Paraty

Hoje eu acordei e eu merecia estar em Paraty. Merecia porque estou cansada, tenho trabalhado e estudado muito. Tenho resolvido trinta mil pepinos por dia.

Merecia andar nessas ruas deliciosas, comer casquinha de siri, merecia sentar e ficar vendo o tempo passar, conversando sem pressa e tomando algo absurdamente gelado. Coca cola, aliás, porque apesar de achar que cerveja na beira da praia é o máximo do relax....agora sou adepta incondicional do refri.

Essa cidade tem pra mim uma aura completamente especial, todas as vezes que fui até lá, me senti deslocada da realidade. Ainda que eu caia no clichê, lá eu fico em uma realidade paralela, onde eu tenho um outro ritmo, onde tudo está e vai ficar sempre bem. Tudo só pode ficar bem em Paraty.

Hoje, com esse sol incrível que está fazendo, eu merecia estar andando de chinelo pela cidade minúscula, fotografando, não fazendo nada o dia todo.

Hoje eu merecia estar apaixonada em Paraty, ah, merecia.

Apesar da campanha sacana da imprensa brasileira......

Olê... olê, olê, olá... Lulá... Lulá...
Olê... olê, olê, olá... Lulá... Lulá...
Olê... olê, olê, olá... Lulá... Lulá...
Olê... olê, olê, olá... Lulá... Lulá...
Olê... olê, olê, olá... Lulá... Lulá...
Olê... olê, olê, olá... Lulá... Lulá...
Olê... olê, olê, olá... Lulá... Lulá...
Olê... olê, olê, olá... Lulá... Lulá

Filho

A diferença entre ter um filho de sete anos e um de quase catorze é grande. Com sete, a mãe diz "filho, eu te amo. Te amo até lua." e o coisa linda responde " eu também te amo: até a lua, até as estrelas, até os anjos, até Zeus, até o Babylon V, até o espaço sideral..!!!".

Quando ele tem quase catorze..."filho, eu te amo."..."Mãe, a gente está em público!!!"

Vou ter que esperar mais alguns anos pra ouvir de novo, mas vou fazer ele pagar mico até lá.

hehe.

Conselheira

Por alguma estranha razão, meus alunos me escolheram pra conselheira sentimental. Quando eu trabalhava com adolescentes, em geral, eram as meninas que vinham contar as agruras sentimentais pra mim.

Agora, trabalhando com adultos, tenho ouvido de tudo. A

confiança que eles depositam em mim é um grande elogio, me sinto honrada com esse posto, mas não creio que eu seja a pessoa mais adequada.

Talvez se eu fosse uma mulher fatal toda dona de si, como alguns acreditam ( !!!) até poderia ser.

E eles me contam muita coisa: síndrome do pânico, problemas com a esposa, problemas com o namorado ciumento, que são gays, que são infiéis, que estão sem grana, que estão namorando um boboca recém divorciado....

Quando me interpelam com um "então, Vivien..", já sei que está na hora de ir andando mais devagar e ouvir meus pupilos.

Acho que meu instinto materno pode ser percebido há quilômetros.

Úrsula e as janelas da vida

Seria difícil, quase impossível pra mim, escolher um personagem em Cem Anos de Solidão.
E além disso, escolher pra quê? Pra fazer mais uma dessas listinhas babacas?Arre, não.
Vou falar da Úrsula hoje porque estou com vontade de falar dela, vai ter o dia da Amaranta, dos Aurelianos todos, da Rebeca, dos Buendía, enfim. Mas hoje é dia de Úrsula.
A primeira vez que li Gabriel García Marquez eu tinha 15 anos, foi delírio a primeira vista. Li e reli muito mais dele no decorrer dos anos.
Mas Úrsula e sua tenacidade sobrenatural me pegava pelo pé. Ao ler e reler a reconstrução da casa dos Buendía, a cozinha fumegante voltando a vida e , principalmente, as janelas se abrindo de par em par, eu pensava como algumas mulheres tem o poder de reconstruir a vida a partir do caos.
O que me fascinava na personagem, entre tantos elementos, era o controle da casa, portanto, da vida.Ou tentativa de controle, pelo menos.
Na cena que ela esbofeteia o neto, aprendiz barato de ditador, me delicia.Claro que eu já desejei também esbofetear uns e outros, mas, diferentemente dela, não o fiz.
Sua racionalidade, praticidade, os doces sendo refeitos, vendidos, a casa sendo pintada novamente, as ervas sendo arrancadas. E as janelas sendo abertas, de par em par.
Tudo isso pra mim tem uma força titânica.
Possuir essa força interior e esse domínio da vida é o meu Sonho.
Um dia vou ser Úrsula.
Esse post está ligado ao projeto Sonho Possível, do Leonardo do Indizível.
Foi o Felipe que me passou e eu estou repassando pro Tarcísio e pra Tatiana. Os links estão ai do lado, pode navegar à vontade.

Todas as minhas possibilidades

Segunda feira, sempre foi pra mim, simbolicamente, o dia das possibilidades.
Talvez seja porque, durante anos, tive o péssimo hábito de "reavaliar" minha vida nos domingos. Uma idéia imbecil, diga-se de passagem.
Em outros anos, eu não tinha certezas...tinha só um monte de dúvidas.
Deveria mesmo ter feito História? Não seria melhor ter feito Jornalismo?
Deveria mesmo ter me divorciado? Eu ia conseguir fazer as coisas que eu queria? Minha vida estava passando e eu acordaria com quarenta anos e um monte de arrependimentos???
A única certeza que eu tinha, e sempre vou ter, é que ser mãe é a melhor coisa que existe na minha vida. Era minha única certeza.
Na segunda feira, magicamente, tudo se transformava. Era o dia que eu achava tudo possível, tudo viável, dia das mudanças.
Dia de começar a dieta ( que eu parava na quarta, claro..), dia de começar a escrever um projeto e tentar o mestrado, dia de procurar outro emprego.
Aos poucos, as dúvidas foram se resolvendo: comecei a fazer Jornalismo e tive a certeza cabal que sou professora, só que dessa vez, consciente e feliz com a opção.
Tenho certeza absoluta que deveria ter mesmo me separado, das duas vezes.
Consegui, depois de um loooongo inverno, escrever um projeto e cursar o mestrado. O projeto tem sentido pra mim, me dá prazer e acho relevante.
Ainda que exista muita coisa pra resolver na minha vida - e nossa, se tem!! - meus projetos me deixam completamente entusiasmada.
A casa nova, o trabalho novo, o mestrado, os projetos que ainda vou contar aqui, os artigos que estou escrevendo, o blog, e , obviamente, o mais importante de tudo, o Daniel.
Tudo isso faz com que a segunda feira seja ainda mais interessante.
Sai pra jantar com um amigo uma vez, ele escreveu perguntando se eu tinha gostado, respondi que tinha sido "praticamente uma segunda feira".
Ele respondeu " ainda bem que eu sei o que isso significa pra vc....senão ficaria arrasado."
Pois é, vamos ver o que essa segunda feira me reserva.

Pai

Meu pai, carregando minha prima Cláudia, há mais de trinta anos.Me diz, não é um James Jean?
Eu achava meu pai o homem mais lindo do mundo. Em segundo lugar, com larga desvantagem, vinha o Elvis, que eu via na sessão da tarde.
Meu pai ainda vive quebrando meus galhos, fazendo as minhas vontades.
Adorava escutar suas peripécias de moleque: quando fugia da escola pra ir nadar, quando começou a trabalhar com 12 anos, quando não pegava o bonde pra comprar gibi com o dinheiro da passagem.
Um hora, conto essas aventuras, por hora, apresento pra vocês, meu pai, o galã.;0)

No olho do furacão

"Estou me sentindo um jiló"...eita,. Chico sábio....rsrs
Eu, Vivien( mais conhecida agora como mulher-jiló) estava indo pra casa deixar o Daniel - que tinha ido, todo lindo pra aula de tênis - , me arrumar e voltar pra trabalhar quando....o carro começa a apitar, apitar como uma panela de pressão.
Parei em um posto e vi que quase fervi o motor, tinha quebrado seilaoque, a repimboca da parafuseta.....Resultado? Fui pra casa, faltei na faculdade, coisa que detesto fazer, não tem coisa pior que a professora dar cano nos alunos.
Sai toda irritada, preocupada, apesar da atenção que me deram no tal posto. Mulher sozinha é sempre bem tratada, tem lá suas vantagens...
Daniel, sacando a minha cara de poucos amigos, sugeriu :
- a gente passa em uma locadora e você pega aqueles filmes babacas de amorzinho que você gosta, mãe.
Foi isso aí, então ontem vi novela e filminho açucarado.
O bom da novela é ver o Daniel sacaneando os personagens...que eu entendo cada vez menos. Como nunca vejo, estou trabalhando nesse horário, fico mais perdida que cego em tiroteio.
Não entendo aquele fotógrafo "profundo"...não entendo porcaria nenhuma....
Mas foi uma noite de novelinha, filminho e começo de livro: esse merece um post adequado porque é o primeiro que leio desse autor e foi um início delicioso. Precisava mesmo era mergulhar em um livro e mandar tudo pra .....

mantra do dia

burraburraburraburra.
O rei morreu, viva o rei.
Dane-se.

A comemoração celta

Sábado recebi uns amigos em casa, novamente. Desta vez, vieram W. e P., ele cozinhou e ela, junto comigo, cumpriu a função de "mexedora de risoto", porque a arte mesmo ficou com W., que além de químico e "treinador de gatos" ( ele conseguiu "ensinar" os filhotes de Sookie andarem de ré...) é um tremendo cozinheiro.
Sorte minha, do Daniel e de P., que adoramos o shitake, a salada, todos os detalhes.
Há algumas semanas, fui assistir a defesa de tese de W.
Nunca pensei que eu pudesse ficar duas horas sentada, sem entender naaaaaada. Mas não é
que não entendi uma coisa ou outra, não entendi naaada mesmo. Entendi muito mais em
uma aula de italiano que ele deu ano passado. E eu não falo italiano.
Fiquei lá, sentada com C., minha amiga queridíssima e namorada de W., dando aquele apoio de amigo : "não tô entendendo lhufas, mas tô feliz por você."
No sábado, jantamos, conversamos, passeamos a pé pelo condomínio, falando sobre planos de futuro, lembranças do passado, coisas boas e não tão boas do presente.
Receber esses amigos tão queridos em casa é praticamente um ritual pra mim, tem a força de um sacramento.
Ainda é tudo muito novo nesses jovens dois meses que moro na minha primeira casa, a primeira que comprei, sozinha. Comprar essa casa foi o ato mais simbólico em termos de independência e individualidade que já fiz. O dia que assinei a compra foi um dia de adrenalina até as sombrancelhas. Um dilúvio de sensações.
Cada vez que abro a porta pra um amigo, cada vez que a gente senta em volta da mesa pra rir e saborear os pratos, é, com certeza, um ritual mágico. Ritual de brindes, de ervas, de cheiros, de riso.
Vivien, aprendiz de sacerdotisa.

Tudo vira "Brógui" I

Tomando café com um ex.
- eu estava pensando em postar alguma coisa sobre vc, você daria um bom personagem....hahahahhahaah.....
- nem vem. Escreve sobre outra coisa, você não estava interessada naquele fulano lá de não sei onde?
- Estava não, ESTOU.
- Você fica entrando em roubada e depois reclama.....isso é sua cara e....
- tá, tá...não agoura, vai.
- você é quem sabe - tomando café de cara fechada.
- sério....você não tem alguma sugestão? Pro blog, tô sem idéias....
- ah....pode ser aquela vez que blablablabla......
-hahahahhaha...
-hahahahahha...
- não dá, essa não dá....
- mas ia fazer sucesso lá no seu blog...
- ah, ia.....hahahahh...ô...
- ou entao vc poderia escrever sobre aquela vez que blablablabla.....
- vixe. Esse ia bombar...hahhahah...pelo menos eu garantia uma meia dúzia de leitores.
- tá vendo, você é que nao quer falar. Mais café?
- ahã.
-................
- eu pensei em falar das brigas.
- bom, vc teria um bom material.Briga não faltava, heim?
- sua culpa, vc é briguento demais. Vc deve lembrar, tinha a seguinte divisão,você estava
sempre errado e eu sempre certa...ahhaha
- ahã...rainha Vivinha....
- claro...rsrs...podia contar aquela vez que eu rasguei dinheiro e fiz chuvinha...lembra? seu pão duro..ahhahah....você fez uma cara indescritível......!!!!
- maluca.
- maluco.
- a gente continua se entendendo.
- perfeitamente...hahahah
- mas diz ai....brigas dariam bons posts.
- lembra aquela vez que você disse que eu não tinha expressão pra brigar e
te irritava?
-ãh?
- sério.Você disse que eu não mudava de expressão e isso te irritava, aí eu joguei um ventilador longe....foi molinha pra todo lado.
- ai, falei: maluco de internar.Nunca vi ninguém ficar com cara de nada durante uma briga, credo, que coisa mais insólita...
- você é normalzinha de tudo, né, linda?
- ô.
- acho que vc não vai poder escrever nada então.
- é ...acho que não.Mas ainda acho que vc daria um bom personagem

Chorando no campo

Eu entrei na comunidade "eu choro no cinema", porque choro mesmo, de dar vexame.De soluçar, de balançar o ombro, sabe como é?
Tenho uma lista grande de filmes altamente "choráveis", mas ontem, sei lá porque motivos, dois vieram à tona em uma conversa.
A cena em que Tom Hanks perde o "Wilson" no mar.Eu chorei copiosamente muito tempo depois da cena ter acabado, nunca havia me deparado tão dolorosamente com a sensação de perda.
Acho absolutamente brilhante como foi traduzido isso na cena, pelo menos, pra mim "bateu" assim.A impotência brutal da perda, ainda que o sujeito dê braçadas enlouquecidas, ainda que berre, perdeu, perdeu, foi.Fim.
E eu chorando.
Outra cena é a no primeiro reencontro, depois de cinco anos, dos cawboys gatos apaixonados. Foi o abraço mais tocante que já vi e a certeza de que, não só nunca amei, como nunca fui amada daquele jeito, foi extremamente incômoda.
Não me lembro de ter visto um filme em que o amor fosse exposto de forma tão intensa, tão dolorosamente intensa.
E eu chorando de novo, vixe. Mas como não me emocionar com a tal cena?
Meus alunos ironizam, medrosos, dizem que filme gay jamais poderia ser tão tocante. Eu os desafio a assistir, duvido que se possa ver de olhos secos.
Duvido que alguém assista sem desejar sentir e ser objeto de desejo de um amor daquele.
D-u-v-i-d-o.
Porque , em última instãncia, todo mundo quer mesmo é ser amado.
Eu quero, pelo menos.
E se for um amor daqueles...pô!

um pouco de nada

Um pouco chateada por esse ou aquele motivo, fui pro cabelereiro, santuário do meu lado retardado.
Mas decidi experimentar um novo, aqui mesmo, no condomínio que moro.
Trair cabelereiro é crime, qualquer perua que se preze sabe disso...aí, fui punida.
A fulana que arrumou meu cabelo - que é levemente ondeado, fica nos ombros e em meia hora está pronto - levou uma hora e meia pra fazer uma escova.
Eu li várias revistas femininas. Mudaram minha vida, coisa de louco.
Fiquei sabendo de todas as tendências da estação, com pintar os olhos, como medir o pênis de um homem sem tirar a roupa (.... e pra que, então???), o que sete homens fazendo caras e bocas esperam de gaaaaaatas na noite e temas afins.Coisa de louco, tô dizendo.
Enquanto a menina deixava a boca do secador cair no chão, pela segunda vez, eu me entretinha em entender umas posições sexuais super elásticas. Eu virei a revista algumas vezes, mas ainda não entendi "o quê" ia "onde"....curioso, curioso.....estava mais pra malabarismo do que pra pele e fantasias, mas cada um tem seu barato.

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Esperando , irritada, um email QUE NÃO VEIO, abro minha caixa e encontro um texto - idiota e copiado - fazendo críticas - idiotas e copiadas - para Lula.
Bom, se alguém quer criticar meu candidato, me mande algo que seja passível de ser lido, me mande uma crítica no nível de um Plínio de Arruda Sampaio, por exemplo. Pra mandar coisa idiota, não mande nada!
O tal texto vinha de um fulano que não vejo , literalmente, há anos.
Respondi atravessado e o fulando me fez biquinho na resposta " não responderia pra vc assim, eu te amei, apesar do seu gênio".
Resposta: "amou foi a porra, e mesmo que tenha amado, agora não interessa mais.
E pára de me mandar email idiotaaaaa!!!!!!!!"
Saco.

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Demoro uma meia hora, à noite, pra chegar em casa. É reconfortante, porque vou desacelerando o pique da aula, relaxando...fica mais fácil dormir. Quando eu morava mais perto, chegava ainda no pique do trabalho e tinha insônia.
Vou dirigindo, pensando na morte da bezerra e escutando música. O que tocar de mpb no rádio.
Algumas ficam "tocando" na minha cabeça por séculos.
A de hoje é Resposta, do Skank.;0)

O Holandês voador

Uma Amiga - aquela das definições pessimistas quanto a homens - recebeu um amigo holandês em casa. Como eu não dava aulas à noite e ela sim, fui escalada pra levar o visitante pra passear algumas vezes.
Não que tenha sido um problema, ele era ( e é ainda, claro) extremamente interessante, gentil, agradável. Era tudo, menos um problema.
Tinha que ir pra usp, levei o menino, vagamos por lá e ele acabou ficando em São Paulo, na casa de outros amigos.
Saimos aqui em lugares que gosto de ir, e eu, sempre muito provinciana, descobri que era MAIS provinciana do que imaginava.
Era sua terceira vinda ao Brasil e eu já o conhecia, vinha pra desenvolver parte de seu projeto de pesquisa aqui.Mas ele queria realmente consumir a cultura local ( ainda que eu use um tremendo clichezão, é verdade), comprava um monte de livros, um monte de cds, conhecia de João Bosco a funk. ("sim...conheço...dança da motinha...")
Em um bar, eu IA comentar sobre a música, mas ele foi mais rápido.:
- Cartôola? Adorrro Cartôla...
- ......
Em outro momento da conversa, eu falava algo sobre o Espírito Santo - não faço mais a mínima idéia do que seja - mas, momentaneamente, me esqueci da capital. Ele me socorreu.:
- Vitôrria?
- pô, cara, não me humilha....risos...
Fiquei pensando nessa questão: ele tinha viajado absurdamente, Europa, América, grande parte da África.E uma estrutura de viagem que repetia a experiência do Brasil, uma aproximação cultural, um mergulho. Babei.
Uma outra vez, ele pediu que eu o levasse pra dançar forró. Mas ai cabe uma pequena explicação: eu meço 1.55, como estou sempre de salto alto, engano uns 1.60. Só. A pessoa ali media 1.95. Vai vendo.
Pra minha surpresa, ele dançava muito animadamente e - o que é melhor- muito bem.
A noite foi divertidíssima e depois de umas três xiboquinhas, uma bebida de demônio, quando fomos dar uma descansada lá fora, meu amigo começou a falar das estrelas em holandês.
Uma lingua gutural, masculina e quase incompreensível pra mim, o que , por definição, é algo interessante.
Porque, em última instãncia, o universo masculino é assim pra mim: gutural e incompreensível. E por isso, interessante.

Malucas

Eu estava indo embora do trabalho e dei carona pra uma Amiga, que veio me dizer, está se rebelando contra o msn:" eu bloqueei todo mundo que me deixava ansiosa, bloqueei mesmo."
A gente riu muito enquanto falava como todos os homens são malucos. Porque a gente é super normal, claro.
Ela é dez anos mais nova que eu, mas vê os mesmos problemas.
A gente enumerava teorias:
- minha prima diz que todos os homens foram abduzidos - eu dizia - e os que tem aqui são clones que tem o objetivo de ferrar com a gente.Tem uma nave mãe planando em algum lugar...
- hahahah.....é...essa é boa.São malucos de tudo.
- Você é mais jovem...rsrs...os da minha geração são piores....segundo uma amiga, os trintões se dividem em " casados, gays e canalhas...e uma categoria não exclui a outra".....tem os legais, tem sim...mas meio rarinho, né? Mas tem sim ( pausa pra pensar nos raros...)
Essa amiga disse que o homem ideal é a mistura do Demolidor com o Wolverine.Eu gosto da idéia.
A gente riu um pouco .E ela veio com um argumento incrível:
- é...mas eles tem mão grande.Ai, ai.
- pô, ai é fogo...mão grande é um bom argumento.
A gente riu de novo, porque mão com certeza é um bom argumento.(Suspiros por saudades dessa ou daquela mão)
Mas ela continuou.
- ah, vou começar a namorar esse final de semana.
- ah, é?
- é. Ele não sabe ainda. Preciso avisar: "olha, vou te namorar , quer você queira, quer não".
- Vixe maria, depois dizem que a mulherada de trinta é que é maluca....

****************dias depois**********

- então, namorando? - eu perguntei.
- ah, não tô não...ele não apareceu em Campinas. - ela respondeu, dando de ombros - deixa prá lá, já "terminei."...risos...a relação estava desgastada, sabe?
Eu a conheci há pouco tempo, mas maluca desse jeito, claro que vai virar grande amiga.;0)

Lula

Estou adorando escrever esse blog, mas hoje estou ocupada demais corrigindo provas e VOTANDO NO LULA. Então, deixo uma dica de boa leitura pra quem passar por aqui...


http://idelberavelar.com//


http://imprensamarrom.com.br/


http://www.patriafc.blogspot.com/


Claro que tem muita gente interessante falando sobre a candidatura de Lula e sobre a atuação da imprensa, mas vale a pena dar uma lida nas minhas indicações, pode crer.;0)
Um abraço a todos e boa eleição!