- beijei. - tendo um ataque de riso.
30 março 2007
O beijo que não era de Klimt
- beijei. - tendo um ataque de riso.
29 março 2007
Tempo de viver II
meio de bode com minha dissertação. Mas foi ótimo ter dito isso aqui, muitos comentários me fizeram refletir sobre isso, esse processo foi importante para esssa caminhada.
Como eu já disse, esse blog é terapêutico pra mim.
Fiquei pensando nas outras dissertações, nas dissertações que eu não fiz, que eu flertei, mas não namorei.
A primeira vez que trabalhei com pesquisa, logo descobri uma grande paixão pela imprensa anarquista. E dá-lhe horas enfiada no arquivo Edgard Leuenroth, lendo a Plebe, Spártacus, tantos outros. A idéia, a princípio, era comparar a concepção que os anarquistas tinham de imprensa e a concepção que aparecia em jornais como o Correio da Manhã, chamado por eles de imprensa burguesa. Foi trabalhando com essas fontes que escrevi meu primeiro artigo e apresentei em uma anpuh, na UFF.
Mas desisti. Ainda não sabia por que faria aquilo. E essa necessidade, de saber "por quê" e "pra quê", me levou a tomar outro rumo.
Trabalhei em um projeto sobre a expedição Langsdorff. Adorei. Por uns tempos li muitos viajantes e pensei em escrever sobre eles.Desisti também.
Por último, quando estava dando aulas pra turmas de História, trabalhei com Brasil Colônia. Nessa época, estava fascinada pelas freiras visionárias, aquelas (histéricas, provavelmente) que tinham transes e visões. Conversei com a Leila Mezan sobre isso, depois de ler seu belíssimo trabalho sobre religiosas no Brasil colônia. Mas, não. Não rolou.
Precisei esperar anos pra ter certeza do meu tema, do tema que acredito, com o tema que vai afetar minha vida profissional. E se eu puder fazer isso, a vida profissional de outras pessoas.
Quando me vi envolvida com o rpg e com a sala de aula, vi de onde queria olhar a pesquisa. Queria a sala de aula, queria olhar de dentro da sala de aula. Sei que esse momento morno, é parte do processo, como meus queridos amigos me mostraram em seus atenciosos comentários.
E sabe o que mais? Coisas mornas também são gostosas.
Tempo de viver
27 março 2007
E eu me senti enfeitiçada
Algumas pessoas passaram por minha vida e deixaram marcas profundas. Os homens que amei e as histórias que vivi com eles me fizeram a mulher que sou, com o melhor e o pior de mim.Mexeram em minha história, fizeram parte dela.
Algumas pessoas passaram e não deixaram marca alguma, outras pessoas deixaram mágoa - consciente ou inconscientemente - e manchando pra sempre uma lembrança que poderia ter sido boa.
Outras pessoas, entretanto, parece que passaram por minha vida com a missão de bagunçar tudo, na melhor concepção da bagunça. Pra mexer nas minhas certezas, pra rir dos meus preconceitos antológicos "contra" homens mais jovens, por exemplo.
C.,em especial, é uma dessas pessoas. Impossível pra mim, pensar nele sem sorrir. Eu sei porque. E ele também. E é um sorriso gostoso, que tem o calor da lembrança das bobagens ditas e feitas, e jamais arrependidas. Ele me diz que faz o mesmo. Que bom.
Algumas vezes, C., me perguntou se era dele que eu falava nesse ou naquele post. Nunca foi, até hoje.
Mas agora é. Com alguns meses de atraso, agora estou falando de C., do seu sorriso, do seu olhar, simplesmente lindo.
Agora estou falando de você, menino bonito.
Menino Bonito
blogueiros campineiros (atualizado)
A noite foi ótima, o papo delicioso. Tenho sorte com meus amigos.
Lista da Pinta
"vamulá", como ela disse.
5 coisas que eu quero fazer antes de morrer
Aprender alemão ( de uma vez por todas!!!)
Conhecer Paris
ser avó
ter grana sobrando ( muita)
escrever (alguns) livros
5 coisas que eu faço bem
dar aulas
ler
cafuné
ser mãe
cozinhar
5 coisas que eu mais digo
eu te amo, filho
acabou a bosta do dinheiro??
puuuuuuta que pariu
regime? que regime?
fala sério
5 coisas que eu não faço (ou não gosto de fazer)
faxina
corrigir provas
arrogãncia escrota
assistir futebol
ficar perto de multidão ( sem água...sem banheiro...ahahhhh!!!)
5 coisas que me encantam
Daniel
ler
me apaixonar
blogar
dormir
5 coisas que eu odeio
carnaval
dirigir na chuva
levar um fora
jaca
sarcasmo
Passo pra Dri e quem quiser.
25 março 2007
Voando
23 março 2007
Júlio
21 março 2007
Alunas ou professoras?
20 março 2007
Filho de blogueira
13 março 2007
A minha receita ( com atualizações)
Vamos lá...
Tem que ser inteligente, ser bem humorado é condição primordial, sarcásticos são bem vindos, se souberem dosar o veneno, que nunca poderá me atingir.
Tem que ser carinhoso, praticamente meloso, grudar mesmo, carinhos e beijos nunca, nunca são de mais.
10 março 2007
Sobre o passado que nunca houve ou Um comentário para Bruno Ribeiro
"Dia da Mulher de Cu é Rôla. Ninguém pensa nas operárias de Chicago, que foram queimadas pelo patrão, dentro da fábrica. Por causa delas foi criado o Dia da Mulher, que deveria ser um dia de reflexão e de luta. Mas nada. As mulheres só querem ganhar jóias e flores, os homens só querem levá-las para o motel. De modo que não há o que ser comemorado. Concordo contigo Tati: homem, mulher, não importa. O que precisa ter é dignidade e respeito. E mulher não tinha que trabalhar fora não, tinha que ficar em casa, cuidando da educação dos filhos, e ser MUITO BEM REMUNERADA por isto. Sem a referência da figura materna em casa, a família tem se desestruturado. O resultado disso estamos vendo nas ruas todos os dias: violência, abandono, falta de valores morais, de perspectiva de futuro. Sem mãe, a sociedade não é nada, o mundo não é nada.. ". (Bruno Ribeiro)
Como diria Jack, vamos por partes:
1) "mulher tinha que ficar em casa , cuidando da educação dos filhos, e ser MUITO BEM REMUNERADA por isto."
Bom, só o fato de ter usado o verbo "ter", já acho que o texto tem problemas.
Denota um autoritarismo retrógrado e calcado na interpretação patriarcal burguesa.
Até creio que se a frase tivesse sido escrita com "poderia" no lugar do "tinha", teria ficado até interessante. Porém a obrigatoriedade, a restrição social que essa condição imporia - sendo mãe, seria apenas...mãe - é um retorno a idealização social da belle epoque, equivocadissima.
2) Ser remunerada para cuidar dos filhos me parece interessante. Mas ou eu li errado, ou o argumento não se sustenta.
Remunerada por quem? Pelo Estado? Pela Iniciativa privada? Pelo marido?
Pelo Estado me parece uma ótima forma de haver distorções ímpares, dado que o tal "instinto materno" é historicamente construido - e essa concepção de que é inerente a todas as mulheres é tão bem descontruido por Elizabeth Badinter - acho que iriam aparecer muitas distorções desse suposto direito .
Pela iniciativa privada? hum...já até posso ver o controle, os gráficos e as feiras para a otimização da maternidade. Não, obrigada, já estou amarrada com a iniciativa privada, eu passo.
Pelo marido ou namorado? Essa me parece a mais curiosa.Seria algo interessante de ver como se dariam as relações familiares, dado que a mãe seria uma ....funcionária.
Se as relações de poder já são complexas e opressoras, creio que receber salário do marido, pra cuidar do filho, seria uma forma oficial de sujeição e de um novo exercício de "luta de classes".....
3) Bruno parece achar que a ausência da mulher, quando na sua profissão, gera mais violência e falta de valores morais.
Bom.
Sem dúvida acredito que a sociedade precisa se estruturar de uma forma a contemplar as crianças que não tem uma infra estrutura adequada.Mas isso pode acontecer com a mae fazendo bolo na cozinha, por exemplo, como é o caso de várias áreas do Brasil.
Não posso deixar de pensar que se observa um passado hipotético onde as familias eram "de outra forma".Um passado idilico familiar, idilico e irreal.
Como historiadora pergunto? quando? que forma?
Phellipe Ariès escreve sobre a familia e a criança,comprovando que a concepção do que é ser criança e ou adolescente é muito, muito recente.Hstoriadoras como Michelle Perrot,Martha Esteves e Rachel Soihet desconstroem o mito da mulher idealizada, comprovando através de pesquisas cuidadosas que a acao feminina foi múltipla e , muitas vezes, completamente avessa ao idealizado pelo positivismo.
Onde era tão melhor para as crianças?
Na antiquidade, onde uma criança poderia ser abandonada pra morrer?
Entre os astecas que costumavam aplicar rigorosos castigos fisicos?
Na idade média onde em algumas regiões européias as crianças ficavam sem nome até quase sete anos, em função da enorme mortalidade( morria mais um...o menorzinho, aquele ali), ou talvez em grande parte da idade moderna, onde mas mães não amamentavam os bebes, nem os criavam, caso fossem ricas.Eram criados em casas separadas, ou por amas e babás e apareciam em algum momento do dia, para serem admirados como bonequinhos.Não havia essa familia celular burguesa, não existia sequer essa concepção e afirmar isso é grotescamente anacrônico.
Talvez quem se refira a esse "passado da familia" pense na tradicional familia patriarcal burguesa, que historicamente, é muito, muito nova.
Calcada em um modelo positivista comteando, que pensava na familia como célula mater.
Bom, estamos aqui com o resultado dessa interpretação de mundo. E o que temos é isso, violência, aquecimento global e guerras.
Tudo isso não foi gestado em uma ou duas geração, foi gestado em várias, foi gestado quando o modelo vingente era a familia positivista.
E ainda que se fale deste modelo: essa ideia de mãe acompanhando tarefa escolar e ou participando mais ativamente da vida dos filhos é recente. Mesmo dentro da idealização positivista, o cotidiano das familias - com todas as diferenças intrinsecas a cada classe - não incluia essa interlocução entre pais e filhos.Era um modelo autoritario, muitas vezes hipócrita.
A idéia de pais e filhos fazendo tarefa de casas juntos, jogando ou se entretendo juntos é uma concepção completamente inexistente até boa parte do século XX.
O universo conceitual e espacial da criança era outro.
Eu não consigo visualizar essa lendária epoca onde as familias eram felizes.Essa atlântida é irreal.é um saudosismo à la viúva porcina, a que foi sem nunca ter sido.
4) "valores morais".
Eu tenho um certo receio dessa expressão.Eu fico me perguntando se podemos discutir a diferenca conceitual entre ética e moral, mas acho que aí afundamos até as orelhas na hermenêutica e não é esse o objetivo.
Certíssimos os anarquistas ao clamarem : "minha pátria são meus sapatos".
Que outros tipos de valores?
Ética, por exemplo?
Em que momento histórico isso foi um elemento realmente de peso? Me apontem.
Correndo o risco de ser redundante, afirmo, é ingênuo se pensar que vivemos em um momento com menos ética. Vivemos em um momento de grave crise social, sem dúvida, mas calcado em diversos outros problemas.
Esses diversos problemas levam a uma inversão de valores ( o traficante passa ser herói, etc), mas essa é uma questão macro e pouco tem a ver com a mãe em casa,. fazendo bolo.
Mas se uma retrospectiva histórica seria for feita, vamos ver a história sendo marcada por filhos destronando pais na base da faca, mães abandonando filhos, guerras em nome de deus e deuses, gente morta por dever pra bancos e outras distorções. Fiquemos tranquilos, a barbárie nao é novidade.
Não nego a importãncia da presença materna ou paterna. Só gostaria de atentar para o cuidado de não se deixar levar por uma idealização romãntica de um passado inexistente, cuidado pra não se colocar sobre as costas da mãe as causas de todos os males e equívocos.
E mais, discordo diametralmente da visão que restringe a mulher a ser mãe.
Ainda que ser mãe seja efetivamente o que considero o mais importante,. é um dos meus papéis, e jamais admitiria que alguém não me permitisse exercer todos os outros.
07 março 2007
Paixão antiga sempre mexe com a gente
04 março 2007
Ex alunos unicamp
cadê a cortina?
Os de paz são bem vindos
Em Joaquim Egídio
Quarenta anos depois....
Viagens
A foto mais linda do mundo
dúvidas, a foto mais linda que tirei.
Em uma festinha junina na escolinha , Julinha - minha sobrinha - e Daniel trocam o beijo mais carinhoso que já vi.
A foto tem 12 anos e esta na minha sala. Até hoje, ela é especial pra mim, é impossível olhar pra ela sem sorrir.