendo pouca e rala.
Enquanto isso, a gente se diverte com as histórias da carochinha.

9 comentários:

  1. Ah, não sei se você tinha em mente algumas pessoas ou experiências bem específicas, mas acho que você só viu o lado negativo da fantasia aí, como escapismo da mediocridade. Mas, além de que não acho que o escapismo em si seja intrinsecamente ruim - dependendo do beco sem saída em que está a pessoa, numa vidinha mais-ou-menos sem porta ou janela, e a fantasia pode ser a única entrada de ar até para manter a esperança em uma mudança e imaginar uma solução (porque tudo começa na cabeça antes de braços e pernas começarem a se mover) - vejo a fantasia como um modo de 'viver' outras possibilidades.
    Mas, sim, entendo que você falava mais do mentiroso mesmo, do que conta algo falso para enganar. Ou da muleta psicológica. Mas queria lembrar que a imaginação também pode ser libertadora, especialmente numa vida 'apertada'.
    Beijo

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  2. ***Tanyssima, a imaginação pode ser libertadora, vc colocou muito bem.
    Mas quando a lorota passa a substituir a realidade e pessoas vivem fantasiosamente, hummmm...
    Tentar criar uma realidade paralela assim, é tão, mas tão deprimente...

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  4. ***Mãe, te deltei por engano....dã....rs
    Manda de novo? beijos.

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  5. Vivian, depois de um tempão venho aqui. Estive fora e sem internet, depois as netas, com férias prorrogadas ficaram aqui e eu fiquei o tempo todo babando.

    As fantasias fazem parte da vida de todas as pessoas, quem não sonha não vive. Mas daí a fugir da realidade a coisa é diferente, é uma patologia. Tive uma assim como nora. Coitada!

    Bjim.

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  7. ****Rosamaria, conte sobre as férias! beijos.

    ****Marcio, seu off topic foi deletado, ok?
    Se quiser falar mal do Lula ou de Dilma, procure outro blog. Esse blog aqui os apoia.
    Té mais.

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  8. Vivinha
    Putz...deletou???? hahahahah.....heheheheh.
    Detesto mentiras.
    E a pior delas, é mentir para si mesmo.
    Bjs

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  9. ***Mãe, concordo totalmente.;0)
    beijos.

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