07 fevereiro 2008
Johnny vai a guerra
Acabei de ver "Meu nome não é Johnny".Daniel tinha visto em dvd,na casa do pai,falou muito bem e topou rever no cinema,comigo.
Filmão,como se dizia há algum tempo.(alguém ainda fala assim?)
Não despreguei os olhos da telona,ri e me comovi.Adorei.
Roteiro bacana,que não perde o rebolado,não perde o ritmo.Selton Mello,o único gordinho gostosinho do Brasil,interpreta um João com humor irresistível,rápido e "pleiba",como diriam os presos.Um filhinho de papai que ainda não entendeu o que poderia ou não fazer.João Estrella pode tudo e vai fazendo tudo,até o flagrante que ele tem com a polícia - e acaba com um bate papo e um ranguinho pela madrugada carioca - é engraçado.Não há dúvida,o cara devia ter um carisma dos diabos.
Torra o dinheiro que ganha no nariz e em qualquer coisa,mas não paga a luz ou telefone.De acordo com seu advogado,se o crime organizado dependesse dele,seria o crime mais desorganizado possível.
A cena em que a mãe ganha uma jóia e não sabe explicar em que o filho trabalha é patética:a amiga diz que o filho fez duas graduações e um mestrado no exterior,mas vive sem grana.Ah,essa hora,obviamente,eu e Daniel trocamos olhares,sabemos bem o que é isso.
A juíza,interpretada por uma elegantérrima Cássia Kiss,acaba condenando João a dois anos em um manicômio.Pela quantidade de cocaína que ele consumia,achei que pelo menos um bodezinho ia rolar,mas o filme pula essa parte.Como se ele tivesse parado de tomar coca-cola.
Ele sai,vai trabalhar com música e blablablá.
Vou ser óbvia,ok?
João era traficante?sim.Viveu disso durante anos?sim.Comercializou quilos dessa merda?sim de novo.
Foi preso? nhém.
Dois anos dentro de um manicômio devem ter sido horríveis.Mas o manezão que faz exatamente a mesma coisa está engavetado dentro de um presídio.Exatamente a mesma coisa.Ah,os caras são mais organizados e não torraram grana na Europa.
Outra diferença?O manezão que faz a mesma coisa não tomou uísque com o pai,frequentou a nata(?) da sociedade carioca ou escolas particulares.
Vou ser óbvia, já disse.
Acho bacana que João Estrella tenha reconstruido sua vida.Mas acho uma merda que os pobretões que fizeram um quinto do que ele fez,estejam mofando na cadeia.
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Vi o filme. Confirmei o bode que tenho com a crítica de cinema, que malhou o filme. Gostei, de forma geral, mas achei o texto muito "hamilton-vaz-pereira", tentando usar os recursos de diálogo que a gente vê em "Os Normais" e quetais para dar uma certa naturalidade aos diálogos. Solução fácil, que, a meu ver, empobrece um pouco o que poderia ser um excelente resultado. Mas, de forma geral, bom, bem dirigido, bem montado, bem fotografado. Destaque, como já se cansou de dizer, para a cena do depoimento do personagem principal em juízo.
ResponderExcluirJayme,a tal naturalidade me caiu bem,engoli.;0)
ResponderExcluirNo mais,concordo com vc.
beijão.
(ah,outro dia contei a sua história do butaquebariu,vixe,maior sucesso.Já englobei no meu rol de histórias de amigos pra contar.;0)
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ResponderExcluirQuando vi o filme só conseguia pensar no Selton... ê lá em casa!
ResponderExcluirNão vi o filme ainda. Mas, quanto aos traficantes, deviam todos mofar na cadeia. Ricos ou pobres. Mas não é assim, né? Quem pode, vai pra manicômio...
ResponderExcluirVivien, com certeza esse é mais um filme que não verei. Leio tanto sobre eles que fico enfastiado(hei, alguém ainda fala isso?)
ResponderExcluirDe qualquer forma, tennho a tendência a concordar com voce(viu que coisa rara?). Os meus personagens do Capão, todos vivos(ao menos aqueles que n~çao morreram depois de escrito o livro) se encaixam bem nat tua interrogação. Somos todos iguais. Apenas alguns mais iguais que os outros, né não?
Neijo, menina
Mel,ele é um fofo.Mas tenho aflição de drogado,dá vontade de dar um tapão na nuca do infeliz.
ResponderExcluirbeijão,bom te ver por aqui.;0)
Cláudia,pois é....aí é que é complicado,né?
ResponderExcluirbeijos.
Valter,vc está concordando comigo de novo??/vixe maria,esse ano começou esquisito...rsrs
ResponderExcluirQuero ler seu livro e concordo com vc esses 'mais iguais" são um problemão.
beijos.
eu não gosto da vibração de cheirador. nem vendo pelo cinema. acho um saco, acho deprimente, acho um cu de anú.
ResponderExcluiracho o selton uma tetéia, mas também acho que ele deve ser meio neurótico e meio broxa. sei lá porque eu acho isso, mas acho.
queria ver o tal cara do filme cantando pra ver se ele tá fazendo direito mesmo.agora é um tal de todo mundo querer cantar...então tem que cantar direito.
achei o filme assim, assim...me passou a mensagem que eu me fodi, fodi alguns comigo, mas dei a volta por cima. Queria ver se fosse um favelado. Dois anos no hospital psiquiátrico? Tá bom...tá certo...até parece!
E definitivamente, eu não gosto de pó, nem sendo soro fisiológico em forma de pó. Me dá gastura ver.
Tati,perfeito.Tb tenho "gastura",nhém.
ResponderExcluirQuer se encher de merda?longe de mim,fazfavor.
E todo mundo canta,gurua,mas ninguém tem sua voz!beijão.
Ainda não vi o filme, Vivien, mas vou ver se tem na locadora.
ResponderExcluirGosto muito do Selton Mello, mas tb acho que traficante tinha que mofar na cadeia, sem direito a nada.
Bjim.
To doida pra ver o filme!! Nem sabia q a historia era assim... q merda!!! Eu acho uma sacanagem o cara ter mto mais chance por ter dindim e ainda ter abono na cadeia!!!
ResponderExcluirBeijos, Dani
Dani,concordo totalmente com vc.
ResponderExcluirVolte sempre,grande beijo.;0)
Vivien. Você foi no ponto: quem pode, pode. E quem não pode? Também tenho ojeriza com quem se faz na vida ferrando com o outro. E o que o tal moço fez foi isso: ganhou rios de grana sabendo que cada um que comprava dele estava botando mais um prego no caixão próprio e de familiares e de amigos. Sempre radicalizei: acho que ninguém entra nessa porque é bobinho, tipo "ah, botaram droga no meu guaraná e eu me viciei, tadinho de mim". Admiro o usuário que cai fora (e não volta!!!), mas quem trafica, rico ou pobre, tem de ser punido exemplarmente.
ResponderExcluirVivien
ResponderExcluirA cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
Carlos Drummond de Andrade
Maris,penso como vc.grande beijo e saudades.;0)
ResponderExcluirEisabete, sempre triste pensar nisso.beijão.;0)
ResponderExcluirPoizé. Cansei de brigar contra o filme..rs
ResponderExcluirAndrea,não gostou?
ResponderExcluirbeijão.
vivinha, o Pedro, meu filhote, viu este fim de semana e adorou. Vou ver tb
ResponderExcluirbjs
Guga,sumidão.;0)
ResponderExcluirEu achei um ótimo filme.Daniel já tinha visto e a dica foi mesmo dele.
Mas dá um bode.Depois vc me conta.
Beijão.