31 agosto 2009

O Amor nos tempos do Cólera


Em tempos de pandemia, a gente acaba mudando hábitos. Nunca vi tanta gente lavando as mãos, alguns produtos viraram arroz de festa e eu não vou ao cinema há milênios.
Não me chamem de exagerada, porque sou imunossuprimida e uma gripe dessas vai fazer esse sistema imunológico aqui pirar, socorro.
Mas eu confesso que acho engraçado a mudança de alguns hábitos, gente que se cumprimenta de longe - sorry, mas eu ainda beijo as pessoas, pelamor - e coisas assim.
Em meados do século XIX, aqui em Campinas, a febre amarela dizimou parte considerável da população, assim como aconteceu no Rio. Os Almanaques da época comentam como as pessoas deveriam ser portar nos enterros e no dia de finados, como seria mais adequado. Reprovavam o fato dos escravos irem na frente, pra limpar os túmulos, colocar flores...e ao esperarem seus senhores, fazerem uma roda de samba, cantando e dançando alegremente. Os jornalistas achavam absurdo - engraçadíssimo acharem que os escravos deveriam ficar condoídos com a morte dos senhores, aliás - descreviam a cena, provavelmente meneando a cabeça.
Como seriam as relações sociais dentro daquela pandemia? Fico pensando como as relações e hábitos podem ser pautadas nos novos medos.

5 comentários:

  1. Olá Vivien!
    vim aqui agradecer a colaboração lá no coisas!
    assim que pôr em prática, posto lá!
    beijocas

    ah! vouu conhecer teu blog agora!

    ResponderExcluir
  2. Aah!!

    Não digo q fui enganda pelo título do seu post, mas tinha ficado feliz em ler "O Amor nos Tempos do Cólera", já que foi a senhora que me presenteou com este livro e me apresentou a García Marquez quando eu tinha 15 anos...

    Enfim, acho pertinentes os cuidados recomendados para a contenção dessa pandemia, mas não deixo de pensar no comentário que a mãe de um amigo fez: todas essas providências deveriam ser, na verdade, o que se chama de "higiene de etiqueta".
    Chegou da rua? Lave as mãos. Vai espirrar? Use um lenço.

    Nada de outro planeta!
    Não deveria ser nada mais do hábito mesmo.

    (Ainda que, no caso de pessoas que representam algum grupo de risco, acho mesmo que prevenir nunca é demais!)

    Beijo grande, Vivien!

    Saudadona!

    ResponderExcluir
  3. ***Keka, eu achei seu blog deliciosamente fofo, adorei e voltarei sempre.


    ***Querida Naima, ahaha...desculpe-me por "enganá-la" com o título e fico feliz em saber que vc gostou do Gárcia Márquez.;0)
    Muitas saudades de vc sempre, beijos.

    ResponderExcluir
  4. ah sou daquelas que evita sim, mas que acredita que se tiver que pegar a gripe vai pegar de um jeito ou de outro. saudades vi! fui em SP algumas vezes e nao consigo te ver ;/ beijos

    ResponderExcluir
  5. ***Belle, a gripe não me pega, nem se ela quiser..hahhah.;0)
    Quando vc vem novamente? Venha na minha casa, saudades, beijocas.

    ResponderExcluir

Queridinho, entre e fique à vontade: