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Eu estava lendo o Zander quando pulei da cadeira: na última frase, o personagem responde "não sei, Vivien."
Pensei no ato: o que estou fazendo aqui?
Depois, saída do surto egocêntrico, percebi que existem outras Viviens no mundo.
Mas eu tenho uma boa desculpa pra isso. Nunca, nunquinha estudei com nenhuma Vivien, trabalhei , conheci. Nunca gostei ou desgostei.
Durante anos fui só eu e a maluca de E o Vento Levou.
Ah, claro, teve a personagem de Uma Linda Mulher.....aquele "clássico".
Vocês aí podem não ter notado, mas eu notei cada vez que o Richard Gere dizia "Vivien".
Uma hora, ele fala meio bravo, saca homem sexy meio bravo? Coisa de doido.
Uma hora , no final, quando ele finalmente escolhe ficar com ela,grita o meu nome, com flores e todo amor pra dar. Vida pra dar, destino, opção, escolha, tudo o que ela desejava.Ai, ai.
E eu confesso: parava o filme e repetia a cena, uma, duas, infinitas e deliciosas vezes.
"Viiiiivieeeennn......."
Um amigo me disse que é de origem celta e significa vida. Não sei se é, mas achei bonito e repito por ai, vendo o peixe pelo preço que comprei.
Mas o pior de tudo é que minha mãe leu um daqueles açucarados romances onde as heroínas tem nomes duplos e .....bom, vamos lá, confesso: é Vivien Christina.
Assim, com esse h no meio, assim mesmo. Pode sacanear.
Mas tem um quê de personagem de novela mexicana, certo?
- Você não pode me deixar Vivien Christina...!!!!
- Ah, vá pro inferno Luiz Eduardo...!
( sobe a música)
Faz alguns anos, tive uma aluna com esse nome. Ele parece ser meio comum nas novas gerações. Mas na minha geração ainda sou rara.
Era engraçado falar:
- oi, Vivian.
- oi, Vivien.
E duas bobocas riam, porque eu juro, foi engraçado chamar alguém com o meu nome, pela primeira vez na minha vida.
**** esse texto foi publicado originalmente em dezembro de 2006.