05 julho 2012
A água da Rita me lembrou as minhas águas
A Rita, minha querida Rita, em um post delicado e encantador, falou sobre a chuva . Sobre ela e a chuva, a menina Rita e a chuva.
E eu vi, quase imediatamente, a mim mesma na janela, na primeira vez que olhei a chuva. Olhei tipo olho no olho.
Era uma daquelas chuvas grossas que caem com pingos gordos e fazem um pequeno cataclisma no chão, na água. O barulho forte e a marca dos pingos. O barulho forte e a marca dos pingos.
E eu fiquei ali na janela. O barulho forte e a marca dos pingos. O barulho forte e a marca dos pingos.
Era em uma época tão distante que eu ainda chupava chupeta. Objeto queridinho que só deixei aos cinco anos, mais ou menos. ( Pedi pra alguém jogar fora e me lembro dela voando. Chorei no meio do voo e pedi outra e não foi daquela vez que me despedi da danada)
Mas o bom da chuva, o bom mesmo, viria anos depois.
Quando eu descobri as delícias do banho de chuva. Em especial vindo da escola, molhando o uniforme e destuindo os cadernos. Melhor do que pegar a chuva era correr com as amigas e pular nas poças de água com aquela alegria febril que somos capazes de sentir aos dez anos.
A chuva vai sendo recodificada, assim como tudo. Hoje é o barulhinho que me ajuda a dormir ou aquilo que me faz temer dirigir. Mas não tomo banho de chuva, nem olho a marca dos pintos gordos.
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toc toc na madeira
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Ah, que delícia ver um texto nosso criar galhos! Adoro.
ResponderExcluirUm beijo, querida.
Rita
Rita, seu texto é lindo, está até agora aqui.;0)
ExcluirVivinha
ResponderExcluirQuando somos crianças ou jovens, nossa fantasia vaga ao infinito, e nada melhor de cenário que uma bela chuva. Já fiz um post também olhando pela janela a chuva cair, só que sem pititite.
bjs
Mãe, hahahahahahahahahahahha.....pititite!!!!
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